Texto IPEA - Estado de Uma Naçao

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transportes para o desempenho de tarefas cotidianas, como estudar, trabalhar e se entreter, normalmente realizadas durante o dia. Ou utilizar mais os meios de transporte no período noturno, quando há maior risco de acidentes. Acima de tudo, essa associação pode resultar do fato de que os jovens são condutores de veículos que zelam menos pela segurança. É impossível definir, a partir dos dados utilizados, qual das razões citadas é a mais importante. Mas é possível saber quais os graus de morbidade e mortalidade, entre os jovens, devido a acidentes de transporte. Morbidade por acidentes de transporte – Embora os jovens representem 20% da população, sua participação no total de internações por acidentes de trânsito é superior a 25%. Os jovens mais maduros são os que mais contribuem para que a morbidade no grupo causada por acidentes de transporte seja tão alta, como indica o gráfico 25.

Brasil: o estado de uma nação

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De fato, os jovens entre 20 e 24 anos são responsáveis por quase 20% das internações por acidentes de transporte, apesar de representarem menos de 10% da população. Dessas internações, uma parte termina em morte. Entre as vítimas não fatais dos acidentes de transporte, 25% são jovens, embora o grupo represente um pouco menos de 20% da população (veja gráfico 26). Portanto, apesar de haver menos internações entre os jovens, elas são em grande parte causadas por acidentes de transporte. Mortalidade por acidentes de transporte – Os resultados revelam que os jovens morrem em maior proporção de acidentes de transporte do que outros grupos etários. De fato, enquanto 16% dos óbitos dos que têm entre 15 e 24 anos se devem a acidentes de transporte, na população como um todo, este tipo de causa responde por apenas 3% da mortalidade (ver gráfico 27). Entre os jovens, portanto, essa causa


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