Cinder - Crônicas Lunares de Marissa Meyer

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— O quê? Por quê? — Porque todos temos a missão de fazer o que pudermos, e você sabe que a demanda por… sua espécie é alta. Especialmente agora. — Ela parou. Seu rosto ficou vermelho e manchado. — Ainda podemos ajudar Peony. Eles só precisam de ciborgues para encontrar a cura. — Você me inscreveu como voluntária na pesquisa da peste? — Sua boca mal podia formular as palavras. — O que mais eu poderia fazer? A boca de Cinder se abriu tanto que seu maxilar parecia pendurado. Ela sacudiu a cabeça, estupefata, enquanto os três sensores amarelos se focavam nela. — Mas… ninguém sobrevive aos testes. Como você pôde… — Ninguém sobrevive à peste. Se você se importa com Peony tanto quanto diz, fará o que digo. Se não fosse tão egoísta, teria se tornado

voluntária depois de deixar a feira hoje, antes de vir para cá e arruinar minha família. De novo. — Mas… — Levem-na. Ela é toda sua. Cinder estava chocada demais para se mover quando o androide mais próximo ergueu um escâner para o pulso dela. Ele bipou e ela se encolheu. — Linh Cinder — disse o androide em uma voz metálica —, seu sacrifício voluntário é admirado e apreciado por todos os cidadãos da Comunidade Oriental. Um pagamento será feito a seus entes queridos como demonstração de gratidão por sua contribuição para nossos estudos em andamento. Sua mão segurou ainda mais firme a correia magnética. 61


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