TATAME #264

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FIM DO ‘CREONTE’? Na opinião dos três professores, sim. E o termo criado de forma descontraída por Carlson Gracie anos e anos atrás, vai perdendo a sua força com o passar do tempo, pelo menos para aqueles buscam a evolução e profissionalização do Jiu-Jitsu. “Quem forma o ‘creonte’ é o próprio treinador, que cria o aluno de maneira errada, antiga. Eu nunca me senti traído. No começo, quando me tornei faixa-preta e era líder de equipe já, sentia mais algumas perdas, mas por inexpe-

riência. Quando você enxerga a maneira profissional de lidar com um atleta, com sua empresa, você não se sente mais traído, passa a entender que é a evolução do processo”, analisou Cavaca. Situação mais “delicada” vive Márcio Rodrigues, que é treinador dos seus dois filhos, os faixas-preta Ygor e Yago. Porém, se for necessário eles mudarem em busca de crescimento, o pai garante total apoio: “Com certeza eu iria ficar de coração partido por não ter mais eles do meu

lado, mas aceitaria e entenderia também. Como já falei algumas vezes, eles precisam ver o lado profissional, o que é o melhor para eles naquele momento. Eu fico muito feliz e realizado de ver o sucesso deles”, disse. Feijão, por sua vez, foi direto, encerrando a discussão: “É sempre uma situação delicada (a troca de equipes), pois temos que analisar o contexto num todo, mas hoje em dia não existe mais o ‘creonte’ como era antigamente”, finalizou o professor.

NOVEMBRO 2020


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