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2016 RELATÓRIO ANUAL
RELATÓRIO ANUAL
2016
ABRIL 2017
CONSELHOS E DIRETORIA CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Conselheiros suplentes
Presidente
Ailton Deli Martins Croda Representante do Sistema Cresol
Bento Venturim Representante do Sistema Sicoob Vice-Presidente Leo Airton Trombka Representante do Sistema Unicred Conselheiros efetivos Adriano Michelon Representante do Sistema Cresol Manfred Alfonso Dasenbrock Representante do Sistema Sicredi Márcio Lopes de Freitas (OCB) Representante das cooperativas singulares não filiadas a centrais Moacir Krambeck (Cecred) Representante dos sistemas organizados em dois níveis CONSELHEIROS SUPLENTES Alberto Ferreira Representante do Sistema Sicoob Alex Robert Spengler (Uniprime Central) Representante dos sistemas organizados em dois níveis Celso Ramos Régis (OCB) Representante das cooperativas singulares não filiadas a centrais José Paulo Crisóstomo Ferreira representante do Sistema Cresol Orlando Borges Müller Representante do Sistema Sicredi Ricardo Roberto Alves Representante do Sistema Unicred CONSELHO FISCAL Conselheiros efetivos Coordenador Eledir Pedro Techio Representante do Sistema Sicredi Secretário Luiz Mauro Coelho Nascimento Representante do Sistema Unicred José Alves de Sena Representante do Sistema Sicoob
Ricardo Accioly Calderari (Credicoamo) Representante das cooperativas singulares não filiadas a centrais Wilson Ribeiro de Moraes Filho (Sicredi N/NE) Representante dos sistemas organizados em dois níveis DIRETORIA Diretor Executivo Lúcio César de Faria Diretor Cláudio Luis Medeiros Weber COMITÊ DE ASSESSORAMENTO TÉCNICO Ana Maria Imbiriba Corrêa Representante do Sistema Unicred Andressa Castro Representante do Sistema Cresol Clairton Walter Representante do Sistema Sicredi Dilmar Antônio Peri Representante das cooperativas singulares não filiadas a centrais Ivo José Bracht (Cecred) Representante dos sistemas organizados em dois níveis Ricardo Belízio de Faria Senra Representante do Sistema Sicoob Thiago Borba Abrantes Representante da OCB
Agradecimentos Às instituições associadas pelo endosso ao papel do FGCoop de fortalecer o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), materializado na receptividade às visitas técnicas, bem como no envio de dados e informações para o monitoramento e elaboração de relatórios.
SUMÁRIO 13 Conheça o FGCoop 8 Mensagem FGCoop
14 Destaques 16 Raio-X do Setor 18 Capítulo 1 Modelo de Governança 19 Representatividade e unicidade 22 Capítulo 2 Sistema Nacional de Crédito Cooperativo 23 Visão sistêmica 25 Decisões colegiadas
29 Como Trabalhamos
45 Resultados Financeiros
30 Capítulo 3 Garantia de Depósitos 31 Confiança garantida 34 Capítulo 4 Monitoramento 35 Prevenir é o melhor negócio 40 Capítulo 5 Saneamento 41 Injeção de confiança
67 Quem é quem no FGCoop
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Mensagem FGCoop
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No caminho certo AMIGOS DE IDEAL COOPERATIVISTA,
Sempre que um ciclo chega ao fim, faz-se necessário um balanço do que ele trouxe para nossas vidas. E é chegado o momento de fazer esse balanço aqui no Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop). O ano de 2016 marca o fechamento de um ciclo de quase três anos intensos, que passaram muito rápido. Quando começamos a operar, em 2014, vivemos um ano de construção. Nele, definimos os alicerces para o bom funcionamento do fundo, constituído com o importante propósito de fortalecer o cooperativismo de crédito brasileiro. O período seguinte foi de expansão das atividades e teve como marco principal o início dos trabalhos de monitoramento e avaliação de risco de descontinuidade de cooperativas filiadas. Neste último exercício vencemos outro im-
portante desafio: estar mais perto da base, consolidando o FGCoop como um aliado indispensável das 829 cooperativas de crédito captadoras de depósitos associadas ao Fundo. Em paralelo, demos o pontapé inicial à nossa internacionalização a partir da disponibilização das versões em inglês e espanhol do nosso site e da filiação à Associação Internacional dos Seguradores de Depósitos (IADI), entidade sem fins lucrativos que tem por finalidade promover o intercâmbio de informações e a cooperação internacional entre as agências garantidoras de depósito. Ciente de que estamos no caminho certo para a construção de um fundo garantidor moderno, eficaz e propositivo, nossa Assembleia Geral reelegeu todos os membros do Conselho de Administração, com alteração somente nos cargos de presidente e vice-presidente.
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CONFIANÇA SE CONQUISTA Dispostos a estreitar nossos laços com a base, começamos a trabalhar em um projeto de aproximação de mão dupla. Nossa equipe foi visitar confederações, centrais e algumas singulares associadas em seus estados de origem, para melhor conhecer os sistemas específicos de monitoramento e a realidade das cooperativas de crédito brasileiras. A partir dessas visitas, os bancos cooperativos, as confederações e centrais foram convidadas a participar do 1º Fórum FGCoop, cujo tema foi o monitoramento de cooperativas de crédito. O objetivo central do evento foi apresentar o modelo de monitoramento e avaliação de riscos desenvolvido pelo FGCoop para o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), sensibilizando os sistemas cooperativos a enviarem informações capazes de melhor subsidiar nosso diagnóstico e buscando a compreensão do BC para a missão comum de assegurar a estabilidade do sistema cooperativista de crédito. O resultado desse primeiro fórum não poderia ter sido melhor: os sistemas entenderam que o monitoramento aumentaria a confiança e a solidez do setor, e agora enviam os dados necessários para que possamos traçar um retrato fidedigno do cooperativismo de crédito. Com isso, conseguimos mapear os riscos existentes e nos dá condições também de começarmos a nos preparar para atuar preventivamente, podendo oferecer em breve soluções para cooperativas em risco de descontinuidade.
O primeiro passo nesse sentido foi a aprovação, pelo Conselho de Administração, BC e CMN, de uma mudança no estatuto do Fundo. Inicialmente, as operações de suporte seriam realizadas somente quando o patrimônio do FGCoop fosse suficiente para garantir, no mínimo, 1,5% dos depósitos das instituições associadas. Agora, esse percentual mínimo é de 1% — valor que deve ser atingido entre 2019 e 2020. Estão em andamento novos estudos e tratativas com o Banco Central para antecipar a realização dessas operações, sem desguarnecer o Fundo para cobertura de depósitos, se necessário. Para completar, algumas associadas passaram a adotar voluntariamente nosso modelo de monitoramento e mapeamento de riscos. Um sinal de que a base enxerga a importância estratégica do trabalho desenvolvido pelo FGCoop, considerando a instituição uma aliada — papel que ultrapassa em muito o da cobertura de depósitos.
INTERNACIONALIZAÇÃO Se por um lado buscamos fortalecer nossa parceria com a base cooperativista, por outro demos início ao processo de internacionalização do FGCoop. O primeiro passo nesse sentido foi nossa filiação à IADI. Ao fazermos nossa associação, o FGCoop e o cooperativismo de crédito brasileiro passaram a fazer parte da base de dados e de pesquisa da IADI, bem como a participar dos fóruns, comitês, cursos de capacitação e assembleias da entidade. Com isso, nos manteremos sempre atualizados sobre as melhores práticas internacionais para
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fundos garantidores — oferecendo um suporte técnico e financeiro cada vez melhor às cooperativas brasileiras captadoras de depósitos. Nessa mesma linha, estiveram no Brasil, participando de reuniões com o FGCoop, um representante do Fundo Garantidor de Cooperativas da Colômbia (Fogacoop) e um diretor da BVR — entidade administradora do fundo garantidor de crédito da Alemanha. E como agora estamos trabalhando pelas cooperativas de crédito também fora do Brasil, passamos a traduzir o relatório anual do SNCC para as versões em inglês e espanhol do nosso site.
LADO A LADO Dentro ou fora do Brasil, o FGCoop valoriza e cultiva parcerias com os órgãos de regulação e representação do cooperativo de crédito nacional. O Fundo tem o mais profundo apreço pela Organização das Cooperativas Brasileiras, pelas diversas entidades do SNCC e pelo Banco Central do Brasil. O relacionamento com o BC tem fluído bem nos últimos anos. Firmamos parceria com a instituição no programa de fortalecimento da cidadania financeira e temos plena consciência do quanto o banco reconhece e valoriza o papel desempenhado pelas cooperativas na inclusão e educação financeira de todos os brasileiros. Prova disso é que estamos em tratativas para formalizar acordo de cooperação técnica que possibilite a troca de informações. Também temos uma saudável parceria com o Fundo Garantidor de Cré-
ditos, o FGC, fundo dos bancos. Em 2016, firmamos memorando de entendimentos cujo objetivo é realizar o intercâmbio de percepções e informações sobre políticas de garantia de depósitos e resolução bancária e de cooperativa de crédito.
