Beija-Flores no Espírito Santo

José Carlos de Oliveira

Beija-flores no Espírito Santo Hummingbirds in Espírito Santo

Beija-flores no EspĂ­rito Santo Hummingbirds in EspĂ­rito Santo

Fotografias de JosĂŠ Carlos de Oliveira Photographs by JosĂŠ Carlos de Oliveira

Sobre o livro

Do número de espécies de beija-flores encontradas no Brasil, o estado do Espírito Santo abriga cerca de 40, perdendo apenas para o Amazonas e Minas Gerais, que possuem uma extensão muito maior. A riqueza de habitats preservados e a diversidade de ecossistemas é o que possibilita a grande concentração dessas pequenas aves, que já são consideradas um dos símbolos do Espírito Santo e de grande importância na divulgação da imagem do estado.

Consciente da importância e principalmente da preservação das espécies de beija-flores do estado, surgiu em José Carlos de Oliveira, há anos empenhado no registro das aves, o desejo de publicar um livro de fotografia inteiramente dedicado ao tema. Neste livro, José Carlos distancia os beija-flores de seu ambiente natural e nos oferece imagens nas quais estes aparecem destacados sobre um fundo inteiramente branco. Para que isso fosse possível, as fotografias foram produzidas com a utilização de um estúdio portátil e ambulante, que foi montado em cada uma das sessões, ocorridas no município de Santa Teresa.

Famosa pelo naturalista Augusto Ruschi, que deixou um imenso legado com seus estudos sobre a flora e a fauna brasileiras, inclusive sobre os próprios beijaflores, e pelo Museu de Biologia Professor Mello Leitão, fundado pelo mesmo cientista, Santa Teresa também abriga porções de Mata Atlântica preservada, o habitat natural de grande parte das espécies de beija-flores do estado. Próxima a uma dessas áreas está localizada a pousada Vita Verde, que já vem ganhando reconhecimento internacional como ponto de observação de aves e onde todas as fotografias desse livro foram produzidas.

Capturar imagens de aves exige que o fotógrafo esteja disposto a trabalhar com paciência e persistência. Quando essas aves são tão pequenas, velozes e inquietas como os beija-flores, isso torna a tarefa ainda mais difícil. Talvez sejam justamente esses desafios que mais instiguem o trabalho de José Carlos de Oliveira, que nos apresenta neste livro mais do que fotos de beija-flores sobre um fundo infinito ou as dificuldades da execução das imagens, mas a experiência de contemplar as aves de uma maneira única.

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About the book

Do número de espécies de beija-flores encontradas no Brasil, o estado do Espírito Santo abriga cerca de 40, perdendo apenas para o Amazonas e Minas Gerais, que possuem uma extensão muito maior. A riqueza de habitats preservados e a diversidade de ecossistemas é o que possibilita a grande concentração dessas pequenas aves, que já são consideradas um dos símbolos do Espírito Santo e de grande importância na divulgação da imagem do estado.

Consciente da importância e principalmente da preservação das espécies de beija-flores do estado, surgiu em José Carlos de Oliveira, há anos empenhado no registro das aves, o desejo de publicar um livro de fotografia inteiramente dedicado ao tema. Neste livro, José Carlos distancia os beija-flores de seu ambiente natural e nos oferece imagens nas quais estes aparecem destacados sobre um fundo inteiramente branco. Para que isso fosse possível, as fotografias foram produzidas com a utilização de um estúdio portátil e ambulante, que foi montado em cada uma das sessões, ocorridas no município de Santa Teresa.

Famosa pelo naturalista Augusto Ruschi, que deixou um imenso legado com seus estudos sobre a flora e a fauna brasileiras, inclusive sobre os próprios beijaflores, e pelo Museu de Biologia Professor Mello Leitão, fundado pelo mesmo cientista, Santa Teresa também abriga porções de Mata Atlântica preservada, o habitat natural de grande parte das espécies de beija-flores do estado. Próxima a uma dessas áreas está localizada a pousada Vita Verde, que já vem ganhando reconhecimento internacional como ponto de observação de aves e onde todas as fotografias desse livro foram produzidas.

