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As salinas
A exploração do sal em Alhos Vedros acompanha o processo de povoamento pós reconquista, antecipa e impulsiona o surgimento e a criação de instituições administrativas.
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Os historiadores em geral consideram que, desde sempre, o sal é exportado no litoral português, através de mercadores e navegantes que o procuravam.
António Sérgio considera mesmo que na Idade Média o equilíbrio económico do país radicava no comércio do sal, funcionando como garante da vida rural.
Os historiadores que estudaram o povoamento na "margem sul", no espaço geográfico do concelho de Alhos Vedros, concordam que este foi efectuado pós reconquista e basicamente por cristãos.
O sal e a sua importância surgem óbvias na mais antiga documentação conhecida e confirma-se nos séculos posteriores.
As condições geográficas específicas, que a região oferecia aos colonos, obrigam à formação de unidades económicas autónomas, de características específicas. A conquista da região dividiu-se entre a zona influenciada pela maré, sapais e pântanos, e a zona contínua de terrenos arenosos, bastante freáticos, coberta de espessa vegetação ou "quercis" que seria a vegetação primitiva.
Nestas zonas, particularmente difíceis de dominar, de rentabilizar economicamente e de âmbito doentio, os primeiros colonos conquistaram e transformaram-nas em locais habitáveis, alterando a paisagem, pela criação das salinas e o plantio de vinha.
Foi esta dupla conquista que permitiu a fixação humana na zona ribeirinha limitada pelo concelho de Alhos Vedros, e o seu salgado disputado e regulamentado por Papas e Reis.