PRÓXIMOS PASSOS Em 2017, alinhado às diretrizes estratégicas que serão traçadas para o SNCC, estará em curso o planejamento estratégico do FGCoop, que, além de definir missão, visão e valores, traçará projetos estratégicos para aprimoramento do fundo. Em relação à auditoria cooperativa, é grande a expectativa quanto ao resultado dos primeiros trabalhos a serem desenvolvidos pelas empresas que serão credenciadas pelo Banco Central. Também estamos atentos em relação ao futuro da Entidade de Auditoria Cooperativa. Boa leitura! Bento Venturim Presidente do Conselho de Administração Lúcio César de Faria Diretor Executivo
Conheรงa o FGCoop
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Destaques SELECIONAMOS ALGUNS NÚMEROS E INFORMAÇÕES QUE EXPLICAM QUEM SOMOS, O QUE FAZEMOS E POR QUEM TRABALHAMOS
QUEM SOMOS
NOSSA MISSÃO
O FGCoop é uma associação civil sem fins lucrativos, de abrangência nacional, que garante depósitos em todas as cooperativas singulares de crédito captadoras de depósito e nos dois bancos cooperativos do Brasil: Bancoob e Banco Sicredi.
Contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) protegendo depositantes e investidores das instituições associadas, respeitados os limites e condições estabelecidos no nosso Regulamento.
O QUE FAZEMOS GARANTIA DE DEPÓSITOS Desde a criação do FGCoop, todos os associados, pessoas físicas ou empresas, que têm conta em uma cooperativa de crédito captadora de depósitos tem até R$ 250 mil garantidos pelo fundo, em caso de uma eventual intervenção ou liquidação extrajudicial da instituição. Essa quantia é exatamente a mesma que seria paga aos correntistas de um banco comercial pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), nas mesmas situações.
MONITORAMENTO Além de garantir depósitos, o FGCoop atua de maneira preventiva para zelar pela boa imagem do cooperativismo de crédito. Para tanto, monitoramos os riscos do setor, a partir da análise de dados contábeis e financeiros disponibilizados pelas próprias cooperativas e pelo Banco Central do Brasil.
SANEAMENTO No futuro, passaremos a também oferecer operações de assistência ou de suporte financeiro a cooperativas de crédito com problemas pontuais de liquidez. Nosso objetivo é ajudá-las a se recuperar, para que esses casos pontuais não se transformem em crises capazes de afetar a estabilidade do setor cooperativista.
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DE QUEM CUIDAMOS
8,5 milhões
de brasileiros que guardam suas economias em uma cooperativa de captação de depósitos.
99% dos associados que têm conta em uma cooperativa de captação de depósito estão garantidos pelo FGCoop no limite de até R$ 250 mil.
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cooperativas de crédito captadoras de depósitos associadas ao Fundo
MOTIVOS DE ORGULHO TEMOS REPRESENTATIVIDADE Somos a única instituição a congregar em seu Conselho de Administração representantes de todo o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) SÓ CRESCEMOS Fazemos parte de um setor da economia sólido, confiável e em plena expansão.
OUTROS NÚMEROS*
R$ 580,7 milhões patrimônio social acumulado do FGCoop
R$ 204,8 milhões de superávit
R$ 579,4 milhões em aplicações financeiras
*todos os números referem-se ao acumulado de 2016, com fechamento no dia 31 de dezembro daquele ano
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Raio-X do Setor O FGCOOP FAZ PARTE DO SISTEMA NACIONAL DE CRÉDITO COOPERATIVO (SNCC) — UM DOS SEGMENTOS DO MERCADO FINANCEIRO DE MAIOR POTENCIAL DE CRESCIMENTO DO BRASIL. CONFIRA:
1º lugar
desde 2015, as cooperativas de crédito possuem, juntas, a maior rede de agências no Brasil
R$ 101.2 bilhões saldo de depósitos de pessoas físicas e jurídicas nos bancos cooperativos e nas cooperativas de crédito, em dezembro de 2016. Aumento de 22,73% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
6ª posição no ranking das maiores instituições financeiras do país em volume de depósitos e operações de crédito
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quantidade de pontos de atendimento financeiro do SNCC. Esse número é maior do que a rede de qualquer banco comercial do país. Vale destacar: o número de agências cooperativas vem crescendo ininterruptamente nos últimos anos.
COMPOSIÇÃO DO SNCC 2 bancos cooperativos
(Sicoob e Sicredi)
4 confederações
(sendo duas de crédito e duas de serviços)
35 centrais
1.041 cooperativas singulares de crédito autorizadas a funcionar, sendo 829 captadoras de depósitos associadas ao FGCoop
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Variação de unidades de atendimento 1,14%
0,85%
0,72%
0,69% 0,25%
-0,21%
-0,50% dez/15
-0,21%
mar/16
-0,33%
jun/16
set/16
Unidades de Atendimento Cooperativo
-0,47% dez/16
Agências bancárias
Fonte: BC/dezembro 2016 Fonte:BC/dezenbro 2016
Unidades de atendimento por região NORTE 3,48% SUL 48,62%
NORDESTE 5,43%
SUDESTE 33,59%
CENTRO-OESTE 8,88%
Fonte: BC/dezembro 2016
CONFIANÇA EM ALTA Em 2016, os depósitos realizados em cooperativas de crédito cresceram quase quatro vezes mais — proporcionalmente falando — que o volume de depósitos realizados nos bancos comerciais. 22,73%
Variação do volume de depósitos
8,32%
7,21% 1,88%
-0,85% -0,28%
dez/15
5,34% 2,71%
-2,89%
mar/16
jun/16
Consolidado Bancário Comercial
set/16
1,39%
3,03% 0,33%
dez/16
Cooperativas Singulares de Crédito
Período
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CapĂtulo 1
Modelo de Governança
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Representatividade e unicidade TODAS AS BANDEIRAS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO BRASILEIRO ESTÃO REPRESENTADAS NO FGCOOP E TÊM ASSENTO (E VOZ) NO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E NO COMITÊ TÉCNICO DA INSTITUIÇÃO
Garantir significa “dar algo como verdadeiro, seguro, certo”; é responsabilizar-se pela qualidade e pelo bom funcionamento do que se garante. E para uma instituição que traz esse conceito no próprio nome, torna-se imperioso buscar uma gestão sólida, eficiente e confiável. Justamente por isso, desde sua fundação, o Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop) adota as melhores práticas de governança corporativa do mercado financeiro, adaptadas à realidade e aos valores estruturantes do cooperativismo. Como a maioria das instituições cooperativas, o FGCoop é administrado por um Conselho — formado por representantes de todos os sistemas cooperativos atuantes no país e das cooperativas não filiadas a centrais — e por uma Diretoria
A governança corporativa é considerada a melhor maneira de garantir o bom funcionamento de uma instituição ou empresa. Ela cuida dos rumos da organização, definindo quais serão as melhores práticas daquele negócio e quais resultados são esperados no curto, médio e longo prazos. Também é ela quem responde perguntas básicas como: “quem participa dessa decisão” ou “como deve ser a comunicação entre os diversos órgãos internos da entidade.” De posse de todas as essas informações, melhoram-se a eficiência e a eficácia dos processos, aumentando as chances de sucesso e longevidade de qualquer negócio.
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Executiva, que transforma em realidade as orientações estratégicas do Conselho de Administração, ao qual está vinculado (veja organograma). Já o Conselho de Administração está submetido hierarquicamente à Assembleia Geral, órgão soberano da sociedade, com poderes para decidir os rumos da instituição relativos ao objeto da sociedade. O FGCoop conta, ainda com dois órgãos de caráter consultivo:
CONSELHO FISCAL Órgão responsável por examinar os balancetes e as demonstrações financeiras do FGCoop, os relatórios da administração e da auditoria independente, emitindo sobre essas peças parecer a ser apreciado pela Assembleia Geral Ordinária. Composto de três membros efetivos e igual número de suplentes, eleitos pela Assembleia Geral.
COMPOSIÇÃO Tem o direito de indicar à Assembleia Geral um membro do Conselho Fiscal as seguintes instituições cooperativas:
Os membros eleitos para o Conselho Fiscal terão mandato de dois anos, permitida uma reeleição. Os nomes desses conselheiros são submetidos ao Banco Central do Brasil, que os aprova se atenderem aos requisitos previstos na regulamentação em vigor para o exercício de cargos em órgãos estatutários de instituições financeiras.
COMITÊ TÉCNICO DE ASSESSORAMENTO Órgão de caráter consultivo que reúne profissionais de notório saber técnico sobre o cooperativismo de crédito. Atualmente, conta com sete representantes indicados para o cargo pelos membros do Conselho de Administração, seguindo a mesma representatividade do conselho, e contemplando mais um integrante do grupo de cooperativas não filiadas a central.
