Repórter do Marão

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regiões

agosto'11

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Unidade móvel estacionada no Centro de Saúde

Rastreios ao cancro da mama facilitados em Fafe As mulheres da região de Fafe vão poder fazer mais facilmente rastreios do cancro da mama, beneficiando da aquisição, pelo Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), da nona unidade móvel de mamografia. Com a nova unidade, o rastreio deverá abranger mais 40 mil mulheres dos Distritos do Porto e Braga. Nos próximos cinco meses a nova unidade vai estar estacionada no Centro de Saúde de Fafe, informou aquela entidade. Em comunicado, o Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro anuncia que “adquiriu um Mamógrafo Digital Direto para equipar com tecnologia de ponta a Consulta de Aferição do Departamento de Rastreio do Cancro da Mama”. “No sentido de proceder ao alargamento progressivo do rastreio a todos os concelhos da área de influência da Administração Regional de Saúde do Norte, o Núcleo Regional do Norte da LPCC adquiriu mais uma unidade móvel de mamografia equipada com tecnologia digital, um investimento de 250 mil euros”, acrescenta o mesmo documento. O núcleo tem assim nove unidades móveis a

funcionar diariamente, que no conjunto efetuam cerca de 450 mamografias. “A unidade móvel agora adquirida torna o Rastreio do Cancro de Mama acessível a mais 36.963 mulheres do grupo etário 45-69 anos, inscritas em Centros de Saúde dos Distritos de Braga e Porto”, acrescenta.

Produção artesanal de linho Um projeto de produção artesanal e comercialização de produtos em linho poderá vir a dar trabalho a mais de uma dezena de mulheres de Fafe, a maioria desempregadas, que concluíram um curso de formação organizado por uma associação de Pedraído. De momento, estão assegurados três postos de trabalho. Este projeto permitiu recuperar a tradição, reutilizando velhos teares. Colaboraram formadoras com muita experiência nesta forma de artesanato e uma engenheira têxtil que acrescentou modernidade à produção.

Calçado de Felgueiras dá pontapé na crise! O desemprego no concelho de Felgueiras diminuiu cerca de 17 por cento nos primeiros seis meses deste ano, graças ao bom momento do calçado. Mais de meio milhar de pessoas encontrou trabalho. A Associação Empresarial de Felgueiras (AEF) explica que estes indicadores, que contrariam o que se passa nos concelhos vizinhos do Vale do Sousa, são explicados pelo bom momento do setor do calçado, que conseguiu relançar as exportações e encontrar novos nichos de mercado.

Fonte da AEF salientou que já há empresas no concelho que têm dificuldade no recrutamento de mão de obra adequada às exigências, num setor que emprega cerca de 15 mil pessoas. Segundo a associação empresarial, o sucesso do calçado em Felgueiras é resultado "da reestruturação das empresas, que passaram a apostar mais em tecnologia, em marcas próprias, em design e em produtos de maior qualidade, voltados para mercados habituados a pagar mais caro o calçado".

A MMCI Multimédia S.A., representante da ZON Multimédia a nível nacional pretende aumentar a sua força de vendas no Segmento Residencial (Vendas D2D), na Zona Norte do País. Para fazer face ao seu crescimento pretende recrutar para as áreas de

Braga, Barcelos, Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso, Guimarães, Fafe, Felgueiras, Amarante, Vila Real e Bragança:

CHEFE DE EQUIPA DE VENDAS (M/F) (Ref.: CE/D2D/MMCI/20110630)

Pretende-se: - Experiência de chefia de equipas de vendas deste canal (D2D) - Capacidade de liderança - Forte orientação para resultados e cumprimento de objectivos - Disponibilidade total e imediata - Equipa constituída - mínimo 5 comerciais (factor preferencial)

Disponibiliza-se: - Vencimento base, comissões e prémios - Integração em grupo de empresas de referência e de dimensão nacional - Projecto de carreira na área das telecomunicações e multimédia - Entrada imediata

GESTORES COMERCIAIS

(M/F)

PARA PROMOÇÃO E VENDA DOS SERVIÇOS DA ZON MULTIMÉDIA

(Ref.: GC/D2D/MMCI/20110630) Pretende-se: - Apetência e gosto pela área comercial - Atitude profissional - Boa apresentação - Boa capacidade de comunicação e de argumentação - Disponibilidade imediata

Disponibiliza-se: - Vencimento base, comissões e prémios - Formação inicial e contínua - Integração em grupo de empresas de referência e de dimensão nacional