Capturar imagens de aves exige que o fotógrafo esteja disposto a trabalhar com paciência e persistência. Quando essas aves são tão pequenas, velozes e inquietas como os beija-flores, isso torna a tarefa ainda mais difícil. Talvez sejam justamente esses desafios que mais instiguem o trabalho de José Carlos de Oliveira, que nos apresenta neste livro mais do que fotos de beija-flores sobre um fundo infinito ou as dificuldades da execução das imagens, mas a experiência de contemplar as aves de uma maneira única.

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Vita Verde, casa de beija-flor Juliana Rocha

Mais que uma pousada, a Vita Verde, em Santa Teresa, é o refúgio de hóspedes muito especiais: centenas de beijaflores que todos os dias invadem a varanda da propriedade para se alimentarem nos bebedouros colocados especialmente para eles.

res. Na rotina de trabalho e manutenção da pousada a regra é muito clara: a prioridade são os beija-flores. “Todos que começam a trabalhar aqui são instruídos a, todos os dias, cuidar primeiro das aves; o resto vem depois. Gastamos cerca de 140 quilos de açúcar por mês para alimentá-las, mas não medimos esforços nos cuidados. Elas são a alegria, a inspiração e a razão deste lugar.”

Mesmo nunca tendo colocado os pássaros como foco para atrair turistas, eles acabaram tornandose a atração principal do lugar. Hoje, Rubem recebe hóspedes de várias partes do mundo que vêm exclusivamente para documentar o comportamento e a beleza das pequenas aves. Por conta disso, a pousada já virou cenário de progarams de televisão e até mesmo de documentários internacionais, como Nonononono (ano), produzido pela emissora inglesa BBC. “Nunca fizemos divulgacão e nenhum tipo de marketing. Os fotógrafos descobriram o lugar e naturalmente foram atraindo novas pessoas interessadas nas aves”, explica.

Mais do que o reconhecimento internacional como local único para a observação, estudo e documentação das aves, a recompensa por tamanho cuidado vem em forma de vida, que diariamente invade (preenche) e enfeita a vanranda da pousada.

Na verdade, como bem esclarece o proprietário, Rubem Rabelo, eles não são meros visitantes, mas sim os verdadeiros donos do lugar. “Eles estão aqui desde sempre. Mesmo antes de transformamos a nossa casa em pousada, já recebíamos visitas dos beija-flores todos os dias.”

A propriedade é cercada por Mata Atlântica nativa, e em meio a tanta beleza e paz, fica fácil compreender porque o administrador de empresas deixou a capital do estado e se mudou com a esposa, Desiree, para Santa Tereza há mais de 30 anos. A relação com os beija-flores da região veio como um presente, um elo que liga o dono da pousada ao passado da própria família. Ele conta que seu avô, o militar Micanor Paiva, possuía um sítio em Marechal Floriano e, há mais de 50 anos, já era um preservacionista apaixonado por estes pequenos pássaros.

“Numa época em que poucos valorizavam e nem se pensava em preservação dos beija-flores, ele já colocava bebedouros na varanda para atraí-los. As lembranças dessa época marcaram minha infância, mas nunca pensei que herdaria e aplicaria essa paixão de forma tão intensa.”

O trabalho do Capitão Micanor perpetuou na família através das gerações e hoje o neto dedica-se com muito compromisso e satisfação aos beija-flo-

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Vita Verde, house of hummingbirds Juliana Rocha

Mais que uma pousada, a Vita Verde, em Santa Teresa, é o refúgio de hóspedes muito especiais: centenas de beijaflores que todos os dias invadem a varanda da propriedade para se alimentarem nos bebedouros colocados especialmente para eles.

Na verdade, como bem esclarece o proprietário, Rubem Rabelo, eles não são meros visitantes, mas sim os verdadeiros donos do lugar. “Eles estão aqui desde sempre. Mesmo antes de transformamos a nossa casa em pousada, já recebíamos visitas dos beija-flores todos os dias.”

A propriedade é cercada por Mata Atlântica nativa, e em meio a tanta beleza e paz, fica fácil compreender porque o administrador de empresas deixou a capital do estado e se mudou com a esposa, Desiree, para Santa Tereza há mais de 30 anos. A relação com os beija-flores da região veio como um presente, um elo que liga o dono da pousada ao passado da própria família. Ele conta que seu avô, o militar Micanor Paiva, possuía um sítio em Marechal Floriano e, há mais de 50 anos, já era um preservacionista apaixonado por estes pequenos pássaros.