Cada sistema cooperativo organizado em três níveis (Confederação)
O conjunto dos sistemas cooperativos organizados em dois níveis (Central)
A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)
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ORGANOGRAMA
Assembleia Geral Conselho Fiscal Conselho de Administração Comitê Técnico de Assessoramento Diretoria Executiva
Área Financeira
Recebimento de contribuições Aplicações de recursos Cobertura de depósitos
Monitoramento
Avaliação das cooperativas e reporte ao CA Análise do segmento Boletim mensal Relatório trimestral Estudos especiais
Assistência Financeira Área em construção a ser lançada quando o patrimônio do FGCoop alcançar 1% do volume de contas garantidas
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CapĂtulo 2
Sistema Nacional de CrĂŠdito Cooperativo
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Visão sistêmica O FGCOOP É UM PLAYER IMPORTANTE DO SISTEMA NACIONAL DE CRÉDITO COOPERATIVO (SNCC), GRUPO FORMADO POR ORGANIZAÇÕES DE PESSOAS DISPOSTAS A GERIR SUAS VIDAS FINANCEIRAS DE FORMA SUSTENTÁVEL, CONSCIENTE E COOPERATIVA
Um sistema é um conjunto de elementos que se encontram interligados e, portanto, interagem entre si. O objetivo é atuar em grupo — ainda que com expertises diferentes – para obter o melhor desempenho possível para todos. No mercado de crédito cooperativista existe um sistema forte que trabalha para assegurar o bem estar do quadro social e das comunidades atendidas direta ou indiretamente por uma cooperativa. E onde fica o dinheiro nessa história? Ora, no cooperativismo o capital é apenas a ferramenta usada para alcançar esse objetivo. Todas as cooperativas singulares de crédito, centrais e confederações e os bancos cooperativos integram o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) — fiel depositário dos interesses de 9 milhões de associados, sendo 90% deles pessoas físicas. Com relação à região geográfica, 48,62% das unidades de atendimento estão localizados na Região Sul, 33,59% no Sudeste, 8,88% no Centro Oeste, 5,43% no Nordeste e 3,48% na região Norte. Comparando o somatório das unidades de atendimento das coope-
ENTENDA A COMPOSICÃO DO SNCC O SNCC é formado por cooperativas de crédito “singulares” (1º grau), que prestam serviço direto ao associado; “centrais” ou de “2º grau”, que organizam um conjunto de cooperativas de crédito, sendo o mínimo de três; e as “confederações” ou cooperativas de “3º grau”, que reúnem, no mínimo, três cooperativas centrais. O SNCC possui, ainda, um quarto elemento: os chamados "bancos cooperativos", que devem ter controle acionário de cooperativas centrais de crédito, e fornecem produtos e serviços financeiros especialmente para os membros do sistema, tais como poupança e fundo de investimento. Atualmente existem no Brasil quatro confederações, sendo duas de crédito, 35 cooperativas centrais e mais de mil cooperativas singulares de crédito. Todas trabalhando em prol dos associados
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rativas singulares com as agências dos bancos comerciais, o cooperativismo de crédito possui a maior rede de atendimento do país. São 5.633 pontos de atendimento distribuídos em todo o território nacional. Em números absolutos, são 1.041 cooperativas de crédito. Destas 829 estão autorizadas a captar depósito e, portanto, estão asseguradas pelo Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop)
INCLUSÃO SOCIAL As cooperativas de crédito estão distribuídas estrategicamente em 96% do território nacional e são as únicas instituições financeiras presentes em 564 municípios brasileiros. Com atendimento personalizado e taxas médias extremamente competitivas, elas têm produtos e serviços adequados a todos os perfis de correntistas e investidores, abrindo suas portas a quem possa se associar e queira cuidar do próprio dinheiro de uma forma ética, justa e socialmente responsável. Outro diferencial das cooperativas é garantir que ganhos financeiros transformem-se também em ganhos sociais. Por isso, elas têm por princípio a manutenção dos recursos financeiros que administram na própria comunidade. Assim, elas aquecem a economia local, favorecendo a democratização do crédito e beneficiando toda a região ao seu redor. Para completar. elas ainda investem parte de seus resultados em programas de assistência técnica, educacional e social. Vale destacar: cada associado de uma cooperativa de crédito, por ser
também dono, pode e deve participar de sua gestão, sugerindo, opinando, propondo soluções e defendendo suas ideias durante as assembleias.
CRESCIMENTO ININTERRUPTO De acordo com o Relatório da Administração do Banco Central, com base no exercício 2016, o crescimento nos ativos de cooperativas de crédito na última década bateu incríveis 711% — ou seja, uma média de 71% por ano, incluindo períodos turbulentos no setor econômico no Brasil. O documento detalha que, em 2006, as cooperativas de crédito nacionais ostentavam R$ 26 bilhões em ativos, passando a R$ 211 bilhões no final de 2016. No mesmo período, suas operações de crédito avançaram de R$ 13 bilhões para R$ 106 bilhões; enquanto depósitos fecharam R$ 126 bilhões em montante inicial de R$ 15 bilhões. O patrimônio líquido dessas instituições passou de R$ 6 bilhões para R$ 35 bilhões em uma década. E ainda existe muito espaço para crescer. Ainda segundo o relatório da administração do Bacen, a participação do SNCC nos depósitos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) gira em torno dos 5,65%, sendo a poupança e os depósitos a vista os principais responsáveis pelo aumento. Dessa forma, as cooperativas de crédito somadas ocupam a 6ª posição no ranking do volume de ativos, depósitos e empréstimos, estando, portanto, entre as maiores instituições financeiras de varejo do país.
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Decisões colegiadas
Com o objetivo de garantir a prevalência do interesse coletivo do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), o estatuto do FGCoop traz claramente quais decisões cabem ao Conselho de Administração e quais matérias são de decisão pela Assembleia Geral. No CA, as deliberações são tomadas por maioria de votos. Já na Assembleia Geral, as resoluções são tomadas por maioria simples das unidades de votos, à exceção dos seguintes casos: a) reforma do estatuto ou do regulamento; b) eleição e destituição de Conselheiro de Administração c) destituição de diretor. Em todas as situações apontadas exige-se ¾ das unidades de voto. O exercício do direito de voto na Assembleia Geral do FGCoop constitui prerrogativa de todas as instituições associadas adimplentes. Os representantes legais terão direito de voto correspondente ao somatório das unidades de voto das res-
pectivas associadas representadas. Cada real desembolsado na última contribuição ordinária antes da assembleia, desprezados os centavos, dá à instituição associada uma unidade de voto. E para melhor executar suas funções, além de se comprometerem formalmente com a confidencialidade de informações restritas, todos os conselheiros, diretores, funcionários e colaboradores do FGCoop pautam sua atuação pelos quatro princípios centrais da boa governança: Transparência Disponibilização às partes interessadas das informações que sejam de seu interesse, e não apenas aquelas impostas por disposições legais ou regulamentos. Equidade Caracteriza-se pelo tratamento justo de todas as partes interessadas, sendo totalmente inaceitáveis atitudes ou políticas discriminatórias, sob qualquer pretexto
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Prestação de Contas (accountability) Disponibilizamos ao SNCC, à Assembleia Geral e ao Conselho Administrativo relatórios gerenciais e contábeis periódicos que exibem de forma clara e confiável a situação econômico financeira da entidade, seus resultados, riscos, oportunidades e desafios. Esses dados funcionam como uma prestação de contas feita pela diretoria a todas as partes com que se relacionam. Para a sociedade, o site contém, além dos demonstrativos contábeis, informações sobre o Fundo e relatórios de evolução do SNCC.
anos, permitida a reeleição. Os conselheiros representam as cooperativas associadas da seguinte maneira: cada sistema cooperativo organizado em três níveis (Confederação) terá um representante efetivo e um suplente; o conjunto dos sistemas cooperativos organizados em dois níveis (Central) terá um representante efetivo e um suplente; a OCB terá um representante efetivo e um suplente como representantes das associadas não filiadas a centrais.
Responsabilidade Corporativa Temos um pensamento sustentável, priorizando ações e projetos que garantam a longevidade e a perenidade do FGCoop e das cooperativas associadas.
ELEIÇÕES A CADA TRÊS ANOS O Conselho de Administração do FGCoop é composto por seis conselheiros efetivos, dentre os quais o Presidente e o Vice-Presidente, e igual número de suplentes, eleitos pela Assembleia Geral. Cada um deles terá o nome submetido à avaliação do Banco Central do Brasil, que verifica se ele atende aos requisitos previstos na regulamentação em vigor para o exercício de cargos em órgãos estatutários de instituições financeiras. O mandato dos membros do Conselho de Administração é de três
A diretoria executiva também é eleita pela maioria dos membros do Conselho para um mandato de três anos, em reunião especialmente convocada para esse fim, permitida a reeleição. Ela é composta por até três diretores, sendo um deles o diretor executivo e os demais sem designação específica. Esses executivos também devem ter seus nomes submetidos à aprovação do Banco Central do Brasil. Atualmente o FGCoop tem um diretor executivo e um diretor responsável por monitoramento e supervisão das filiadas.
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COMO O SNCC ESTÁ REPRESENTADO NA ASSEMBLEIA GERAL DO FGCOOP?
COOPERATIVAS SINGULARES DE CRÉDITO INTEGRANTES DE SISTEMAS COOPERATIVOS ORGANIZADOS EM DOIS OU TRÊS NÍVEIS são representadas por sua central ou confederação, respectivamente.
BANCOS COOPERATIVOS são representados pela respectiva confederação do sistema cooperativo ao qual está vinculado.
COOPERATIVAS SINGULARES NÃO FILIADAS A CENTRAIS são representadas pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
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Como Trabalhamos
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CapĂtulo 3
Garantia de DepĂłsitos
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Confiança garantida ESSA É NOSSA PRIMEIRA E MAIS IMPORTANTE FUNÇÃO: ASSEGURAR A ESTABILIDADE DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO, OFERECENDO AOS ASSOCIADOS A GARANTIA DE ATÉ R$ 250 MIL EM DEPÓSITOS E INVESTIMENTOS
É inegável. Confiança é a sensação mais importante para qualquer pessoa, quando o assunto é dinheiro. Só investimos quando confiamos na possibilidade de ganho; só poupamos quando existe a certeza de que o dinheiro estará a salvo e à mão, quando necessário. E é justamente para aumentar a confiança de todos os brasileiros nas cooperativas de crédito que existe o Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop). Criado em 2014, o FGCoop faz parte de uma ampla rede de proteção ao sistema financeiro que, segundo os “Princípios Essenciais para Sistemas de Depósitos”, da Associação Internacional dos Seguradores de Depósitos, deve basear-se em um tripé composto por: a) regulação e supervisão eficientes; b) um emprestador de última instância; c) um seguro de depósito. Aqui no Brasil, esses papeis são exercidos, respectivamente, pelo Banco Central do Brasil e pelos dois fundos garantidores do mercado financeiro: o FGCoop, que cuida da solidez do cooperativismo de crédito, e o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), dos bancos comerciais.
