Jornal da Imagem - 456 agosto 2016

Informativo da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem Agosto de 2016 | Edição 456

Encontro discute o estado da arte em Radiologia Cardíaca A pré-inscrição para o IX Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca termina em 18 de agosto. Multidisciplinar, o curso, que será realizado nos dias 26 a 28 do mesmo mês, reúne renomados radiologistas e cardiologistas para discutir desdobramentos e tendências. Páginas 8 e 9

SPR GLOBAL

EVENTOS SPR

Progetto Diventerò 2016

Bauru é próximo destino do CMA

Inscrições para nova fase do projeto, uma parceria da SPR com a Fundação Bracco, estão abertas até 16/9.

Iniciativa levará três brasileiros para estudar na Itália.

Cidade recebe o Clube Manoel de Abreu para discutir temas de ultrassonografia e oncologia de 16 a 18 de setembro. Confira, ainda, a cobertura de Maringá.

Página 23

Páginas 16 a 19

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APLICATIVO DO JORNAL DA IMAGEM Esta edição também está disponível em versão digital. Baixe o aplicativo na app store do seu dispositivo (versões para Android e iOS)

2 • PALAVRA DO PRESIDENTE

Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem Av. Paulista, 491 – 3º andar CEP 01311-909 – São Paulo – SP Tel. (11) 5053-6363 – Fax (11) 5053-6364 www.spr.org.br

Oportunidades diferenciadas de atualização

Filiada ao Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) • Departamento de Diagnóstico por Imagem da Associação Paulista de Medicina (APM)

DIRETORIA PARA O BIÊNIO 2015/2017 Presidente Dr. Antônio Soares Souza Vice-Presidente Dr. Carlos Homsi Secretário-Geral Dr. Mauro José Brandão da Costa

1º Secretário Dr. César Higa Nomura

2º Secretário Dr. Henrique Simão Trad

Tesoureiro-Geral Dr. Décio Roveda Jr.

1º Tesoureiro Dr. Gustavo Kalaf

2º Tesoureiro Dr. Douglas Jorge Racy

Diretor Científico Dr. Renato Adam Mendonça

Diretor de Defesa Dr. Jaime Ribeiro Barbosa Profissional

Dr. Antônio Soares Souza, presidente da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR)

Diretor de Patrimônio Dr. Cyro Padilha Balsimelli Diretora de Assuntos Dra. Eloísa de Mello Gebrim

Culturais Diretor de Tecnologia Dr. Marcelo de Maria Félix

da Informação Presidente do Clube Dr. Pablo Rydz Pinheiro Santana

Roentgen Presidente do Clube Dr. Nelson Gomes Caserta

Manoel de Abreu

Presidente SPR Jr. Dr. Renato Hoffmann Nunes

Presidente do Dr. Antônio José da Rocha Conselho Consultivo

CONSELHO

CONSULTIVO

Dr. Antônio José da Rocha Dr. Ricardo Emile Baaklini Dr. Tufik Bauab Jr. Dr. Marcelo D’Andrea Rossi Dr. André Scatigno Dr. Adelson André Martins Dr. Renato Adam Mendonça Dr. Celso Hiram de Araújo Freitas Dr. Aldemir Humberto Soares Dr. Nestor de Barros Dr. Jaime Ribeiro Barbosa Dr. Luiz Antônio Nunes de Oliveira Dr. Giovanni Guido Cerri Dr. José Michel Kalaf

Comissão Editorial

Dr. Aldemir Humberto Soares Dr. Carlos Homsi Dr. Celso Hiram de A. Freitas Dr. Cássio Ruas de Moraes Dr. Tufik Bauab Jr.

Edição Lilian Mallagoli MTb. 30.443-SP Comunicação Tatiana Gentina – tatiana@spr.org.br Marketing Mayra Leal – mayra@spr.org.br

Design Gráfico Marco Murta – Farol Editora farol@faroleditora.com.br

Impressão Hawaií Gráfica e Editora São Caetano do Sul, SP

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da SPR.

A interação com entidades nacionais e estrangeiras permite que desenvolvamos o melhor dos conteúdos, assinados por grandes nomes da imagem cardiológica mundial

No fim de agosto, a Sociedade Paulista de Radiologia terá o privilégio de oferecer aos radiologistas o 9º Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca, em São Paulo. Parte de nossos Cursos Avançados, trata-se de uma iniciativa ímpar, que reúne radiologistas, cardiologistas e outros especialistas na organização do evento e condução de aulas.

Dessa forma, faz parte dos objetivos desse curso que os participantes saiam com visão global do paciente cardiológico e do papel que cada médico envolvido terá no seu diagnóstico e tratamento, com compreensão de como suas atitudes podem refletir nas maneiras de conduzir os procedimentos e colaborar com o trabalho da equipe médica.

Vimos há meses trabalhando com muito afinco para oferecer com nossos parceiros e apoiadores o melhor e mais atualizado conteúdo neste encontro – contamos com o apoio da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul (SOCERGS), Sociedade de Radiologia do Rio de Janeiro (SRad-RJ), Associação Paulista de Medicina (APM) e Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR). Também temos dois parceiros internacionais: as Sociedades Cardiovasculares norte-americanas de Tomografia Computadorizada e de Ressonância Magnética. Essa interação com entidades nacionais e estrangeiras permite que desenvolvamos o melhor dos conteúdos, assinados por grandes nomes da imagem cardiológica mundial. Dentre os professores estrangeiros, já temos confirmados os nomes dos Drs. Vanessa Ferreira e James Carr.

Este é, assim, um evento de grande importância para aperfeiçoarmos nossa prática diária e a consonância de nossas ações com os cardiologistas e demais médicos envolvidos no processo.

Trata-se de uma oportunidade de aprimorarmos nossa forma de ver e conduzir os pacientes.

Também no mês de agosto, nos dias 25 e 26, São Paulo terá a honra de ser uma das sedes brasileiras do Curso Esor AIMS 2016 – Advanced Oncology Imaging. O curso foi projetado para oferecer uma revisão aprofundada e uma atualização dos diferentes e relevantes aspectos da imagem em pacientes oncológicos, e a SPR é sua anfitriã na capital paulista.

Semanas antes, no início do mês, de 3 a 6 de agosto, estaremos em Cartagena de Índias para participar do Congresso Colombiano de Radiologia, que chega à sua 41ª edição. Além de receber professores de diversos países para as aulas em 11 módulos, o evento oferecerá um Curso Pré-Congresso de Imagem da Mulher e um Encontro de Residentes, além de sessões plenárias, em que serão discutidos temas de interesse para a radiologia latino-americana.

Saindo um pouco da seara de atualização científica, recebemos uma grande notícia não apenas para os radiologistas, mas para todos os médicos brasileiros: no fim de junho, o Senado Federal concluiu a atualização das regras para o enquadramento de empresas no Simples Nacional. Com isso, clínicas e hospitais que gastem 28% de sua receita bruta com pagamento de salários passarão a pagar menos impostos. Sem dúvida, um alívio para nossa especialidade em um momento de tantas apreensões e preocupações.

Aproveite este mês recheado de cursos diferenciados e aprimore seu currículo e seus conhecimentos! Os eventos também proporcionam a oportunidade de interação social com profissionais de diferentes serviços, cidades e países. Agende-se!

DEFESA PROFISSIONAL • 3

Edição 456 – Agosto de 2016

Médicos pagarão menos impostos No fim de junho, o Plenário do Senado Federal concluiu a atualização das regras para o enquadramento de empresas no Simples Nacional – um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).

A primeira votação para definir as alterações, também feita em junho,

já havia contemplado uma emenda do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), que pedia a alteração nas tributações para médicos.

Segundo o texto, eles poderiam migrar da tabela V para a tabela III – sempre condicionados ao critério de geração de empregos –, o que significaria alíquotas mais favoráveis. Assim, a alíquota para a faixa de até R$ 180 mil de receita bruta em 12 meses cairá de 15,50% para 6%, por exemplo. Confira as demais reduções:

Até R$ 360 mil de receita bruta anual: de 18% para 11,20%; Até R$ 720 mil: de 19,50% para 13,50%; Até R$ 1 milhão e 800 mil: de 20,50% para 16%; Até R$ 3 milhões e 600 mil: de 23% para 21%; Porém, até R$ 4 milhões e 800 mil, a alíquota aumenta de 30% para 33%.

Além dos médicos, outras categorias profissionais pleitearam o benefício; os profissionais liberais, nos quais se incluem os da Medicina, foram incluídos na segunda votação, de 28 de junho. É preciso considerar, no entanto, que, para desfrutar da redução, é preciso que 28% da receita bruta da pessoa jurídica seja gasta no pagamento de salários.

O texto não é considerado plenamente aprovado porque, como houve modificações em relação à proposta original, ele deve retornar para nova votação dos deputados.

Por isso, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e as entidades médicas nacionais preparam mobilizações

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para que o conteúdo aprovado no Senado seja de fato mantido.

Outras alterações O texto finalizado pelo Senado também apresentou outras mudanças: ü O teto para uma pequena empresa ou microempresa ser enquadrada no Simples Nacional passa de 3,6 milhões de faturamento anual para R$ 4,8 milhões;

ü Para o microempreendedor individual, o Senado subiu o limite de R$ 60 mil/ano para R$ 81 mil/ano;

ü As faixas de alíquota de imposto caem de 20 para 6;

ü Muda o prazo de parcelamento de dívidas de 60 meses para 120 meses, com redução de multas e juros.

4 • CONEXÃO DIGITAL

Destaques do SIIM – Congresso de Informática em Imagens Médicas

Dr. Thiago Julio é Radiologista Intervencionista, pós-graduado em Informática Médica, Coordenador de Tecnologia e Inovação no SírioLibanês, Medical Officer na Healfies, Diretor no IHE Brasil e responsável pela página de Conexão Digital do Jornal da Imagem.

Foi realizado no mês passado, na interessante e bela Portland (Oregon, EUA), mais uma edição do congresso anual da SIIM (Society for Imaging Informatics in Medicine), organizada por Richard H. Wiggins III, MD, FSIIM, CIIP (University of Utah Health Sciences Center e SIIM Chair), convidado e coordenador da JPR’2016. Eu sempre gosto muito do SIIM, por ter um agradável equilíbrio entre a academia/ciência e o mercado/prática. Além disso, o clima amigável desta reunião favorece o networking com colegas que também estão envolvidos com tecnologia e informática, radiologistas, residentes, engenheiros, desenvolvedores e representantes da indústria.

O congresso me pareceu bem mais cheio do que as últimas edições; várias sessões tiveram salas lotadas, com participantes em pé, enquanto a feira comercial e área de pôsteres tiveram bom movimento durante todos os dias. Eu, particularmente, aproveito muito a exposição do SIIM, pois como o congresso tem pouca força comercial (não se compram tantos aparelhos e sistemas como no RSNA ou na JPR), as empresas geralmente optam por enviar aos estandes sua força de desenvolvimento e implantação frente às equipes de vendas. Assim, é possível tirar muitas dúvidas técnicas e se aprofundar nos detalhes das soluções apresentadas. Seguem aqui meus destaques deste ano:

Sessão de Abertura: Radiologia Centrada no Paciente

Rasu B. Shrestha, MD, MBA (Chief Innovation Officer da University of Pittsburgh Medical Center e Presidente da UPMC Enterprises) definiu o tom do evento ao refletir sobre a mudança do modelo de saúde para uma abordagem mais centrada no paciente, e como a radiologia se adapta a esta nova realidade. De gerador de laudos a consultor médico, o radiologista começa a mudar seu papel, antes centrado no exame, agora no paciente; antes focado na interpretação, e agora mais focado no resultado final (outcome).

Enterprise Imaging

Enquanto ainda nem temos um termo adequado em português, os americanos mostraram um amadurecimento real neste cenário. Implementação e Governança de “Imagens Médicas” foram dois tópicos muito debatidos; um grupo de trabalho HIMSS-SIIM publicou dois whitepapers sobre os temas.

Tecnicamente, os casos de implantação de VNAs começam a ser contados, alimentando a discussão de “desconstrução do PACS” e agora adicionando um novo ingrediente: o “archiveless PACS” – o PACS apenas como front-end do radiologista (worklists, laudos e imagens), deixando o gerenciamento e armaze-

FHIR / DICOMweb / XDS

Os participantes da Hackathon (vendors, radiologistas e desenvolvedores) mais uma vez mostraram aplicabilidade prática dos principais padrões para trafegar e acessar imagens DICOM via web.

Suporte à Decisão Clínica (CDS)

A partir de janeiro de 2018, uma nova lei entra em vigor nos EUA, que atrelará o pagamento dos exames e procedimentos a protocolos e recomendações oficiais. Ou seja, exames mal indicados não serão mais remunerados! Sabemos que a implantação de sistemas de CDS são muito difíceis, indo além de questões técnicas: adoção de protocolos, heterogeneidade de tabelas de cadastro e regras de faturamento, mudança de cultura de médicos solicitantes e pacientes, risco de potencial perda de receita para serviços de imagem. Tudo isso força os hospitais a começarem suas implantações e adequações com bastante antecedência.

Inteligência Artificial / Machine Learning

Demo de estação de trabalho avançada

namento dos arquivos por conta do VNA. Outra grande questão é se devemos “DICOMizar” as imagens não radiológicas. Apesar de preferir o armazenamento das imagens nos formatos originais, o “envelopamento” DICOM permite adicionar as essenciais tags (dados do paciente e do estudo) a fotos tradicionais e de outras modalidades não radiológicas.

O padrão XDS também pode ajudar nesta tarefa.

Migração

Muitos hospitais americanos já estão na sua segunda ou terceira geração de PACS, então, além de inevitáveis, as migrações já começam a ser consideradas procedimentos usuais dentro das equipes de TI. Empresas especializadas em terceirizar mi-

grações ganham mercado, enquanto alguns hospitais com mais recursos adotam estratégias DIY (Do It Yourself), assumindo os riscos (e custos) das migrações, utilizando-se de softwares controladores específicos.

Workstations e salas de laudos

O SIIM sempre tem sessões específicas para discutir o ambiente de trabalho, ergonomia, luminosidade e nível de ruído das estações de laudo. Uma pesquisa apresentada este ano mostrou que as novas gerações de radiologistas preferem mais monitores auxiliares junto aos monitores diagnósticos, uma vez que trabalham com muitas aplicações abertas em conjunto com o RIS/ PACS (browser, email, prontuário eletrônico, chats, listas de contatos, etc.).

