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E marcou muito essa minha primeira personagem, a Clarice, que segue aquela caravana vendendo doces. O Jayme curtiu o meu trabalho tanto que ela acabou a novela como grande amiga da Ana Raio. Quando acaba um trabalho é muito doloroso e esse em especial, porque nós ficamos praticamente um ano viajando e convivíamos o tempo inteiro, ficamos todos muito unidos. Quero agradecer aquelas pessoas que nos acolheram em cada cidade tão maravilhosamente bem, aqueles que assistiram e acompanharam a novela. E agradecer também o Jayme, que foi uma pessoa de muita importância na minha vida, tanto que dez anos depois ele me chamou pra fazer outra novela. Só posso deixar um recado de amor. Para os colegas que fizeram a novela comigo, o amor é uma coisa que não acaba, a gente pode não se encontrar mais, mas foram pessoas muito marcantes. Uma delas foi o Luis Maçãs, ficamos muito amigos, inclusive, ele foi meu padrinho de casamento, convivemos muito. Uma outra pessoa que foi embora, é uma pena, o Luis Armando. Acho que foi um presente, obrigada a todo mundo. Pra mim, houve um antes e depois de Ana Raio, porque eu vim do teatro e de repente estava ali fazendo uma personagem, e recém-mãe com o meu filho junto, sendo superacolhida, aprendendo muito, com todas aquelas pessoas, então foi uma das maiores lições que eu pude ter. Quero deixar aqui a minha convivência, admiração e agradecimento ao Caruso com a Jandira, que escreveram a novela, foi um presente maravilhoso que eles me deram, pude estar ali com o Jayme e todos os outros também. E o Gilvan que virou um irmão meu, posso considerálo meu melhor amigo. Lu Grimaldi

A Novela A História de Ana Raio e Zé Trovão foi exibida de 12 de dezembro de 1990 a 13 de outubro de 1991, às 21h30 e sua estréia foi prejudicado pela época. A novela foi escrita por Marcos Caruso, que também narrava os rodeios da trama, e por Rita Buzzar que, em 2004, escreveu o roteiro do filme Olga, de Jayme Monjardim. O argumento da história era do próprio Jayme, que ajudava a escrever a novela, e era o diretor-geral, com apoio de Marcos Schetman, Marcelo Travesso (pela primeira vez como diretor), Roberto Naar e Henrique Martins. A novela tinha 251 capítulos, embora houvesse previsão de mais, e um compacto, com 80 capítulos, foi exibido na metade de 1991. A trama fez muito sucesso também com as crianças, sendo vendidas réplicas dos caminhões de Dolores Estrada e de Zé Trovão. Durante a crise de 93, a novela foi reexibida às 18 horas, de 29 de março a 31 de maio, mas os telespectadores estranharam a qualidade das imagens, originariamente em fitas VHS e que foram decodificadas para o formato beta para exibição na rede.

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