2011 01 janeiro

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ALERTA NO CAMPO BRONCOPNEUMONIA Afeta os pulmões dos animais. É causada, principalmente, por vírus, bactérias e helmintos pulmonares, mas há uma série de fatores predisponentes que causam queda da resistência, tornando o animal mais suscetível à doença pulmonar. É de ocorrência bastante comum, sobretudo em animais de criações leiteiras. É o segundo problema de saúde mais comum de bezerros jovens, com alta ocorrência de diarreia. As causas podem ser várias, mas em geral um conjunto de bactérias e vírus provoca a série de sintomas que caracterizam a doença. A broncopneumonia acontece como consequência da interação de três fatores: agentes causadores, condição geral do animal (nutrição) e condições ambientais (estresse, ventilação).

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PNEUMONIA Frequentemente acompanha outras doenças infecciosas. A doença é transmitida diretamente de um animal para outro. Infectado, o bezerro pode permanecer com o microorganismo incubado esperando um momento de queda na imunidade para desencadear o processo infeccioso. Sinais clínicos são muito variáveis e podem ser observados em combinação. No início do processo, o que se percebe são animais febris, com perda de apetite, tosse e bem apáticos. Com a evolução do quadro, esses sinais podem se tornar mais brandos, dando a falsa impressão de uma melhora. No entanto, a tosse continua e começa a haver a eliminação de uma secreção purulenta pelas narinas. Pode ocorrer diarreia. Animais gravemente afetados têm dificuldade para respirar e podem morrer.

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TUBÉRCULOSE BOVINA É uma zoonose, doença transmitida de animais ao homem e vice-versa. A transmissão ocorre, principalmente, pelo ar. Mas animais jovens também podem se infectar quando se alimentam com leite de vacas com tuberculose na glândula mamária. Os animais podem apresentar perda de peso, debilidade, febre, falta de apetite, dificuldade respiratória, tosse, corrimento nasal seroso ou purulento, linfonodos periféricos aumentados de tamanho. É necessário realizar periodicamente exames e sacrificar os animais positivos. No Brasil, os índices oficiais estão em 1,3% do rebanho nacional infectado, que representaria um número elevado, na ordem de 2,5 milhões de animais.

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RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA Doença causada por vírus. A taxa de animais positivos varia muito de uma região para outra, dependendo também do tipo de exploração pecuária realizado na propriedade. Quanto maior o contato entre os animais, maior é o contágio. A principal fonte de infecção são gotículas expelidas pela tosse, secreções nasais, oculares, vaginais, sêmen e líquidos e tecidos fetais. Pode ser transmitida por aerosol, monta natural, inseminação artificial e contato vulva-focinho. Este virus permanece latente nos animais que se recuperam da doença.

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PNEUMOENTERITE Conhecida também como inflamação dos pulmões e intestinos, a doença possui vários tipos. A pneumonia verminótica quase sempre está acompanhada por diarreia. Os sinais comuns são febre, falta de apetite, secreção nasal, ruídos pulmonares e diarreia. A utilização de antibióticos de amplo espectro é muito importante para atingir os microorganismos presentes no trato respiratório e nos intestinos.

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Tratamentos adequados Para obter sucesso na pecuária faz-se necessário elaborar um calendário profilático, esquematizando as épocas de vacinações. Atualmente, com a facilidade de transporte, tornou-se muito intensa a movimentação de animais de uma região para a outra. Com isto, houve grande disseminação de doenças entre os bovinos, principalmente, as doenças viróticas. Para controle, são utilizadas as vacinações como forma preventiva. Há vacinas que são aplicadas no

rebanho todo, outras somente em certas categorias de animais. Uma das práticas para bom manejo sanitário na pecuária de corte é a implantação de uma estação de monta, para concentrar os nascimentos dos bezerros na mesma época do ano. A vacinação é no momento a melhor opção para reverter os prejuízos.

Cuidados O tratamento vai depender da causa e etiologia da doença. Para as pneumonias de origem viral é utilizada

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a vacinação do rebanho como medida preventiva. Nas bacterianas, o uso de antimicrobianos é de extrema importância, sendo os mais eficazes as penicilinas, sulfas e quinolonas. Na parasitária, o uso de sulfóxido de albendazol tem mostrado excelentes resultados, podendo também ser usadas as ivermectinas. “Em casos mais graves e com comprometimento do estado geral do animal, devemos fazer um tratamento auxiliar com a utilização de soros, antipiréticos e anti-inflamatórios”, afirma Mário.


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