A palestra de encerramento de Eliot L. Siegel, MD, FSIIM (Professor de Radiologia da Escola de Medicina da Universidade de Maryland e Chefe do Serviço de Imagem do Veterans Affairs Maryland Health Care System) traçou um panorama histórico da aplicação de técnicas de inteligência artificial, no âmbito mais geral, passando pela medicina e terminando na radiologia. Há um imenso hype em torno do tema, que parece ter atingido o ápice da curva de Gartner. Diversas startups disputam com grandes players a atenção dos hospitais, que, por sua vez, parecem investir cada vez mais em linhas de pesquisa e desenvolvimento dos seus próprios times de especialistas. Dos CADs às novas técnicas de deep learning baseadas em redes neurais, as ferramentas de IA prometem serem “Amplificadoras da Inteligência” do radiologista, que ganha novas ferramentas automáticas e mais informações sobre o paciente.

Links e referências: http://wp.me/p5kipb-a0

ENTREVISTA • 5

Edição 456 – Agosto de 2016

“Falta internacionalização ao Brasil” Em 4 e 5 de novembro, será realizado XII Congresso Brasileiro de Neurorradiologia no Hotel Tivoli Mofarrej, organizado pela Sociedade Brasileira de Neurorradiologia Diagnóstica e Terapêutica. À frente dela, como presidente, está o Prof. Dr. José Guilherme M. P. Caldas, neurorradiologista intervencionista responsável pelo Serviço de Neurorradiologia Intervencionista do Hospital das Clínicas – FMUSP e Coordenador Médico do Hospital Sírio-Libanês.

Dentre os temas de destaque, o Congresso divulga: na área de diagnóstico, foco nos temas de integração com a radiologia intervencionista, nomeadamente o Stroke; diagnóstico dos tumores cerebrais, das doenças neurodegenerativas e da neurorradiologia pediátrica. Também, será dado um enfoque particular às novas técnicas de imagem, incluindo PET (CT e MR). Na área de intervenção, o congresso pretende reunir todas as escolas de neurorradiologia intervencionista, além de focar em novas tecnologias no tratamento endovascular do sistema nervoso central, tratamento endovascular de aneurismas, anatomia vascular funcional, tratamento endovascular das malformações arteriovenosas, tratamento das doenças vasculares da medula e Stroke.

Dr. Caldas tem um vasto currículo acadêmico, mestrado, doutorado, pós-doutorado e é professor livre-docente da Universidade de São Paulo. Tem 82 artigos publicados, 24 teses de doutorado orientadas e defendidas mais de 400 palestras em congressos. Já foi presidente da Associação Franco-Brasileira de Radiologia e coordenador do Comitê Científico da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (SOBRICE).

Nesta entrevista, fala sobre sua gestão, as expectativas para o congresso (inscrições abertas em http://congressosbnr.com.br/) e a integração da neurorradiologia brasileira com a mundial.

Como está o processo de organização do XII Congresso Brasileiro de Neurorradiologia?

Dr. José Guilherme – Estamos muito entusiasmados com a receptividade ao Congresso. Vamos homenagear as escolas estrangeiras que formaram os primeiros neurorradiologistas intervencionistas brasileiros e esperamos, assim, congregar todas as escolas hoje em atuação no Brasil. Na área de diagnóstico também temos um programa muito completo e com grande interação com a radiologia intervencionista.

O sr. poderia, por favor, explanar sobre os destaques divulgados pelo Congresso? Como foram selecionados e o que os congressistas podem esperar do evento?

Dr. José Guilherme – Foram escolhidos todos os professores de todas as escolas que formaram os primeiros neurorradiologistas brasileiros ou representantes dos mesmos. Assim, teremos os Drs. Jacques Moret, Fernando Vinuela, Luc Picard, Pedro Lylyk e George Rodesch representando o Prof. Lasjaunias (in memorian) e René Chapot represen-

tando a escola do Prof. Merland.

Para o programa de diagnóstico, escolhemos professores que estejam desenvolvendo trabalho de ponta, pois o congresso é para especialistas e para que estes se aprofundem nos temas mais modernos. Diria que será um retorno às origens para os intervencionistas e será uma oportunidade de atualização extraordinária para quem faz diagnóstico.

Dr. José Guilherme – Posso dizer que não ficamos a dever em nada aos centros internacionais.

Falta material especialmente nos hospitais públicos, mas os neurorradiologistas brasileiros são considerados internacionalmente como extremamente habilidosos e com uma capacidade enorme de resolver situações imprevistas ou difíceis. Por isso, temos tantos brasileiros como chefes de centros importantes na Europa e nos Estados Unidos. Orgulho-me dos colegas que tenho neste Brasil.

O sr. assumiu a presidência da SBNR em 2015. Um ano antes, nos contou suas expectativas - aprofundar as relações com os sócios, certificar e estabelecer critérios para treinamento nos diferentes serviços do País, trazer um maior número de sócios e realizar um evento com a SOBRICE na área de intervenção. O que já foi realizado/conquistado e quais as expectativas?

Dr. José Guilherme – Tudo isso está sendo feito. O crescimento no número de sócios foi evidente e significativo, especialmente na área de diagnóstico com provas de título muito bem elaboradas e com excelente aceitação. Devido ao momento em que passamos no País, tivemos que nos dedicar às questões dos honorários, aprofundar as relações com os sócios, enfrentar a falta do Lipiodol e lutar em Brasília para restabelecer a entrega.

Os centros de treinamento se cadastraram e, no segundo semestre, vamos fazer a visita aos mesmos.

A nossa relação com a SOBRICE foi restabelecida e fizemos um congresso conjunto de enorme sucesso em 2015. Além disso, conseguimos trazer para o Brasil o famoso Curso de Neuro-Anatomia Vascular da Federação Mundial de Neurorradiologia Intervencionista (WFITN) logo após o Congresso em novembro.

Como o sr. avalia a neurorradiologia praticada hoje no Brasil, em relação à Europa e Estados Unidos?

Há dois anos, o sr. liderou com o Dr. Michel Fruditi a participação do Brasil pela primeira vez do Live Interventional Neuroradiology & Neurosurgery Course (Linnc), o maior evento de neurorradiologia intervencionista do mundo, na França, via satélite. Qual a importância da troca de experiências entre países? E o que o sr. diria que mudou de lá para cá?

Dr. José Guilherme – Para o Brasil, a internacionalização é o que está faltando! Por isso, invisto tanto em divulgar o que fazemos e essa foi mais uma oportunidade de divulgar a nossa expertise no Brasil.

Nós acompanhamos as mudanças mundiais e até colaboramos com elas, mas ainda estamos em uma fase de reafirmar os bons resultados que temos...

Olhando para o aspecto pessoal, em 2011 o sr. fez a travessia transatlântica sozinho. Como foi essa experiência e o que carrega dela para sua vida, seja no âmbito pessoal ou profissional?

Dr. José Guilherme – Velejar e, especialmente, velejar sozinho é muito semelhante ao que faço na neurorradiologia intervencionista. Precisa de planejamento, experiência e tudo tem de ser feito segundo um método preciso que tenha início, meio e fim.

Já atravessei o oceano atlântico sete vezes e uma das quais, sozinho, um sonho que acalentava desde a infância, e o realizei. Agora estou a desenvolver um projeto que é a Regata Cape to Rio 2017 em dupla. Será num barco de regata de alta performance e espero ter um bom resultado.

6 • EVENTOS SPR

Feres Secaf oferece conteúdo diferenciado Além das aulas em diversos módulos, inclusive hands on, o curso tem discussão de casos do Concurso SPR-AIRP e do Encontro de Residentes e lunch meeting sobre Meios de Contraste Chega o momento de os radiologistas prestigiarem o XX Curso de Atualização em Imagem da SPR (Prof. Dr. Feres Secaf), no último fim de semana de julho no Maksoud Plaza Hotel, em São Paulo, SP. As pré-inscrições foram responsáveis por preencher vagas de diversos módulos, e ficaram poucas vagas para a inscrição no local.

Este é o segundo maior curso promovido anualmente pela SPR, menor apenas do que a Jornada Paulista de Radiologia, e reúne residentes e jovens profissionais de todo o País. Ele tem por objetivo oferecer um programa científico que promova a discussão de temas práticos e comuns à rotina diária do Diagnóstico por Imagem, bem como a atualização e revisão dos principais tópicos da especialidade.

Graças à parceria da SPR com o American Institute for Radiologic Pathology (AIRP), o Curso Feres Secaf contará com a presença de dois professores estrangeiros em sua grade: os Drs. Jennifer Harvey, da Universidade de Virgínia, Estados Unidos, e Koenraad

Mortele, do Beth Israel Deaconess Medical Center, Estados Unidos.

Dra. Harvey, que estará pela primeira vez no País, falou ao Jornal da Imagem sobre as cinco aulas que

conduzirá no módulo de Mama, no dia 29. “Muitos radiologistas lutam com a gestão de calcificações mamárias. Na primeira palestra, Facilitando a Interpretação de Calcificações, uso a correlação radiologia-patologia para ajudar visualmente os radiologistas compreenderem a etiologia e biologia natural das calcificações.

Em Como Interpretar uma IRM de Rastreamento, vamos falar sobre uma abordagem para rapidamente repassar por mais de 2.500 imagens, incluindo como usar sequências sem contraste para melhorar a especificidade. A densidade da mama é um tema em alta nos Estados Unidos hoje com mais da metade dos Estados com ‘leis de notificação de densidade’. Na aula Conduta em Mulheres com Mamas Densas, vamos analisar o risco de câncer e risco de mascaramento com tecido denso e discutir abordagens para a triagem auxiliar dessas mulheres. Pacientes com Câncer de Mama: Avaliação por Imagem é uma discussão de nível superior, na qual falaremos sobre como podemos melhor ajudar o cirurgião de mama

e oncologistas em nossa avaliação por imagem das mulheres com novo câncer da mama ou com suspeita.

E, por último, vamos analisar dicas sobre o Manuseio de Pacientes Sintomáticas. Eu adoto uma abordagem extremamente prática, de hands on, para estas mulheres, para que poucas tenham a necessidade de serem vistas pelos cirurgiões.”

Dra. Harvey é professora e vice-presidente de Desenvolvimento de Instrutores da Universidade de Virginia, Departamento de Radiologia e Imaginologia Médica. Também é diretora da Divisão de Imagem da Mama e Co-Diretora da Equipe de Cuidados com a Mama. “Tenho amor pelo ensino e pela pesquisa.

Sou autora do livro Making the Diagnosis: a Practical Guide to Breast Imaging e já treinei cerca de 60 fellows em imagem da mama durante minha carreira. Minha pesquisa diz respeito à densidade da mama e sua influência sobre o risco de câncer de mama. Já assinei como autora mais de 60 publicações revisadas por pares”, especifica.

Sobre a parceria da SPR com o AIRP, classifica como muito importante e tem grandes expectativas para com os residentes: “Ainda me lembro de assistir como residente (há algumas décadas) e de aprender muito sobre processos de doenças através da compreensão da correlação da patologia com o exame de imagem. Espero que os estudantes e os residentes tenham muitos momentos ‘oh’ durante nossas sessões AIRP”, finaliza.

EVENTOS SPR • 7

Edição 456 – Agosto de 2016

Aplicativo SPR Eventos O aplicativo SPR Eventos conta com uma guia com o nome do curso, que permitirá aos participantes acessar a programação, montar a agenda customizada, conhecer os professores que darão aula, fazer anotações e ter informações sobre as empresas expositoras.

Também será possível avaliar as sessões, fazer check-in no evento e compartilhar fotos. Há o feed de notícias reproduzindo os posts da SPR no Facebook, Twitter e Instagram, todos centralizados na ferramenta. O app está disponível para os sistemas Android e iOS.

Concurso SPR-AIRP tem final revelada No fim da tarde do sábado, será realizada a final do Concurso SPR-AIRP, que este ano premiará seis pessoas com benefícios para participação no Curso de Quatro Semanas (Four-Week Course) do American Institute for Radiologic Pathology (AIRP), em Maryland, Es-

tados Unidos. Após a avaliação da Comissão Científica do Concurso, foram selecionados os seis autores dos melhores casos enviados, que farão uma apresentação oral no evento. Após as apresentações, a decisão final será feita no local pelos avaliadores. Os finalistas foram:

Apoio:

AUTOR

CASO

Andre Cesar Ozawa Rodrigues

Gigante Cisto de Vesícula Seminal Sintomático Associado a Agenesia Renal Ipsilateral/ Sindrome de Zinner

Bernardo Salgado Pinto Oliveira

Teratoma Maduro da Adrenal

Daniel Borges Montel

Neurocisticercose racemosa com meningite eosinofílica e hidrocefalia comunicante

Giovana Bittencourt Basso

Criptococose Óssea em Paciente Imunossuprimio Transplantado Renal

Luiz Ricardo Marques Peixoto

Linfoma Ósseo Primário

Mauro Mitsuru Hanaoka

Adamantinoma de Tíbia

14 serviços apresentam casos no Encontro de Residentes A 2ª edição do Encontro de Residentes e Aperfeiçoandos em Radiologia e Diagnóstico por Imagem da SPR consistirá de uma sessão de discussão de casos clínicos com o objetivo de promover a educação e o congraçamento de residentes e aperfeiçoandos, durante a manhã do domingo. 14 serviços da especialidade foram convidados a participar: HC-FMUSP, Santa Casa de São Paulo, FCM – Unicamp, UNESP – Botucatu, Documenta – Ribeirão Preto, Medimagem, FAMERP – São José do Rio Preto, EPM – Unifesp, Hospital Sírio-Libanês, Hospital Heliópolis, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital do Servidor Público Estadual, Hospital A. C. Camargo e FMUSP-Ribeirão Preto. Além deles, serão apresentados casos da Asso-

ciação Colombiana de Radiologia (ACR) e da Sociedade Chilena de Radiologia (SOCHRADI).

Cada serviço designará um residente/aperfeiçoando para preparar e apresentar um caso completo na sessão de discussão de casos. Durante a apresentação, os moderadores da sessão, Drs. Hugo Guerra e Nelson Caserta, levarão a discussão do caso à plateia que poderá apontar o diagnóstico ou diagnósticos diferenciais do caso, bem como outros comentários pertinentes.

Os apresentadores dos dois melhores casos receberão como prêmio uma viagem para a Argentina para participar do Congresso Internacional de Radiologia (ICR 2016), já o terceiro melhor caso receberá uma inscrição para o Curso Online de Radiologia da SPR.

Os principais prêmios irão para os 1º e 2º lugares: passagem e inscrição custeadas pela SPR com o apoio da Bayer. O 3º lugar receberá inscrição gratuita no curso, oferecida pelo AIRP. E do 4º ao 6º lugares, o prêmio será 50% de desconto na inscrição no curso AIRP, benefício também oferecido pelo Instituto.

