E-book Congresso Leiria 2017

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expectativas y motivaciones, en las necesidades afectivas y en el grado de sobrecarga emocional de los cuidadores informales ya que es una respuesta basada en una metodología cuidadosa y de empoderamiento de bajo costo para las familias cuidadoras Palabras Clave: Grupos de ayuda mutua; Cuidadores Informales; Demencia. INTRODUÇÃO O envelhecimento demográfico é uma realidade em Portugal e tem vindo a agravar-se, quer pela diminuição da natalidade, quer pelo aumento da esperança média de vida à nascença que passou de 74,4 anos nos homens e 80,9 anos nas mulheres em 2004 para 77,4, e 83,2 anos, respetivamente, em 2014 (PORDATA, 2016). O índice de envelhecimento da população nos últimos 5 anos passou de 127,6 em 2011 para 146,5 em 2015 (INE, 2016), a qual se associam índices de dependência acrescidos em função do agravamento da morbilidade. A incidência global de demência tem vindo a aumentar drasticamente nas últimas décadas representando o número estimado de portugueses com demência, acima dos 60 anos de idade, de aproximadamente 156 546 casos, o que corresponde a 5,84% da população com mais de 60 anos (Santana & Duro in Veríssimo, 2014). O impacto na dinâmica familiar dos cuidados a um idoso com demência pode assumir repercussões negativas (sob a forma de sobrecarga, sentimentos de frustração e ansiedade, implicações na saúde física e mental, na atividade profissional e tempo livre e lazer) mas também repercussões positivas (satisfação obtida com a prestação de cuidados) pelo que as intervenções junto dos cuidadores informais de idosos devem contemplar a resposta a várias necessidades, de forma a melhorar a qualidade de vida da díade cuidador-recetor de cuidados (Figueiredo, 2007). Portugal tem a maior taxa de cuidados domiciliários informais, prestados por um residente na mesma habitação, da Europa (12,4 %), e a menor taxa de prestação de cuidados não domiciliários (10,8 %) (Barbosa & Matos, 2014). Atualmente, pouca informação é conhecida em Portugal sobre as necessidades das pessoas idosas com demência provável e seus cuidadores informais. Os dados de um estudo feito na zona da Norte do país revelaram que a prevalência de demência / doença de Alzheimer era de 5,91% na população portuguesa com 60 ou mais anos de idade (Santana et al., 2015). Considerando o contexto internacional, a prevalência de demência estimada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na Europa do Sul aumenta com a idade, variando entre 0,026% para indivíduos com idade entre 65-69 anos e 0,324% para aqueles com mais de 85 anos. Além disso, espera-se que aumente o número de pessoas com demência, duplicando até 2030 e triplicando até 2050. Esses números têm um alto impacto na qualidade de vida das pessoas e na economia das famílias e comunidades, representando um dos maiores desafios para os profissionais de saúde pública (Teixeira et al., 2017). O Projeto CuiDem – Cuidados para a Demência pretende contribuir para a consciencialização pública e profissional sobre as perturbações neurocognitivas, assim como

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