Revista Rock Meeting N° 5

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A V o l t a d a L e n d a Lula Mendonça - Metal é a Lei O renomado e experiente vocalista Mario Pastore, após grande contribuição para o cenário do Heavy Metal brasileiro cantando em bandas como: Titânio, Acid Storm, Opera's Noise, Tailgunners, Sacred Sinner e recentemente Delpht, lança o seu mais recente projeto: a "Banda Pastore". Em um bate papo descontraído, Pastore fala sobre o início de sua carreira como vocalista, sobre a atual cena heavy metal brasileira e, é claro, sobre seu novo trabalho. Lula Mendonça: Gostaria de começar falando de sua iniciação musical. Como foi e quais suas principais influências? Mário Pastore: Bom, a minha família sempre gostou de música, aos cinco anos meu pai fez um microfone de papelão pra mim e eu ficava imitando o Elvis, então a partir daí eu cresci com aquela vontade de cantar. Aos 17 anos, entrei na minha primeira banda de metal que se chamava Titânio, que cantava em português e tirava uns covers de bandas gringas tipo Manowar, Iron Maiden, entre outros. Minhas principais influências são: Geoff Tate (Queensryche), Bruce Dickinson, Ronnie James Dio e Tom Bellicoult(Lethal), Michael Kiske, Glenn Hugles, entre outros caras bons que de vez em quando eu escuto. LM: Você integrou a Acid Storm, considerada uma das mais promissoras bandas de metal do Brasil nos anos 90. Por que a Acid Storm não teve uma vida longa? MP: A Acid Storm foi uma banda que tinha um grande potencial, já vinha de um álbum muito bom que se chama “Why that war”, com outro vocalista. O segundo álbum, do qual eu fiz parte, Biotronic Genesis, foi um disco muito bem aceito no Brasil e no exterior, inclusive ficando em primeiro lugar na rádio BBC de Londres na frente do Pantera, Metallica , Sadus, etc. O grande problema é que não havia amizade e consideração entre as pessoas que estavam na banda, além disso havia um patrão que mandava na banda, e eu acho que pra você aceitar ordens pelo menos você tem que ganhar um salário, o que não acontecia. Então diante disso tudo eu resolvi sair da banda, o baixista da banda vendo que eu tinha razão em muitos pontos resolveu sair junto comigo e então montamos outra banda pra nos divertir e passar o tempo. LM: Quais as principais lições que você retirou dessa fase? MP: Eu acho que a principal lição que eu tirei dessa fase é que uma banda não pode ter só música, tem que ter respeito, consideração, se não tiver isso uma hora ela vai quebrar, então isso é algo que consegui agora com o Pastore e isso me deixa muito feliz. LM: Com o Delpht, você lançou um álbum que teve uma repercussão muito boa pelo público, mas que não teve a atenção devida por parte da gravadora. Ao que você atribui a esse descaso da gravadora? MP: Nós procuramos a Hellion, que nos parecia um bom selo, e na época eles se animaram em lançar o cd, nós conversamos bastante, mas quando o cd foi lançado não existia ainda um contrato assinado. Eles nos prometeram uma assessoria de impressa, que não aconteceu, inclusive todas as entrevistas que nós fizemos foram conseguidas pela banda, de efetivo mesmo eles só colocaram uma propaganda em duas revistas especializadas, então esse descaso todo nos decepcionou bastante e resolvemos não fazer o contrato.

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