REVISTA TOTAL_EDIÇÃO 201_CAPA 02

SETOR PRIVADO REGISTRA CRESCIMENTO DE 4% NOS EMPREGOS FORMAIS

Entre os segmentos que mais impulsionaram o saldo positivo de empregos, destacam-se os serviços de informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que juntos foram responsáveis por mais de meio milhão de novas contratações

OVOS DO BRASIL CONQUISTA ESPAÇO ESTRATÉGICO NO MERCADO GLOBAL COM PROTAGONISMO NOS EUA

BRASIL ENFRENTA DESAFIOS E PODE SAIR FORTALECIDO COM RECONFIGURAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR.

NOVAS REGRAS TORNAM VIAGENS DE AVIÃO MAIS SEGURAS PARA CÃES E GATOS

APENAS 5 MINUTOS POR DIA DESSE EXERCÍCIO JÁ MELHORAM A FORÇA MUSCULAR E A SAÚDE MENTAL

PROVÉRBIOS 23

ESSES VERSÍCULOS FAZEM UMA ADVERTÊNCIA CONTRA O TRABALHO EXAGERADO, QUEM VOAM COMO ÁGUIAS. A RIQUEZA NÃO É FONTE DE SEGURANÇA, ELA PODE SUMIR EM

1. Quando te assentares a comer com um governador, atenta bem para o que é posto diante de ti,

2. E se és homem de grande apetite, põe uma faca à tua garganta.

3. Não cobices as suas iguarias porque são comidas enganosas.

4. Não te fatigues para enriqueceres; e não apliques nisso a tua sabedoria.

5. Porventura fixarás os teus olhos naquilo que não é nada? porque certamente criará asas e voará ao céu como a águia.

6. Não comas o pão daquele que tem o olhar maligno, nem cobices as suas iguarias gostosas.

PROVÉRBIOS 24

7. Porque, como imaginou no seu coração, assim é ele. Come e bebe, te disse ele; porém o seu coração não está contigo.

8. Vomitarás o bocado que comeste, e perderás as tuas suaves palavras.

9. Não fales ao ouvido do tolo, porque desprezará a sabedoria das tuas palavras.

10. Não removas os limites antigos nem entres nos campos dos órfãos, 11. Porque o seu redentor é poderoso; e pleiteará a causa deles contra ti. 12. Aplica o teu coração à instrução e os teus ouvidos às palavras do conhecimento.

13. Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá.

14. Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno.

15. Filho meu, se o teu coração for sábio, alegrar-se-á o meu coração, sim, o meu próprio.

16. E exultarão os meus rins, quando os teus lábios falarem coisas retas.

17. O teu coração não inveje os pecadores; antes permanece no temor do Senhor todo dia.

18. Porque certamente acabará bem; não será malograda a tua esperança.

19. Ouve tu, filho meu, e sê sábio, e di-

A IDEIA BÁSICA QUE JÁ POR DETRÁS DESSES DOIS PROVÉRBIOS É O TRAMAR, NO SENTIDO QUE A

1. Não tenhas inveja dos homens malignos, nem desejes estar com eles.

2. Porque o seu coração medita a rapina, e os seus lábios falam a malícia.

3. Com a sabedoria se edifica a casa, e com o entendimento ela se estabelece;

4. E pelo conhecimento se encherão as câmaras com todos os bens preciosos e agradáveis.

5. O homem sábio é forte, e o homem de conhecimento consolida a força.

6. Com conselhos prudentes tu farás a guerra; e há vitória na multidão dos conselheiros.

7. A sabedoria é demasiadamente alta para o tolo, na porta não abrirá a sua

OPINIÃO PÚBLICA CONDENA TAL ATITUDE, MAIS CEDO OU MAIS TARDE. “SE TE

boca.

8. Àquele que cuida em fazer mal, chamá-lo-ão de pessoa danosa.

9. O pensamento do tolo é pecado, e abominável aos homens é o escarnecedor.

10. Se te mostrares fraco no dia da angústia, é que a tua força é pequena. 11. Se tu deixares de livrar os que estão sendo levados para a morte, e aos que estão sendo levados para a matança; 12. Se disseres: Eis que não o sabemos; porventura não o considerará aquele que pondera os corações? Não o saberá aquele que atenta para a tua alma? Não dará ele ao homem confor-

me a sua obra?

13. Come mel, meu filho, porque é bom; o favo de mel é doce ao teu paladar.

14. Assim será para a tua alma o conhecimento da sabedoria; se a achares, haverá galardão para ti e não será cortada a tua esperança.

15. Não armes ciladas contra a habitação do justo, ó ímpio, nem assoles o seu lugar de repouso,

16. Porque sete vezes cairá o justo, e se levantará; mas os ímpios tropeçarão no mal.

17. Quando cair o teu inimigo, não te alegres, nem se regozije o teu coração quando ele tropeçar;

QUEM TRABALHA SOMENTE PARA ENRIQUECER VIVE PARA CONQUISTAR COISAS QUE

EM UM

PISCAR DE OLHOS, COLOCAR NOSSA CONFIANÇA NO DINHEIRO É SER TOLO

rige no caminho o teu coração.

20. Não estejas entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne.

21. Porque o beberrão e o comilão acabarão na pobreza; e a sonolência os faz vestir-se de trapos.

22. Ouve teu pai, que te gerou, e não desprezes tua mãe, quando vier a envelhecer.

23. Compra a verdade, e não a vendas; e também a sabedoria, a instrução e o entendimento.

24. Grandemente se regozijará o pai do justo, e o que gerar um sábio, se alegrará nele.

25. Alegrem-se teu pai e tua mãe, e re-

gozije-se a que te gerou.

26. Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos.

27. Porque cova profunda é a prostituta, e poço estreito a estranha.

28. Pois ela, como um salteador, se põe à espreita, e multiplica entre os homens os iníquos.

29. Para quem são os ais? Para quem os pesares? Para quem as pelejas? Para quem as queixas? Para quem as feridas sem causa? E para quem os olhos vermelhos?

30. Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando vinho misturado.

31. Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente.

32. No fim, picará como a cobra, e como o basilisco morderá.

33. Os teus olhos olharão para as mulheres estranhas, e o teu coração falará perversidades.

34. E serás como o que se deita no meio do mar, e como o que jaz no topo do mastro.

35. E dirás: Espancaram-me e não me doeu; bateram-me e nem senti; quando despertarei? aí então beberei outra vez.

SENTIDO DE MALDADE

DELIBERADA E DESCARADA. AMBOS OS DITADOS MOSTRAM

TE MOSTRARES FRACO

NO DIA DA ANGÚSTIA, É QUE A TUA FORÇA É PEQUENA

18. Para que, vendo-o o Senhor, seja isso mau aos seus olhos, e desvie dele a sua ira.

19. Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos ímpios, 20. Porque o homem maligno não terá galardão, e a lâmpada dos ímpios se apagará.