Meios de Contrastes é tema de lunch meeting A SPR e a Bayer realizam em conjunto um lunch meeting durante o curso – nesta edição, o Grupo de Estudo de Meios de Contraste da SPR promove a sessão no dia 29 de julho, sexta-feira, das 12h45 às 13h50, na Sala Mato Grosso.

As vagas são limitadas. Informações na Secretaria do evento. Confira o programa, coordenado pelo Dr. Tufik Bauab Jr.: 12h45 – 12h50

Abertura – Dr. Marcelo Amaral - São Paulo

12h50 – 12h55

Introdução – Dr. Tufik Bauab Jr. - São José do Rio Preto

12h55 – 13h10

Meios de Contraste em Pediatria

13h10 – 13h25

Deposição de Gadolínio: Controvérsias e Concordâncias

13h25 – 13h40

Meios de Contraste em Oncologia

13h40 - 13h50

Perguntas e Respostas Moderador: Dr. Tufik Bauab Jr. - São José do Rio Preto

Apoio:

8 • EVENTOS SPR

Cardio: pré-inscrição com desconto até 18/8 Curso multidisciplinar reúne radiologistas e cardiologistas para discutir desdobramentos, tendências e o estado da arte da imagem na área O IX Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca será realizado em 26, 27 e 28 de agosto no Maksoud Plaza Hotel, em São Paulo. As inscrições estão abertas, e podem ser feitas no site do evento: http://goo. gl/rdHGtN. O último prazo para pré-inscrição com desconto se encerra em 18 de agosto; após a data, serão aceitas apenas inscrições no local do evento.

Os Drs. Andrei Skromov de Albuquerque, Henrique Simão Trad, Marcelo Souto Nacif, Otavio Rizzi Coelho Filho, Roberto Caldeira Cury e Walther Yoshiharu Ishikawa coordenam seu conteúdo científico e também conduzem algumas das aulas.

O encontro foi desenvolvido para apresentar aos participantes o que há de mais atual na área em conteúdo científico e tecnologia. Dessa forma, especialistas da área correlata são convidados a conduzir aulas ou moderar sessões e, assim, enriquecer de forma multidisciplinar o tema apresentado – além de radiologistas, o quadro de professores conta com cardiologistas, cardiologistas intervencionistas, cardiologistas pediátricos, cirurgiões cardíacos e médicos nucleares. O conteúdo está subdividido em: Fórum de Cardiopatia Congêni-

ta (Iniciação, Avançado e Análise de Casos); Princípios Básicos de Tomografia Computadorizada Cardíaca e de Ressonância Magnética Cardíaca; Módulos da Society for Cardiovascular Magnetic Resonance – SCMR e da Society of Cardiovascular Computed Tomography – SCCT; Estresse Farmacológico; Discussão de Casos; Team Spirit.

O evento contará também com um lunch meeting realizado pela SPR em parceria com a GE: Dia 27 de agosto, sábado, das 12h45 às 13h45 – Round table com os speakers: Dr. Roberto Cury, Dr. Ilan Gottlieb, Dr. Marcelo Zaparoli e Dr. Ibraim Pinto, com a temática: Discussão de Casos de Tomografia Cardíaca.

Dentre os professores brasileiros, estarão presentes nomes bem reconhecidos, como os Drs. Cesar Higar Nomura, Roberto Sasdeli Neto, Afonso Akio Shiozaki, Flávia Pegado Junqueira, Clério Azevedo, Juliano de Lara Fernandes, Paulo Schvartzman, Leonardo Sara, Marcio Sommer Bitencourt, Marly Maria Uellendahl Lopes, Marcelo Hadlich, Tiago Magalhães e Marcelo Zaparoli, entre outros.

Apoio:

Experiências internacionais O curso conta com o apoio do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e da Sociedade de Radiologia do Rio de Janeiro (SRad-RJ). É, ainda, organizado pela SPR em parceria com a Society of Cardiovascular Computed Tomography (SCCT) e a Society for Cardiovascular Magnetic Resonance (SCMR). Dessa forma, serão realizados simultaneamente o VI SCCT Brazil Annual Meeting e

o IV SCMR Brazil Annual Meeting.

Dessa forma, contará com professores estrangeiros – conheça-os: Dra. Vanessa Ferreira – Diretora adjunta clínica do Oxford Centre for Clinical Magnetic Resonance no John Radcliffe Hospital, e cardiologista consultora honorária da Divisão de Medicina Cardiovascular do Radcliffe Department of Medicine – Oxford, Reino Unido. É especializada na caracterização tecidual do

miocárdio usando técnicas de ressonância magnética cardiovascular quantitativa e análise de imagem avançada para extrair a informação clínica mais significativa para o diagnóstico e manejo do paciente; Dr. James Carr – Diretor de imagem cardiovascular e professor associado de Radiologia, Medicina e Engenharia Biomédica da Northwestern University Feinberg School of Medicine – Illinois, Esta-

dos Unidos. Suas áreas de interesse são ressonância magnética cardíaca, angiografia por ressonância magnética, angiografia TC de coronária, TC cardíaca, angiografia TC, radiologia intervencionista e vascular.

Confira na página ao lado as impressões do coordenador Dr. Marcelo Nacif sobre os profissionais e as visões que poderão fornecer da prática nos países em que atuam.

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Edição 456 – Agosto de 2016

Duas amplas visões da RM cardíaca na prática médica “Temos o prazer de trazer dois grandes nomes da imagem cardíaca internacional através da sólida parceria com a Society for Cardiovascular Magnetic Resonance (SCMR). A colaboração com o SCMR está cada vez mais ampla e demonstra a grande importância do Brasil e América Latina, neste cenário, e este ano teremos a participação dos professores Drs. James Carr e Vanessa Ferreira.

O doutor James Carr é Diretor da Imagem Cardiovascular e Professor associado de Radiologia, Medicina e Engenharia Biomédica da Northwestern University Feinberg School of Medicine, Chicago, Illinois, EUA. Além de grande experiência clínica e acadêmica, Dr. Carr é autor de um best seller na área, intitulado Magnetic Resonance Angiography: Principles and Applications (Editora Springer). O professor James irá apresentar sua experiência com três palestras: 1) CMR for assessing myocardial ischemia and viability; 2) CMR for the evaluation of shunts and gradients - the role of flow imaging; e

3) Hypertrophic cardiomyopathy - the advantages of CMR over echocardiography.

A Dra. Vanessa Ferreira é diretora adjunta clínica do Centro de Pesquisa em Ressonância Magnética da Universidade de Oxford, John Radcliffe Hospital, Oxford, Inglaterra.

Além dos importantes estudos com ressonância magnética paramétrica em cardiologia, Dra. Vanessa é cardiologista da divisão de Medicina Cardiovascular, Radcliffe Department of Medicine, também da universidade de Oxford,

e possui grande experiência clínica utilizando a ressonância magnética cardíaca no dia a dia para elucidação diagnóstica. A professora Vanessa irá discutir três assuntos em brilhantes palestras: 1) The utility of CMR for assessing patients with acute chest pin, positive troponins and non-obstructive coronary arteries; 2) CMR for the differentiation of athelete’s heart from other forms of cardiomyopathy; e 3) Novel CMR parametric mapping techniques: T1, T2 and ECV mapping for Clinical Applications.

Podemos observar que teremos duas visões amplas da utilização da ressonância magnética cardíaca na prática médica, vindas de dois dos principais polos científicos do mundo, Estados Unidos e Inglaterra. Não temos dúvida de que a experiência trocada durante o evento poderá ser agregada e implementada na nossa prática clínica.

Desejamos um excelente ENRC para todos.”

Dr. Marcelo Souto Nacif, coordenador do ENRC

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JPR oferece atualização de temas e apresentação de inovações Professores de diversas partes do mundo possibilitam aos participantes conhecer e entender a mudança de classificações e novidades em procedimentos Dando continuidade à cobertura da 46ª Jornada Paulista de Radiologia (JPR’2016), realizada em São Paulo de 28 de abril a 1º de maio, publicamos nesta edição abordagens realizadas por palestrantes nas áreas de Neurorradiologia, Cardiologia, Pediatria, Biomedicina e Física, Tórax, Enfermagem, Mama, Medicina Nuclear e Intervenção Guiada por Imagem.

Com reportagem de Gustavo Angimahtz, Oldair de Oliveira e Simone Demitroff.

Fotos de Diego Garcia, Carolina Cassiano e Caroline Moraes

7 Tesla é tema de aula em curso sobre Neuroimagem Clínica O curso de atualização Neuroimagem clínica – O Agora e o Futuro realizado durante a JPR trouxe à tona reflexões importantes para os profissionais da área que desejam compreender os desafios do presente e, com isso, estar mais bem preparados para o futuro. A aula 7.0T em Neuroimagem, ministrada pelo Dr. Edson Amaro Jr., foi a primeira da programação e reuniu grande número de participantes.

Abrindo as discussões, Dr. Edson realizou uma apresentação bastante objetiva. Com o suporte de imagens para ilustrar seus argumentos, iniciou com aspectos históricos relacionados à ressonância magnética, dando ênfase no papel inovador do padrão 7 Tesla, seus diferenciais e as questões que ainda desafiam a

compreensão do efeito desse campo magnético. Além de fazer comparativos com imagens geradas a partir do 7 Tesla e de outras tecnologias anteriores, como os padrões 1.5 e 3 Tesla, o médico expôs diversos artigos científicos e papers que abordam o assunto e recomendou a leitura aos participantes como forma de ampliar o conhecimento.

“O 7 Tesla melhora a visualização das alterações, mas ainda é preciso avaliar e compreender problemas e necessidades de adaptação, por isso reitero a importância de ler artigos científicos publicados sobre o assunto que conseguem esclarecer melhor o que podemos esperar do 7 Tesla”, afirmou.

Nas conclusões, o especialista explicou sobre o projeto PISA (Plataforma de Imagens na Sala de Autópsia), da USP, onde ele é membro do comitê gestor. Trata-se de um laboratório que abriga o primeiro equipamento de ressonância magnética para corpo inteiro com campo de 7 Tesla da América Latina. Pelas suas dimensões e peso (cerca de 40 toneladas), o complexo é subterrâneo, conectado ao Serviço de Verificação de Óbitos da capital paulista (SVO).

Gliomas e IDH são temas no módulo de Neurorradiologia Coube à Dra. Anne Osborn apresentar as novidades da nova classificação de tumores do Sistema Nervoso Central da OMS, um dos pontos altos do módulo de Neurorradiologia. Da Universidade de Utah, ela é autora de obras referenciais, como Diagnostic Cerebral Angiography e, na JPR, lançou a terceira edição de Diagnostic Imaging: Brain, escrito em parceria com a Dra. Karen L. Salzman e classificado como “fundamental” pela American Association of Neurological Surgeons.

Em sua aula, Dra. Anne abordou o tema Atualização em Tumores do Encéfalo (OMS 2016): Novidades e Porque Você Deve se Importar. Em uma sala completamente lotada, em que alguns dos presentes tiveram

de ficar em pé, a especialista norte-americana aprofundou as questões especialmente sobre glioblastoma (GBM) e o marcador tumoral baseado na enzima isocitrato desidrogenase (IDH), grupo de cinco pro-

teínas que atuam no metabolismo oxidativo do organismo.

“Esqueça o grau do tumor, o importante agora é o IDH”, enfatizou a especialista. A posição dela está de acordo com a nova classificação

da Organização Mundial de Saúde (OMS) que, neste ano, incluiu e reconheceu este marcador genético como chave para o diagnóstico dos gliomas difusos. Estes tipos representam entre 30% e 40% de todas as neoplasias intracranianas, sendo que aproximadamente 50% deles são glioblastoma.

De acordo com a Dra. Anne, os tumores com IDH negativo tendem a se comportar de maneira mais agressiva. “Infelizmente, estes representam 95% dos pacientes. No entanto, os que são IDH positivo têm prognóstico melhor”, explicou.

A especialista ainda falou sobre meduloblastoma, que costumeiramente surge no lobo frontal, classificando-o em quatro subgrupos moleculares e caracterizando cada um deles.

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Edição 456 – Agosto de 2016

Físico Renato Dimenstein revela mitos e verdades sobre radiação O acúmulo da quantidade de radiação no corpo do operador e do paciente em diagnóstico por imagem se soma ao longo dos anos e coloca o radiologista em uma posição delicada e importante. O físico Renato Dimenstein trouxe para a JPR a palestra Tudo o que Você Gostaria de Saber Sobre a Radiação e Ninguém Nunca te Contou. Mais que mera curiosidade sobre esse tema (pouco conhecido no meio científico), o físico abordou a importância em se preocupar não apenas com o profissional da área – como sempre ocorreu -, mas também com o paciente que recebe a radiação.

Renato constatou que há diversos atributos conectados – direta ou indiretamente – ao nível de radiação, tais como a energia utilizada, a voltagem empregada, ou mesmo a limitação da área a ser capturada ou a espessura do paciente. “O simples cuidado em limitar a área exposta ao exame pode reduzir em 20% os níveis de radiação”, afirma Dimens-

tein. Para controlar, uma das técnicas destacadas é limitar a saída do feixe de radiação do equipamento.

Relacionando conceitos de medicina nuclear, Renato ainda ressaltou que ocorrências de tumores podem ser significativamente reduzidas com tais técnicas de diminuir a quantidade de radiação. Em especial, chamou a atenção para as crianças, que por serem jovens, acabam realizando exames desde cedo e, portanto, vão acumulando a radiação ao longo dos anos com sensibilidade de até dez vezes maior que a

de um adulto. “Pacientes pediátricos têm dez vezes mais sensibilidade à radiação, então não faz sentido fazer tomografia dos seios da face, por exemplo, se, ao invés disso, puder chegar ao mesmo diagnóstico com um raios X do tórax que emite muito menos radiação”, conta.

Renato também explicou sobre a resolução das imagens, que nada tem a ver com o nível de radiação, mas com o número de pixels (linhas e colunas) que imagens digitais possuem. “As características das imagens dependem de amostragem. Quanto menor forem os números de linhas e colunas de pixels, menor a resolução espacial da imagem”, concluiu. Ao fim de sua fala, colocou também outras formas de reduzir a emissão por meio do uso de simuladores de dose antes da aplicação. “Eles modulam conforme a espessura do paciente, é só apertar o botão. A maioria dos técnicos não usa esse botão”, mostrou-se preocupado.

Tecnologias atuais e tomossíntese no câncer de mama Profissionais interessados em conhecer melhor os avanços proporcionados pela tomossíntese mamária, tecnologia inovadora que permite observar o tecido mamário em várias imagens transversais, e a relação dessa inovação com as tecnologias já existentes tiveram a oportunidade com a aula Qual é o Papel da US e da RM na Era da Tomossíntese Mamária?.