Para as pessoas físicas e jurídicas, o FGCoop atua como uma espécie de “seguro”. É ele quem oferece a tranquilidade necessária para guardar nossas economias e realizar investimentos nas cooperativas. Isso porque — no caso de a entidade sofrer intervenção ou liquidação extrajudicial — cada CPF e CNPJ terão até R$ 250 mil em depósitos e investimentos garantidos. O valor é o mesmo oferecido aos correntistas de um banco comercial.
CICLO VIRTUOSO Ao assegurar os depósitos dos associados — no limite de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ — o FGCoop gera um ciclo virtuoso de desenvolvimento para o cooperativismo de crédito. Tudo começa na sensação de segurança que o Fundo transmite às pessoas e às empresas que abrem conta em uma cooperativa. Afinal, ele garante que, no caso de intervenção ou liquidação extrajudicial, os correntistas das cooperativas terão as mesmas garantias dadas aos cientes de um banco comercial. Esse aumento de confiança faz as pessoas depositarem cada vez mais recursos nas cooperativas, que aumentam sua participação no mer-
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O QUE O FGCOOP QUER FAZER PELO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO
Aumento da credibilidade do setor, que passou a oferecer aos associados das cooperativas de crédito as mesmas garantias Aumento da participadadas aos correntistas de um ção do cooperativismo de banco comercial, com crédito no Sistema algumas vantagens: nas Financeiro Nacional. cooperativas eles É o resultado direto encontram melhores do aumento da taxas e ainda credibilidade do participam setor e da ampliados resultados ção do volume obtidos ao final de operacional das cada exercício. cooperativas.
Ampliação do volume operacional das cooperativas. Afinal, se os associados têm a certeza de poussuir garantidos pelo FGCoop até 250 mil em depósitos e aplicações, tenderão a aportar cada vez mais recursos nas cooperativas de crédito.
cado financeiro. Esse crescimento constante do setor aumenta a visibilidade das cooperativas junto à imprensa, aos formadores de opinião e ao público em geral. Resultado? Cada vez mais pessoas descobrem que as cooperativas oferecem os mesmos produtos, serviços e garantias dos bancos comerciais. Com uma diferença muito especial: nas cooperativas encontram-se as melhores taxas médias e condições de pagamento do mercado. Para completar, os cooperados parti-
cipam dos resultados do ano da sua cooperativa, chamados de “sobras”. Na prática, as sobras de uma cooperativa sempre retornam para o cooperado. Seja na forma de investimentos na melhoria de seus produtos e serviços, seja na forma de aportes feitos no desenvolvimento da comunidade — com o objetivo de gerar emprego, renda e melhor qualidade de vida para toda a região. Existem, ainda, cooperativas que optam por distribuir as sobras diretamente entre os cooperados.
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PROTEÇÃO EFETIVA Em 24 de março de 2017, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial da Cooperativa de Crédito Rural Horizontes Novos de Novo Sarandi (Crehnor Sarandi), localizada no município de Sarandi, no interior do Rio Grande do Sul. Se por um lado o fato é negativo, por outro é a prova incontestável da importância estratégica do FGCoop para assegurar a estabilidade do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC). O Fundo cuidará dos interesses dos associados dessa cooperativa, garantindo a eles os seus depósitos a vista e a prazo, até o montante de R$ 250 mil. O caso serve também como exemplo de que a cobertura pelo FGCoop não exime a responsabilidade dos administradores, que, além de não terem direito à cobertura, serão objeto de ações punitivas pelo Banco Central do Brasil, previstas na Lei 6.024, como a imediata indisponibilidade de bens. Conheça como realizaremos as operações de garantias dos nossos associados:
Passo 1
Passo 2
O interventor ou liquidante informa ao FGCoop o montante individual do valor a ser pago a cada cooperado detentor de créditos garantidos pelo Fundo;
O FGCoop publica edital informando os locais de pagamento, que será feito por cooperativas da região de atuação da cooperativa sob intervenção ou liquidação extrajudicial;
Passo 3
Passo 4
Ao receber o valor que lhe é devido, o cooperado deve assinar um Termo de Cessão de Crédito ao FGCoop;
Ao final da intervenção ou liquidação extrajudicial, observada a ordem dos credores, o FGCoop será ressarcido do que for possível.
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CapĂtulo 4
Monitoramento
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Prevenir é o melhor negócio EM UM SETOR TRANSPARENTE E ENGAJADO COMO O NOSSO, PRECISAMOS ATUAR PREVENTIVAMENTE PARA MITIGAR O RISCO DE QUE PROBLEMAS PONTUAIS SE TRANSFORMEM EM UMA CRISE
O setor financeiro é um organismo vivo, com diversos órgãos que necessitam trabalhar em perfeita sinergia para garantir o bom funcionamento de todo sistema. E assim como acontece em qualquer organismo, quando um órgão tem problemas, todo o sistema pode entrar em colapso. Entendemos que mais importante do que cobrir um eventual rombo financeiro causado pelo fechamento de uma cooperativa, é monitorar e ajudar a evitar que isso aconteça. Com este objetivo, desde 2015 o FGCoop monitora os dados contábeis das cooperativas de créditos, produzindo relatórios trimestrais sobre o grau de risco de descontinuidade dessas instituições. Essas análises foram muito bem recebidas pelo setor, que se sentiu ainda mais amparado pelo Fundo.
Dispostos a aperfeiçoar esse instrumento, solicitamos às cooperativas de crédito captadoras de depósitos que enviassem alguns dados extracontábeis para análise do FGCoop (veja quadro). A resposta foi maciça: 99% das nossas associadas passaram a encaminhar essas informações periodicamente ao Fundo. A análise combinada desses dados, com as informações disponibilizadas pelo Banco Central, dão ao FGCoop um panorama mais aprofundado da realidade financeira das cooperativas de crédito. Com isso, está sendo possível detectar problemas e ajudar a promover soluções sistêmicas para as cooperativas captadoras de depósitos. Conheça, a seguir, nossa metodologia de avaliação de riscos
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ARTE - METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DE RISCOS
VISITAS TÉCNICAS
Para saber se uma cooperativa de crédito está “saudável” ou não, o FGCoop elabora uma classificação de risco dividida em duas etapas, considerando os seguintes indicadores de desempenho: 1. Análise Quantitativa É realizada a partir de dados contábeis e extracontábeis, sendo avaliados os seguintes indicadores: Índice de endividamento Índice de alavancagem Índice de liquidez Índice de Rentabilidade Concentração de ativos Concentração de passivos Índice de Basiléia Índice de provisionamento 2. Análise Qualitativa São avaliados as seguintes questões: Forma de associação Tradição e imagem da singular
Para melhor realizar as atividades de monitoramento do setor, o FGCoop não se prende apenas à análise dos dados financeiros das cooperativas. Visitas técnicas periódicas são realizadas com frequência para conhecer in loco a realidade da base cooperativista. Em 2016 foram visitadas oito cooperativas de diferentes sistemas: quatro centrais e quatro singulares não filiadas a central. O principal objetivo das visitas é identificar as melhores práticas relacionadas à gestão dos riscos de crédito, mercado, liquidez e operacional; observar a existência de modelo de classificação de risco de singulares; buscar a identificação de processos de monitoramento e controles internos; testar a eficácia dos sistemas de controle de informações e a forma e escopo de atuação das auditorias que trabalham para o setor. De toda forma, as visitas técnicas possibilitam à equipe do FGCoop estabelecer contatos com as diversas realidades do monitoramento e supervisão vividas no SNCC e também construir ligações entre as entidades do cooperativismo de crédito.
Conheça os dados extracontábeis enviados pelas cooperativas de crédito, ao FGCoop
SOMATÓRIO DOS SALDOS DOS 10 MAIORES DEPOSITANTES
SOMATÓRIO DOS SALDOS DOS 10 MAIORES DEVEDORES
SALDO DO MAIOR DEVEDOR
VALOR DO PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA
ÍNDICE DE BASILÉIA (IB)
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Para 2017 estão previstas viagens para as cinco maiores singulares não filiadas — classificadas segundo os créditos objetos de garantia — e a outras centrais. Também com o objetivo de vivenciar experiências de outros fundos garantidores, o FGCoop recebeu, em 2016, a visita de representante do Fogacoop, fundo garantidor das cooperativas na Colômbia e da BVR, entidade administradora do fundo garantidor das cooperativas na Alemanha. Em 2017 continuará a compartilhar experiências com outros fundos garantidores, como Itália e México.
