A CONSTRUÇÃO DA AUTOESTIMA NA SALA DE AULA

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138 Interrogada sobre a suficiência e eficiência de sua comunicação com eles, foi o comentário: "muitas vezes eu falo de forma mais afetuosa com aqueles que são mais tranqüilos, que não necessitam de uma palavra mais dura do que com esses que estão sempre envolvidos em confusões, que a gente tem que está separando, corrigindo”. Questionada se achava que em algum momento suas atitudes em relação a eles influenciavam na construção da auto-estima deles, ela, irresoluta, sustenta: “Sim. Eu me policio para que ao mesmo tempo em que estou corrigindo uma criança, que essa correção seja feita de forma que ela entenda que estou corrigindo o erro dela, não ela pessoalmente, estou dando uma bronca por aquilo que ela fez, não é porque eu não goste dela. A gente tenta fazer isso de uma forma positiva...” Oportunamente Ginott (2004), no livro Betwen teacher and child, no qual aborda as relações entre o professor e a criança, provoca-nos sobre o papel e a conduta do professor. Para ele “o elemento decisivo em uma sala de aula infantil”. Nesta publicação 7, Ginott adverte que: “é minha abordagem pessoal que cria o clima em sala de aula”, “eu, enquanto professor, posso ser uma ferramenta de tortura ou instrumento de inspiração”, “em todas as situações, é minha responsabilidade que decide se uma crise será intensificada ou minimizada, e se uma criança será humanizada ou desumanizada”. A professora preocupa-se com a vida do aluno e, por isso, busca intensificar a qualidade da sua comunicação com eles:

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http://eqi.org/ginott.htm#top%20of%20doc, acesso em 24 mai 04.


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