Ministrada pela Dra. Vera Aguillar, a palestra ocorreu na tarde do terceiro dia do evento, esclarecendo pontos relevantes no que diz respeito ao rastreamento e diagnóstico de câncer de mama.

Primeiramente, a especialista pontuou que não se trata de um novo método, mas sim de um avanço tecnológico da mamografia. Para basear a discussão, foram apresentados diversos estudos, abordando também qual o papel da tomossíntese de rastreamento e algumas variações

verificadas entre as tecnologias usadas atualmente e a tomossíntese. “Em relação a mamas densas, a tomossíntese não exclui a ultrassonografia no rastreamento.

Tomografia mais ultrassonografia detecta mais câncer do que só a tomografia”, alertou.

A apresentação contou com slides explicativos sobre métodos para detecção de câncer de mama, mostrando que mamografia, tomossíntese e ultrassonografia são realizadas sem contraste,

diferentemente de ressonância magnética, MBI (molecular breast imaging) e CEDM (mamografia com contraste), e quais são as variações em cada caso.

“Rastreamento de mamas densas [ACR C ou D] deve incluir a ultrassonografia, mesmo com a tomossíntese. Considerando que a tomossíntese é uma mamografia melhor, o ideal para rastreamento, em mamas densas, é a tomossíntese mais a ultrassonografia. Já em mamas com densidade fibroglandulares esparsas, a tomossíntese pode ser o único exame e, por fim, a tomossíntese sem contraste não compete com a ressonância magnética”, concluiu a médica.

A aula fez parte da atividade Estado da Arte: Mamografia Digital, que teve como moderador o Dr. Luciano Fernandes Chala e contou também com a aula Mamografia Digital com Contraste, do Dr. David Dershaw.

Dr. Harold Litt destaca novidades em TC

Um dos destaques do Curso de Atualização realizado no evento foi o Dr. Harold I. Litt, chefe da seção de Imagem Cardiovascular e professor associado de Radiologia do Hospital da Universidade da Pensilvânia (HUP). O departamento de Radiologia desta tradicional entidade norte-americana é reconhecido por oferecer serviços de ponta e dispor dos equipamentos mais modernos em termos de diagnóstico por imagem.

O tema abordado pelo Dr. Litt para a plateia foi Novas Tecnologias em CT Cardiovascular. Na oportunidade, durante o primeiro dia do evento, o especialista apresentou as principais necessidades e o que precisa ser feito para conquistar os melhores resultados utilizando os equipamentos de ponta dos principais fornecedores.

Alguns dos mencionados pelo Dr. Litt, no campo de tomografia computadorizada, são o Toshiba Aquilion One Vision, Philips iQon Spectral CT, Siemens Definition Force e GE Resolution.

Todo o arsenal tecnológico do HUP somado à expertise dos seus radiologistas garante anualmente a execução de mais de um milhão de exames diagnósticos e procedimentos terapêuticos.

Dentre as questões discorridas pelo especialista estavam reconstrução interativa, detector de contagem de fótons (photon counting detector), gradiente de atenuação transluminal (TAG), além de ter fornecido dicas para a melhor exploração da função High Pitch Mode.

“Isso é muito importante para nós, pois o paciente não precisa mais segurar a respiração para qualquer um destes scans”, destacou.

12 • JPR’2016

Dr. George S. Bisset III aponta caminhos para evitar erros em radiologia Evitar as falhas, identificar as causas que contribuíram para que elas ocorressem e aprender com esses episódios foi a mensagem central da aula Onde Cometemos Erros em Radiologia, ministrada pelo médico norte-americano Dr. George S. Bisset III durante o primeiro dia do evento. O especialista trouxe exemplos de casos reais para o público, explicando de forma clara e objetiva nas imagens as possíveis interferências que levaram o radiologista a cometer o equívoco.

Com o auditório lotado, Dr. George dissertou sobre a adoção de práticas eficientes para evitar diagnósticos equivocados, como acompanhar estudos e laudos anteriores do paciente, seguir um check list quando analisar uma imagem para certificar-se que olhou todas as áreas necessárias e evitar distrações. Dentro desse contexto foram abordadas as diversas formas que um diagnóstico falho pode acontecer como, por exemplo, o radiologista ver apenas uma parte da anormalidade e não o todo ou enxergar apenas o que parece óbvio. “É importante ter conhecimento su-

Gincana de Radiologia Pediátrica

Dr. George Bisset conduziu a Gincana de Radiologia Pediátrica

ficiente para analisar um caso. Se não há conhecimento, o diagnóstico não é alcançado e isso causa um problema para o paciente”, ressaltou o médico.

Com um tom leve e descontraído, a aula propôs também reflexões sobre a importância de compartilhar e discutir as falhas com a equipe, sem a necessidade de apontar erros individuais como forma de intimidação. Apostando nessa atitude, o aprendizado passa a ser coletivo e a probabilidade de novos erros tendem a diminuir. Além disso, foram fornecidas dicas simples e eficientes para o profissional que vivencia

esse tipo de situação, como descansar a mente, evitar reações impulsivas, refletir sobre o equívoco e sempre analisar as lições aprendidas.

Ao fim da aula foi aberta uma sessão de perguntas e respostas, na qual o especialista foi questionado sobre o uso dos smartphones no dia a dia de trabalho dos radiologistas como um possível ponto de atenção. “É delicado, é crítico para o nosso futuro e temos que lidar com isso, mas o que puder ser feito para minimizar as distrações irá contribuir para diminuir a taxa de erro. O celular é, sim, uma distração”, afirmou.

A gincana foi de temas pediátricos, mas quem se divertiu mesmo foram os adultos. Moderada pelo Dr. George Bisset III e tendo como juiz o Dr. Lane Donelly, os dois times da gincana mesclavam profissionais brasileiros e estrangeiros que brigaram com garra pela vitória. O time 1 foi liderado pelos Drs. Antonio Carlos Matteoni e Gloria Soto, e o time 2, pelos Drs. Henrique Ledermann e Pedro Daltro.

Os profissionais recebiam perguntas de seis diferentes categorias para responder: The Unborn, Olympics, Injuries, Inside the Cage, Head of the Class e Belly Problems.

Para responder à pergunta, a equipe tinha que apertar o botão primeiro, e houve até “gol contra”: o time 2 chegou a responder com agilidade a uma questão, quando o time 1 havia apertado o botão. Após cada resposta, Dr. Bisset conferia se estava certa e dava mais detalhes sobre o diagnóstico ou a imagem em questão. Descontração e aprendizado marcaram a sessão!

Cuidados com pacientes pediátricos Pacientes pediátricos são um público que merece um cuidado especial quando o assunto é diagnóstico por imagem. Em razão disso, a palestra Proteção Radiológica em Pediatria, ministrada pela Dra. Gloria Soto, do Chile, trouxe para a JPR os motivos que fazem deste um público de maior risco e, portanto, de maior preocupação.

Ressaltou que o profissional da área sempre recebeu atenção pela quantidade de radiação absorvida, mas pacientes crianças e adolescentes devem ser tão importantes ou mais na hora de pensar em quantidade de radiação acumulada ao longo da vida, já que ainda têm toda a vida pela frente.

“Apesar de o diagnóstico de imagens ter se tornado muito útil para o homem, ele traz riscos”, enfatizou Dra. Soto. Primeiramente, a doutora mostrou que o nível de radiação

absorvido e acumulado por pacientes pediátricos é muito maior que em adultos, chegando a dez vezes, devido a fatores como a maior e mais rápida formação e crescimento celulares dos indivíduos.

Para a médica, existem alguns pontos para melhorar a forma como exames que emitem radiação são solicitados para jovens. O uso da TC, por exemplo, é uma das causas da maior quantidade de radiação ab-

sorvida por esse tipo de paciente, já que a utilização desse exame a partir dos anos 80 aumentou em 200 vezes a quantidade de radiação emitida antes pela radiologia convencional.

“A culpa não é só da TC, claro que há outros causadores, como o raios X, fluoroscopia e angiografia, por exemplo”, recordou. “A tendência é cada vez mais o uso da tomografia computadorizada e imagens que reduzem consideravelmente o número de procedimentos mais invasivos”, discute a médica.

Por isso, Dra. Soto recomendou um uso mais racional da radiação, pesando riscos e benefícios, principalmente em tratamentos em que é necessária uma rotina de exames.

“Crianças têm muita variação no seu tamanho, o que torna mais difícil padronizar os níveis”, disse ao defender uma tentativa de padronização de níveis e doses para crianças. “Entre um

e dois terços dos exames pedidos para crianças têm indicações clínicas questionáveis, e cerca de 75% dos médicos subestimam as doses de radiação”, complementou a especialista.

Os riscos envolvidos na exposição exagerada de pacientes pediátricos a terapias com diagnósticos por imagens trazem muitas controvérsias e não estão devidamente quantificados. “Mesmo assim, pensamos que há dados convincentes para nos dizer que há um aumento nos casos de câncer”, apontou, já que qualquer dose, por menor que seja, há um risco associado. “Quase 2% do câncer nos EUA pode ser atribuído à TC; por isso, devemos nos preocupar com as crianças, que desde cedo estão expostas a estes tratamentos”, concluiu a doutora, defendendo também o desenvolvimento de uma guia de referência para o uso de exames radiológicos em pacientes pediátricos.

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A hora e a vez das tecnologias híbridas No fim de 2000, a respeitada revista Time, dos Estados Unidos, elegeu a tecnologia que combina tomografia por emissão de pósitrons com tomografia computadorizada (PET-CT) como a invenção do ano. De lá para cá, estas ferramentas ganharam terreno e a família dos métodos híbridos cresceu, sendo seus membros introduzidos definitivamente na rotina médica.

Este assunto foi tema da aula do Dr. Guilherme de Carvalho Campos Neto, do Hospital Israelita Albert Einstein, dentro do módulo Bio-

médicos e Físicos – Curso Conjunto.

Trazendo características das diversas modalidades de exame de imagem (US, TC, RM, PET e Spect), o especialista fez uma análise das potencialidades dos novos modelos destacando suas vantagens. “Ao invés de ver o que cada método tem de melhor, alguém pensou em juntá-los.

O conceito de híbrido permite usar o que cada um tem de superior para fornecer o melhor para o paciente”, resumiu. Assim os ganhos se tornaram evidentes, fazendo com que, ora fosse potencializada a definição das

estruturas, ora os fatores funcionais.

“Na década de 1980, com a tomografia computadorizada, desejava-se uma melhor resolução espacial. Hoje já enxergamos o que precisamos enxergar, só que na maioria das vezes a gente não sabe o que está enxergando”, ressaltou. Destacou, então, a importância de saber tirar proveito do que essas tecnologias oferecem, como a possibilidade de ganho de sensibilidade sem perda de especificidade, um dos pontos-chaves para obtenção de qualidade na aquisição da imagem.

Dr. Roger Chammas: reflexão sobre carginogênese Para falar à plateia da JPR, durante o último dia do evento, o Dr. Roger Chammas, professor titular de Oncologia da FMUSP, dividiu sua aula, cujo tema era Como a imagem molecular pode auxiliar no incremento da eficácia terapêutica em Oncologia, em duas partes. Na primeira, fez uma reflexão sobre o processo carcinogênico e experimentos, deixando para o momento seguinte a abordagem de questões específicas sobre este e outros temas. “O que vou falar aqui, como experimentalista, é uma reflexão sobre o nicho que pode ser

ocupado por físicos e médicos nucleares”, adiantou.

Sua explanação iniciou-se com Darwin, para quem a partir de um único indivíduo seria possível disseminar características para uma espécie inteira. No caso de câncer, como ensinou o Dr. Roger, a maioria tem origem monoclonal, o que sugere que a partir de uma única célula que sofre transformação maligna forma-se um clone tumoral que prolifera e dá origem a diversos subclones. Esse momento de transformação inicial pode anteceder entre 20 e 30 anos antes do momento do diagnóstico. No en-

tanto, de acordo com o especialista, esses tumores apresentam heterogeneidade de genótipos e fenótipos.

“Necessariamente, as células tumorais não apresentam as mesmas características. Mas os fenótipos se

complementam, ao que chamamos de efeito de comunidade”, explicou.

Em um segundo momento, o especialista da FMUSP abordou alguns conceitos de imagens e temas como o impacto dos peptídeos vasoativos e vascularização e angiogênese. “Tumores mais oxigenados são mais radiossensíveis. Se os vasos estão lá, mas não estão funcionando, do que me adiantam?”, questionou. E, por fim, respondendo às perguntas da plateia, discorreu sobre a situação dos marcadores tumorais e a relação entre células fosforilativas versus metabolismo glicolítico ao longo do tempo.

Sala de laudo está ficando pequena para o radiologista O último dia da JPR’2016 também reservou análises sobre o presente e o futuro da especialidade. Uma delas feitas pelo Dr. Rodrigo Gobbo Garcia, do Hospital Israelita Albert Einstein, que discorreu a respeito de tendências, da participação dos radiologistas intervencionistas nas salas híbridas e das imagens intraoperatórias com realidade aumentada.

Na opinião deste especialista, as modernas salas híbridas precisam de radiologistas lá dentro e são uma oportunidade para que estes profissionais saiam de sua zona de conforto. “A sala de laudo é o ambiente menos interessante para o radiologista estar neste momento.

Acho que a confecção de folhas em papel A4 com textos insípidos reflete

muito pouco o potencial da especialidade”, defende Dr. Rodrigo.

Criadas em meados da década de 1990, as chamadas salas híbridas ainda são uma realidade para poucos no Brasil. Inicialmente, foram desenvolvidas para procedimentos combinados entre cardiologia in-

vasiva e cirurgia cardiotorácica. No entanto, com o passar do tempo e maior viabilidade econômica, seu uso foi ampliado para gastro, ortopedia e neurocirurgia. A grosso modo, consistem de ambiente cirúrgico complexo dotado de recursos avançados de imagem, estando apto para procedimentos de grande porte, quer sejam abertos, laparoscópicos ou, eventualmente, robóticos.

Fazem parte do seu arsenal recursos sofisticados como tomografia e ressonância magnética intraoperatórias, principalmente quando é uma sala neurocirúrgica, e arco cirúrgico, no caso do foco ser cardiovascular.

São justamente estes últimos procedimentos que predominam neste tipo de ambiente, sendo sua demanda gi-

gantesca. Tanto que, acredita-se, até 2020, entre 75% e 85% das cirurgias cardiovasculares serão realizadas em ambiente híbrido.

O próximo passo, segundo Dr. Rodrigo, é o desenvolvimento e a consolidação da tecnologia de realidade aumentada dentro destas salas.

“O desafio agora é converter imagens bidimensionais ou tridimensionais de várias modalidades para o ambiente de realidade aumentada. Essas imagens que a gente recebe não são suficientes para se criar um cenário deste tipo. Elas precisam ser pré-processadas, porque trazem consigo muito mais informações do que simplesmente a percepção tridimensional delas, mas também do espaço que a rodeia”, explicou o especialista.