1º FÓRUM DE MONITORAMENTO O monitoramento do FGCoop está tendo ótima aceitação. Algumas cooperativas de captação de depósitos passaram a adotar o modelo de avaliação de riscos utilizado pelo Fundo para avaliar seus processos. Ciente do interesse da base pelo assunto, realizamos em maio de 2016 o 1º Fórum
FGCoop sobre monitoramento de cooperativas de crédito. Direcionado para os técnicos que lidam rotineiramente com as atividades de acompanhamento dos dados das cooperativas, o evento apresentou exemplos de boas práticas no processo de monitoramento de dados. A troca de experiências foi bem sucedida, com boa avaliação pelos participantes. Uma nova edição do Fórum será realizada ainda no primeiro semestre de 2017. O 1º Fórum FGCoop sobre Monitoramento de Cooperativas de Crédito reuniu 73 participantes, incluindo representantes dos dois bancos cooperativos, quatro confederações e 32 centrais. O Fórum contou, ainda, com as presenças de dois diretores do Banco Central, acompanhados de profissionais dos Departamentos de Monitoramento do Sistema Financeiro (Desig) e Supervisão de Cooperativas e de Instituições Não Bancárias (Desuc). Esteve presente, ainda, um executivo do Fundo Garantidor das Cooperativas de Crédito da Colômbia (Fogacop).
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CAPACITAÇÃO TÉCNICA Uma das principais preocupações do FGCoop é compreender a realidade e as demandas das cooperativas de crédito brasileiras. Assim, poderemos realizar melhor a missão de colaborar com o fortalecimento do setor. No segundo semestre de 2016 participamos de três encontros sobre operações de crédito rural. Dois deles foram realizados em entidades do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) e um na área responsável pelo controle do crédito rural no Banco Central. Entre os tópicos de referência tratados nos encontros estavam: a apresentação das linhas de financiamento disponíveis e os impactos das políticas públicas do crédito rural; informações sobre a importância da equalização de taxas;
as alterações normativas do Manual de Crédito Rural e o processo da exigibilidade do Crédito Rural; a sazonalidade do crédito, os impactos em liquidez e as atuais taxas de inadimplência; as operações de crédito mais comuns e o processo de renegociação; quais são as informações obrigatórias para envio ao Banco Central; informações sobre o funcionamento geral do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (SICOR). Estes encontros já mostraram resultados através do aprimoramento das informações do relatório trimestral. Para 2017, a meta é investir em cursos sobre o processo operacional da carteira de crédito rural, por ser a mais relevante do SNCC.
AÇÕES PARA 2017 Assinatura de Acordo de Cooperação Técnica com o Banco Central do Brasil (BC) para facilitar o intercâmbio de informações entre as instituições. O acordo poderá tornar esse processo muito mais rápido e eficaz, facilitando o trabalho de monitoramento do setor; Criação de painel de qualidade de indicadores no SNCC, reportando aos conselheiros do FGCoop eventuais desenquadramentos; Solicitação de envio de relatórios de auditoria e de controles internos de cooperativas classificadas em dois trimestres como alto risco e das que representam mais de 20% dos depósitos na central ou no grupo de cooperativas a que pertença; Teste de aderência do nosso modelo de monitoramento de risco. Para tanto, traçaremos o perfil das cooperativas liquidadas nos últimos três anos, buscando as análises realizadas sobre elas nos fundos garantidores existentes antes do FGCoop.
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CONHEÇA AS PUBLICAÇÕES DO FGCOOP Transparência é um dos pilares do FGCoop. Por isso, e para consolidar os números do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), o FGCoop elabora e divulga em sua página eletrônica na internet três relatórios periódicos sobre o setor: Boletim Mensal Traz informações consolidadas sobre modificações ocorridas na estrutura do SNCC e sobre a evolução dos depósitos e operações de crédito e ainda sobre resultados financeiros do FGCoop. Relatório Trimestral Apresenta a estrutura do SNCC e a evolução dos depósitos e operações de crédito do período. Relatório Anual Apresenta a estrutura do SNCC e a evolução dos depósitos e operações de crédito do período, inclusive com tradução para o espanhol e inglês. Para o primeiro trimestre de 2017, existe a previsão da publicação de planilha com a série histórica dos dados analisados no relatório.
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CapĂtulo 5
Saneamento
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Injeção de confiança PROBLEMAS PONTUAIS DE LIQUIDEZ PODEM SER RESOLVIDOS COM UMA OPERAÇÃO DE ASSISTÊNCIA OU SUPORTE FINANCEIRO, ATIVIDADES PARA AS QUAIS O FGCOOP ESTÁ SE ESTRUTURANDO
Para evitar que problemas temporários ganhem enormes proporções — culminando na intervenção ou liquidação extrajudicial de uma cooperativa—, o FGCoop está se estruturando para realizar operações de assistência ou suporte financeiro a suas associadas. Este objeto, aliás, nasceu junto com o próprio Fundo. Tanto que o estatuto original do FGCoop já previa que as chamadas operações de saneamento poderiam ser realizadas quando o Patrimônio Social alcançasse o percentual de 1.5% do volume de contas garantidas. Em 2016, por conta do expressivo crescimento do volume de contas garantidas, nosso Conselho de Administração decidiu pela reforma estatutária para redução do percentual para 1% do volume de contas garantidas, para manter o horizonte de início dessas operações, previsto para 2019/2020. No cenário de estabilidade do SNCC mostrado por esses três anos
de funcionamento e com o acúmulo de patrimônio do Fundo, está em estudo nova redução do percentual, para antecipar o início dessas operações. O fato é que — ao assumir de forma transparente e regulamentada o papel de instituição responsável pela oferta de soluções financeiras às cooperativas de crédito com problemas—, o FGCoop dá mais um passo rumo ao cumprimento de sua missão institucional de contribuir para a manutenção da estabilidade do SNCC e para prevenção de crise sistêmica no segmento cooperativista Finalmente, é importante destacar: todos os recursos utilizados nessas operações serão integralmente provenientes das próprias cooperativas, sem a utilização de dinheiro público ou de terceiros. Isso não exime o FGCoop de seu compromisso com todas as cooperativas e cooperados brasileiros, zelando pela segurança e taxas das operações.
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CONHEÇA OS MACROPROCESSOS DO FGCOOP Embora a cobertura de depósitos seja o objetivo precípuo do FGCoop, esta é a última opção de atuação, por ser mais onerosa e trazer risco de imagem para o segmento cooperativista. Para evitar isso, o primeiro passo é a prevenção, que se dá por meio do monitoramento das cooperativas de crédito captadoras de depósitos, com objetivo de antecipar a detecção de riscos de descontinuidade e auxiliar na busca de solução sistêmica.
GERENCIAMENTO FINANCEIRO
PREVENÇÃO
SANEAMENTO
COBERTURA DE DEPÓSITOS
O segundo passo para evitar a intervenção ou liquidação extrajudicial, que ensejam cobertura de depósitos, é o saneamento da instituição, que pode ser auxiliada por operação de assistência ou de suporte financeiro, atividade para a qual o FGCoop está se estruturando. Confira:
CONTROLE DAS CONTRIBUIÇÕES APLICAÇÃO DAS DISPONIBILIDADES
MONITORAMENTO DAS ASSOCIADAS
ASSISTÊNCIA FINANCEIRA
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FGCoop:
garantia de depรณsitos, seguranรงa para bons negรณcios
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Resultados Financeiros
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FUNDO GARANTIDOR DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO – FGCOOP CNPJ 19.990.300/0001-93
Relatório da Administração – Data base: Dezembro de 2016 Às instituições associadas ao Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito – FGCoop Mensagem da Administração: Submetemos à apreciação das instituições associadas as demonstrações financeiras referentes ao exercício de 2016. O Patrimônio Social alcançou o montante de R$ 580.692 mil, com crescimento de 54,47% em relação ao ano anterior. Este valor inclui o superávit no exercício, de R$ 204.789 mil, apresentando aumento de 30,59%. Deste patrimônio, R$ 579.457 mil correspondem a aplicações financeiras, que apresentaram crescimento de 54,48% no período. De se ressaltar, nesse período, o aperfeiçoamento do monitoramento que o FGCoop vem fazendo das cooperativas de crédito associadas, que a partir de junho de 2016 passou a utilizar dados reais, encaminhados pelas instituições associadas, no processo de produção dos relatórios trimestrais sobre o grau de risco de descontinuidade das cooperativas singulares captadoras de depósitos. Este aprimoramento alinhado ao rito de acompanhamento e reporte pelo Conselho de Administração, ampliou a capacidade do Fundo na detecção de problemas e no auxílio da promoção de soluções sistêmicas. Alinhando-se práticas de monitoramento adotadas pelo FGCoop, pelo Banco Central do Brasil e pelas próprias cooperativas, foi realizado o 1º Fórum FGCoop - Monitoramento de Cooperativas de Crédito, realizado em Brasília, no dia 17 de maio. O evento foi direcionado aos técnicos do Banco Central, dos bancos cooperativos, confederações e centrais, que lidam rotineiramente com as atividades de monitoramento de cooperativa, com o objetivo de compartilhar, debater e aprimorar temas acerca do monitoramento, além de servir como espaço para troca de experiências e discussões. Neste ano, ocorreu a associação do FGCoop à IADI – International Association of Deposit Insurers, entidade não lucrativa que tem por
finalidade promover o intercâmbio de informações e a cooperação internacional entre as agências garantidoras de depósitos. Esta filiação proporcionou a parti-
cipação de representantes do FGCoop no curso sobre Crisis e Resolución de Bancos, promovido pela IADI, em Lima, no Peru. Ocorreu também a participação do FGCoop, representado por seus diretores, na Conferência Anual e Assembleia Geral da IADI, em Seul, que foi precedida por participação na reunião do Conselho Regional da América Latina da Associação. Outro fato a ser registrado foi a reeleição, na Assembleia Geral Ordinária de 29 de março, de todos membros do Conselho de Administração, efetivos e suplentes, dando continuidade ao trabalho que vem sendo feito na gestão estratégica do Fundo. Houve alteração nos cargos de Presidente e Vice-Presidente do