“Numa época em que poucos valorizavam e nem se pensava em preservação dos beija-flores, ele já colocava bebedouros na varanda para atraí-los. As lembranças dessa época marcaram minha infância, mas nunca pensei que herdaria e aplicaria essa paixão de forma tão intensa.”

O trabalho do Capitão Micanor perpetuou na família através das gerações e hoje o neto dedica-se com muito compromisso e satisfação aos beija-flores.

Na rotina de trabalho e manutenção da pousada a regra é muito clara: a prioridade são os beija-flores.

“Todos que começam a trabalhar aqui são instruídos a, todos os dias, cuidar primeiro das aves; o resto vem depois. Gastamos cerca de 140 quilos de açúcar por mês para alimentá-las, mas não medimos esforços nos cuidados. Elas são a alegria, a inspiração e a razão deste lugar.”

Mesmo nunca tendo colocado os pássaros como foco para atrair turistas, eles acabaram tornandose a atração principal do lugar. Hoje, Rubem recebe hóspedes de várias partes do mundo que vêm exclusivamente para documentar o comportamento e a beleza das pequenas aves. Por conta disso, a pousada já virou cenário de progarams de televisão e até mesmo de documentários internacionais, como Nonononono (ano), produzido pela emissora inglesa BBC. “Nunca fizemos divulgacão e nenhum tipo de marketing. Os fotógrafos descobriram o lugar e naturalmente foram atraindo novas pessoas interessadas nas aves”, explica.

Mais do que o reconhecimento internacional como local único para a observação, estudo e documentação das aves, a recompensa por tamanho cuidado vem em forma de vida, que diariamente invade (preenche) e enfeita a vanranda da pousada.

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na página 5 / on page 5 Varanda da pousada Vita Verde.

Vita Verde’s Porch. ao lado / next Desiree e Dudu, seu papagaio.

Desiree and her parrot Dudu. abaixo / below Rubem fazendo a manutenção dos bebedouros dos beija-flores.

Rubem doing maintenance of the hummingbird feeders.

Perfil das aves Josep del Hoyo, Andrew Elliott, Jordi Sargatal

Trochilidae, com cerca de 328 espécies reconhecidas, configuram-se entre uma das maiores famílias de aves do Novo Mundo em números de espécies.

Historically, two subfamilies are generally distinguished within the Trochilidae: the hermits (Phaethornithinae) and the trochilines or typical hummingbirds (Trochilinae). Within these two systematic units, the hermits comprise the six genera Glaucis, Threnetes, Ramphondon, Eutoxeres, Anopetia (formerly included in Phaethornis) and Phaethornis, whereas the trochilines form an assemblage of some 96 genera, which by some authors would be increased to over 100.

Hermits differ the trochiline hummingbirds by their characteristic humeral tendon and their predominantly pigmentary brownish, greyish and reddish colours. Iridescent colours are sparse and mostly limited to the upperparts. Hermits are generally non-territorial, occur in the understorey of tropical forest or dense scrub, and usually have long bills adapted to flowers with tubular corollas. In all species studied, males gather at leks where they attract females. In their displays, male hermits employ fanned rectrices and wine-open bills showing the yellow, orange or red interior base of the lower mandible (Gape Display). All nests of hermits are pendent, often cone-shaped, either attached to the inner tip of a long, narrow, bending leaf or fastened to a vertical root or twig if shelter is provided by a

riverbank, cave vegetation, or even a bridge.

The more diverse hummingbird subfamily, Trochilinae, is heterogenetic and less distinctive then the hermits. This has led several taxonomists to seek clues allowing further splitting at the subfamily level. For instance, one purposal is to place the coquettes and thorntails in a subfamily.

The Trochilinae comprise aboiut 90% of hummingbird species. They exhibit a trochiline-specific pattern of the humeral tendon. Their often straight to slightly decurved bills range from a few millimeters to 12 cm. Most show marked sexual plumage-colour dimorphism. Iridescent bright colours of many metallic shades of red, orange, green and blue frequently occur on head, upperparts and underparts of male. In some species, jewel-coloured adornments like expandable gorgets, crests and elongated modified tail feathers are striking male characters. Females are of duller appearance, frequently lacking the brightly coloured feather parts.

