JUSTIÇA
Dívida a perder de vista Agricultores do Paraná que venderam grãos à Seara, com sede em Sertanópolis, aguardam processo de recuperação judicial para saber quando vão receber Por Antonio Carlos Senkovski
A recuperação judicial da Seara Indústria e Comércio de Produtos Agropecuários atinge centenas de produtores rurais do Paraná, que venderam suas colheitas de grãos à empresa de Sertanópolis, no Norte do Estado. Com o processo em andamento, eles estão sem prazo para receber. A situação, que envolve cifras bilionárias e um longo caminho pela frente na Justiça, não tem uma solução simples ou rápida. O produtor Jurandir Proença Lopes, da região dos Campos Gerais, vendeu 30 mil sacas de soja à Seara. Ele tem cerca de R$ 2,2 milhões para receber. Como não foi 8
pago, Lopes conta que as dívidas do ciclo 2016/17 já começaram a vencer e que a rotina tem sido renegociar prazos para conseguir dar giro aos negócios. “Eu deveria ter recebido em maio. Eles esperaram colher a safra em todo o Norte Pioneiro, parte do Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Sudoeste de São Paulo, encheram as unidades deles e deram o calote no povo”, afirma. A família de Vânia Aparecida Tomazini Dias, produtora rural em Maringá (região Noroeste), entregou 1,9 mil sacas de soja à Seara por aproximadamente R$ 110 mil. “Eles pediram a recuperação judicial quando ainda estaBI 1394
03/07/17 a 09/07/17