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Conselho, que passaram a ser ocupados, a partir de 31 de maio, respectivamente, por Bento Venturim (Sicoob) e Leo Airton Trombka (Unicred), com mandato até 2019. Agradecemos às instituições associadas e aos colaboradores pelo apoio ao desenvolvimento de nossas atividades. Dezembro de 2016. A Administração. Institucional: Missão - O Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito – FGCoop é uma associação civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica de direito privado de abrangência nacional, integrante da rede de proteção do SNCC, com a missão institucional de proteger depositantes e investidores das instituições associadas, respeitados os limites e condições estabelecidos no seu Regulamento e contribuir para prevenção de crise sistêmica no segmento cooperativista e a manutenção da estabilidade do SNCC. Tem por objetivos a prestação de garantia de créditos contra as instituições associadas – as cooperativas singulares de crédito captadoras de depósitos e os bancos cooperativos - nas situações da intervenção ou da liquidação extrajudicial e a contratação de operações de assistência e de suporte financeiro, incluindo operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio de central ou confederação, que serão realizadas desde que o patrimônio do FGCoop seja suficiente para garantir, no mínimo, 1% dos depósitos das instituições associadas. Garantias - O total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição será garantido até o valor de R$ 250 mil. Devem ser somados todos os créditos de cada credor identificado pelo CPF ou CNPJ na mesma instituição. Nas contas conjuntas, o valor de garantia é limitado a R$ 250 mil ou ao saldo da conta, quando inferior a esse limite, dividido pelo número de titulares, sendo o crédito do valor garantido feito de forma individual. Os instrumentos financeiros titulados por associações, condomínios e entidades assemelhadas, sem personalidade jurídica, serão garantidos até o valor de R$ 250 mil, na totalidade de seus haveres na instituição associada. Associadas - Em dezembro de 2016, 2 (dois) bancos cooperativos e 829 (oitocentos e vinte e nove) cooperativas singulares de crédito captadoras de depósitos estavam associadas ao FGCoop. Acontecimentos relevantes: Até o mês de dezembro de 2016, não houve caso de intervenção ou liquidação extrajudicial de instituição associada ao FGCoop, não tendo havido, em consequência, cobertura de garantias. Em 31 de dezembro de 2016, o patrimônio do FGCoop representava 0,5642% do montante de contas garantidas, não tendo sido iniciadas operações de assistência e de suporte financeiro. Desempenho Financeiro: Receitas - Constituem receitas do FGCoop: I - contribuições ordinárias e extraordinárias das instituições associadas; II - taxas de serviços decorrentes da emissão de cheques sem provisão de fundos recolhidos de forma direta ou indireta pelas instituições associadas; III - recuperações de direitos creditórios nas quais o FGCoop houver se sub-rogado, em virtude de pagamento de dívidas de instituições associadas relativas a créditos garantidos; IV - resultado líquido dos serviços prestados pelo FGCoop e rendimentos de aplicação de seus recursos; V - remuneração e encargos correspondentes ao recebimento dos
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valores devidos em função da realização das operações de assistência e de suporte financeiro; VI - receitas de outras origens, inclusive recursos recebidos do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Entre os meses de janeiro a dezembro de 2016, as receitas do Fundo originaram-se das contribuições ordinárias, das taxas de serviço decorrentes da emissão de cheques sem fundos e dos rendimentos de aplicação das disponibilidades, não tendo havido receitas de outras naturezas. As receitas de contribuições ordinárias somaram R$ 141.205 mil; as taxas de serviço do cadastro de cheques sem fundos, R$ 6.163 mil, as receitas financeiras R$ 61.113 mil, totalizando R$ 208.481 mil em receitas no exercício de 2016. Despesas: As despesas gerais e administrativas somaram R$ 3.092 mil e as despesas financeiras (administração, gestão e custódia do Fundo de Investimento Renda Fixa e despesas do Fundo de Investimento de RF resgate automático), R$ 600 mil, totalizando R$ 3.692 mil. Despesa x Receitas Totais: As despesas totais representaram 1,77% das receitas totais. Superávit: O superávit do exercício foi de R$ 204.789 mil.
COMPOSIÇÃO MÉDIA DAS RECEITAS
3% 29%
Taxas de devolução de cheque sem fundo
Receitas financeiras
68%
Contribições ordinárias
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HISTÓRICO DO TOTAL DE RECEITAS MENSAIS 25.000
20.000
14,883 15.000
490
14,971 481
16.719
16.117
16.090
621
474
4.619
4.417
4.846
518
17.636
17.706
589
453
5.282
5.243
19.697
18.585
18.398
18.674
19.004
525
423
435
578
5.929
5.547
5.498
5.649
6.249
575
3.986
3.850
10.407
10.641
10.877
11.199
11.355
11.766
12.010
12.131
12.428
12.740
12.777
12.874
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
10.000
5.000
0 Contribuições ordinárias
Receitas financeiraas
Taxas de devolução de cheque sem fundo
EVOLUÇÃO DO PATRIMÔNIO SOCIAL
700.000 600.000 500.000 400.000
453.175
470.500
390.588
421.265
487.920
405.383
436.816
506.235
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
524.317
542.669
561.335
580.692
SET
OUT
NOV
DEZ
300.000 200.000 100.000 -
Evolução do Patrimônio Social
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BALANÇO PATRIMONIAL, EM 31 DE DEZEMBRO, EM MILHARES DE REAIS
Ativo Circulante Caixa e equivalentes de caixa (Nota 5) Aplicações financeiras (Nota 6) Outros créditos Não circulante Aplicações Financeiras a Longo Prazo (Nota 6) Imobilizado Intangível
Total do ativo
2016
2015
Passivo e patrimônio social
2016
2015
72
48
304 376
134 182
580.692
375.903
581.068
376.085
Circulante 922
890
Salários e obrigações sociais
4.601 147 5.670
16.940 27 17.857
574.856
358.163
524 18 575.398
52 13 358.228
Patrimônio social Patrimônio social (Nota 8)
581.068
376.085
Total do passivo e do patrimônio social
Outras obrigações (Nota 7)
Nota
2016
2015
141.205 6.163
115.822 6.369
147.368
122.191
(3.092)
(1.598)
144.276
120.593
61.113 (600) 60.513
36.587 (371) 36.216
204.789
156.809
Receitas operacionais Contribuições mensais ordinárias Taxas de serviço cadastro de cheques sem fundos
9 9
Receita líquida de arrecadação
Despesas gerais e administrativas
10
Superávit operacional antes do resultado financeiro Receitas financeiras Despesas financeiras Resultado financeiro, líquido Superávit do exercício
6
51
2016
2015
Superávit do exercício Outros
204.789 -
156.809 -
Total do superávit abrangente do exercício
204.789
156.809
Nota Em 31 de dezembro de 2014 Superávit do exercício Destinação do superávit
8
Em 31 de dezembro de 2015 Superávit do exercício Destinação do superávit Em 31 de dezembro de 2016
8
Patrimônio social
Superávit Acumulado
Total
219.093
-
219.093
156.810
156.810 (156.810)
156.810 -
375.903
-
375.903
204.789
204.789 (204.789)
204.789 -
580.692
-
580.692
52
2016
2015
204.789
156.809
23
6
Fluxos de caixa das atividades operacionais Superávit do exercício Ajustes de: Depreciação e amortização Ajuste patrimoniais
1
Variações de: Outros ativos
(120)
(20)
194
95
Caixa gerado nas operações
204.887
156.890
Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais
204.887
156.890
Outros passivos
Fluxos de caixa das atividades de investimentos Obras em Andamento
(441)
Aquisição de imobilizado
(49)
(50)
Aquisição de intangível
(10)
(7)
(204.355)
(165.410)
(204.855)
(165.467)
32
(8.577)
Caixa e equivalentes no início do exercício
890
9.467
Caixa e equivalentes no final do exercício
922
890
Aplicações financeiras Caixa líquido aplicado nas atividades de investimentos Aumento (redução) líquido de caixa e equivalentes de caixa
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1 Contexto operacional O Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito – FGCoop é uma associação civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica de direito privado de abrangência nacional, regida pelos termos da Resolução nº 4.284, de 5 de novembro de 2013 e pelas disposições legais e regulamentares aplicáveis, isenta, pela Lei nº 9.430, com a redação dada pela Lei nº. 12.873, de 24 de outubro de 2013, de imposto de renda, inclusive do incidente sobre ganhos líquidos mensais e do retido na fonte sobre os rendimentos de aplicação financeira de renda fixa e de renda variável, bem como da contribuição social sobre o lucro líquido. Iniciou atividades em 10 de abril de 2014 e seu Patrimônio Social foi constituído em 15 de abril de 2014, com transferência do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) de montante atualizado de taxas de serviços decorrentes da emissão de cheques sem provisão de fundos recolhidos de forma direta ou indireta pelas cooperativas de crédito e bancos cooperativos, com base na Lei nº. 12.873/2013. O FGCoop tem por finalidades: I – proteger depositantes e investidores das instituições associadas, respeitados os limites e condições estabelecidos no seu Regulamento; II – contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC); III – contribuir para a prevenção de crise sistêmica no segmento cooperativista. São instituições associadas ao FGCoop as cooperativas singulares de crédito captadoras de depósitos (829, em dezembro de 2016) e os dois bancos cooperativos. O FGCoop tem por objeto prestar garantia sobre instrumentos financeiros emitidos ou captados pelas instituições associadas, nas situações de decretação da intervenção ou da liquidação extrajudicial, não tendo havido, desde o início de suas atividades, realização de operações dessa natureza. Integra também o objeto do FGCoop, consideradas as finalidades previstas nos itens II e III acima, a contratação de operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio de central ou confederação, que somente serão realizadas quando o patrimônio do Fundo for suficiente para garantir, no mínimo, 1% dos depósitos das instituições associadas. A contribuição mensal das instituições associadas ao FGCoop, prevista na Resolução nº 4.284, de 5 de novembro de 2013, é de 0,0125% do montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia ordinária, registrados em títulos e subtítulos do Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional, na forma da Circular nº 3.700, de março de 2014 e Carta Circular nº 3.636, de 6 de março de 2014. O recolhimento mínimo mensal não deverá ser inferior a R$ 100,00.