14 • JPR’2016

Avanços tecnológicos trazem impacto à Enfermagem “O desafio é aproximar a realidade das possibilidades tecnológicas”, defendeu Dr. Marcos Roberto de Menezes, durante a palestra Avanços Tecnológicos no CDI – Enfermagem em Radiologia. “O grande avanço é a possibilidade de se conectar, fato que leva à interação e ao conhecimento”, afirmou o especialista do Hospital Sírio Libanês.

Segundo o médico, atualmente é gigantesca a gama de informações geradas por um único paciente, que, dificilmente um ser humano é capaz de guardar.

No entanto, graças aos avanços tecnológicos, esses dados podem ser acessados e vistos de qualquer lugar. “Essa portabilidade é importante, e o paciente, como proprietário dos seus dados, é quem decide com quem compartilhar”, assegura Dr. Marcos Roberto.

Para este especialista, vive-se atualmente a Segunda Era das Máquinas, na qual, além de realizar ações elas passam a

“pensar”. Isso se deve ao advento de algoritmos que permitem que computadores consigam aprender e não simplesmente reproduzir o que foi programado. E muitas dessas mudanças, acredita Dr. Marcos Roberto, terão impacto diretamente sobre a especialidade. “Em Radiologia a gente identifica uma imagem e decide. Mas já existem softwares que fazem a leitura de dados em nossa área.

Isso já é uma realidade e cada vez vai entrar mais em nossa rotina”, avaliou.

Confira nas próximas edições: Cobertura de aulas nos módulos de FLAUS e palestras focadas na administração, gestão e pesquisa dos especialistas; Informática; Educação e Introdução à Pesquisa; e Profissionalismo, Liderança e Gestão em Saúde.

Rastreamento do Câncer de Pulmão Tema de extrema relevância e desafio para toda a medicina, Rastreamento do Câncer de Pulmão intitulou a palestra da Dra. Ann Leung, de Stanford (EUA), trazendo um panorama dos estudos e avanços na área.

Ainda, trouxe sugestões de medidas que possam diminuir os índices da doença, como medida profilática para pacientes ainda não diagnosticados.

Dra. Leung apresentou um timeline dos avanços nos estudos sobre a identificação deste mal pelo mundo ao longo do tempo, com enorme cuidado ao alertar sobre falsos resultados, que, além de prejudicarem as estatísticas, são uma péssima experiência para o paciente.

Por meio de pesquisas e testes, ela demonstrou que diversos diagnósticos podem ser otimizados ou mais precisos com a diminuição da dose em tomografia computadorizada, bem como uma padronização da identificação de nódulos sólidos, meio sólidos e não sólidos. “Precisamos desenvolver técnicas para diferenciar a gravidade das doenças”, colocou a profissional, enfática pela categorização das imagens em prol da amostragem mais precisa possível em catálogos e pesquisas.

A doutora também trouxe gráficos mostrando que o uso da tomografia computadorizada não impacta muito nos índices, com resultados parecidos na porcentagem de diagnósticos da doença, recomendando o uso deste aparelho. Porém, destaca que as doses de radiação devem ser dosadas mais baixas para que a detecção

seja mais rápida. “O custo é maior e pode haver falsos positivos e negativos, mas pode-se detectar mais rápido a doença, e tempo é importante”, apontou. Para demonstrar, ela comparou o uso do equipamento com o de raios X do tórax. Em um segundo momento, conduziu uma pequena aula sobre os tipos de falso negativos e como reduzir falsos positivos.

Ao fim, trouxe a questão da tomografia computadorizada nos Estados Unidos, por uma questão de cobertura de seguros, e assegurou a importância de se discutir a necessidade de se fazer o rastreamento. “Fumantes, pessoas com mais de 55 anos, assintomáticos que recebem pedido deste exame de seus médicos fazem parte da população de alto risco”, descreveu.

Como medida de controle, a doutora apontou que descrições mais padronizadas de tamanho, margem, características e localização do tumor, por exemplo, trariam melhores relatórios para aprimorar os diagnósticos e diminuir a feitura de exames que podem ser danosos para a saúde. “O diagnóstico exagerado é uma faca de dois gumes”, ressaltou.

Edição 456 – Agosto de 2016

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Te vimos na JPR

16 • EVENTOS SPR

Encontro Paraná-SP leva atualização

No último fim de semana de junho, o Bristol Metrópole Hotel em Maringá, no Paraná, recebeu profissionais radiologistas de diversas cidades daquele Estado e também do Estado de São Paulo para o tradicional encontro do Clube Manoel de Abreu. Nesta edição, o CMA foi apresentado simultaneamente ao 82º Clube de Radiologia do Interior do Paraná Dr. Sebastião O. Leão de Carvalho, e foi por isso caracterizado como o Encontro Paraná-São Paulo de Radiologia.

O evento teve como tema Urgências em Radiologia e, para sua organização, contou com a coordenação dos Drs. Oscar Adolfo Fonzar (pre-

sidente da Sociedade de Radiologia do Paraná), Antonio Corpa Neto (presidente do Clube do Interior do Paraná) e Nelson Caserta (presidente do Clube Manoel de Abreu).

As aulas transcorreram durante todo o sábado regularmente, com professores de ambos os Estados.

Ao fim do dia, foram realizadas as atividades sociais.

No domingo, foram apresentados dez casos pelos participantes, que contribuíram para a troca de informações e o enriquecimento da discussão científica:

NOME

CASO

INSTITUIÇÃO

CIDADE

Fernanda Ribas

Doença de Wilson

Ultramed

Maringá

Thais Tesser de Araújo

Paracoccidioidomicose

Ultramed

Londrina

Bruno Borsari Lorensini

Duplicação Hipofisária com Teratoma Orofaríngeo e Fenda Palatina

Ultramed

Londrina

Beatriz Clivati da Silva

Síndrome de Jeune

Ultramed

Loanda

Mauro Brandão da Costa

Aneurisma de “Ponte de Safena”

Hospital São Francisco

Ribeirão Preto

Heloisa S. Percy

Hibernoma

Hospital Santa Rita

Maringá

Rodolfo Mendes Queiroz

Pileflebite

Documenta

Ribeirão Preto

Fernando Alves Guilherme

Intoxicação por Cola de Sapateiro

Hospital São Paulo

São Paulo

Jamylle Geraldo

Melanoma Primário do Esôfago

Hospital São Vicente

Curitiba

Rodolfo Mendes Queiroz

Encefalite por Dengue

Documenta

Ribeirão Preto

O sucesso do evento também dependeu das 22 empresas patrocinadoras, que têm a oportunidade de apresentar suas soluções aos participantes enquanto contribuem com o bom desenvolvimento do Clube Manoel de Abreu. Após a apresentação dos casos, foram selecionados como destaques os seguintes: Colocação

Nome

Caso

Instituição

Prêmio

Oferecido por:

1º melhor caso geral

Jamylle Geraldo

Melanoma Primário do Esôfago

Hospital São Vicente – Curitiba

Kit com livro da Ed. Revinter

SPR

2º melhor caso geral

Bruno Borsari Lorensini

Duplicação Hipofisária com Teratoma Orofaríngeo e Fenda Palatina

Ultramed – Londrina

Kit abridor de vinho

Penta Médica

1º melhor caso residente

Rodolfo Mendes Queiroz

Pileflebite

Documenta – Ribeirão Preto

Kit com livro da Ed. Revinter

SPR

2º melhor caso residente

Thais Tesser de Araújo

Paracoccidioidomicose

Ultramed – Londrina

Kit com livro da Ed. Revinter

SPR

Caso mais didático

Fernanda Ribas

Doença de Wilson

Ultramed – Maringá

Livro

Dr. Renato Mendonça – SPR

Ainda, foram oferecidos livros para sorteio entre os participantes, que foram desafiados com perguntas – dois livros pela Doctors Brasil; a obra Tumores Benignos e Lesões Pseudotumorais da Coluna Vertebral – Editora Revinter pela Raiomedic; e o título Requisitos em Neurorradiologia – Editora Elsevier pela Copylink.

EVENTOS SPR • 17

Edição 456 – Agosto de 2016

a profissionais de diversas cidades O EVENTO EM IMAGENS

CASOS PREMIADOS EM MARINGÁ

1º melhor caso geral: Jamylle Geraldo

2º melhor caso geral: Bruno Borsari Lorensini

1º melhor caso residente: Rodolfo Mendes Queiroz

2º melhor caso residente: Thais Tesser de Araújo

18 • EVENTOS SPR O EVENTO EM IMAGENS

EMPRESAS PARCEIRAS

Confira os contatos destas empresas na página 30 desta edição.

EVENTOS SPR • 19

Edição 456 – Agosto de 2016

Próximo destino: Bauru A penúltima reunião do Clube Manoel de Abreu de 2016 será em Bauru, o município mais populoso do centro-oeste paulista – 367 mil habitantes – que fica a 320 quilômetros da capital.

O encontro está agendado para 16 a 18 de setembro no Obeid Plaza Hotel. Contará com os temas de Ultrassonografia e Oncologia, coordenados pelos Drs. Antonio Carlos P. C. Castro, Rogerio Goes Wanderley e João Abdo Neto, anfitriões do evento. A coordenação também

será capitaneada pelo Dr. Nelson Caserta, presidente do CMA. Confira a seguir a programação e agende-se com sua família

para participar deste tradicional encontro! Lembramos que a participação é livre e os membros da SPR podem desfrutar gratuita-

mente de todos os benefícios oferecidos nos encontros (aulas, almoço e jantar). Os radiologistas e residentes não associados pagam uma taxa de R$ 350 pela participação, destinada exclusivamente ao custeio das refeições.

Os acompanhantes dos membros da SPR (um adulto e duas crianças com até 8 anos) são isentos para participação da programação social; já os acompanhantes dos não membros e os demais acompanhantes dos membros da Sociedade efetuam o pagamento de R$ 200 para participar das atividades sociais do evento. As inscrições são sempre feitas no local do evento, no sábado, antes do início das aulas.

16 de setembro de 2016 – Sexta-feira 20h

Happy Hour de Boas-Vindas

17 de setembro de 2016 – Sábado 8h às 9h

Credenciamento

Sala 1 – Ultrassonografia 9h às 9h30 9h35 às 10h05 10h05 às 10h30

Sala 2 – Oncologia

Ainda não Descrevo a Uretra Feminina no meu Laudo!

US das Glândulas Salivares

9h às 9h30 9h35 às 10h05

Intervalo

10h05 às 10h30

Tumores dos Seios da Face Tumores da Órbita Intervalo

10h30 às 11h

US Morfológica do Primeiro Trimestre: O que é Importante e Como eu Faço

10h30 às 11h

11h05 às 11h35

US Morfológica do Segundo Trimestre: O que é Importante e Como eu Faço

11h05 às 11h35

O Incidentaloma da Adrenal: Como Laudar

11h40 às 12h10

US do Globo Ocular: Como eu Faço o Exame

11h40 às 12h10

Linfonodopatia Metastática Cervical

Sósias do Câncer Hepático: Evitando Armadilhas

12h10 às 14h

Almoço

12h10 às 14h

Almoço

14h às 14h30

Como Interpretar os Marcadores Ultrassonográficos de Aneuploidias do Primeiro Trimestre: O que é Importante e Como eu Faço

14h às 14h30

Nódulos Pulmonares Semissólidos

14h35 às 15h05

Pré-Eclâmpsia e CIUR: Como Avaliar a Vitalidade Fetal

14h35 às 15h05

Massas Mediastinais

15h10 às 15h40

Como Examinar Corretamente a Varicocele e o Laudo Ideal

15h10 às 15h40

Tumores do Pescoço

15h45 às 16h15

Exames Raros na Clínica Ultrassonográfica

15h45 às 16h15

Adenocarcinoma da Vesícula Biliar: Era Possível Suspeitar no Pré-Operatório?

16h20 às 18h 20h às 23h

Trucochope e Futechope Jantar de Confraternização

18 de setembro de 2016 – Domingo 9h às 12h 12h

Apresentação e discussão de casos selecionados Almoço de Encerramento

Local do encontro: O Obeid Plaza Hotel fica na Av. Nações Unidas 19-50, Vila Nova Cidade Universitária. Garanta desde já a sua reserva pelos telefones (14) 3234-5300; 3227-0720; 3234 4221 ou pelo e-mail gko@obeidhoteis.com.br. O site do hotel é www.obeidhoteis.com.br.

20 • ARTIGO

Identificação dos pacientes de risco para os exames contrastados O meio de contraste, como qualquer medicação, não é isento de riscos e pode ocasionar reações adversas após o seu uso1. Para isso, é importante que os Serviços de Imagem cumpram algumas medidas previamente à utilização do contraste: 1) verificar se o contraste está bem indicado e se é o mais apropriado para cada paciente; 2) adotar medidas que minimizem os riscos de ocorrência das reações adversas ao contraste; e 3) estar sempre preparado para o tratamento das reações caso ocorram2. Outra medida que pode auxiliar é o uso da pré-medicação, tema que será abordado futuramente3. Para atingir todas essas metas, necessita-se de uma anamnese dirigida e apropriada, bem como estar apto para o atendimento às reações adversas, com medicação e aparelhos de suporte e equipe médica e de enfermagem preparadas2.

A anamnese dirigida tem como principal finalidade identificar os fatores de risco que possam contra indicar ou servirem de alerta para o uso do contraste e, então, prevenir ou minimizar as potenciais reações adversas decorrentes do seu uso.

Os fatores de risco são inúmeros e variam dependendo da literatura consultada; entretanto, observam-se como fatores de risco mais recorrentes e frequentemente relatados2,4: a) Alergia: o fator de risco mais importante para a ocorrência de uma reação adversa, principalmente de reação de hipersensibilidade aguda, é a história prévia de reação ao contraste2,3,5, que pode aumentar em até cinco vezes esse risco2. Outros antecedentes alérgicos podem também predispor às reações adversas, porém é difícil prever a sua ocorrência de acordo com o tipo de alergia2. A grande preocupação reside naqueles pacientes que já apresentaram algum quadro importante de reação adversa, como reação anafilática a um ou mais alérgenos; bem como nos pacientes atópicos, os quais apresentam um risco aumentado de cerca de duas a três vezes para as reações2. É muito importante salientar que não existem evidências cientí-

ficas que sustentem a relação entre alergia ao camarão e uso de contraste iodado, não sendo mais necessária a prática desse questionamento na anamnese2,4. b) Asma: condição clínica que frequentemente é descrita como fator de risco para reação adversa ao contraste, desde que a doença esteja ativa ou exacerbada2,4,6. Quando há relato de crise asmática principalmente dentro de uma semana, é interessante adiar o uso do contraste até que haja controle da doença.