However, in some species plumage dimorphism is minor or absent, such as in members of the genera Colibri and Eulampis, where males and females are almost visually inseparable to the human eye.

Males of the brightly coloured trochilines are generally territorial; lek behavior is known only for

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à esquerda / at left Exemplar da subfamília Phaethornithinae.

A specimen of the Phaethornithinae subfamily. à direita / at right Exemplar da subfamília Trochilinae.

A specimen of the Trochilinae subfamily.

uncambered wings are moved mainly in the horizontal plane, describing with their tips a flat figure of eight, in the manner of a variable-pitch rotor.

By slightly altering the wing angle, this technique allows all kinds of controlled forward, sideward and backward movements in the air, including upside-down manoeuvres.

While hovering, the wingbeat rate in smaller trochilids like the Amethyst Woodscar averages 70-80 per second compared to 10-15 in Giant Hummingbird. During the courtship flights of some North American trochilids, such as the Ruby Hummingbirds and the Rufous Hummingbird wingbeat rates of over 200 per second have been reported. The humming sound produced by the wings during hovering has given the family its English name.

Flying speeds under controlled laboratory conditions range roughly from 48 to 85 km per hour. A hummingbird`s heart beats 500-600 times per minute while the bird is resting, and over 1000 times per minute during aggressive encounters.

Trochilids are found between Alaska in the north and Tierra del Fuego in the south of the American supercontinent, occupying all types of habitat from sea-level to about 4500 m where flowering plants are available.

a few species; and courtship in many non-hermits features characteristic aerial displays. Nests are predominantly cup-shaped and attached to branches or forked twigs, though pendular and domed constructions are known. Trochilines live in extremely diverse habitats ranging from desert borders, mangroves and tropical rainforests to the perennial meadows below the snow-line of high-Andean peaks.

Hummingbirds are extremely small. Most species are 6-12 cm in size and have a body mass around 2.5-6.5 g. Trochilids are highly evolved nectarivores, depending almost completely on the carbohydrate-rich sugar secretions (nectar) of ornithophilus flowering plants, the approximate composition of their diet being 90% nectar, and 10% arthropods and pollen. They reach this liquid food with thin, elongated bills of various shapes, which protect their specialized long, sensitive tongues.

Their feeding behaviour necessitates a specific locomotor performance, namely hovering flight, which allows them to remain apparently motionless in the air when feeding on exposed flowers, but, due to this unique foraging, behaviour, they can no longer walk or climb with their feet, which serve only for perching. During hovering, their pointed,

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Birds’ profile Josep del Hoyo, Andrew Elliott, Jordi Sargatal

Trochilidae, with some 328 recognized species, are one of the largest avian families in the New World in species numbers.

vegetation, or even a bridge.

The more diverse hummingbird subfamily, Trochilinae, is heterogenetic and less distinctive then the hermits. This has led several taxonomists to seek clues allowing further splitting at the subfamily level.

For instance, one purposal is to place the coquettes and thorntails in a subfamily.

The Trochilinae comprise aboiut 90% of hummingbird species. They exhibit a trochiline-specific pattern of the humeral tendon. Their often straight to slightly decurved bills range from a few millimeters to 12 cm. Most show marked sexual plumage-colour dimorphism. Iridescent bright colours of many metallic shades of red, orange, green and blue frequently occur on head, upperparts and underparts of male.

In some species, jewel-coloured adornments like expandable gorgets, crests and elongated modified tail feathers are striking male characters. Females are of duller appearance, frequently lacking the brightly coloured feather parts. However, in some species plumage dimorphism is minor or absent, such as in members of the genera Colibri and Eulampis, where males and females are almost visually inseparable to the human eye. Males of the brightly coloured trochilines are generally territorial; lek behavior is known only for a few species; and courtship in many non-hermits

Historically, two subfamilies are generally distinguished within the Trochilidae: the hermits (Phaethornithinae) and the trochilines or typical hummingbirds (Trochilinae). Within these two systematic units, the hermits comprise the six genera Glaucis, Threnetes, Ramphondon, Eutoxeres, Anopetia (formerly included in Phaethornis) and Phaethornis, whereas the trochilines form an assemblage of some 96 genera, which by some authors would be increased to over 100.

