Historia do Brazil. Tomo segundo

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HISTORIA DO BRAZIL

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char contra elles em pessoa ; desbaratou-os, mas de pouco servia pôr em fuga umas poucas de tribus selvicolas, que apenas partido o inimigo voltavão aos

1631.

antigos paradeiros e inveterados habitos de devastação. Os Jesuitas os pacificarão, ganhando cento e cincoenta hordas á alliança portugueza. Era um dos padres tão mestre na architectura militar como na de egrejas : levantou a planta d’um forte, os seus irmãos derão aos índios o exemplo de trabalhar nas obras carregando pedras ás costas ; elles o principiárão e concluirão, e depois de feito ficou sendo a fortaleza mais segura do Brazil, não pelo avantajado da sua posição, mas pela solidez das suas obras e excellencia da sua construcção. Coroava elle um rochedo á entrada do rio Potengi, e a meia legoa fica vão al-

Rel. Ann. 1603. ff. 113.

gumas habitações poucas, que n’este raro-povoado paiz tinhão obtido o titulo de cidade. Pensarão os Hollandezes sorprehender este logar, mas um navio portuguez os havia avistado, e ainda levou a noticia á Parahyba a tempo de poder o governador mandar para alli seu irmão Mathias d’Albuquerque Maranhão com trezentos Europeos e egual numero de naturaes ; assim guarnecidas erão as fortificações por demais formidaveis para que podessem ser investidas com probabilidade de triumpho. Consideravel era ainda o commercio entre Portugal e Pernambuco, apezar da perda da capital e do seu importante porto. Dos navios que se aventuravão,

G. Giuseppe. P. 119. B. Freire. § 442 e 443. Importancia do porto de Nazareth.


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