Lubgrax - Ed. 04

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Lubrificantes e óleos atóxicos e biodegradáveis

Italo Gattone, diretor operacional da Biolub

mundial de mudanças climáticas”, pontua. “De maneira geral, a nossa opinião é que somente atender as exigências com uso de produtos ‘ecologicamente corretos’ vai muito além do cumprimento de regulamentações; será muito em breve critério de competitividade e aceitação dos produtos brasileiros nos mercados internacionais”, complementa Rosemeire, acrescentando que oferecer produtos com melhores práticas ambientais é colaborar com os clientes em valorizar sua marca e gerar oportunidades de negócios sustentáveis sem barreiras de mercado. Para a profissional, a linha de fluídos térmicos para a transferência de calor é um exemplo de diferenciais competitivos de custo/benefício muito interessantes ao usuário final, bem como a linha de produtos específicos para aplicações em caixas de engrenagens e compressores de ar e de refrigeração, pois além de atenderem as exigências e regulamentação em questões de segurança alimentar proporcionam soluções de eficiência energéticas interessantíssimas ao usuário final. Na opinião de Rosemeire, importante é que este mercado possa ser regulado e fiscalizado de forma abrangente e sistemática para que as empresas que nele participam concorram de maneira igualitária, “de forma

a corresponder as expectativas de segurança alimentar e de sustentabilidade tão importantes para a gestão eficiente dos negócios de forma geral.” Matérias-primas próprias A Biolub, especializada em óleos lubrificantes para corte solúveis e integrais, desde o início adotou a filosofia de desenvolver suas próprias matérias-primas para obter custo de concorrência. “Foi daí que surgiu a ideia dos óleos biodegradáveis. São produções próprias de lubrificantes que são basicamente ésteres ou base óleo vegetais aproveitando a riqueza que o Brasil tem na produção de óleos de soja e canola”, explica Italo Gattone, diretor operacional. A empresa começou a atuar com lubrificantes biodegradáveis há cerca de cinco anos, a passos bem lentos, em uma época na qual o mercado não era muito atrativo devido ao custo. “Agora o mercado atual é diferente, pois as pressões internacionais, locais e ambientais favorecem a biodegradabilidade, que está se tornando tão importante a ponto de passar acima do custo, fazendo com que empresas em determinados segmentos tenham de ter um óleo com laudo de biodegradabilidade”, diz. Além disso, Gattone destaca a durabilidade maior desses produtos, quando comparada aos convencionais. “Enquanto um óleo mineral

Diferença entre lubrificante atóxico e biodegradável Nem sempre um lubrificante atóxico é biodegradável e vice-versa. Confira o que os diferencia: Todos os lubrificantes atóxicos (H1) são produtos que podem entrar, acidentalmente, em contato com alimentos, medicamentos ou produtos cosméticos. Essencial para as graxas atóxicas é que elas não tenham influência sobre o sabor, cheiro ou cor dos alimentos ou produtos médicos e que igualmente não haja ameaça à saúde do consumidor. Consequentemente, a fabricação e distribuição de graxas atóxicas precisa estar de acordo com os regulamentos adequados e procedimentos aprovados. Já o lubrificante biodegradável deve ser utilizado onde a graxa expelida possa atingir o solo, lençóis freáticos, canalizações e contaminar o meio ambiente. No segmento de fluidos de corte são oferecidos produtos biodegradáveis, o que não significa que possa ser despejado no ambiente, pois após o seu uso, o produto é contaminado com íons de metais pesados, como por exemplo, íons de cobalto ou outros. No Brasil, o Conama Nº 362 estabelece o procedimento de coleta e destinação de óleos lubrificantes usados. No caso de produtos atóxicos, há uma exigência do Ministério da Agricultura para lubrificantes de correntes para uso em indústrias alimentícias. Nas indústrias farmacêuticas e cosméticas há outras exigências, próprias dos setores. Na maior parte restante, as exigências de utilização de óleos atóxicos são feitas pela matriz de empresas multinacionais estabelecidas no Brasil.

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Revista LUBGRAX • maio/junho 2010

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