Nos casos de asma estável, nenhuma conduta adicional é necessária7. c) Insuficiência Renal: uma complicação relatada e relacionada ao uso do contraste iodado é a nefropatia induzida pelo contraste, cujo principal fator de risco é a disfunção renal pré-existente (creatinina sérica > 130mmol/L ou TFGe<60mL/ min/1,73m2)1. Outros fatores de risco relacionados, porém não rigorosamente confirmados2, são: desidratação, insuficiência cardíaca congestiva, uso de drogas nefrotóxicas, hipertensão, diabetes mellitus, hiperuricemia, proteinúria, uso de contraste iodado em menos de 24 horas, idade avançada1,2,4,8.

Para os casos de uso de contraste paramagnético, a grande preocupação não reside na potencial ocorrência de nefropatia, mas sim no risco de desenvolvimento da fibrose nefrogênica sistêmica (FNS). Esta complicação está geralmente relacionada aos pacientes que já apresentam alteração da função renal antes da realização do exame contrastado, sendo considerados os pacientes de risco: dialítico; doença renal crônica severa ou estágio terminal (DRC 4 ou 5, TFGe < 30mL/min/1,73m2); TFGe de 30 a 40 mL/min/1,73m2 sem diálise; e injúria renal aguda2. d) Mieloma Múltiplo: já foi considerado como fator de risco significante para a nefropatia induzida pelo contraste9; porém, atualmente é considerado como um fator de risco conflitante e não comprovado2,4,10. Doença renal prévia, desidratação, infecção, hipercalcemia, proteinúria de Bence Jones, drogas nefrotóxicas (quimioterápicos, anti-inflamatório não-es-

QUESTIONÁRIO PARA O USO DOS MEIOS DE CONTRASTE Nome: Idade:

Sexo:

Peso:

FAZ USO REGULAR DE ALGUM MEDICAMENTO? ( ) não ( ) sim. Se sim, quais?

SE FOR MULHER: Existe a possibilidade de estar grávida?

Está amamentando?

( ) não ( ) não

( ) sim ( ) sim

VOCÊ TEM ALGUM TIPO DE ALERGIA? ( ) não ( )sim. Se sim: alergia a que?

Sentiu alguma coisa no episódio de alergia? ( ) não Se sim, descreva o que sentiu:

( ) sim

VOCÊ JÁ FOI SUBMETIDO A ALGUNS DOS EXAMES ABAIXO: ( ) Tomografia Computadorizada ( ) Urografia Excretora ( ) Arteriografia

( ) Ressonância Magnética ( ) Coronariografia ( ) Ultrassonografia

Algum dos exames foi realizado nas últimas 72 horas? ( ) não ( ) sim. Qual?

Apresentou alguma alteração durante ou após o uso do contraste: ( ) não ( ) sim.

Se sim, qual:

( ( ( (

) Náuseas ) Prurido / urticária ) Parada cardiorrespiratória ) Outra:

( ) Vômitos ( ) Calor / rubor

VOCÊ TEM ALGUMA DAS CONDIÇÕES ABAIXO: Asma

( ) não

( ) sim.

Quando foi a última crise?

Mieloma múltiplo

( ) não

( ) sim

Doença cardíaca

( ) não

( ) sim.

Qual?

Hipertireoidismo

( ) não

( ) sim. Tem outra doença da tireoide?

Doença renal

( ) não

( ) sim.

Qual?

Proteína na urina

( ) não

( ) sim

Cirurgia renal

( ) não

( ) sim

Hipertensão arterial

( ) não

( ) sim

Gota

( ) não

( ) sim

Diabetes

( ) não

( ) sim. Faz uso de medicamento à base de metformina?

Modelo de questionário produzido pelo Grupo de Estudos de Meios de Contraste – Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem

teroidal, aminoglicosídeos) e anemia são condições muito associadas com mieloma múltiplo e que devem ser consideradas como fatores de risco primários para o desenvolvimento de insuficiência renal aguda após o uso do contraste nesses pacientes10. e) Disfunções Tireoidianas: pacientes com hipertireoidismo ou outras disfunções tireoidianas, como às

relacionadas à autonomia tireoidiana ou à áreas deficientes em iodo, podem desencadear hipertireoidismo manifesto após o uso do contraste iodado, ou mesmo em alguns casos, levar à crise tireotóxica1,11. Para os pacientes que têm algum tipo de doença tireoidiana, é interessante perguntar se ele está em tratamento ou em programação de iodoterapia, visto que o

GRUPOS DE ESTUDOS • 21

Edição 456 – Agosto de 2016

Iodo disponibilizado pelo contraste iodado pode permanecer no organismo por semanas, prejudicando a iodoterapia12. Sendo assim, recomenda-se adiar o exame contrastado ou, caso não possível, realizar a injeção do contraste e aguardar pelo menos dois meses para a realização da iodoterapia4,12. f) Doença Cardíaca: pacientes com doença cardíaca podem ter risco aumentado de reações ao contraste. Esse grupo de pacientes incluem os pacientes sintomáticos (p.ex. angina ou sintomas de insuficiência cardíaca congestiva aos mínimos esforços) e pacientes com estenose aórtica severa, hipertensão pulmonar primária ou cardiopatia severa compensada. A relação com o uso do contraste está na restrição volêmica que esses pacientes apresentam, devendo-se então limitar o volume e avaliar a osmolaridade do contraste antes da sua utilização2. g) Uso de Metformina: a metformina não é considerada um fator de risco propriamente dito às reações adversas. A relação existente entre o contraste iodado e a metformina decorre do potencial efeito nefrotóxico do contraste e da excreção renal desse anti-hiperglicêmico oral, sendo que o uso conjunto das duas substâncias pode promover o acúmulo da metformina nos casos de disfunção renal associada, favorecendo o desenvolvimento da complicação relacionada à esse medicamento: a acidose lática2,4.

Outros fatores de risco que são mencionados na literatura, porém muitas vezes questionáveis ou com dados divergentes, são: idade, gênero, feocromocitoma, anemia falciforme e uso de betabloqueador adrenérgico,4,13-15.

Visando a identificação dos pacientes de risco que serão submetidos aos exames contrastados, o Grupo de Estudos de Meios de Contraste da SPR, a partir da análise e discussão de artigos e da literatura revisada, propõe um modelo de questionário que possa servir como guia ou complemento na rotina de um Serviço de Diagnóstico por Imagem.

SPR organiza nove Grupos de Estudos em agosto As tradicionais reuniões dos Grupos de Estudos da SPR se mantêm regularmente este mês, sempre com início às 20h. Nas reuniões, os participantes levam casos para serem apresentados e discutidos, contribuindo para o crescimento e enriquecimento científico dos envolvidos: Dia 4: Grupo de Estudos de Radiologia do Abdome (Gera) e Grupo de Estudos de Mama (Gema), no Hotel Golden Tulip Paulista Plaza; Dia 11: Grupo de Estudos de Radiologia Musculoesquelética (Germe), Grupo de Estudos de Neurorradiologia (Gene) e Grupo de Estudos do Tórax (Geto), no Hotel Golden Tulip Paulista Plaza; Dia 16: Grupo de Estudos de Ultrassonografia (Geus), na sede da SPR, com aula do Dr. Leandro Accardo de Mattos intitulada State of The Art: Ultrassonografia na Endometriose e, Grupo de Estudos de Cabeça e Pescoço (Gecape), no Hotel Golden Tulip Paulista Plaza; Dia 23: Grupo de Estudos de Pediatria (Geped), na sede da SPR;

Dia 24: Grupo de Estudos de Imagem Quantitativa (Giq), na sede da SPR. Todos os encontros, exceto os do Germe e Giq, serão transmitidos em tempo real pela Internet por meio da parceria da SPR com a Pixeon. Os participantes que acessam a distância podem não apenas assistir ao que é apresentado, mas também participar, apresentando casos de onde estão. Veja como assistir a distância no endereço www.spr.org.br/cursos-via-web.

Para mais informações sobre os Grupos de Estudos da SPR, acompanhe a página www.spr.org.br/grupos-de-estudos.

Melhores casos do Gene Os casos mais bem classificados no encontro do Gene de julho foram: 1º Lugar: Dr. Lucas Massao Miamae – Caso: Pelizaeus – Like 2º Lugar: Dr. Alan Iuno Rios Araujo – Caso: Doença de Krabbe

REUNIÕES DE JULHO Cardio

Gema

Gene

Gera

Germe

Geus

Artigo originalmente publicado na edição 447 do JI. Para ter acesso às referências, escreva para jornaldaimagem@spr.org.br.

Legenda: TFGe: taxa de filtração glomerular estimada; DRC: doença renal crônica; SPR: Sociedade Paulista de Radiologia.

Veja mais fotos no Instagram da SPR (http://instagram.com/spradiologia) e na versão digital do Jornal da Imagem

22 • CLUBE ROENTGEN

TI-RADS é foco do Clube Roentgen A classificação dos nódulos tireoideanos será o tema da aula apresentada pelo Dr. Miguel José Francisco Neto no próximo encontro do Clube Roentgen, agendado para 10 de agosto no Hotel Golden Tulip Paulista Plaza - Alameda Santos, 85, São Paulo.

O professor explica que a disseminação do uso da ultrassonografia como método complementar de avaliação da tireoide tem contribuído para um aumento significativo no número de nódulos diagnosticados. “O exame ultrassonográfico pode, segundo estudos de alto impacto na literatura, detectar nódulos tireoidianos em até 67% da população. Contudo, menos de 5% desses nódulos são malignos ou têm potencial de malignização. Por isso, busca-se o consenso na padronização das características ultrassonográficas dos nódulos que possam predizer este potencial”, afirma.

Com este propósito, trabalhos científicos consistentes têm sugerido o modelo TI-RADS (Thyroid Imaging Reporting and Data System), que classifica os nódulos tireoidianos de acordo com o risco de malignidade(1, 2, 3, 4).

“Portanto, como o sistema BI-RADS® (mama), o LI-RADS (fígado) e o PI-RADS (próstata), o TI-RADS já é uma realidade, face à necessidade de padronização e normatização fundamentos da prática da medicina baseada em evidência”, defende Dr. Miguel.

Recentemente, o American College of Radiology publicou em sua revista oficial artigo apresentando o léxico deste sistema, sugerindo bases para a padronização do seu uso.

“Em nosso meio, já é utilizado em alguns centros desde 2012. O objetivo final deste sistema é fornecer aos profissionais recomendações baseadas em evidências,

normatizando a linguagem médica para a gestão das lesões da tireoide”, completa.

Após sua aula, serão discutidos casos do Hospital Sírio-Libanês, organizados sob coordenação do Dr. Diego J. Leão de Oliveira.

Julho – No mês de julho, o Dr. Renato Hoffmann Nunes apresentou a aula Malformações Infratentoriais – Classificação Atual e Implicações Genéticas. Em seguida, houve a apresentação e discussão dos casos selecionados pela Unifesp/EPM, sob coordenação do Dr. Dr. Artur da Rocha C. Fernandes, com os debatedores Drs. André Herrera Rassi (Radiologia Musculoesquelética), Carolina de Medeiros Rimkus (Neurorradiologia), Igor Austin Fernandes Martins (Abdome) e Juliana Amorim Teixeira Grill (Tórax).

1. Horvath E, Majlis S, Rossi R, et al. An ultrasonogram reporting system for thyroid nodules stratifying cancer risk for clinical management. J Clin Endocrinol Metab 2009; 94 : 1748 – 1751.

2. Kawak JYHan KH, Yoon JH. Thyroid Imaging Reporting and Data System for US Features of Nodules: A Step in Establishing Better Stratification of Cancer Risk. Radiology 2011;260:892-899.

3. Russ G et al. TI-RADS enécographie thyroidienne. J Radiol 2011;92:701-713.

4. Thyroid Ultrasound Reporting Lexicon: White Paper of the ACR Thyroid Imaging, Reporting and Data System (TIRADS) Committee. Grant EG et al. J Am CollRadiol 2015;12:1272-1279.

SPR reconhece melhores alunos do Curso Online A SPR identificou o estudante com os melhores resultados em cada uma das três turmas já finalizadas do Curso Online de Radiologia, e eles serão homenageados durante o Curso de Atualização em Imagem (Prof. Dr. Feres Secaf) com um certificado especial:

TURMA 1 Neurorradiologia/Neuropediatria/ Cabeça e Pescoço Aluna: Marília de Queiroz e Carvalho (Campinas, SP) Média final: 99

TURMA 2 Neurorradiologia/Neuropediatria/ Cabeça e Pescoço Aluna: Luziany Carvalho Araujo (Recife, PE) Média final: 96,3

TURMA 3 Radiologia Musculoesquelética Aluno: Igor Gomes Padilha (São Paulo, SP) Média final: 100

O Curso Online de Radiologia tem uma metodologia própria de ensino, um ambiente de estudo inovador e um sistema de avaliação distinto. O curso traz ao todo nove módulos, divididos por subespecialidade: Neurorradiologia, Cabeça e Pescoço, Neuropediatria, Radiologia Musculoesquelética, Imagem da Mulher, Mama, Tórax, Radiologia Cardiovascular e Abdome.

Seu material didático é composto por videoaulas, artigos científicos de apoio e fóruns de discussão.

Ainda, o aluno tem o suporte de tutores online gabaritados para esclarecer eventuais dúvidas sobre o conteúdo apresentado.

Inscrições disponíveis para as novas turmas Veja as turmas que iniciarão suas aulas neste segundo semestre: • Turma 6 – Abdome/Trato Digestório – de 30 de agosto a 3 de dezembro; • Turma 7 – Abdome/Trato Geniturinário – de 1º de setembro a 17 de novembro; • Turma 8 – Mama – 7 de outubro a 9 de dezembro.

O prazo final de inscrição para os módulos de Abdome/Trato Digestório e Abdome/Trato Geniturinário se encerra em 22 de agosto, de acordo

com as vagas disponíveis. Já para o módulo de Mama, se encerra em 30 de setembro. As vagas são limitadas e para se inscrever é necessário ser membro da SPR e estar em dia com a sua anuidade. Haverá um estande do departamento de Educação Digital da SPR no XX Curso de Atualização em Imagem (Prof. Dr. Feres Secaf), aproveite para tirar suas dúvidas e realizar sua inscrição!

Todas as informações sobre o Curso Online estão disponíveis no site da SPR http://goo.gl/cqrXAm.

SPR GLOBAL • 23

Edição 456 – Agosto de 2016

30 de agosto é o último prazo para pré-inscrição no ICR 2016 O 29º Congresso Internacional de Radiologia (ICR 2016) será realizado em Buenos Aires, na Argentina, de 21 a 24 de setembro.