21. Teme ao Senhor, filho meu, e ao rei, e não te ponhas com os que buscam mudanças,

22. Porque de repente se levantará a sua destruição, e a ruína de ambos, quem o sabe?

23. Também estes são provérbios dos sábios: Ter respeito a pessoas no jul-

gamento não é bom.

24. O que disser ao ímpio: Justo és, os povos o amaldiçoarão, as nações o detestarão.

25. Mas para os que o repreenderem haverá delícias, e sobre eles virá a bênção do bem.

26. Beijados serão os lábios do que responde com palavras retas.

27. Prepara de fora a tua obra, e aparelha-a no campo, e então edifica a tua casa.

28. Não sejas testemunha sem causa contra o teu próximo; e não enganes com os teus lábios.

29. Não digas: Como ele me fez a mim,

assim o farei eu a ele; pagarei a cada um segundo a sua obra.

30. Passei pelo campo do preguiçoso, e junto à vinha do homem falto de entendimento,

31. Eis que estava toda cheia de cardos, e a sua superfície coberta de urtiga, e o seu muro de pedras estava derrubado.

32. O que eu tenho visto, o guardarei no coração, e vendo-o recebi instrução.

33. Um pouco a dormir, um pouco a cochilar; outro pouco deitado de mãos cruzadas, para dormir,

34. Assim te sobrevirá a tua pobreza como um vagabundo, e a tua necessidade como um homem armado.

O sol brilhava forte sobre as concessionárias curiosos se formavam para conhecer os novos chinesa anunciou, no início de maio, uma campanha automotivo brasileiro, com descontos de até

concessionárias de São Paulo, onde filas de consumidores novos preços dos veículos da BYD. A gigante campanha promocional que sacudiu o mercado até R$ 50 mil em modelos elétricos e híbridos.

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CONTEÚDO

REPORTAGENS

14 CAPA

Setor privado registra crescimento de 4% nos empregos formais. Entre os segmentos que mais impulsionaram o saldo positivo de empregos, destacam-se os serviços de informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que juntos foram responsáveis por mais

de meio milhão de novas contratações.

22 MERCADO

Ovos do Brasil conquista espaço estratégico no mercado global com protagonismo nos EUA. Se no passado o ovo era apenas um alimento presente no café da manhã, agora ele representa muito mais: é símbolo de um país que soube aproveitar uma janela de oportunidade e transformar desafio

global em crescimento interno.

26 POTENCIAL

Brasil enfrenta desafios e pode sair fortalecido com reconfiguração do comércio exterior. No curto prazo, o impacto direto das tarifas será sentido principalmente nos setores já tradicionalmente exportadores para os EUA, como frutas, pescados, café e mel — produtos do agronegócio

com alto valor agregado e crescente demanda internacional.

30 VISÃO

Novas regras tornam viagens de avião mais seguras para cães e gatos. Senado aprova proposta que transforma o transporte aéreo de pets no Brasil, garantindo mais cuidado, transparência e dignidade aos nossos companheiros de quatro patas.

34

COMPORTAMENTO

Apenas 5 minutos por dia desse exercício já melhoram a força muscular e a saúde mental. O estudo, publicado recentemente na prestigiada revista científica Medicine & Science in Sports & Exercise, revelou que praticar o agachamento isométrico por cinco minutos diários durante quatro semanas gerou melhorias significativas na força muscular e no humor dos participantes.

FUNDADA EM 28 ABRIL 2004 POR MARCELO MESQUITA

DIRETOR PRESIDENTE MARCELO MESQUITA

DIRETOR NORTE E NORDESTE MICKAELL ANTHONY NERY DE SOUSA MESQUITA

DIRETOR CENTRO-OESTE E SUDESTE CORONEL PAULO CÉSAR ALÍPIO

SÓCIO E DIRETOR DE PROJETOS ESPECIAIS NACIONAL E INTERNACIONAL CARLOS ROBERTO

DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO MICKAELL ANTHONY MESQUITA E JOSÉ DE PEREIRA PAULO NETO

DIRETOR INSTITUCIONAL JACILENE MESQUITA E MARCELO GUILHERME MESQUITA

DIRETOR DE DISTRIBUIÇÃO MARCOS MESQUITA E GERALDO MESQUITA

DIRETOR COMERCIAL JOAQUIM PEREIRA, MARCELO MESQUITA E SÉRGIO REDÓ

DIRETOR DE PROJETOS ESPECIAIS MARCO ANTONIO CALZOLARI

JORNALISTAS ESPECIAIS MÁRCIO MAIA

ASSESSOR JURÍDICO

DR. RONALDO PESSÔA, DR. HELENO RODRIGUES E DRª. KISSIA MESQUITA Editor Severino Ferreira

Jornalista Visual e Editor de Conteúdo Sandemberg Pontes Reportagens Aline Mirelly

Curadoria de Conteúdo Digital Sandemberg Pontes Fotografias Ademilton Barbosa, Jupiasi Andrade, Paulo Sérgio e Roberto Fontes e Fernando Frazão

Projeto Editorial e Projeto Gráfico Sandemberg Pontes

COLABORADORES

Cláudia Montes, Hermógenes Soares, Jota Gilson, André Mendes, Sérgio Sobreira, Elias Romã e Filho, Clebson Belo, George Aragão, Madiael Leal de Lucena, Lívio Cavalcanti, Cícero Walter, Rômulo de Deus e Melo Mesquita, Geraldo Paulo de Jesus e Fernanda Vera Cruz da Silva

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A Revista TOTAL, edição 201, ano 21, é uma publicação quinzenal da Editora Mesquita Brasil, com distribuição comercializada, por R$ 30,00 e com distribuição dirigida para os municípios brasileiros.

Impressão Gráfica e Editora Mesquita Brasil

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PELO ESTADO

INVESTIMENTO

GOVERNO ANUNCIA R$ 90 MILHÕES

PARA PRESERVAÇÃO DA CAATINGA

CAATINGA OCUPA CERCA DE 10% DO TERRITÓRIO NACIONAL E ENGLOBA OS ESTADOS DE ALAGOAS, BAHIA, CEARÁ, MARANHÃO, PERNAMBUCO, PARAÍBA, RIO GRANDE DO NORTE, PIAUÍ, SERGIPE E O NORTE DE MINAS GERAIS

nas no Brasil e ocupa cerca de 10% do território nacional, em uma área de 862.818 quilômetros quadrados (km²). Engloba os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais, onde vivem cerca de 27 milhões de pessoas.

to de aproximadamente R$ 90 milhões. Os anúncios foram feitos em evento em Brasília, que marcou o Dia Nacional da Caatinga.

A Caatinga é um bioma que existe apeO Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) anunciou na última segunda-feira (28) uma série de iniciativas voltadas para a Caatinga. Juntas, elas representam um investimen-

O bioma é caracterizado por uma vegetação adaptada a pouca água, como cactos e suculentas, e possui uma diversidade de animais, que incluem os répteis teiú e calangos; aves, como a asa-branca e a arara-maracanã-verdadeira; e mamíferos, como morcegos e roedores.