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Também constituem receita do FGCoop as taxas de serviços decorrentes da emissão de cheques sem provisão de fundos recolhidos de forma direta ou indireta pelas instituições associadas. A emissão dessas demonstrações financeiras foi autorizada pelo Conselho de Administração, em 16 de fevereiro de 2017. 2 Resumo das principais práticas contábeis As demonstrações financeiras foram preparadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). As principais práticas contábeis aplicadas na preparação dessas demonstrações financeiras estão definidas abaixo. Essas práticas foram aplicadas de modo consistente no período apresentado, salvo disposição em contrário. A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da administração do FGCoop no processo de aplicação das práticas contábeis do FGCoop. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras, estão divulgadas na Nota 3. 2.1 Base de preparação As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor, que, no caso de determinados ativos e passivos financeiros (inclusive instrumentos derivativos) é ajustado para refletir a mensuração ao valor justo. 2.2 Moeda funcional e moeda de apresentação As demonstrações financeiras estão apresentadas em R$, que é a moeda funcional do FGCoop e, também, a moeda de apresentação. 2.3 Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa incluem os depósitos bancários e as aplicações financeiras em fundo de resgate automático, destinado ao pagamento das despesas gerais e administrativas do FGCoop e em fundo de investimento exclusivo que possui a característica de alta liquidez, prontamente resgatável, e com risco insignificante de mudança de valor. 2.4
Ativos financeiros
2.4.1 Classificação e reconhecimento O FGCoop classifica seus ativos financeiros sob a categoria mensurados ao valor justo através do resultado. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial.
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Reconhecimento e mensuração Os títulos sujeitos à negociação antes de seu vencimento têm o seu valor contábil ajustado ao valor de mercado, sendo que os ajustes ao valor de mercado são contabilizados em contrapartida ao resultado do período. Nessa categoria encontra-se o fundo exclusivo FGCoop Fundo de Investimento Renda Fixa, administrado pelo Banco Cooperativo Sicredi S.A. 2.5 Imobilizado 2.5.1 Referem-se a equipamentos de comunicação, mensurado ao custo histórico, menos depreciação acumulada, pela taxa de 10% ao ano. O custo histórico inclui os gastos diretamente atribuíveis à aquisição dos itens. 2.5.2 Obras em andamento representam os gastos inerentes às reformas das salas alugadas no endereço da nova sede do FGCoop, que se iniciaram em 5 de novembro de 2016. Destaca-se que as salas foram alugadas ao amparo de seguro de fiança locatícia intermediada pelo Bancoob. 2.6 Ativos intangíveis - software As licenças de softwares são capitalizadas com base nos custos incorridos para adquirir os softwares e fazer com que eles estejam prontos para serem utilizados. Esses custos são amortizados durante a vida útil estimada dos softwares de cinco anos. 2.7 Contas a pagar Representados por salários e obrigações sociais e por obrigações diversas, são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos no curso normal dos negócios, sendo classificadas no passivo circulante se o pagamento for devido no período de até um ano. 2.8 Patrimônio social O patrimônio social é formado pelo recurso aportado incialmente no FGCoop, acrescido das destinações futuras em decorrência dos superávits auferidos. 2.9 Reconhecimento da receita A receita compreende o valor justo das contribuições recebidas de seus associados em decorrência de percentual atribuído aos depósitos dos associados, à razão de 0,0125%. A aferição e o recolhimento das referidas contribuições devem ocorrer dentro do próprio mês. 3 Estimativas e julgamentos contábeis críticos As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoáveis para as circunstâncias. Com base em premissas, o FGCoop faz estimativas com relação ao futuro.
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Por definição, as estimativas contábeis resultantes raramente serão iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas e premissas que apresentam um risco significativo, com probabilidade de causar um ajuste relevante nos valores contábeis de ativos e passivos para o próximo exercício social, estão contempladas a seguir. 3.1 Valor justo de instrumentos financeiros Os títulos públicos e privados integrantes da carteira são contabilizados pelo custo de aquisição, acrescido diariamente dos rendimentos incorridos (curva) até a data do balanço, e ajustados ao valor de mercado, em função da classificação dos títulos. Vide Nota 2.4.1. 4 Gestão de risco financeiro 4.1 Risco de mercado O risco de taxas de juros é o risco do FGCoop sofrer perdas econômicas devido a alterações adversas nessas taxas. Esse risco é monitorado continuamente com o objetivo de avaliar a eventual necessidade de mudança das origens e aplicações de recursos do FGCoop ou de contratação de proteções contra a volatilidade de suas taxas. O FGCoop não possui passivos significativos em que incidam juros, apenas ativos. 4.2 Risco de crédito O risco de crédito é administrado corporativamente. O risco de crédito decorre de caixa e equivalentes de caixa, depósitos em bancos e outras instituições financeiras, aplicações financeiras bem como de exposições de crédito a associados. Parte significativa das aplicações financeiras do FGCoop hoje se encontra concentrada em fundo exclusivo administrado pelo Banco Sicredi. O FGCoop não possui contas a receber na data-base. 4.3 Risco de liquidez O risco de liquidez é administrado corporativamente, sendo monitoradas as previsões contínuas das exigências de liquidez do FGCoop para assegurar que ele tenha recursos suficientes para atender às necessidades operacionais. O excesso de caixa é investido em contas bancárias e fundo de investimento exclusivo, com incidência de juros, escolhendo instrumentos com vencimentos apropriados ou liquidez suficiente. 4.4 Estimativa do valor justo e ajustes a valor presente O FGCoop não efetua ajustes a valor presente de seu contas a pagar e a receber, visto que seu giro médio não gera custo de capital. Este conceito também pode ser demonstrado pelo fato de que na formação do preço de seus serviços não é considerado o custo de capital em nenhuma de suas operações.
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31 de dezembro de 2016
Ativos financeiros Fundos de investimento renda fixa Total de ativos financeiros
Nível 1
31 de dezembro de 2015 Nível Nível Nível 2 Nível 3 Nível 1 2 3
579.457
917
375.103
887
579.457
917
375.103
887
Não ocorreram transferências entre níveis durante o período. A composição dos papéis considerados como de Nível 2 é de R$ 661 em operações compromissadas (2015 – R$ 685) e R$ 256 em cotas de fundo de investimento de resgate automático. (a) Instrumentos financeiros - Nível 1 O valor justo dos instrumentos financeiros negociados em mercados ativos (como títulos mantidos para negociação) é baseado nos preços de mercado, cotados na data do balanço. Um mercado é visto como ativo se os preços cotados estiverem pronta e regularmente disponíveis a partir de uma Bolsa, distribuidor, corretor, grupo de indústrias, serviço de precificação, ou agência reguladora, e aqueles preços representam transações de mercado reais e que ocorrem regularmente em bases puramente comerciais. (b) Instrumentos financeiros – Nível 2 O valor justo dos instrumentos financeiros que não são negociados em mercados ativos (por exemplo, derivativos de balcão) é determinado mediante o uso de técnicas de avaliação. Essas técnicas de avaliação maximizam o uso dos dados adotados pelo mercado onde estão disponíveis com o menor uso possível de estimativas específicas do FGCoop. Se todas as informações relevantes exigidas para o valor justo de um instrumento forem adotadas pelo mercado, o instrumento estará incluído no Nível 2. (c) Instrumentos financeiros – Nível 3 Se uma ou mais informações relevantes não estiver baseada em dados adotados pelo mercado, o instrumento estará incluído no Nível 3. Técnicas de avaliação específicas utilizadas para valorizar os instrumentos financeiros incluem: preço de mercado cotados ou cotações de instituições financeiras ou corretoras para instrumentos similares; o valor justo de swaps de taxa de juros calculado pelo valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados com base nas curvas de rendimento adotadas pelo mercado;
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o valor justo dos contratos de câmbio futuros determinado com base nas taxas de câmbio futuras na data do balanço, com o valor resultante descontado ao valor presente; outras técnicas, como a análise de fluxos de caixa descontados, são utilizadas para determinar o valor justo para os instrumentos financeiros remanescentes.