Hermits differ the trochiline hummingbirds by their characteristic humeral tendon and their predominantly pigmentary brownish, greyish and reddish colours. Iridescent colours are sparse and mostly limited to the upperparts. Hermits are generally non-territorial, occur in the understorey of tropical forest or dense scrub, and usually have long bills adapted to flowers with tubular corollas. In all species studied, males gather at leks where they attract females. In their displays, male hermits employ fanned rectrices and wine-open bills showing the yellow, orange or red interior base of the lower mandible (Gape Display). All nests of hermits are pendent, often cone-shaped, either attached to the inner tip of a long, narrow, bending leaf or fastened to a vertical root or twig if shelter is provided by a riverbank, cave

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Habitat dos beija-flores em Santa Teresa.

Hummingbirds’ habitat in Santa Teresa.

rotor. By slightly altering the wing angle, this technique allows all kinds of controlled forward, sideward and backward movements in the air, including upside-down manoeuvres.

While hovering, the wingbeat rate in smaller trochilids like the Amethyst Woodscar averages 70-80 per second compared to 10-15 in Giant Hummingbird. During the courtship flights of some North American trochilids, such as the Ruby Hummingbirds and the Rufous Hummingbird wingbeat rates of over 200 per second have been reported. The humming sound produced by the wings during hovering has given the family its English name.

Flying speeds under controlled laboratory conditions range roughly from 48 to 85 km per hour. A hummingbird`s heart beats 500-600 times per minute while the bird is resting, and over 1000 times per minute during aggressive encounters.

Trochilids are found between Alaska in the north and Tierra del Fuego in the south of the American supercontinent, occupying all types of habitat from sea-level to about 4500 m where flowering plants are available.

features characteristic aerial displays. Nests are predominantly cup-shaped and attached to branches or forked twigs, though pendular and domed constructions are known. Trochilines live in extremely diverse habitats ranging from desert borders, mangroves and tropical rainforests to the perennial meadows below the snow-line of high-Andean peaks.

Hummingbirds are extremely small. Most species are 6-12 cm in size and have a body mass around 2.56.5 g. Trochilids are highly evolved nectarivores, depending almost completely on the carbohydrate-rich sugar secretions (nectar) of ornithophilus flowering plants, the approximate composition of their diet being 90% nectar, and 10% arthropods and pollen.

They reach this liquid food with thin, elongated bills of various shapes, which protect their specialized long, sensitive tongues. Their feeding behaviour necessitates a specific locomotor performance, namely hovering flight, which allows them to remain apparently motionless in the air when feeding on exposed flowers, but, due to this unique foraging, behaviour, they can no longer walk or climb with their feet, which serve only for perching. During hovering, their pointed, uncambered wings are moved mainly in the horizontal plane, describing with their tips a flat figure of eight, in the manner of a variable-pitch