O programa científico está disponível no site do evento – icr2016.org – bem como outras informações e o link para inscrição. O último prazo para pré-inscrição, o que garante desconto na taxa, é 30 de agosto.

O evento é organizado pela Sociedade Internacional de Radiologia (ISR), que convidou a Federação Argentina de Radiologia, Diagnós-

tico por Imagem e Terapia Radiante (FAARDIT) e a Sociedade Argentina de Radiologia (SAR) para, com ela, organizarem o conteúdo científico.

O ICR 2016 receberá 116 professores de todo o mundo. A SPR também foi convidada a contribuir com o evento e, por isso, enviará professores renomados de São Paulo para lecionar em Buenos Aires. Do Brasil, lecionarão os doutores Alexandre Borges, Antônio José da Rocha, Antônio Soares Souza, Arthur Soares Souza, Ayrton Pastore, Carlos

Homsi, César Nomura, Henrique Lederman, Luciano Chala, Marcos Roberto de Menezes, Mauro José Brandão, Pedro Daltro, Rainer Haetinger, Renato Mendonça e Tufik Bauab Jr. Serão apresentadas aulas nos módulos de: Neurorradiologia, Pediatria, Abdome, Ginecologia, Mama, Radioproteção, Ultrassonografia, Tórax, Musculoesquelético, Imagem Cardíaca, Oncologia, hands on (em Doppler Vascular, Musculoesquelético, Abdome

e Mama), Qualidade e Segurança, História, Informática e Técnicos.

Haverá também workshops e um quiz diagnóstico.

Durante o ICR 2016, será realizado o 34º Encontro de Residentes, nos dias 20 e 21 de setembro.

Para se inscrever, o residente deve acessar o site do evento e clicar no box específico, no lado esquerdo da home. Automaticamente, será feito o download de uma ficha, que deve ser preenchida e enviada para o email info@icr2016.org.

Congresso Interamericano será em Lima Estão abertas as inscrições para o XXVII Congresso do Colégio Interamericano de Radiologia (CIR 2016), que será realizado de 8 a 10 de setembro, no Centro de Convenções do Swissotel, em Lima, Peru.

Ele será apresentado simultaneamente ao XXV Congresso Peruano de Radiologia e ao XVI Congresso da Associação Latino-Americana de Tecnólogos em Radiologia (Alatra).

O evento conta com a participação da Sociedade Americana de Neuror-

radiologia (ASNR) e da Associação Canadense de Radiologistas (CRF).

Seu programa científico está subdividido em dez módulos: Imagem Cardiovascular, Imagens da Mama, Imagens do Abdome, Imagens Geniturinárias, Imagens em Pediatria, Ultrassonografia, Imagens em Musculoesquelético, Neurorradiologia, Imagens do Tórax e Radioproteção.

Segundo os organizadores, o objetivo é atender as necessidades de atualização de residentes, radiologistas

gerais e especialistas.

Os Drs. Gloria Soto, Miguel Pinochet e Jeremy Carpio respondem pela coordenação do programa científico. O Brasil contribuiu com um coordenador de módulo: o Dr. Arthur Soares Souza responde pelas aulas de Tórax, ao lado da Dra. Cília Farías, do Peru.

As inscrições podem ser feitas no site do evento – www.cir2016.com/ web –, onde também está disponível a programação científica completa.

ECR 2017: inscrições de trabalhos O Congresso Europeu de Radiologia (ECR 2017) está agendado para os dias 1º a 5 de março: as inscrições para trabalhos científicos e pôsteres já estão abertas e se estendem até 15 de outubro. Os trabalhos podem ser inscritos nas categorias: Trabalhos Científicos; Pôsteres; Ensaios Clínicos em Radiologia; e Trabalhos de Estudantes.

O evento da Sociedade Europeia de Radiologia (ESR) é reconhecido como um dos mais inovadores da comunidade científica e será realizado em Viena, Áustria.

As inscrições para o Congresso serão abertas no início de se-

tembro. Acompanhe as atualizações no site www.myesr.org.

Invest in the Youth – O ECR continuará com seu programa Invest in the Youth no ECR 2017, oferecendo a 1 mil jovens residentes de radiologia e profissionais em formação a chance de participar do encontro.

Os candidatos aprovados receberão inscrição gratuita no Congresso, um vale alojamento para quatro noites e passagens aéreas.

Há cem vagas dedicadas à América Latina e 15 especificamente ao Brasil, graças a uma parceria entre o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Sociedade Europeia de Radiologia

(ESR). A oferta está disponível a radiologistas em formação com menos de 35 anos ou radiógrafos em formação com 30 anos ou menos; membros da ESR no ano de 2016; e autores que forem os remetentes dos resumos.

Para concorrer, é preciso enviar um resumo (apresentação oral ou pôster) em inglês até 15 de outubro. Para mais informações, acesse: http://goo.gl/W7YklU. Os candidatos que submeterem resumos devem se cadastrar individualmente no programa ESR Invest in the Youth, marcando o campo “I herewith apply for the Invest in the youth programme”.

Atente-se para as datas do RSNA 2016 Desde 27 de julho, está disponível no site do Congresso da Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA 2016) seu programa científico completo. As inscrições se mantêm abertas com os mesmos valores até 4 de novembro – membros da entidade não pagam. No entanto, quem deseja receber o crachá previamente em seu endereço deve se registrar até 1º de outubro.

O RSNA 2016 será realizado de 27 de novembro a 2 de dezembro em Chicago, Estados Unidos, e o tema deste ano é Beyond Imaging: Maximizing Radiology’s Role in Patient Care (Além da Imagem: Maximizando o Papel da Radiologia no Cuidado com o Paciente).

Serão apresentados 444 cursos e 1.728 trabalhos científicos, e são esperadas 659 empresas na exposição comercial.

Veja outras informações e faça sua inscrição no endereço www. rsna.org/Annual_Meeting.aspx.

NOTÍCIAS SPR • 25

Edição 456 – Agosto de 2016

SPR intensifica parcerias e traz curso europeu de Neuro Pela primeira vez a Sociedade Europeia de Neurorradiologia (ESNR) e o Conselho Europeu de Neurorradiologia (EBNR) trarão à América Latina o seu principal curso, o European Course of Diagnostic and Interventional Neuroradiology.

Obrigatório para os neurorradiologistas europeus e pré-requisito para a realização da prova do EdiNR (Título de Especialista Europeu em Neurorradiologia), esse curso chega ao Brasil graças a uma parceria inédita das entidades europeias com a SPR para beneficiar os profissionais da América Latina. Denominado European Course of Diagnostic and Interventional Neuroradiology in Latin America - 1st Cycle • Module 1: Anatomy and Embryology, ele será realizado pela SPR de 8 a 11 de fevereiro de 2017, no Maksoud Plaza Hotel, em São Paulo.

Oferecer um programa científico intensivo de quatro dias, com aulas

teóricas pela manhã das 8h30 às 13h30, e workshops pela tarde, das 15h30 às 19h00, é uma das apostas do evento. À frente desse programa, sete professores enviados pela ESNR e cerca de 20 outros palestrantes do Brasil e da América Latina terão a missão de apresentar aos participantes o conteúdo básico de neurorradiologia que todo profissional formado ou em treinamento dessa área deve saber.

As aulas teóricas serão dadas em sua maioria pelos professores estrangeiros, com tradução para o português e espanhol. As aulas práticas acontecerão sob a forma de workshops, sendo coordenadas simultaneamente por dois professores europeus, brasileiros ou dos demais países da América do Sul. Ao fim do curso, será dado certificado de participação àqueles que atingirem a frequência necessária,

também endossado pela SBNR. Haverá, ainda, uma prova sobre o conteúdo apresentado para treinamento dos participantes, e os aprovados receberão um certificado à parte da EBNR. É importante salientar que o European Course of Diagnostic and Interventional Neuroradiology in Latin America é equivalente e apresenta o mesmo valor dos cursos realizados pela ESNR/EBNR na Europa. O 1st Cycle • Module 1: Anatomy and Embryology será o primeiro evento de um total de quatro cursos. Os três restantes serão realizados em 2018, 2019 e 2020.

Aqueles que cursarem os quatro módulos em São Paulo e realizarem a prova final poderão prestar a prova do EdiNR (Título de Especialista Europeu em Neurorradiologia) na Europa. Mais informações sobre o título podem ser encontradas em http://goo.gl/w81Q3X.

Diventerò 2016: inscrições abertas A parceria entre a SPR e a Fundação Bracco, iniciada em 2015 para o Progetto Diventerò, manter-se-á.

Novamente este ano, as duas entidades selecionarão três radiologistas que irão à Itália em 2017.

O Progetto Diventerò (“Projeto vou me tornar”) é uma iniciativa plurianual da Fundação Bracco (Fondazione Bracco, Milão – Itália) para

acompanhar jovens de talento durante seu treinamento profissional, promovendo um percurso inovador de consolidação entre o mundo acadêmico e aquele do trabalho diário.

O projeto visa agraciar três radiologistas brasileiros com bolsa de estudos de seis semanas em uma instituição de excelência na Itália em áreas que serão definidas no proces-

so de seleção. Para cada fellow será atribuído um mentor, que irá fornecer orientação, pareceres científicos e técnicos durante o período de estágio na Itália. Durante o período em que o profissional permanecer no centro de estudos da Itália, não haverá avaliações, mas ele receberá um Certificate of attendencee. Para participar, os candidatos devem ser

cidadãos brasileiros, membros da SPR, nascidos entre 1989 e 1979, com formação em radiologia e com boa proficiência na língua inglesa ou italiana (imprescindível). As inscrições estão disponíveis até 16 de setembro de 2016.

Confira o calendário das atividades e outras informações em spr.org. br/progetto-diventero.

26 • ARTIGO

Ao ser humano: in memorian

Dr. Celso Hiram de Araújo Freitas é membro do Conselho Consultivo da SPR e da Comissão Editorial do Jornal da Imagem

O ser humano é gregário e precisa do seu olhar.

Sua presença precisa ser notada, festejada e sua ausência ser sentida. Olá, quanto tempo... Como é bom te ver outra vez!

No início de nossas vidas deveria fazer parte do meio em que vivemos o respeito, a consciência e a dignidade, e que esses momentos passassem a fazer parte do ser humano iniciático por toda a vida.

A arte de existir é a arte de morrer, mas não sem antes ter vivido e ter amado.

O que fazemos na vida é procurarmos a nós mesmos. Fugirmos da nossa essência para depois nos reencontrarmos de forma intermitente sem nunca fecharmos esse ciclo de definições para sabermos quem somos. Não sobra tempo... Quem somos? Não sobra tempo, a vida é curta, passa depressa e a maior parte dela é absorvida pelas preocupações materiais ou pelos escapes da realidade com diversões.

– Estou ocupado… Vou trabalhar cansado, vou tirar férias…

Estamos constantemente em fuga da dor, da guerra travada pelo nosso mundo psíquico pelo nosso mundo interior e o sofrimento, além da guerra travada entre nossos anjos e demônios. O que poderia equilibrar nossas mentes para vencer essa batalha entre o bem e o mal? A fé parece que poderia decidir esse combate, na sua presença ou na sua essência, “anda’ com fé eu vou… A fé não costuma faiá”.

A esperança é outro ancoradouro para agarrarmos em caso de erros em nosso diagnóstico ou prognóstico ou, quem sabe, um milagre da loteria esportiva, já que o homem acredita piamente que o dinheiro

resolve todos os males. Às vezes, esse estado de espírito nos é passado pelos nossos familiares.

Falamos tanto de finanças e tão pouco de espiritualidade com eles que, quando vemos um clipe da amizade entre um cão e um homem, emocionamo-nos às lágrimas. Mas, não poderia ser entre um homem e um homem?

Assim, vivemos um processo de ajustamento emocional doloroso, com barreiras psíquicas que nós criamos e um combate interior violento entre o ego e alguma coisa interior que precise libertar-se.

Talvez disso decorra o crescente amor pelo cão e a coragem de o chamarmos a qualquer momento porque sabemos com certeza que ele sempre estará solidário conosco, e a falta de coragem para enfrentarmos a barreira vai sendo criada entre nós e o “outro” (o filho adulto, por exemplo).

Como libertar-me da barreira de dizer: “venha aqui, que eu preciso de teu abraço”?

Há diferença gritante no tratamento entre o ser nascente e como ele passa a ser tratado quando adulto, com sua identidade instalada. Com o animal, a proximidade vai crescendo com o tempo, mesmo porque o cão não deixa por menos! Celebra com alegria nossas chegadas e mostra saudades pelas nossas partidas.

O mesmo não acontece conosco, que as chegadas são comemoradas enquanto crianças e são pouco percebidas na fase adulta. Afinal,

o que nos separa com o passar do tempo? Dentro de todo adulto há uma criança. Porque essa criança não age mais sem censura quando ficamos adultos?

Falta treinamento dentro das famílias?

Treinar a percepção da presença ou ausência do outro…

Há uma diferença muito grande na empatia entre uma criança que mama olhando nos olhos da mãe e outra que mama e não olha.

Está no livro Inteligência Emocional do Goleman. A criança que olha nos olhos está desenvolvendo empatia desde cedo e, portanto, tentando entender o que ela sente pelo outro e o outro por ela. A percepção do outro é causa muito importante e pode trazer a proximidade ou a indiferença no relacionamento entre as pessoas.

Quando você está elogiando ou repreendendo seu filho, peça para ele olhar nos seus olhos; caso contrário, você irá repetir dez vezes a mesma coisa, entra por um ouvido e sai pelo outro.

Hoje, uma maneira moderna de estar ausente, estando presente, é com o celular. Há quem tenha centenas de amigos virtuais e muito poucos para olhar em seus olhos.

Assim, vivem os que estão solitários no meio da multidão.

O ser humano é gregário e precisa do seu olhar. Sua presença precisa ser notada, festejada e sua ausência ser sentida. Olá, quanto tempo...

Como é bom te ver outra vez!

Já conhece o Programa de Relacionamento da SPR? Acesse o site da SPR e conheça os benefícios específicos para cada categoria de asssociação Valorização

Confiança

Conteúdo

Relacionamento

O membro é prioridade na SPR. Os associados têm direito a um período exclusivo de inscrição na JPR e no Curso de Atualização em Imagem (Prof. Dr. Feres Secaf) e estão isentos das taxas de inscrição.

O que nos une é uma relação de confiança mútua, renovada e ampliada nesse novo modelo de relacionamento mais inclusivo e próximo.

Nossa missão é promover excelência em Radiologia e Diagnóstico por Imagem, e isso inclui o associado como figura central desse cenário.