Na cerimônia, a ministra do MMA, Marina Silva, ressaltou os impactos que a

caatinga tem sofrido, tanto com mudanças climáticas como com ações humanas, e reforçou a importância de iniciativas voltadas para o bioma.

“Nós sabemos que ela vem sendo afetada pelas mudanças climáticas, pela ação humana e pelos projetos de desenvolvimento que acontecem. Inclusive por aqueles que são importantes, estratégicos e fundamentais, como é o caso de geração de energia limpa, renovável e segura. Mesmo essas atividades têm um impacto. Portanto, é preciso que a gente tenha processos de regulamentação, para que esses impactos não venham a afetar a biodiversidade e as comunidades locais”, acrescentou.

PESQUISA

DESEMPREGO ENTRE JOVENS CAI PELA METADE EM CINCO ANOS

A taxa de desemprego entre os jovens de 14 a 24 anos caiu pela metade em cinco anos. O total de pessoas sem trabalho nessa faixa etária no país despencou de 4,8 milhões, no quatro trimestre de 2019, para 2,4 milhões no mesmo período do ano passado. O dado faz parte de um levantamento inédito do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), apresentado nesta durante o evento Empregabilidade Jovem Brasil, do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). Segundo a pesquisa, a taxa de desemprego entre jovens passou de 25,2% no quarto trimestre de 2019 para 14,3% no último trimestre de 2024. Essa redução mostra um avanço significativo no acesso ao mercado de trabalho para essa geração. Além da queda no desemprego, o estudo destaca que o número de jovens entre 18 e 24 anos que não estudam

nem trabalham - conhecidos como “nem-nem” - também atingiu o menor patamar da série histórica, somando 5,3 milhões de brasileiros. O resultado aponta para uma melhora no engajamento dessa faixa etária em atividades produtivas e educacionais. Outro indicador positivo é o crescimento expressivo do número de estagiários. O total de jovens em estágio aumentou de 642 mil em 2023 para 990 mil no primeiro bimestre de 2025. Outros 633.720 profissionais ocupavam vagas de jovem aprendiz, com salário médio de R$ 914,59. A formalização também avançou: 53% dos jovens – o que representa mais de 7,7 milhões – de até 24 anos ocupados no final de 2024 tinham carteira assinada, embora a maioria ainda esteja concentrada em funções operacionais e administrativas, com salários abaixo da média nacional.

Mas o que está por trás dessa mudança tão expressiva?

A resposta pode estar na transformação profunda da nossa forma de viver e interagir — a passagem de uma sociedade analógica para uma sociedade híbrida, onde o digital permeia quase todos os aspectos da vida cotidiana, inclusive a infância.

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SETOR PRIVADO REGISTRA CRESCIMENTO DE 4% NOS EMPREGOS FORMAIS

ENTRE OS SEGMENTOS QUE MAIS IMPULSIONARAM O SALDO POSITIVO DE EMPREGOS, DESTACAM-SE OS SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO, ATIVIDADES FINANCEIRAS, IMOBILIÁRIAS, PROFISSIONAIS E ADMINISTRATIVAS, QUE JUNTOS FORAM RESPONSÁVEIS POR MAIS DE MEIO MILHÃO DE NOVAS CONTRATAÇÕES

C A PA

Oano de 2024 trouxe sinais animadores para o mercado de trabalho brasileiro. De acordo com os dados parciais da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o setor privado encerrou o ano com mais de 46,2 milhões de vínculos formais ativos. O número representa um salto de quase 1,8 milhão de postos em relação ao ano anterior — um crescimento de 4% que reforça a retomada gradual da economia e a expansão da formalização do trabalho em diversas frentes produtivas do país.

Entre os segmentos que mais impulsionaram o saldo positivo de empregos, destacam-se os serviços de informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que juntos foram responsáveis por mais de meio milhão de novas contratações. A indústria também se destacou, com um incremento de mais de 318 mil vínculos, seguida pela administração pública, educação, saúde e assistência, que responderam por quase 217 mil novos postos. Em números absolutos, o setor de serviços liderou, somando mais de 22 milhões de vínculos celetistas, refletindo a força desse setor na composição da economia brasileira. Logo atrás vêm o comércio, com mais de 10,5 milhões de vínculos, e a indústria, com quase 9 milhões.

A distribuição geográfica dos empregos segue concentrada na região Sudeste, que ainda abriga mais da metade dos postos formais do país. No entanto, o protagonismo em termos de crescimento percentual pertenceu a outras regiões. Norte e Nordeste lideraram a expansão relativa do emprego formal, com destaque para o Amapá, que registrou avanço de quase 10%, o maior en-

tre todos os estados. Amazonas, Rio Grande do Norte e Roraima também figuraram entre as unidades federativas com maiores taxas de crescimento no estoque de empregos formais em comparação a 2023. Esses dados revelam uma desconcentração progressiva da geração de emprego, com mais oportunidades surgindo em regiões tradicionalmente menos industrializadas, sinalizando uma possível redistribuição do dinamismo econômico.

A remuneração média no Brasil em 2024 foi de aproximadamente R$ 3.700. Entre os setores, a indústria registrou o maior valor, com média de R$ 4.381, reforçando sua posição como um dos segmentos mais atrativos em termos salariais.

Na sequência aparecem os serviços, com média de R$ 3.908, e a construção civil, com R$ 3.302. Regionalmente, o Distrito Federal liderou o ranking da remuneração, com R$ 4.844, seguido por São Paulo e Rio de Janeiro, ainda que este último tenha apresentado queda em relação ao ano anterior. Já entre os estados com menores salários médios, figuram Paraíba, Piauí e Acre, todos com remuneração média inferior a R$ 2.500. Apesar dessas disparidades, a maior parte das unidades federativas apresentou crescimento no valor médio pago aos trabalhadores, indicando uma tendência de valorização gradual dos vínculos formais.

Outro aspecto que chama aten-

ção nos dados da RAIS é o crescimento do número de estabelecimentos empregadores. Em 2024, foram mais de 4,6 milhões de estabelecimentos declarantes, com destaque para aqueles com até quatro empregados, que somaram cerca de 2,6 milhões. Esse contingente representa mais da metade dos empregadores e reflete o papel fundamental dos pequenos negócios na geração de trabalho e renda no país. As maiores variações percentuais, no entanto, ocorreram entre os estabelecimentos de grande porte: os que possuem mil ou mais empregados cresceram 6,2%, enquanto os com 500 a 999 empregados aumentaram em 6,1%. No total, cerca de 55 mil estabelecimentos tinham mais de 100 empregados em 2024, evidenciando um avanço também na capacidade de contratação das empresas de médio e grande porte. O setor de serviços novamente se destacou, liderando a abertura de novos estabelecimentos com um acréscimo de mais de 65 mil unidades. Comércio e construção também tiveram desempenhos expressivos, com crescimentos de 2,1% e 5,4%, respectivamente. A distribuição dos empregos por natureza jurídica mostrou que a esmagadora maioria dos vínculos ainda está concentrada nas entidades empresariais privadas, que somaram quase 40 milhões de vínculos celetistas, com variação positiva de 4,2%. Também houve destaque para as entidades sem fins lucrativos, que cresceram 4,9%. Já a categoria de pessoa física e outras organizações legais apresentou redução de 5%, perdendo mais de 20 mil vínculos. Outro dado relevante é o avanço dos vínculos considerados não típicos — aqueles com jornada reduzida ou ligados a pessoas físicas — que representaram 10,51% do to-

tal de empregos celetistas, um leve crescimento em relação ao ano anterior. Esse movimento reflete transformações no mundo do trabalho e a crescente diversidade de formas de contratação.