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Ă?ndice Index

Chlorestes notata

Leucochloris albicollis

Amazilia versicolor

Amazilia versicolor

Leucochloris albicollis

Leucochloris albicollis

Amazilia versicolor

Leucochloris albicollis

Amazilia versicolor

Phaethornis pretrei

Leucochloris albicollis

Amazilia versicolor

Leucochloris albicollis

Amazilia versicolor

Eupetomena macroura

Lophornis magnificus

Calliphlox amethystina

Glaucis hirsutus

Leucochloris albicollis

Leucochloris albicollis

Calliphlox amethystina

Calliphlox amethystina

Calliphlox amethystina

Lophornis magnificus

Calliphlox amethystina

Lophornis magnificus

Lophornis magnificus

Lophornis magnificus

Lophornis magnificus

Amazilia versicolor

Leucochloris albicollis

Colibri serrirostris

Lophornis magnificus

Amazilia versicolor

Colibri serrirostris

Amazilia versicolor

Amazilia versicolor

Amazilia versicolor

Colibri serrirostris

Aphantochroa cirrochloris

Florisuga fusca

Florisuga fusca

Amazilia versicolor

Florisuga fusca

Aphantochroa cirrochloris

Florisuga fusca

Florisuga fusca

Eupetomena macroura

Colibri serrirostris

Amazilia versicolor

Amazilia versicolor

Lophornis magnificus

Aphantochroa cirrochloris

Bibliografia Bibliography

del hoyo, Josep; elliott, Andrew; sargatal, J. Handbook of the birds of the world. Vol. 5. Barn-owls to hummingbirds. Barcelona: Lynx Edicions, 1999. descourtilz, Jean Théodore; moojen, João; santos, Eurico. Ornitologia brasileira: história natural das aves do Brasil. Kosmos Editora, Rio de Janeiro, 1944. gould, John. John Gould’s hummingbirds. London: Wordsworth Editions, 1990. grantsau, Rolf. Os beija-flores do Brasil. Rio de Janeiro: Editora Expressão e Cultura, 1988. ruschi, Augusto. Beija-flores do estado do Espírito Santo. São Paulo: Editora Rios, 1982. sigrist, Tomas; brettas, Eduardo. Aves do Brasil oriental. São Paulo: Editora AvisBrasilis, 2007. souza, Deodato. Todas as aves do Brasil: guia de campo para identificação. Feira de Santana: Editora Dall, 1998.

Agradecimentos

Dedico este trabalho à todos que acreditaram em sua concretização. Agradeço à minha família e amigos pelas mãos, ombros, bocas, ouvidos, empurrões e puxões de orelha. Ao tempo, pela infinita sabedoria de conduzir os acontecimentos, não da forma como esperamos, mas da única possível. À natureza, pela abundante fonte de inspiração.

Acknowledgements

Dedico este trabalho à todos que acreditaram em sua concretização. Agradeço à minha família e amigos pelas mãos, ombros, bocas, ouvidos, empurrões e puxões de orelha. Ao tempo, pela infinita sabedoria de conduzir os acontecimentos, não da forma como esperamos, mas da única possível. À natureza, pela abundante fonte de inspiração.

José Carlos de Oliveira

José Carlos de Oliveira (1958) é natural de Alegre, no Espírito Santo. Iniciou sua trajetória profissional ainda na adolescência, trabalhando com diversos gêneros fotográficos. Por ter vivenciado o auge da fotografia analógica e a transição para a era digital, José Carlos pôde acompanhar toda a mudança cultural entre os dois períodos, o que enriqueceu ainda mais seu trabalho. Atualmente transita entre a fotografia comercial e a fotografia de natureza. Teve fotografias publicadas na revista National Geographic no Brasil e em calendários internacionais. Dentre seus trabalhos recentes, publicou o livro Cotidiano Ilustrado (2010) e montou a exposição Beija-flores: acrobatas aéreos (2016).

José Carlos de Oliveira

José Carlos de Oliveira (1958) é natural de Alegre, no Espírito Santo. Iniciou sua trajetória profissional ainda na adolescência, trabalhando com diversos gêneros fotográficos. Por ter vivenciado o auge da fotografia analógica e a transição para a era digital, José Carlos pôde acompanhar toda a mudança cultural entre os dois períodos, o que enriqueceu ainda mais seu trabalho. Atualmente transita entre a fotografia comercial e a fotografia de natureza. Teve fotografias publicadas na revista National Geographic no Brasil e em calendários internacionais. Dentre seus trabalhos recentes, publicou o livro Cotidiano Ilustrado (2010) e montou a exposição Beija-flores: acrobatas aéreos (2016).

© José Carlos de Oliveira, 2018 Coordenação editorial Rico Capucho Tradução Tiana Darwich Revisão Lucas de Lima Projeto gráfico Rico Capucho Tratamento de imagem Rico Capucho Produção gráfica Rico Capucho

fonte Minion Pro papel offset e semi-matte impressão digital (Gráfica GSA) tiragem 1

Capturar imagens de aves exige que o fotógrafo esteja disposto a trabalhar com paciência e persistência. Quando essas aves são tão pequenas, velozes e inquietas como os beija-flores, isso torna a tarefa ainda mais difícil. Talvez sejam justamente esses desafios que mais instiguem o trabalho de José Carlos de Oliveira, que nos apresenta neste livro mais do que fotos de beija-flores sobre um fundo infinito ou as dificuldades da execução das imagens, mas a experiência de contemplar as aves de uma maneira única.

Capturing bird images requires the photographer to be willing to work with patience and persistence. When these birds are as small, fast and restless as hummingbirds, this makes the task even more difficult. Perhaps it is these challenges that most instill the work of José Carlos de Oliveira, who presents us in this book more than photos of hummingbirds on an infinite background or the difficulties of the execution of the images, but the experience of contemplating the birds of a unique way.