Queremos reforçar a parceria firmada e a confiança construída nestes anos de atuação da entidade e valorizar os esforços em promover o conhecimento na área da Radiologia.

Programa de Relacionamento da SPR Um jeito novo de conectá-lo ao que a Radiologia tem de melhor

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CRÔNICA • 27

Edição 456 – Agosto de 2016

Infração Gravíssima São SETE

Dr. Cássio Ruas de Moraes é membro da Comissão Editorial do Jornal da Imagem

Estamos acostumados a que no Brasil todo o rigor é aplicado aos cidadãos de bem. Os bandidos têm toda a complacência das autoridades. Bandido menor, então, é paparicado.

Numa manhã de domingo, com pouco movimento na estrada, vínhamos, minha mulher e eu, admirando a paisagem no local mais pitoresco da via Washington Luiz quando, ao aproximar-se o posto da polícia rodoviária, já de longe o guarda fez sinal para que encostássemos. Pediu os documentos, solicitou que fossem retirados do plástico, examinou-os e dirigiu-se para o interior do posto.

Documentos em ordem, carro novo, aguardávamos tranquilamente. Voltou o guarda e passou a examinar o carro: deteve-se na frente, deu a volta, deteve-se atrás, voltou para frente, parecia perscrutar cada detalhe, o que foi nos deixando intrigados: que diabos ele está que olha?

Pediu então com educação que eu saísse do carro, apontou minha placa dianteira e disse: – “Olhe a sua placa.”

– “O que é que tem?”

– “Tem alguns números raspados. O senhor não sabia?”

– “Já tinha visto, mas a de trás está perfeita.”

– “O senhor sabe que não pode trafegar assim? Isso é infração grave.”

– “Infração? Essa placa é nova, das mais caras, começou a descascar sozinha, material ruim. Vou mandar pintar...”

– “Não, o senhor não pode pintar. Sou obrigado a fazer uma autuação. Olha lá aquele número: não dá para dizer se é oito ou seis.”

– “Mas os outros estão visíveis.”

– “Não importa. Sou obrigado a fazer a autuação, o senhor tem trinta dias para trocar essa placa. Vá na semana que vem ao DETRAN de Ribeirão Preto, leve a autuação, licença do carro, carta de motorista, RG e CIC, mais prova de endereço. A infração é de 7 pontos na carteira. Se depois de um mês o senhor for autuado novamente pelo mesmo motivo, seu carro será apreendido.”

Entrou novamente no posto e nos fez esperar mais meia hora enquanto preenchia os papéis e bloqueava meu carro no sistema do DETRAN. Minha mulher, que ouviu toda a conversa, estranhou o rigor e o tamanho da pena. Eu também não sabia, mas deduzi rapidamente a existência dessa lei para impedir que os motoristas enganassem os radares

pontos na carteira, doutor!

e frustrassem as multas. Tudo indicava que ele queria era propina, observou. É, mas fica querendo, você não conhece minha vingança? Pago a multa, mas ele não leva propina de mim, não.

No segundo capítulo dessa história, o DETRAN pôs minha paciência à prova, como faz com todo cidadão. Entre idas e vindas, queriam que eu trocasse as placas – outro trambique destinado a favorecer o fornecedor delas, o que provavelmente renderia alguma comissão (kickback, como dizem os americanos). Logo que retornei a Ribeirão, um funileiro amigo havia

repintado os números com tinta especial e ambas as placas ficaram novas. Não as troquei. Na inspeção final o funcionário ainda me perguntou: trocou as placas? Claro, respondi. Pode olhar.

Estamos acostumados a que no Brasil todo o rigor é aplicado aos cidadãos de bem. Os bandidos têm toda a complacência das autoridades. Bandido menor, então, é paparicado.

Por isso, caro leitor, aconselho que você se levante e vá olhar as placas de seus carros: a infração por descascamento, mesmo que espontâneo, é gravíssima!

28 • LEITURA DINÂMICA

Livro sobre cirurgia hepatobiliar e pancreática é atualizado A Editora Elsevier anuncia a 5ª edição da obra Cirurgia Hepatobiliar e Pancreática, que continua alicerçada na contribuição dos colaboradores anteriores, desde a primeira edição, de 1997. Todos os capítulos foram atualizados com nova base de evidências e referências.

Assinando o lançamento, estão os editores Drs. O. James Garden e Rowan W. Parks – ambos são professores de Cirurgia Clínica da Universidade de Edimburgo e cirurgiões consultores honorários da Royal Infirmary de Edimburgo, no Reino Unido.

Em 360 páginas, o livro busca atender as necessidades de cirurgiões treinados e consultores prá-

ticos com uma descrição contemporânea e baseada em evidências da subespecialidade. Trata-se de uma fonte de referência prática que incorpora as informações mais atualizadas relativas aos desenvolvimentos recentes, condutas e procedimentos cirúrgicos.

O texto é referenciado e sustentado por recomendações baseadas em evidências, sempre que possível – entre evidência sólida, para sustentar uma conclusão, e recomendações baseadas em evidências mais frágeis (equilíbrio de probabilidades).

A equipe responsável pela publicação incluiu especialistas mundiais, com acentuada ênfase na prática global.

Gostaria de ver um livro recémlançado da área de Radiologia e Diagnóstico por Imagem nesta seção?

Envie sua sugestão para jornaldaimagem@ spr.org.br

TÚNEL DO TEMPO • 29

Edição 456 – Agosto de 2016

HÁ 30 ANOS

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A homenagem feita para o Professor Abercio Arantes Pereira também mereceu destaque: responsável pela formação e preparo de gerações de radiologistas em todo o Brasil, o profissional fora homenageado em evento organizado pela SPR e pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), que contou com a presença de nomes de grande expressão da época.

Aquela edição, de número 96, comemorava ainda os oito anos do Jornal da Imagem. Dr. Karpovas assinava novo texto relembrando seu início, agradecendo o envolvimento dos colaboradores e celebrando: “Requisitado por uns, reclamado por outros, tornou-se obrigatório no meio radiológico e constitui-se importante veículo de informação da SPR, estreitando seus laços junto a escolas médicas, hospitais, empresas e os seus associados e amigos, contribuindo para a difusão das informações num grande círculo de pessoas”.

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A narração da busca por melhores condições profissionais e salariais ocupava grande parte da edição de agosto de 1986 do Jornal da Imagem.

O jornal classificava de discriminatória a então recente atitude da Previdência Social, que havia reduzido uma reivindicação de aumento dos 70% solicitados para 10%. Também denunciava a atitude das empresas conveniadas, que buscavam restringir o acesso dos médicos da área da Imagem a melhores ganhos, impondo restrições em um ritmo lento e improdutivo. Os Drs. Sidney de Souza Almeida e Luiz Karpovas assinaram textos relacionados ao tema.

A edição também comemorava o sucesso do Clube Manoel de Abreu realizado em Franca, que tivera como tema Massas Renais I e II. O evento teve como anfitriões os Drs. Saul Cavalcante, Celso Hiram, José Pedro Sobrinho e Marcos Muniz.

30 • NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES

Equipamentos Vende-se aparelho de ultrassom Toshiba NEMIO MX (SSA-590A), comprado em novembro de 2012, única dona, utilizado em clínica particular por apenas uma pessoa. Valor: R$ 60 mil, com três transdutores e no-break apropriado.

Contato com Dra. Patrícia: (13) 997301323. (1) Vende-se Densitometria Óssea Lunar DPX IQ, com impressão em rede. Perfeito estado de conservação. Valor: R$ 25 mil.

Contato com Priscila: (43) 3141-8101 | 9632-0506 | cedi_sap@hotmail.com.br. (1) Vende-se mamógrafo Lorad M2 e processadora automática de filme da Kodak modelo Min-R, em bom estado de conservação. Valor do mamógrafo: R$ 18 mil. Processadora: R$ 2.500.

Informações com Luciana: (19) 38675735 ou (19) 3867-5572. (1)

Vende-se clínica de imagem em Cubatão com aparelho de ultrassom Toshiba Nemio SSA-583a, ano 2011, localizada no centro da cidade com convênios e atendimento a indústrias. Contato: (13) 981155700. (2) Vende-se clínica de imagem em Belo Horizonte (MG), na região hospitalar, em funcionamento há 30 anos, com equipamentos seminovos: dois ultrassons, um mamógrafo e um densitômetro.

Possui boa carteira de convênios, sem passivos. Contato com Andrade: (31) 98623-2731. (2) Vendem-se ou alugam-se equipamentos de: cintilografia óssea GE (modelo Discovery NM 630, lacrado, na caixa e com garantia de 36 meses no contrato com a GE), densintometria óssea Alpha DPX – A (ano 2002), equipamento de raios X 500 mas e fonte de alta tensão positiva densitometria óssea Lunar DPX IQ.

Contato com Romero Garcia: (11) 98284-7059 ou romerogarcia10@gmail.com.br. (3) Vende-se aparelho novo de raios X, marca CRX, modelo DF-125, com mesa basculante e bucky vertical.

Contato: (13) 98115-5700. (2) Vende-se transdutor convexo para Aloka 500 ou 630. Valor: R$ 1.500.

Guia original Aloka do transvaginal pra captura ovular. Valor: R$ 1 mil.

Video printer Sony (coaxial). Valor: R$ 1 mil. Chassis de mamo Agfa com janela de identificação. Valor: R$ 500 cada. Todos os itens em perfeito estado. Contato com Dr. Guarino: (11) 99612-9405 | 99603-3548. (3) Vende-se aparelho de ultrassonografia Toshiba Nemio SSA-583a, ano

2011, com três sondas com pouco uso. Contato: (13) 98115-5700. (2) Vende-se aparelho de raios X, marca Salgado e Herman, modelo SH- 300D, em excelente estado com mesa fixa e bucky vertical. Contato: (13) 98115-5700. (2)

Oportunidade Contrata-se médico radiologista para atuação em ressonância magnética, tomografia, USG e raios X, em clínica anexa a hospital na cidade de Londrina (PR). Remuneração conforme produtividade.

Interessados entrar em contato com Karen: (43) 3027-8313 | adm@mpdiagnosticos.com.br. (2)

Como ANUNCIAR Os membros da SPR que estiverem em dia com a anuidade poderão publicar seus anúncios nesta seção gratuitamente. Os radiologistas que não forem associados devem pagar uma taxa. Para sócios em dia do CBR,

A Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem não se responsabiliza, nem cível, nem criminalmente, pelas informações inseridas nesta seção, sendo estas única e exclusivamente responsabilidade do anunciante. A SPR também não possui qualquer participação ou interesse econômico nos negócios efetuados em decorrência dos anúncios.

o ônus por publicação é de R$ 250. Já para os radiologistas que não forem membros nem da SPR nem do CBR, o ônus por anúncio é de R$ 300. O anúncio deve ser enviado até o dia 10 de cada mês, para publicação no mês subsequente. Outras informações: jornaldaimagem@spr.org.br.

SERVIÇO Bird Solution (11) 5016-5509 / www. birdsolution.com.br • Carestream 0800 891 7554 / www.carestream.com.br • CDK www.cdk.com.br • Cryo Service (19) 3828-3400 / www.cryoservice.com.br • Digitalmed (11) 2376-0515 / www.digitalmed.com.br • E-people (11) 3562-2970 / www.epeople.com.br • Fujifilm (11) 5091-4000 / 5091-4999 • IBF (11) 2103-2000 / www.ibf.com.br • Imagem Sistemas Médicos (11) 4133-0053 / www.imagem.med.br • Konimagem (11) 2950-1971 / www.konimagem.com.br • Livraria Imagem Médica (11) 5873-3811 • Mallinckrodt 0800 178 017 • Med 7 (11) 5081-3011 / www.med7.com.br • Penta Médica (11) 5181 5555 / 5694 0555 www.pentamedica.com.br • Pixeon (48) 32056000 / www.pixeon.com / (11) 2146-1300 • Sul Imagem www.sul-imagem.com.br

AGENDA • 31

Edição 456 – Agosto de 2016

Eventos da SPR

2016

AGO

Outros eventos

Data

Evento

Local

3a6

CCR 2016 www.ccr2016.org

Cartagena de Índias, Colômbia

4

10

Grupo de Estudos de Radiologia do Abdome (Gera)* Grupo de Estudos de Mama (Gema)* Clube Roentgen* Mini CCRP Hospital Sírio-Libanês

Hotel Golden Tulip Paulista Plaza

Hotel Golden Tulip Paulista Plaza

Grupo de Estudos de Radiologia Musculoesquelética (Germe) 11

Grupo de Estudos de Neurorradiologia (Gene)*

Hotel Golden Tulip Paulista Plaza

Grupo de Estudos do Tórax (Geto)* 16

Grupo de Estudos de Ultrassonografia (Geus)*

Sede da SPR

Grupo de Estudos de Cabeça e Pescoço (Gecape)*

Hotel Golden Tulip Paulista Plaza

23

Grupo de Estudos de Pediatria (Geped)*

24

Grupo de Estudos de Imagem Quantitativa (Giq)**

Sede da SPR

25 a 27

XXI Congresso SOGESP www.sogesp.com.br/congresso/2016/inicio

Transamerica Expo Center, São Paulo

26 a 28

Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca

Maksoud Plaza Hotel

Eventos da SPR

2016

SET

Data

Evento

Outros eventos

Local

Grupo de Estudos de Radiologia do Abdome (Gera)* 1º

Grupo de Estudos de Radiologia Musculoesquelética (Germe)*

Hotel Golden Tulip Paulista Plaza

Grupo de Estudos de Mama (Gema) 8

Grupo de Estudos de Radiologia Cardiovascular (Cardio)*

Sede da SPR

CIR 2016 – www.cir2016.com

Lima, Peru

14

Clube Roentgen* Mini CCRP Med Imagem

Hotel Golden Tulip Paulista Plaza

15

Grupo de Estudos de Neurorradiologia (Gene)*

Hotel Golden Tulip Paulista Plaza

Clube Manoel de Abreu

Bauru, SP

Grupo de Estudos de Ultrassonografia (Geus)*

Sede da SPR

ICR 2016 – www.icr2016.org

Buenos Aires, Argentina

27

Grupo de Estudos de Pediatria (Geped)*

Sede da SPR

28

Grupo de Estudos de Imagem Quantitativa (Giq)**

Sede da SPR

8 a 10

16 a 18 20 21 a 24

Informações sobre eventos da SPR: www.spr.org.br ou (11) 5053-6363.

Sede da SPR: Av. Paulista, 491, cj. 41, São Paulo.

Hotel Golden Tulip Paulista Plaza: Al. Santos, 85, São Paulo. *Evento com transmissão via web em parceria com a Pixeon. ** Evento com transmissão via Skype; agenda completa das transmissões em: www.spr.org.br/cursos-via-web.