A análise por faixa etária revelou que trabalhadores com idade entre 40 e 49 anos concentraram o maior crescimento absoluto, seguidos por aqueles entre 50 e 59 anos. Apesar disso, os jovens de até 29 anos ainda representam quase um terço dos vínculos formais no país. Em relação ao grau de instrução, o ensino médio completo segue como a principal base de formação dos trabalhadores formais, com mais de 1,3 milhão de vínculos adicionais em 2024. Houve também crescimento nas faixas de ensino médio incompleto e ensino superior completo, evidenciando uma qualificação cada vez maior da força de trabalho.

As diferenças por gênero também apareceram nos dados. As mulheres tiveram uma variação relativa de emprego superior à dos homens: enquanto os vínculos femininos cresceram 5,2%, os masculinos aumentaram 3,2%. Do ponto de vista da diversidade racial, os dados da RAIS mostraram um avanço expressivo nas contratações de pessoas pardas (+15,9%) e pretas (+18,1%), indicando uma ampliação do acesso ao mercado formal de trabalho para esses grupos. Entre os trabalhadores com deficiência (PCDs), também houve aumento, com destaque para a categoria de deficiência intelectual, que registrou o maior crescimento proporcional entre todas.

Instituída por decreto em 1975, a RAIS é uma das mais importantes bases de dados do governo federal sobre o mercado de trabalho formal. Além de ser uma exigência legal para os empregadores, ela for-

nece insumos fundamentais para a formulação de políticas públicas, a concessão de benefícios e o monitoramento das condições de emprego no país. Desde 2019, o preenchimento da RAIS vem sendo integrado ao Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), modernizando a forma de coleta e processamento das informações.

Com uma cobertura abrangente e dados que permitem análises detalhadas por setor, região, porte de

empresa e perfil dos trabalhadores, a RAIS se consolida como ferramenta essencial para entender os rumos do mercado de trabalho brasileiro. Os resultados de 2024 indicam que o país segue em trajetória de recuperação e crescimento, com geração de emprego em larga escala, valorização da mão de obra e inclusão de novos perfis profissionais. Um retrato otimista de um Brasil que continua a avançar na construção de um mercado de trabalho mais dinâmico, diverso e resiliente.

OVOS DO BRASIL CONQUISTA ESPAÇO ESTRATÉGICO NO MERCADO GLOBAL COM PROTAGONISMO NOS EUA

SE NO PASSADO O OVO ERA APENAS UM ALIMENTO PRESENTE NO CAFÉ DA MANHÃ, AGORA ELE REPRESENTA MUITO MAIS: É SÍMBOLO DE UM PAÍS QUE SOUBE APROVEITAR UMA JANELA DE OPORTUNIDADE E TRANSFORMAR DESAFIO GLOBAL EM CRESCIMENTO INTERNO

Pode parecer inusitado, mas há muito mais por trás de um simples ovo do que imagina o consumidor comum. Em tempos de instabilidade sanitária e reconfiguração das cadeias globais de suprimentos, o produto que normalmente preenche as gôndolas do supermercado se transformou em ativo estratégico, com potencial de impulsionar exportações, fortalecer o agronegócio e gerar divisas importantes para o país. É exatamente isso que está acontecendo com o Brasil. No primeiro trimestre de 2025, as exportações de ovos brasileiros para os Estados Unidos cresceram impressionantes 3.464%, consolidando o país como o maior fornecedor do insumo ao mercado norte-americano — um feito que ganha contornos ainda mais relevantes diante do contexto atual.

O aumento exponencial das compras por parte dos EUA está diretamente ligado ao surto de gripe aviária que afeta a produção local, gerando um descompasso entre oferta e demanda e obrigando o maior consumidor global de ovos a buscar fornecedores confiáveis, com estrutura, capacidade produtiva e controle sanitário rigoroso. O Brasil, que há anos se destaca por sua excelência no setor de proteína animal, foi alçado a um novo patamar: de exportador pontual a parceiro estratégico.

A confiança depositada no produto brasileiro não veio por acaso. Fruto de décadas de investimentos em biosseguridade, rastreabilidade e tecnologia, o setor de avicultura do país construiu uma reputação sólida junto aos principais mercados do mundo. Em um cenário onde surtos de doenças como a influenza aviária comprometem a produção em diversos países, a estabilidade sanitária do Brasil — que segue livre da enfermidade — tor-

M E R C A D O

nou-se um diferencial competitivo de alto valor.

Além disso, a capilaridade da produção nacional, presente em diversos estados com vocação agropecuária, garante volume e também diversidade e agilidade logística. O resultado é uma operação eficiente, capaz de atender rapidamente à demanda crescente sem comprometer a qualidade, o frescor e a rastreabilidade dos produtos.

O avanço nas exportações de ovos para os Estados Unidos marca o início de um novo ciclo de oportunidades para o agronegócio brasileiro. O que antes era considerado um nicho modesto no portfólio de proteínas agora ganha status de protagonista, abrindo caminhos para acordos comerciais mais robustos, ampliação de plantas habilitadas e valorização do produtor rural.

As cifras já sinalizam o potencial dessa guinada. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o volume exportado deve seguir em curva ascendente nos próximos meses, com projeções de crescimento expressivo até o fim do ano. O impacto econômico se estende desde o campo até os portos, passando por granjas, processadoras, frigoríficos e operadores logísticos, movimentando uma cadeia extensa e gerando empregos em todas as pontas.

Outro fator que reforça a atratividade do ovo brasileiro no mercado internacional é o compromisso com boas práticas ambientais e sociais. As granjas nacionais têm investido fortemente em modelos de produção mais limpos, com menor emissão de carbono, reaproveitamento de resíduos e uso racional de recursos naturais. O apelo da sustentabilidade, cada vez mais valorizado por consumidores e reguladores mundo afora, soma-se à compe-

titividade de preço e qualidade, tornando o Brasil uma escolha estratégica sob todos os aspectos.

Além disso, a rastreabilidade digital e os sistemas de monitoramento em tempo real fortalecem a transparência da cadeia, conferindo segurança tanto para importadores quanto para autoridades sanitárias internacionais. Em tempos de exigência por maior controle e responsabilidade nas relações comerciais, o setor avícola brasileiro demonstra maturidade e visão de futuro.

