Uma-Vez-Feiticeira

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caminho para seus pés.

E mesmo quando formamos um grande círculo em torno do altar de pedra, ainda assim, eu ainda continuo na esperança de que Gabriel irá olhar na minha direção, e piscar para mim, alguma coisa. Para me distrair, eu estudei o bloco maciço no altar, as veias azuis acinzentadas que atravessavam a pedra negra, as grossas pétalas de flores espalhadas no verão, e as oito velas apagadas feitas a partir da cera cremosa de colméias de meu pai.

– Saudações, – minha mãe diz, e na hora da brisa desaparece e sua voz ressoa no silêncio claro e bonito.

– Feliz em ver-te, esta noite como em todas as noites.

– Feliz em ver-te, – coros de vozes em resposta. Exceto para mim. Eu não estou de bom humor.

– Esta noite é especial, – minha mãe continua, divergindo um pouco da usual abertura blá, blá, blá destas cerimônias durante o qual eu sempre me direciono para fora.

– Hoje nós celebramos a união de duas pessoas amadas, Rowena e James.

Minha mãe faz uma pausa e da um sorriso brilhante em todas as direções, como faz todos os outros. Meus olhos pulam pelos rostos em um borrão distraído.


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