ebook V congresso aspesm 2015

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exemplo a cessação tabágica (Terauchi et al, 2010). Arigo e colaboradores (2007) concluíram que as crenças disfuncionais e atitudes sobre o sono apresentam-se significativas para os aspetos físicos da qualidade de vida, como noutros estudos, mas não se verificando para os aspetos mentais. Resultado que poderá estar relacionado com a dimensão da amostra (n=168) comparativamente a outras (n=527, n=1451 e n=982). A prevalência de transtornos de humor nas mulheres é considerada elevada e, mais prevalente em mulheres com baixa escolaridade, baixo rendimento e sem atividades profissionais fora do domicílio (Galvão et al, 2007; Campos, 1998). As mulheres que sentiram disforia pré-menstrual são mais propensas a apresentar sintomas psiquiátricos na perimenopausa (Novaes et al, 1998). Observou-se, ainda, prevalência aumentada de distúrbio hipoativo do desejo sexual na perimenopausa (40-49 anos). O nível de escolaridade e outros fatores sociodemográficos não parecem ter um papel diferenciador entre mulheres com e sem distúrbio do desejo sexual (Rosen et al 2012). As patologias psiquiátricas mais comuns são a depressão e a ansiedade, verificando-se que as mulheres que sofreram de disforia pré-menstrual são mais propensas a apresentar sintomas psiquiátricos. A transição menopausal e as alterações hormonais estão fortemente associadas com o início de humor deprimido entre as mulheres sem histórico de depressão. Foi encontrada uma alta prevalência de sintomas depressivos em alguns estudos (Blumstein et al, 2012; Bromberger & Kravitz, 2011; Steinberg et al, 2008; Suau et al, 2005), com associação positiva ao status cultural, atitude negativa face ao envelhecimento, estado civil e nível de escolaridade, (Blumstein et al, 2012; Bromberger & Kravitz, 2011), e a menor densidade mineral óssea do quadril (Jacka et al, 2005). No entanto, os episódios depressivos parecem concentrar-se nas fases mais avançadas da perimenopausa e no 1º ano da pós-menopausa e que as alterações hormonais podem ser relevantes (Steinberg et al, 2008; Freeman et al, 2006; Schmidt et al, 2004). Não tendo sido encontradas evidências de que os fogachos ou um episódio anterior de depressão, mesmo pós-parto, contribuíssem para um quadro clínico diferente (Freeman et al, 2006), mas maior nível de escolaridade é considerado um fator protetor (Suau et al, 2005). Como os fatores psicossociais exercem significativa

influência,

será

importante

identificar

as

mulheres

que

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