O caso dos ovos com os Estados Unidos pode ser apenas a ponta do iceberg. Com a visibilidade alcançada, o Brasil se posiciona para expandir sua presença em outros mercados estratégicos, como Europa, Ásia e Oriente Médio. A diversificação de destinos é essencial para reduzir a dependência de poucos compradores e aumentar a resiliência do setor frente às oscilações do comércio internacional.

Além disso, o momento é oportuno para que o país avance em negociações sanitárias, obtenha novas habilitações e fortaleça sua marca como fornecedor confiável de alimentos. Em uma economia global em constante transformação, países capazes de oferecer qualidade, segurança e agilidade ganham espaço — e o Brasil está no centro desse mapa.

Mais do que uma oportunidade pontual, o salto nas exportações de ovos sinaliza uma mudança estrutural no papel do Brasil como potência agroexportadora. O país, que já alimenta boa parte do mundo com carne bovina, frango e soja, agora consolida o ovo como mais um símbolo de sua capacidade produtiva e estratégica.

A vocação agro do Brasil se fortalece com inovação, sustentabilidade e inteligência comercial. O sucesso

recente nos embarques para os EUA é apenas o começo de um novo capítulo — um que reforça o orgulho nacional por um setor que segue sendo o alicerce da economia, do emprego e da geração de riqueza. Se no passado o ovo era apenas um alimento presente no café da

manhã, agora ele representa muito mais: é símbolo de um país que soube aproveitar uma janela de oportunidade e transformar desafio global em crescimento interno. E se depender do ritmo atual, a casca dessa conquista está só começando a ser quebrada.

BRASIL ENFRENTA DESAFIOS E PODE SAIR FORTALECIDO COM RECONFIGURAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR

NO CURTO PRAZO, O IMPACTO DIRETO DAS TARIFAS SERÁ SENTIDO PRINCIPALMENTE NOS SETORES JÁ TRADICIONALMENTE EXPORTADORES PARA OS EUA, COMO FRUTAS, PESCADOS, CAFÉ E MEL — PRODUTOS DO AGRONEGÓCIO COM ALTO VALOR AGREGADO E CRESCENTE DEMANDA INTERNACIONAL

Aimposição de novas tarifas comerciais pelos Estados Unidos marca um ponto de inflexão nas relações econômicas globais. Com a decisão recente de aplicar uma taxa de 10% sobre todos os produtos com origem no Brasil, o governo norte-americano sinaliza uma guinada protecionista que pode ter efeitos duradouros sobre o fluxo de mercadorias no mundo inteiro. Embora, à primeira vista, a medida represente um entrave às exportações brasileiras, especialistas veem nessa ruptura uma oportunidade estratégica para o país conquistar novos mercados, rever prioridades e fortalecer sua posição no cenário internacional.

A medida anunciada atinge vários países, com alíquotas que chegam a quase 50%. Cambodja (49%), Laos (48%), Madagascar (47%), Vietnã (46%) e Sri Lanka (44%) figuram entre os mais impactados. A tarifa brasileira, embora significativa, foi proporcionalmente menor — o que, segundo analistas, pode até mesmo favorecer a competitividade dos produtos nacionais frente aos concorrentes asiáticos. A nova política entrou em vigor acendendo um sinal de alerta nos setores exportadores.

Para a economista Carla Beni, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), esse movimento não é isolado. “Os Estados Unidos estão desmontando a ordem econômica liberal que eles mesmos criaram após a Segunda Guerra Mundial. O mundo está passando por uma reconfiguração radical, e o Brasil precisa agir com inteligência para não ficar à margem desse novo ciclo”, avalia.

Segundo a especialista, é hora de o país reforçar sua agenda externa. A assinatura do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, por exemplo, ganha ain-

da mais importância neste momento. “Esse tratado pode abrir portas imensas para o setor industrial brasileiro, especialmente para produtos com valor agregado. É o tipo de movimento que pode reposicionar o Brasil no tabuleiro global”, afirma Beni.

Além disso, a integração com os países do Brics — bloco formado

por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — deve ser intensificada. Em um mundo com alianças em constante transformação, fortalecer parcerias com nações em desenvolvimento pode garantir estabilidade e acesso a novos canais comerciais.

No curto prazo, o impacto direto das tarifas será sentido principal-

mente nos setores já tradicionalmente exportadores para os EUA, como frutas, pescados, café e mel — produtos do agronegócio com alto valor agregado e crescente demanda internacional. No entanto, economistas alertam que a maior oportunidade está na diversificação da pauta exportadora. Produtos industriais, bens de capital, serviços e até tecnologia brasileira ganham espaço em mercados que buscam alternativas frente às barreiras tarifárias impostas aos países asiáticos.

A instabilidade também traz riscos. “É um processo turbulento, com muita imprevisibilidade. A adaptação a esse novo cenário exige preparo técnico, inteligência comercial e capacidade de negociação por parte do governo e das empresas”, diz Beni. Ela aponta ainda que o Brasil precisa melhorar sua infraestrutura logística, reduzir o custo Brasil e investir em inovação se quiser competir em igualdade de condições.

Historicamente, a estrutura do comércio exterior foi moldada para favorecer países centrais e grandes exportadores de manufaturados. O Brasil, com sua vocação agrícola e riqueza de recursos naturais, sempre encontrou desafios para ampliar sua presença em setores industriais de maior valor agregado. Agora, com o mundo repensando seus modelos de dependência, essa realidade pode ser alterada.

A nova onda tarifária imposta pelos Estados Unidos também pode acelerar o debate interno sobre políticas industriais e tecnológicas. Com a chance de ganhar competitividade em alguns segmentos, o país precisa garantir que os ganhos potenciais não se percam por falta de planejamento estratégico.

Aos olhos dos especialistas, o momento exige visão de futuro. Se o Brasil souber aproveitar as brechas

abertas por essa reconfiguração global, poderá sair fortalecido como fornecedor de commodities, mas como protagonista de uma nova ordem comercial mais multipolar, mais estratégica e, sobretudo, mais preparada para os desafios do século XXI. Nesse contexto, o fortalecimento das cadeias regionais de valor emerge como alternativa viável para mitigar os efeitos da nova política americana. A ampliação de acordos bilaterais com países da América Latina, da África e da Ásia pode reduzir a dependência de mercados tradicionais e garantir maior estabilidade às exportações brasileiras. O Brasil tem a oportunidade de liderar uma nova etapa de integração sul-sul, promovendo trocas tecnológicas e expansão de mercados de forma mais equilibrada.

Além das questões comerciais, os impactos geopolíticos também merecem atenção. A decisão dos Estados Unidos pode desencadear retaliações ou respostas coordenadas de outros blocos econômicos, agravando disputas comerciais e tensionando ainda mais o ambiente internacional. Neste cenário, a diplomacia brasileira precisará se mover com agilidade e firmeza, articulando estratégias junto a organismos multilaterais e buscando manter abertos os canais de diálogo.

