A partir de 2003 e à medida que sobem os preços das matérias primas, os fluxos de IED dos países da região se recuperam e alcançam os 40 bilhões de dólares anuais de média, ainda que com muita volatilidade (Gráfico 4). Assim que crise financeira global os afetou, por outro lado, nos anos posteriores à crise muitas empresas de América Latina aproveitaram as dificuldades financeiras das empresas europeias para usar alguns de seus ativos na região. Os bancos Santander, BBVA, HSBC e ING, entre outros, venderam nesses anos algumas de suas filiais na América Latina, e empresas em outros setores fizeram o mesmo, como Carrefour (comércio varejista) e Lafarge (cimento), ambas francesas.
Mas a partir de 2015, o duplo golpe da queda dos preços das matérias primas e a recessão no Brasil e outras economias sul-americanas reduziu substancialmente as saídas do IED a partir da região, assim como reduzia também as entradas. Isso não quer dizer que as empresas renunciaram à internacionalização, mas que apenas reduziram o seu ritmo como resposta momentânea à conjuntura econômica. Em todo caso, nem todos os países da América Latina seguiram o mesmo ciclo econômico, e entre as empresas há uma grande variedade de estratégias.
Gráfico 4
Evolução das saídas do IED na América Latina (milhões de dólares correntes), 2000 - 2018 59.447
60.000
51.287 50.000
48.356
45.211
47.119
49.711
41.802 40.000
39.152 34.919
40.454 37.152
38.255
30.000
18.072
20.000
10.000
4.326 3.438 4.753
21.386
18.910
6.433
$ 2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Preço máximo de ferro, cobre e óleo Fonte: CEPAL e fontes oficiais.
Global LATAM I BRASIL I
Séries Investimentos Estrangeiros
20
2007
2008
2009
2010
Períodos de recessão
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018