4.5 Classificação dos instrumentos financeiros
Ativos financeiros Caixa e bancos Fundos de investimento - renda fixa Total de ativos financeiros
Empréstimos e recebíveis 4 -
31 de dezembro de 2016 Mensurado ao valor justo por meio do Custo resultado amortizado
580.374 580.374
Passivos financeiros Obrigações diversas Total de passivos financeiros
Ativos financeiros Caixa e bancos Fundos de investimento - renda fixa Total de ativos financeiros Passivos financeiros Obrigações diversas Total de passivos financeiros
304 304
Empréstimos e recebíveis
31 de dezembro de 2015 Mensurado ao valor justo por meio do Custo resultado amortizado
3 3
375.990 375.990
-
-
-
134 134
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5 Caixa e equivalentes de caixa O caixa e equivalentes de caixa do FGCoop estão assim representados: 31 de dezembro de 2016
31 de dezembro de 2015
4 256
3 202
661 1
685 -
922
890
Caixa e bancos Cotas de fundo de investimento RF resgate automático Operações compromissadas FGCoop Fundo de Investimento Renda Fixa Saldo em Tesouraria do FI RF
6 Aplicações financeiras As disponibilidades do FGCoop são aplicadas em dois fundos: Sicoob DI Fundo de Investimento Referenciado DI e o FGCoop Fundo de Investimento em Renda Fixa. O Sicoob DI Fundo de Investimento Referenciado DI (CNPJ nº 14.287.871/0001-42), sob a forma de condomínio aberto e destinado exclusivamente a investidores qualificados, é administrado pela Bancoob Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. – Bancoob DTVM. Os recursos nele aplicados, com o limite mensal de até 2% da receita de contribuição mensal ordinária, destinam-se aos pagamentos das despesas gerais e administrativas do FGCoop. O rendimento do Sicoob DI Fundo de Investimento Referenciado DI foi de R$ 24. O FGCoop Fundo de Investimento em Renda Fixa (CNPJ n° 19.196.587/0001-84) é um fundo de investimento exclusivo, com prazo indeterminado de duração. A administração do fundo é realizada pelo Banco Cooperativo Sicredi S.A. e a gestão da carteira do fundo é da Bancoob Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. – Bancoob DTVM. O Fundo possui gestão passiva da carteira e visa acompanhar a variação da taxa DI – CETIP. Este objetivo não constitui uma garantia de atingir a rentabilidade almejada. O resgate parcial ou total dos valores aplicados pode ser efetuado a qualquer tempo sem restrição. O rendimento do FGCoop FI RF dividiu-se em apropriação de rendimentos, no valor de R$ 61.658 e na marcação ao preço de mercado que se refletiu em desvalorização no período, no valor de R$ 586, e resultado nas negociações de R$ 10, totalizando R$ 61.082 (2015 – R$ 36.587). Estão registradas ao custo de aquisição atualizado diariamente pelo valor da cota divulgado pelo respectivo administrador do FGCoop FI Renda Fixa. A carteira e suas respectivas faixas de vencimento estão assim classificadas: 31/12/2016 Sem vencimento
Até 1 ano
Acima de 1 ano
Total
Títulos públicos LFT
4.601
574.856
579.457
Total do ativo do FGCoop FI RF
4.601
574.856
579.457
60
Sem vencimento
31/12/2015 Acima de Até 1 ano 1 ano
Total
Títulos públicos LFT
16.940
358.163
375.103
Total do ativo do FGCOOP FI RF
16.940
358.163
375.103
No circulante são registrados títulos que possuem vencimento em até 12 meses após a data do balanço. Estando o vencimento previsto para ocorrer em prazo superior a 12 meses, os títulos são registrados como não circulante. 7 Obrigações diversas Representadas, principalmente, pelas provisões de férias e encargos sociais no valor de R$ 151 (2015 – R$ 113). 8 Patrimônio social O Patrimônio Social foi totalmente integralizado em 15 de abril de 2014, conforme transferência do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) de montante atualizado de taxas de serviços decorrentes da emissão de cheques sem provisão de fundos recolhidos de forma direta ou indireta pelas cooperativas de crédito e bancos cooperativos, com base na Lei nº. 12.873, de 24 de outubro de 2013, acrescido pelas incorporações das destinações subsequentes. 9 Receitas de contribuição de associados Representada pelas contribuições realizadas diretamente pelos associados (mensais ordinárias) ou via Banco do Brasil (taxas de serviços do cadastro de cheques sem fundos). Segue abaixo a estratificação das receitas de contribuição por tipo de entidade:
Cooperativas singulares de crédito Bancos cooperativos Total de contribuições mensais ordinárias Taxas de Serviço Cadastro de Cheques sem Fundos
31 de dezembro de 2016
31 de dezembro de 2015
127.364 13.841 141.205 6.163
104.051 11.771 115.822 6.369
147.368
122.191
10 Despesas gerais e administrativas As despesas gerais e administrativas do FGCoop estão assim representadas:
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31 de dezembro de 2016
31 de dezembro de 2015
1.053 384 123 296 156 61 121 898
516 224 192 220 121 65 27 233
3.092
1.598
Salários Encargos sociais Benefícios Deslocamentos Serviços profissionais Divulgação Locação Demais
11 Contingências O FGCoop não é parte em processos judiciais e administrativos de natureza tributária, cível e trabalhista. Não houve, desde o início de atividades do FGCoop, realização de operações de garantia de créditos contra as instituições associadas. Lúcio Cesar de Faria Diretor Executivo CPF: 186.033.356-72 Jonny Sousa Brito Contador CRC/MG 053494/O-1 T-DF CPF: 385.309.701-44
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RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Aos Administradores Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito - FGCoop
Opinião Examinamos as demonstrações financeiras do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito - FGCoop (“Entidade”), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2016 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito - FGCoop em 31 de dezembro de 2016, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
Base para opinião Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir, intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras”. Somos independentes em relação à Entidade, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas conforme essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações financeiras A administração da Entidade é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Na elaboração das demonstrações financeiras, a administração é responsável pela avaliação da capacidade de a Entidade continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a administração pretenda liquidar a Entidade ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.
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Os responsáveis pela governança da Entidade são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras. Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras. Como parte de uma auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso: Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais. Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Entidade. Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração. Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Entidade. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Entidade a não mais se manter em continuidade operacional.
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Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, inclusive as divulgações e se essas demonstrações financeiras representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada. Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.
Brasília, 17 de fevereiro de 2017
PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 “F” DF
Guilherme Campos e Silva Contador CRC 1SP218254/O-1 “S” DF
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PARECER DO CONSELHO FISCAL
Na qualidade de membros do Conselho Fiscal do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito – FGCoop e no exercício das atribuições estatutárias, acompanhamos os trabalhos realizados em reuniões trimestrais, examinamos o Relatório da Administração, as Demonstrações Contábeis e o Relatório de auditoria das demonstrações contábeis, documentos estes relativos ao exercício findo em 31 de dezembro de 2016. Com base nos nossos exames somos de parecer favorável à aprovação das contas do exercício de 2016. Tomamos conhecimento do Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações contábeis emitido pela PricewaterhouseCoopers – PwC, e constatamos que o mesmo ratifica a análise deste Conselho Fiscal.
Brasília/DF, 08 de Março de 2017.
Eledir Pedro Techio – Coordenador Luiz Mauro Coelho Nascimento - Secretário José Alves de Sena – Membro Efetivo
Quem é quem no FGCoop
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Conselho de Administração
Da esquerda para direita
1. Adriano Michelon (Conselheiro) Sistema Cresol 2. Moacir Krambeck (Conselheiro) Cecred – Sistemas organizados em dois níveis 3. Márcio Lopes de Freitas (Conselheiro) OCB – Cooperativas singulares não filiadas a centrais 4. Bento Venturim (Presidente) Sistema Sicoob 5. Manfred Alfonso Dasenbrock (Conselheiro) Sistema Sicredi 6. Leo Airton Trombka (Vice-presidente) Sistema Unicred
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Conselho Fiscal
Eledir Pedro Techio (Coordenador) Sistema Sicredi
José Alves de Sena Sistema Sicoob
Luiz Mauro Coelho Nascimento (Secretário) Sistema Unicred
Andressa Castro Sistema Cresol
Ana Maria Imbiriba Correa Sistema Unicredi
Clairton Walter Sistema Sicredi
Comitê Técnico de Assessoramento
Ricardo Belízio de Faria Senra Sistema Sicoob
Ivo José Bracht Cecred - Sistemas organizados em dois níveis
Dilmar Antônio Peri Credicoamo - Cooperativas singulares não filiadas a centrais
Thiago Borba Abrantes OCB - Cooperativas singulares não filiadas a centrais
70
Equipe FGCoop
Da esquerda para direita
1. Tomás Moura da Veiga Mestre em estudos populacionais e pesquisas sociais e analista graduado em Estatística. 2. Marcelo dos Passos Lima Analista graduado em Administração de Empresas e Pósgraduado em CBA Controladoria e Finanças. 3. Micaella Rodrigues de Oliveira Técnica de apoio administrativo graduada em Planejamento e Gestão Financeira, estudante de Contabilidade. 4. Lúcio César de Faria Diretor Executivo 5. Cláudio Luis Medeiros Weber Diretor 6. Bruna Lima Dias Gomes Técnica de apoio administrativo graduada em Administração e estudante de Gestão da Comunicação nas Organizações. 7. Davi da Costa Aires de Oliveira Analista graduado em Administração de empresas e MBA em Finanças 8. Renato de Salvi Baracchini Analista graduado em Matemática e MBA em Finanças.
71
72
www.fgcoop.coop.br