Por fim, o episódio revela a urgência de uma política industrial moderna e resiliente. A criação de um ambiente de negócios mais competitivo, com segurança jurídica, estímulos à inovação e fortalecimento do financiamento produtivo, será fundamental para que o Brasil transforme os desafios impostos por essa nova ordem global em vetores de crescimento sustentável. A resposta estratégica a esse cenário pode definir o papel do país nas próximas décadas.

sindacucar

CONHEÇA

NOVAS REGRAS TORNAM VIAGENS DE AVIÃO MAIS SEGURAS PARA CÃES E GATOS

SENADO APROVA PROPOSTA QUE TRANSFORMA O TRANSPORTE AÉREO DE PETS NO BRASIL, GARANTINDO MAIS CUIDADO, TRANSPARÊNCIA E DIGNIDADE AOS NOSSOS COMPANHEIROS DE QUATRO PATAS

Viajar é, para muitos, sinônimo de liberdade, novas experiências e reencontros. E quem tem um pet em casa sabe o quanto é importante poder levar esse companheiro junto. Eles não são apenas animais de estimação são membros da família, amigos fiéis, fontes de amor incondicional. E é justamente por isso que a forma como eles são tratados em viagens aéreas tem sido um tema cada vez mais debatido no Brasil. Agora, esse carinho e cuidado saem do campo afetivo e ganham espaço na legislação, com a recente aprovação de novas regras no Senado Federal para o transporte de cães e gatos em aviões.

A proposta, aprovada pela Comissão de Infraestrutura e agora a caminho do Plenário, vem para corrigir um cenário que há muito tempo precisa de atenção: o do transporte aéreo de pets feito sem critérios claros, com pouca transparência e, muitas vezes, sem o devido cuidado com a saúde física e emocional dos animais. Quem já passou pela aflição de embarcar seu bichinho no compartimento de cargas sabe bem: o coração fica na mão até a hora do reencontro. E, infelizmente, nem sempre esse reencontro acontece como deveria. Casos de perdas, ferimentos e até óbitos de animais durante voos não são raros, e justamente por isso a proposta do Senado representa um avanço tão significativo.

Entre os principais pontos do texto, está a exigência de condições dignas para o transporte de animais domésticos, como temperatura adequada, ventilação apropriada e segurança garantida tanto na cabine quanto no porão da aeronave. A proposta determina que cães e gatos sejam transportados em compartimentos compatíveis com seu tamanho, com ventilação e isolamento térmico su-

ficientes para garantir o bem-estar durante todo o percurso. Isso significa um adeus aos compartimentos improvisados, apertados ou quentes demais, que colocam em risco a saúde dos nossos amigos peludos.

E não para por aí. As companhias aéreas também deverão divulgar, com clareza e antecedência, todas as informações sobre o transporte de pets, como valores cobrados, regras específicas, documentação exigida e limitações por voo. A medida garante mais transparência, evita surpresas desagradáveis no momento do embarque e permite que os tutores planejem melhor a viagem com seus animais. Afinal, o embarque de um pet deve ser feito com o mesmo carinho e responsabilidade que dedicamos aos outros membros da família.

Outro ponto que promete aliviar o coração dos tutores é a possibilidade de aumentar o número de animais permitidos por voo. Atualmente, as companhias aéreas determinam, de forma muito restritiva e sem critérios técnicos uniformes, quantos pets podem viajar a bordo. O projeto de lei propõe que essas decisões sejam tomadas com base em estudos científicos e condições técnicas da aeronave, o que pode permitir que mais animais viajem em segurança sem abrir mão do conforto e da segurança dos demais passageiros.

Uma das inovações mais importantes do texto, no entanto, é a criação de um cadastro nacional de ocorrências envolvendo o transporte de animais em voos. Esse banco de dados vai permitir o registro e o acompanhamento de incidentes, como extravios, acidentes, fugas e óbitos. Com isso, será possível identificar falhas recorrentes e tomar medidas preventivas para que tragédias não se repitam. Mais do que um instru-

mento de fiscalização, esse cadastro é um reconhecimento de que a vida animal merece ser protegida com seriedade.

Para os senadores que participaram da construção da proposta, o projeto vai muito além da logística. Ele reflete uma mudança de olhar da sociedade, que reconhece os animais como seres sencientes, que sentem dor, medo, frio e solidão e, principalmente, que merecem respeito. Durante as discussões no Senado, foi unânime o entendimento de que os pets têm um papel emocional profundo na vida das pessoas, sendo presença constante em lares, consultórios terapêuticos, hospitais e até em ambientes corporativos. E se eles já ocupam tantos espaços com amor, é justo que recebam esse cuidado institucional.

A expectativa é que, com a apro-

vação em Plenário, a regulamentação seja finalmente implementada, trazendo mais tranquilidade para milhões de brasileiros que desejam viajar sem deixar seus pets para trás e sem temer pelo seu bem-estar. Afinal, não há nada mais angustiante do que embarcar em um voo com o coração dividido entre o destino e a preocupação com o bichinho que viaja longe dos nossos olhos.

Enquanto isso, tutores e protetores dos direitos dos animais acompanham o processo com esperança. A mudança na lei representa mais do que uma vitória jurídica é um aceno à sensibilidade, à empatia e ao amor. É o Estado reconhecendo que cuidar de um pet é um gesto de responsabilidade, e que cabe também às instituições zelar por essa relação tão bonita entre humanos e animais.

Porque, no fundo, viajar com quem a gente ama deveria ser sempre um momento de alegria, nunca de medo. E isso inclui aquele ser de quatro patas que pula no colo toda vez que a mala aparece no chão da sala, achando que vai ficar para trás. Agora, ele pode ir junto — e, o melhor, com segurança, dignidade e todo o carinho que merece.

Leis que tocam o coração são raras, mas, quando surgem, deixam marcas profundas. As novas regras para transporte aéreo de cães e gatos não tratam apenas de logística ou regulamentações: tratam de vidas. De afetos. De laços que, muitas vezes, dizem mais do que palavras. Que esse seja apenas o começo de uma jornada mais amorosa e consciente entre humanos e animais. Porque voar com amor é sempre o melhor destino.

