Revista Agosto 2011

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RDF - Você é, então, um sortudo ou há uma história de esforço pessoal e dedicação nessa trajetória? Marlon Yared - Lógico! Quando digo que me sinto um privilegiado é porque diversos elementos convergiram em minha direção. Mas é óbvio que, se eu não me esforçasse para avançar, estaria até hoje nos planos... Eu costumo dizer que sou um operário. Não tenho o dom do voleibol no nível de esportistas como o Renan, o Maurício, o Marcelo Negrão, o Tande e o Giba, por exemplo. Eu me identifico muito com o Nalbert, que também é um grande operário. Aí vai da sua crença. Eu acho que é assim, alguns atletas nascem para aquele esporte. Como o Pelé! Ele tem o dom do futebol. Eu não posso, por exemplo, abrir mão dos meus treinos e dos esforços para meu aprimoramento. Senão perco o ritmo, ao contrário de muitos desses atletas que citei. Isso não desmerece ou enaltece em demasia ninguém. São apenas peculiaridades, características de cada um. Eu valorizo muito a busca do conhecimento próprio. Ninguém melhor do que você mesmo para saber quais são as suas limitações e potencialidades. E eu, a partir desse processo de autoconhecimento, busco fazer as escolhas que melhor atendem minhas necessidades e expectativas.

RDF - Você é um bem sucedido profissional do esporte. Muitos jovens, quanto assistem aos jogos da seleção, se empolgam e decidem ser esportistas. O que você diria para esses jovens? Marlon Yared - Aqui no Brasil, de um modo geral, tratase o esporte de uma maneira muito amadora, indisciplinada. Por isso, quem pretende se tornar profissional do vôlei – ou de qualquer outro esporte – deve estar atento para diversas questões. Combater a preguiça e a indisciplina são, possivelmente, as primeiras coisas que um jovem atleta deve focalizar. Seguido disso, eles devem ser treinados e conduzidos por um profissional conceituado, que saiba o que faz. É ele, o técnico, que vai impor um ritmo de trabalho e de treinamento, que vai dar um direcionamento a esse esportista. É o treinador capacitado que vai identificar os melhores caminhos, indicar as melhores possibilidades, desenvolver aptidões e facilidades... Por isso, a formação desses profissionais é o muito importante. Eles são como os professores das nossas escolas: essenciais. RDF - Que mensagem gostaria de deixar para os leitores da revista do Clube Monte Líbano? Marlon Yared - Gostaria, em meu nome e de toda a equipe do RJX, de agradecer a acolhida do Clube Monte Líbano a nossa equipe. Depois, gostaria de convidar a todos, principalmente as nossas crianças e jovens, para participarem conosco dessa “virada” do voleibol do Rio de Janeiro. Vamos reconquistar o espaço que o estado do Rio de Janeiro teve no cenário do voleibol nacional. E para isso, a participação do torcedor que vive e mora aqui é muito importante. Vá aos jogos! Leve seus filhos! Participe! Torça por nós! CLUBE MONTE LÍBANO


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