Jornal de Negócios - 01 de Fevereiro 2018

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REINVENTANDO

Pizzarias com propostas diferentes se destacam inovando em um

Leonardo Santin, sócio da Divina Increnca: pesquisa na Itália para desenvolver a pizza

A

pizza é o alimento “queridinho” dos paulistas. De acordo com números da Associação Pizzarias Unidas, o Estado de São Paulo tem mais de 11 mil pizzarias – o equivalente a quase um terço das 36 mil pizzarias que existem no Brasil. O consumo de pizza em São Paulo é tão grande que representa sozinho mais da metade do país: de um milhão de pizzas comercializadas por dia no País, 572 mil saem dos fornos de São Paulo. Em um cenário como esse, o mercado se apresenta bastante competitivo, mas não sem oportunidades. Por ser bastante consolidado, o se-

tor tende a abrir espaço àqueles empreendedores que “pensam fora da caixa” na hora de colocar a redonda para assar. “A pizza é talvez o prato mais consumido pelo paulista. Se o empresário souber a proposta de valor do seu negócio e trabalhá-la corretamente, com certeza terá espaço no mercado”, explica o consultor de negócios do Sebrae-SP em Jundiaí, Wilson Borges. “Inovação não é necessariamente criar algo que não existe, mas sim perceber falhas no mercado e entrar com o seu negócio”, observa. E foi justamente com essas ideias em mente que duas pizzarias inovaram em São Paulo e hoje

estão colhendo bons frutos, ainda que com propostas diferentes. Enquanto a Divina Increnca foca nas pizzas individuais em bairros nobres, a Pina’s Pizzaria aposta no popular e aproveita a moda das pizzas por R$ 10, mas sem abrir mão da qualidade. “Sigo utilizando os mesmos ingredientes da pizza tradicional, só que em menor quantidade. Asso em forno à lenha, normalmente. E ainda temos o diferencial de levarmos as pizzas diretamente na casa dos clientes, sem que eles liguem”, explica Aline Pina Gomes, proprietária da Pina’s Pizzaria, em funcionamento desde 2016 em Guarulhos.

Todos os dias, as redondas são vendidas por motoboys em vários bairros de São Paulo. Eles vão de rua em rua, buzinando e anunciando “pizza de R$ 10!”, enquanto os moradores vão saindo para checar as opções disponíveis. “Começamos a fazer a pizza de R$ 10 há um ano. Nosso faturamento melhorou 100%. Em representatividade, podemos dizer que hoje vendemos 90% das pizzas de R$ 10 e apenas 10% das tradicionais”, diz a empresária.

ESTUDAR O MERCADO

Já na zona oeste de São Paulo, o negócio que começou como um foodtruck em 2014 se tornou um


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