UM NOVO LAR PARA CONECTAR PESSOAS E TRANSFORMAR VIDAS EM CAMPO GRANDE - RIO DE JANEIRO

A Zona Oeste do Rio de Janeiro ganha um novo esperança e oportunidades com a inauguração da Incluir. Com o slogan "Conectando Pessoas", dedica a promover a inclusão social e profissional de grupos vulneráveis, COMO PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, JOVENS, MULHERES, PESSOAS COM MAIS DE 50 ANOS E A COMUNIDADE LGBTQIA+

CASA REDE INCLUIR

APENAS 5 MINUTOS POR DIA DESSE EXERCÍCIO JÁ MELHORAM A FORÇA MUSCULAR E A SAÚDE MENTAL

O ESTUDO, PUBLICADO RECENTEMENTE NA PRESTIGIADA REVISTA CIENTÍFICA MEDICINE & SCIENCE IN SPORTS & EXERCISE, REVELOU QUE PRATICAR O AGACHAMENTO ISOMÉTRICO POR CINCO MINUTOS DIÁRIOS DURANTE QUATRO SEMANAS GEROU MELHORIAS SIGNIFICATIVAS NA FORÇA MUSCULAR E NO HUMOR DOS PARTICIPANTES

Quando falamos em saúde, muitas vezes imaginamos rotinas pesadas, horários apertados e a pressão de alcançar resultados rápidos. Mas e se te dissesse que um simples gesto diário poderia mudar sua saúde de forma significativa? Não é preciso grandes transformações ou superesforços. A ciência nos mostra que pequenas ações podem fazer toda a diferença, e a prática de apenas 5 minutos diários de exercícios simples é o suficiente para revolucionar sua saúde física e mental. É hora de investir em você de maneira simples, eficaz e poderosa!

A ciência acaba de comprovar que bastam apenas cinco minutos por dia para transformar a sua força muscular e impulsionar seu equilíbrio emocional. De acordo com um novo estudo, dedicar esse pequeno intervalo a um exercício específico já é suficiente para promover ganhos expressivos, sem a necessidade de equipamentos sofisticados ou de grandes espaços. Essa descoberta é uma luz no fim do túnel para aqueles que, por diversos motivos, ainda não conseguiram encaixar práticas mais longas em suas rotinas.

O exercício que protagoniza essa revolução é o agachamento estático, também conhecido como agachamento isométrico. Ele é simples de executar: basta simular o movimento de sentar em uma cadeira invisível, mantendo os joelhos dobrados em 90 graus e as costas eretas, e sustentar a posição. Pode parecer fácil à primeira vista, mas a prática exige esforço muscular e concentração mental, promovendo, em poucos minutos, um verdadeiro treino de resistência e força.

O estudo, publicado recentemente na prestigiada revista científica Medicine & Science in Sports & Exerci-

se, revelou que praticar o agachamento isométrico por cinco minutos diários durante quatro semanas gerou melhorias significativas na força muscular e no humor dos participantes. A pesquisa foi realizada com adultos sedentários, demonstrando que mesmo quem não tem o hábito de se exercitar pode obter benefícios impressionantes com a prática regular desse movimento.

Além do fortalecimento dos músculos das pernas e glúteos, o agachamento isométrico proporciona ganhos em estabilidade, equilíbrio e resistência cardiovascular. Ao exigir esforço constante dos músculos sem movimentação, o exercício estimula a circulação sanguínea, melhora o tônus muscular e ativa a produção de substâncias benéficas ao organismo, como as endorfinas — conhecidas como os hormônios da felicidade.

A melhora na saúde mental é um dos achados mais interessantes da pesquisa. Os participantes relataram reduções nos níveis de estresse e ansiedade, além de um aumento na sensação geral de bem-estar. Esse efeito pode ser explicado pela liberação de neurotransmissores associados ao prazer e à regulação do humor, que ocorre naturalmente durante e após a prática de exercícios físicos.

Outra vantagem é a acessibilidade do agachamento isométrico. Sem necessidade de equipamentos, a prática pode ser realizada em casa, no trabalho ou em qualquer outro lugar, exigindo apenas disposição e alguns minutos de foco. Essa simplicidade democratiza o acesso aos benefícios do exercício físico, rompendo barreiras comuns como falta de tempo, de dinheiro ou de infraestrutura.

Os especialistas envolvidos no estudo destacam que a regularida-

C O M P O R TA M E N T O

de é o fator mais importante. Embora a prática isolada traga benefícios, a repetição diária potencializa os resultados, criando um ciclo virtuoso de fortalecimento físico e melhoria emocional. Além disso, começar com apenas cinco minutos diários pode ser o primeiro passo para a criação de uma rotina mais ampla de autocuidado e qualidade de vida.

A descoberta também reforça a importância da atividade física como ferramenta de promoção da saúde pública. Em um cenário global onde o sedentarismo é um dos maiores vilões da saúde, incentivar práticas simples e eficientes como o agachamento isométrico pode representar uma estratégia eficaz para combater doenças crônicas, melhorar a saúde mental da população e reduzir os custos com tratamentos médicos.

É importante ressaltar que, apesar de ser um exercício seguro para a maioria das pessoas, é recomendável que quem tenha condições médicas específicas, como problemas nos joelhos ou na coluna, consulte um profissional de saúde antes de iniciar a prática. Uma orientação adequada garante que o exercício seja feito da maneira correta, potencializando os benefícios e evitando possíveis lesões.

O agachamento isométrico não é apenas um exercício físico; é um símbolo de como atitudes simples podem gerar grandes transformações. Ao reservar apenas cinco minutos do dia para cuidar do corpo e da mente, cada pessoa assume o protagonismo da sua própria saúde, investindo em qualidade de vida, autoestima e felicidade.

Essa descoberta mostra que não é necessário esperar por uma segunda-feira, pelo início do mês ou pela virada do ano para começar a mudar. O momento de transformar

sua vida é agora, em apenas cinco minutos. Cada segundo dedicado a essa prática é um passo a mais em direção a uma versão mais forte, confiante e saudável de si mesmo. Nunca foi tão fácil começar uma revolução pessoal. Sem equipamentos caros, sem mensalidades de academia, sem desculpas. Apenas você, seu corpo e a vontade de viver melhor. Um simples agachamento, feito com atenção e dedicação, é capaz de abrir portas para um universo de bem-estar e autoconfiança. Seja no conforto da sua casa, em uma pausa no expediente ou em um espaço tranquilo no parque, esses cinco minutos podem se tornar o seu momento diário de transformação. Aos poucos, você vai sentir a diferença: músculos mais fortes, mente mais leve, energia renovada para

enfrentar os desafios do dia a dia.

E o melhor de tudo é que esse exercício pode ser apenas o começo. Quando os primeiros resultados aparecerem — e eles virão —, a motivação para incluir outras atividades na sua rotina surgirá de forma natural. Caminhadas, alongamentos, treinos funcionais e até aulas de dança podem se somar ao seu repertório de autocuidado, ampliando ainda mais os benefícios.

Lembre-se: grandes mudanças começam com pequenos passos. E reservar cinco minutos do seu dia para fortalecer seu corpo e cuidar da sua saúde mental é, sem dúvida, um dos passos mais poderosos que você pode dar. Afinal, cada minuto investido em você é uma semente plantada para colher uma vida mais feliz, ativa e plena.

