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Nós do governo Collor, ou principalmente Luiz Paulo Veloso Lucas e eu, é que assimilamos inicialmente essa idéia dentro do Governo. E quem nos trouxe a idéia do ponto de vista da produção, do setor privado, foi o Luiz Carlos Barreto. Nós achávamos que o incentivo fiscal deveria ser sobre o resultado do filme, mas Barreto disse que isso não funcionava, não ia dar certo. Depois, acabou prevalecendo sua idéia de que o incentivo deveria ir de cara para o patrocinador, o financiador do filme. A lei Rouanet, criada pelo Collor, acabou sendo importante para o teatro e outras manifestações culturais, e para o cinema também. Mais importante ainda tem sido a lei do Audiovisual.

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Ambas são uma renúncia fiscal, ambas têm seus problemas, mas é o que há. Eu fiquei um ano e oito meses em Brasília, um ano no Governo e oito meses como correspondente do Jornal do Vídeo, um jornal grande, que circulava nas locadoras, cada página era um anúncio. Eu fazia a cobertura de toda a parte política, que tinha alguma relação com a área de vídeo, o editor era Oceano Vieira. Era uma revista com matérias de gerais e anúncios pagos pelas loca-

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