Revista Ruminantes 38

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Utilização de um pré-starter formulado na recria de ovinos Suffolk

comparando o tipo de parto, notamos um valor superior nos partos simples. No que diz respeito à separação apenas por sexo, sabemos z comparando com 0,347 kg nas fêmeas (Tabela 3). Na tabela 4 demonstram-se os pesos médios aos 30 e 70 dias de idade, bem como os GMD's desse período. De notar que neste período a influência do programa alimentar dos borregos ganha uma nova importância, uma vez que o consumo aumenta. Dos 30 aos 70 dias, os valores de GMD, distinguindo apenas o sexo, foram de 0,420 kg para as fêmeas e de 0,458 kg para os machos. O GMD total geral neste periodo foi de 0,442 kg/ animal/dia. É ainda notável o desenvolvimento dos machos com partos duplos e triplos que, nesta fase, atingiram um maior crescimento, explicando a recuperação na diferença de pesos, o que remete para a importância de um starter de qualidade superior. Dos 0 aos 70 dias, o GMD foi de 0,405 kg para os machos e de 0,385 kg para as fêmeas. Separando por sexo e tipo de parto (Tabela 5) observamos a mesma tendência, em que as fêmeas têm um crescimento menor independentemente do tipo de parto. Comparando os GMD's entre machos e fêmeas nas diferentes fases (Gráfico 1) observamos que, embora no primeiro período não se reflita, os machos conseguem crescimentos superiores. Este efeito consegue refletir-se até no GMD total.

TABELA 3 GANHO MÉDIO DIÁRIO DO NASCIMENTO AOS 30 DIAS DE VIDA GMD 0 - 30 Parto

Simples

Duplo

Triplo

Global

Sexo

Machos

Fêmeas

Machos

Fêmeas

Machos

Machos

Fêmeas

GMD (kg)

0,347

0,356

0,345

0,345

0,334

0,346

0,347

TABELA 4 GANHO MÉDIO DIÁRIO DOS 30 AOS 70 DIAS DE VIDA GMD 30 -70 Dias Parto

Simples

Duplo

Triplo

Global

Sexo

Macho

Fêmeas

Machos

Fêmeas

Machos

Machos

Fêmeas

GMD (kg)

0,440

0,422

0,463

0,419

0,450

0,458

0,420

TABELA 5 GANHO MÉDIO DIÁRIO DO NASCIMENTO AOS 70 DIAS DE VIDA GMD 0 -70 Parto

Simples

Duplo

Triplo

Global

Sexo

Machos

Fêmeas

Machos

Fêmeas

Macho

Machos

Fêmeas

GMD (kg)

0,399

0,381

0,407

0,386

0,400

0,405

0,385

GRÁFICO 1 GMD DE MACHOS E FÊMEAS NAS DIFERENTES FASES 0,500 0,450 0,400

0,455

0,455 0,389

0,468 0,436

0,385

0,405

0,414

CONCLUSÃO Com esta demonstração confirmamos que a utilização de um correto plano alimentar (leite materno e concentrado adequados) permite um ótimo desenvolvimento dos borregos nas primeiras semanas de vida. Permitindo assim um bom peso ao desmame e, consequentemente, favorável valor de mercado. Pelas razões apresentadas, a utilização de um correto maneio alimentar das ovelhas em fase de lactação é uma ação tecnicamente apreciável, assim como um starter que permita um bom desenvolvimento a partir dos 30 dias de vida dos borregos. Apenas com a junção destes dois fatores podemos exprimir o potencial genético dos animais.

0,385

0,373

GMD kg

0,350 0,300 0,250 0,200 0,150 0,100 0,050 0,000

0-10 dias

10-30 dias Machos

30-50 dias

50-70 dias

Total 0-70 dias

Fêmeas

GRÁFICO 2 EVOLUÇÃO DO EFETIVO DE OVINOS EM PORTUGAL DE 2006 A 2019 Efetivo ovino

3000 2500 2000 1500 1000 500

Ano 24

RUMINANTES | JUL/AGO/SET 2020

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2007

0 2006

O consumo de carne ovina tem sido estável nos últimos 3 anos, verificando-se um consumo 'per capita' na ordem dos 2,3 kg por ano (carne de ovino e caprino). No gráfico 2 podemos observar a evolução do efetivo de ovinos em Portugal, entre 2006 e 2019 (INE). O efetivo de ovinos, em Portugal, sofreu uma tendência decrescente desde 2006 até 2015, no entanto começa a haver uma inversão da tendência entre 2016 e 2019, resultado do aumento de procura deste produto para exportação.


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