Boletim Informativo #1398

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COTAÇÕES

Bolsa de valores do feijão Iniciativa monitora quanto é pago pela saca do produto nas principais praças do país o presidente do conselho do Ibrafe, Marcelo Eduardo Lüders. Até o momento estão incluídos no levantamento diário os preços dos feijões preto, carioca (por cor e por principais cultivares), rajados, jalos, vermelhos e caupis. Outros feijões que venham a se tornar relevantes ou de interesse da cadeia produtiva também devem ser incluídos na “bolsa”. Estão disponíveis na ferramenta ainda as cotações FOB Porto de Paranaguá e valores declarados como referência em São Paulo, na região do bairro do Brás. Jessé Ricardo Gomes Prestes, produtor de feijão em Castro, nos Campos Gerais, dedica cerca de 50 hectares ao cultivo e já usa o PNF para ter uma melhor noção de como está o comportamento das cotações no país. “O PNF nos ajuda pois é um modo mais moderno e eficiente de preços. Com ele, evitamos grandes oscilações de valores, que afetam negativamente toda a cadeia produtiva do feijão”, avalia. O feijão, historicamente, sofre com a falta de uma sistematização de suas cotações nas principais praças do país. A falta de uma centralização pode dar margens a especulações e influenciar negativamente os negócios. Com base nessa situação, o Instituto Brasileiro do Feijão & Pulses (Ibrafe) criou o Preço Nacional do Feijão (PNF), uma espécie de “bolsa de valores” para o produto. Trata-se de um sistema informatizado que reúne os preços obtidos em 244 consultas diárias, nas cidades de maior relevância para o cultivo, nos cinco estados com maior produção (Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso). Parte das informações é conseguida de forma colaborativa, com produtores de todo o país, e o restante é levantado por meio de ligações telefônicas feitas diariamente para contatos nas praças selecionadas. “Temos um software para receber, processar e tabular as cotações. Não podemos esperar que o mercado use referências duvidosas. Precisamos fornecer alternativas confiáveis”, comenta 15

Contribuição dos produtores Os envolvidos com a cadeia do feijão de todo o Brasil também colaboram com a formulação do índice. Por meio do aplicativo “Clube Só Feijão”, os agricultores, revendedores, empacotadores e varejistas podem ver dados e contribuir com informações úteis para o levantamento dos preços. No caso dos produtores, podem ser compartilhados os números de área plantada, variedade de cultivo, safra e valor de venda da saca na região.

Como acessar O Preço Nacional do Feijão (PNF) pode ser acessado pelo site www.ibrafe.org, no qual estão disponíveis gratuitamente os dados em tempo real. O aplicativo “Clube Só Feijão” pode ser baixado em smartphones com sistemas Android ou IOS. BI 1398

31/07/17 a 06/08/17


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