Os interessados deverão enviar o seu CV para:

mmci.recrutamento.d2d@gmail.com Contactos: 253240073/926610008

Fundação Nadir Afonso arrancou em Chaves Arrancou a construção da Fundação Nadir Afonso, da autoria de Siza Vieira e instalada junto ao centro histórico de Chaves. A presidente da fundação, e mulher do artista, Laura Afonso, salientou que Nadir não pôde estar presente no lançamento da primeira pedra devido ao seu estado de saúde, mas está “muito feliz e comovido” com a concretização deste projeto. Laura Afonso acredita que a obra vai “dinamizar" a cultura e, também, o turismo, não só de Chaves, mas do Alto Tâmega. A fundação, salientou, vai estabelecer parcerias importantes com quem Nadir Afonso já trabalhou e “traçar” uma programação capaz de “agradar a todo o público”. A obra “dignifica a cidade e dota-a de uma oferta cultural única em termos de modernidade”, salientou o presidente da Câmara, João Batista. Siza Vieira considera “grande satisfação e um enorme estímulo” ter criado um espaço para guardar a obra do “enorme” artista português Nadir Afonso.

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repórterdomarão

Cenários de Envelhecimento Cláudia Moura

O PAPEL DA COMUNICAÇÃO NOS CUIDADOS AO IDOSO Não existe ser humano sem comunicação, a comunicação para o indivíduo idoso é fundamental permitindo-lhe que permaneça socialmente integrado. DEIXO-VOS A PENSAR … se alguém nos perguntar o que entendemos pela expressão “conversa de velhos”, com certeza respondemos: é uma conversa extensa, sem fim, arrastada, pausada, cheia de histórias, lembranças do passado e por aí fora. Se por um lado esta descrição circunscreve algumas verdades, por outro, revela uma atitude preconceituosa e estigmatiza o idoso. De facto, envelhecer nem sempre assumiu o mesmo estigma, há 50 anos não constituía um problema, era encarado como um fenómeno natural, para além de que o aproveitamento e imagem que a sociedade tinha da população envelhecida era diferente da que existe hoje, o facto de existir a presença de um idoso no seio familiar era visto como uma mais-valia, quer no que respeita à sabedoria que transmitia aos mais novos, quer na união e suporte emocional que passava à família onde se encontrava inserido. Tal como refere o Professor Doutor Nuno Grande, no livro Linhas Mestras para uma Política Nacional de Terceira Idade, a pessoa idosa perde o seu papel de transmissor transgeracional do saber, face a uma economia de mercado onde só o lucro interessa. Ora de acordo com a actual valorização social o ter idade avançada tem-se tornado a pouco e pouco sinónimo de incómodo, para quem lida permanentemente com o idoso e com as suas incapacidades. É comum ouvir dizer que o idoso é egocêntrico, que só fala do passado, que é confuso e esquecido, surdo e que repete inúmeras vezes o mesmo assunto. De modo a compreendermos estes comportamentos julgo pertinente referir que na realidade o que se passa é que o envelhecimento acarreta algumas alterações, nomeadamente ao nível da audição e consequentemente comunicação, surgindo desta forma dificuldades de comunicar: o idoso começa por apresentar problemas de expressão, como por exemplo encontrar as palavras certas, impedindo-o de desempenhar plenamente o seu papel na sociedade. A estes factores ligam rapidamente outros, como perda de auto estima, status social, laços familiares, com efeitos tanto mais graves quanto maior for a dificuldade na comunicação. Porém esses obstáculos podem em grande parte ser ultrapassados pelo esforço de quem lida com ele, se souber adaptar-se às novas condições. Saliento, por isso, a urgência de trabalhar junto dos intervenientes na área, sensibilizando-os desta forma para a importância da comunicação nos cuidados ao idoso. Porque comunicar é realmente uma aventura existencial e no caso concreto da pessoa idosa, quanto maior o nível de dependência, menor é a capacidade de ela dizer as suas necessidades. Torna-se essencial ter em consideração que quando se comunica com o idoso, deve ter-se presente os factores: tempo, paciência para o escutar, escolher o posicionamento para se lhe falar de frente permitindo deste modo a sua atenção, mostrar predisposição e olhar para ele, com respeito e dignidade. Saber comunicar com o idoso vai além de tentar compreender o que ele quer dizer, pautando-se assim pelo interesse em compreender o que ele está a sentir: o sentimento é aqui mais importante do que os factos. Com esta reflexão procuro reafirmar que o idoso necessita de um ambiente que o motive a desenvolver o diálogo num clima de respeito levando-se em consideração os seus interesses e as suas limitações. claudiamoura@portugalmail.pt  Professora Universitária e Investigadora na área da Gerontologia.


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