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Imaterialidades em Fortaleza: notas sobre os Maracatus

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Refererências

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Imaterialidades em Fortaleza:

notas sobre os Maracatus

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Adson Pinheiro Coordenação Editorial

Consideramos de grande importância essa publicação pelo registro desse patrimônio imaterial que imprime marcas em nossos territórios de identidades, aqui traduzidos pelos Maracatus de Fortaleza. Este bem cultural tem as marcas de uma forte presença das nossas origens e identidades negras, muitas vezes silenciadas na sociedade contemporânea, mas que insistem, resistem e reexistem aos preconceitos e às transformações homogeneizadoras globais que definiram, desde o processo colonizador, determinadas culturas como mais importantes do que outras. A Coleção Imaterialidades surge, nessa primeira perspectiva, com a proposta de apresentar à sociedade o resultado do trabalho desenvolvido por pesquisadores na constituição e produção de dossiês que compõem os processos de registro dos bens imateriais de Fortaleza, mostrando como manifestações culturais e seus conjuntos de saberes, técnicas e fazeres passam a ser considerados e reconhecidos como patrimônio imaterial. Para além disso, mas não somente, a publicação servirá também de instrumento político de reconhecimento dos Maracatus e das políticas de salvaguarda pensadas e produzidas com os detentores. Esperamos, com essa obra, que as histórias dos brincantes e fazedores alcancem o máximo de pessoas, a fim de contribuir tanto para o seu (re)conhecimento, quanto para garantir condições de permanência e de avaliação de como a manifestação vem se transformando e mudando a sociedade, assim como as políticas de salvaguarda vêm sendo honradas para os grupos reconhecidos. Logo, o reconhecimento do Maracatu Cearense não é apenas pela importância para os seus brincantes, mas também para conectar nossa cidade aos seus passados significativos, ao seu presente vivo e para que auxilie na construção de uma urbe que tenha futuros que respeitem à diversidade e os patrimônios. Sendo assim, reconhecer o Maracatu como parte das nossas expressões culturais é nos aproximar um pouco mais do que é ser fortalezense.

Esperamos que, a partir da leitura dessa obra, consigamos traduzir todos esses anseios e sentidos. Esperamos que essa imaterialidade faça sentido para você e o aproxime das nossas heranças. Viva o Maracatu Cearense! Viva a Cultura Negra! Viva Fortaleza! Boa leitura.

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