Resumos história arte 10 11 ano

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Gonçalo Vaz de Carvalho - 2008

consolidar o império, perpetuar o classicismo imperial e enriquecer a capital do império com monumentos e edifícios. Esta estabilidade ficou marcada na arte através de vários edifícios emblemáticos: o Coliseu, com uma capacidade de 50 000 pessoas e que caracteriza sinteticamente a megalomania na arquitectura romana, e os Arcos do Triunfo, o desenvolvimento de uma estrutura utilizada no período republicano para uma edificação sólida e monumental (conseguida através da substituição da madeira por pedra e do aumento de dimensões) que simbolizava as vitórias do império face aos inimigos (tendo, portanto, uma função comemorativa).

_Urbi et Orbi Em 98, o imperador Trajano toma posse do poder, iniciando uma nova dinastia e inaugurando um novo sistema de sucessão (adopção substituindo a filiação). Com este imperador, Roma atinge o seu auge territorial, dominando quase toda a Europa, uma grande extensão no norte de África e uma importante zona no Médio Oriente. Roma domina, portanto, o mundo conhecido. E com esta grandiosidade, o imperador constrói realizações no campo da arquitectura e urbanismo que marcaram a capital do império, entre as quais o Fórum de Trajano. O último, construído a c.110, foi a mais ambiciosa intervenção artística do período imperial. Adriano, filho adoptivo de Trajano, foi um dos imperadores romano que mais impulsionou as artes. Homem culto, intelectual e de bom gosto, dirigiu um governo pacífico que marcou o apogeu da criação artística imperial. Erigiu o Panteão (templo de todos os deuses), o edifício mais inovador da arquitectura Romana. Também mandou edificar a Villa Adriana, em Tivoli, em que se revela o seu amor pelas artes. Foi concebida como uma autêntica cidade-palácio formada por jardins exuberantes, espaços exóticos...

_O simbolismo do Panteão O Panteão é a representação da utopia de Adriano: construir em Roma um edifício em que “coubesse todo o mundo”. Este edifício emblemático tem características, no seu traçado geométrico, que remetem para a imagem do universo e para o movimento celestial. A nível formal, o Panteão constitui-se por dois elementos: a nível dos sólidos, surge a figura do globo (a esfera); a nível do plano, surge o círculo. A ordem constante do universo remete para a figura esférica (para os antigos, o cubo e a esfera eram a representação da inteligência divina): do quadrado ao cubo, do círculo ao cilindro, da pirâmide ao cone, todas as formas pareciam convergir na esfera. Suportado pela mística dos números e pela geometria pitagórica, o edifício increve-se num cubo que contém uma esfera; de outro ponto de vista, a sua forma deriva de um triângulo equilátero, definindo um cone e uma pirâmide.

_O baixo império _O mundo romanizado No séc. III, devido à enorme expansão de Roma, já locais muito distantes tinham a sua marca. No entanto, este crescimento galopante teve um fim, resultando na gradual decadência do império e na consequente finalidade do mundo clássico. Este período dividiu-se em três fases de evolução: a dinastia dos Severos (192-235), a anarquia militar (235-284), a tetrarquia (284-305) e o governo de Constantino (305-337). 30/102


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