GIRO

SOLUÇÕES

INTERMODAL

SOUTH AMERICA

O EDITAL ESTÁ DISPONÍVEL PARA INSCRIÇÕES, NO SITE OFICIAL DO PORTO DE SUAPE. A CHAMADA BUSCA SOLUÇÕES QUE TRAGAM RESULTADOS CONCRETOS, ALINHANDO-SE À NECESSIDADE DE OTIMIZAR A GESTÃO PORTUÁRIA E PROMOVER A MODERNIZAÇÃO DIGITAL

O Porto de Suape deu um importante passo na inovação ao lançar uma chamada pública para empresas, startups e profissionais da tecnologia do Brasil inteiro. O objetivo é encontrar soluções inovadoras que beneficiem a gestão pública e promovam o desenvolvimento do setor portuário. Este movimento acontece durante a 29ª Intermodal South America, um dos maiores eventos de logística e comércio exterior da América Latina, e marca o primeiro certame no Brasil a acontecer na modalidade contrato público para soluções inovadoras (CPSI). O edital está disponível para inscri-

ções, no site oficial do Porto de Suape. A chamada busca soluções que tragam resultados concretos, alinhando-se à necessidade de otimizar a gestão portuária e promover a modernização digital.

Durante o evento, uma outra grande novidade foi a assinatura de um contrato de exploração comercial do sistema PMIS (Port Management Information System), que visa aprimorar a gestão das operações portuárias. Desenvolvido em parceria com o Centro de Estudos Avançados do Recife (Cesar), o PMIS será disponibilizado para outros portos do Brasil, aumentando a eficiência operacional e a transformação digital no setor.

Armando Monteiro Bisneto, diretor-presidente do Porto de Suape, destacou a importância dessa inovação, afirmando que o lançamento dessas duas iniciativas reafirma o compromisso do porto com a modernização e a excelência operacional. Ele enfatizou ainda que a contínua evolução das operações portuárias de Suape demanda equipes dedicadas a encontrar soluções criativas que otimizem os processos.

A diretora de Inovação e Transformação Digital, Adriana Martin, também celebrou a assinatura e o lançamento dos novos projetos, destacando o marco que representam para o setor portuário nacional. A presença de Adriano Gomes, gerente de Inovação do Cesar, no evento, também reforçou o vínculo entre o Centro e o Porto de Suape na busca pela excelência na gestão portuária.

Além disso, o primeiro dia do evento contou com um encontro da Associação Brasileira de Entidades Portuárias e Hidroviárias (Abeph), onde representantes de 15 portos públicos debateram sobre o Projeto de Lei 733/2025, que trata da exploração portuária e das atividades do setor. Esse tipo de

reunião fortalece a interação entre os principais atores do setor e contribui para a formulação de políticas públicas que incentivem o crescimento da área portuária.

O estande do Porto de Suape também foi palco de reuniões com importantes representantes do setor, como a ministra de Portos e Aeroportos em exercício, Mariana Pescatori, e empresas do setor de energias renováveis, interessados em investir no complexo industrial de Suape. A noite foi marcada pela recepção a investidores do setor e pela presença do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), que também possui atividades no Porto.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, a Intermodal é uma oportunidade essencial para mostrar os potenciais de Pernambuco e atrair novos investimentos. Ele lembrou da importância da edição de 2024, quando foi aberta uma parceria com a Agência de Desenvolvimento de Goiás para incentivar o escoamento da produção de grãos do Centro-Oeste por Suape. Neste ano, a Intermodal também será marcada por reuniões estratégicas e por uma experiência imersiva oferecida aos visitantes, que poderão conhecer as instalações de Suape por meio de uma viagem virtual com óculos 3D. Esse tipo de interação coloca o Porto de Suape na vanguarda das iniciativas tecnológicas no setor portuário e ressalta o seu papel de destaque no mercado logístico brasileiro. Além disso, a presença do secretário-executivo de Atração de Investimentos, Maurício Laranjeira, e de outros representantes de órgãos governamentais de Pernambuco reafirma a estratégia de diálogo contínuo entre a gestão pública e o setor produtivo, para garantir o crescimento econômico do estado e a geração de empregos.

É tempo de mergulhar nas Sagradas Escrituras e fortalecer nossa fé.

A leitura diária da Bíblia nos aproxima de Deus, traz paz ao coração, orienta nossas decisões e nos ensina valores preciosos para a vida.

Você já leu a Bíblia hoje? Faça desse hábito uma parte do seu dia e sinta as transformações em sua caminhada espiritual!

A REVISTA TOTAL BRASIL TEM O COMPROMISSO DE INCENTIVAR A LEITURA E REAFIRMAR QUE LER A BÍBLIA É APRENDER EM CADA CAPÍTULO, É DESCOBRIR O NOVO EM CADA PÁGINA. LEIA A BÍBLIA.

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PROVÉRBIOS 21

EXISTEM SOFRIMENTOS QUE O JUSTO ENFRENTA COMO FRUTO DO SEU COMPROMISSO

CASTIGO, MAS COMO UM PRIVILÉGIO. NINGUÉM PRECISA, OU DEVE, RETRIBUIR O MAL ELE RETRIBUIRÁ CADA UM SEGUNDO AS SUAS OBRAS

1. Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR, que o inclina a todo o seu querer.

2. Todo caminho do homem é reto aos seus olhos, mas o Senhor sonda os corações.

3. Fazer justiça e juízo é mais aceitável ao Senhor do que sacrifício.

4. Os olhos altivos, o coração orgulhoso e a lavoura dos ímpios é pecado.

5. Os pensamentos do diligente tendem só para a abundância, porém os de todo apressado, tão-somente para a pobreza.

6. Trabalhar com língua falsa para

PROVÉRBIOS 22

ajuntar tesouros é vaidade que conduz aqueles que buscam a morte.

7. As rapinas dos ímpios os destruirão, porquanto se recusam a fazer justiça.

8. O caminho do homem é todo perverso e estranho, porém a obra do homem puro é reta.

9. É melhor morar num canto de telhado do que ter como companheira em casa ampla uma mulher briguenta.

10. A alma do ímpio deseja o mal; o seu próximo não agrada aos seus olhos.

11. Quando o escarnecedor é casti-

gado, o simples torna-se sábio; e o sábio quando é instruído recebe o conhecimento.

12. O justo considera com prudência a casa do ímpio; mas Deus destrói os ímpios por causa dos seus males.

13. O que tapa o seu ouvido ao clamor do pobre, ele mesmo também clamará e não será ouvido.

14. O presente dado em segredo aplaca a ira, e a dádiva no regaço põe fim à maior indignação.

15. O fazer justiça é alegria para o justo, mas destruição para os que praticam a iniqüidade.

MUITAS PESSOAS ACREDITAM SER IMPORTANTE SE ESFORÇAREM PARA ALCANÇAR

IMPORTANTE TER UM BOM NOME DO QUE GRANDES RIQUEZAS. ESTE CAPÍTULO NOS MAS PARA A GLÓRIA DE DEUS

1. Vale mais ter um bom nome do que muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a riqueza e o ouro.

2. O rico e o pobre se encontram; a todos o Senhor os fez.

3. O prudente prevê o mal, e esconde-se; mas os simples passam e acabam pagando.

4. O galardão da humildade e o temor do Senhor são riquezas, honra e vida.

5. Espinhos e laços há no caminho do perverso; o que guarda a sua alma retira-se para longe dele.

6. Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.

7. O rico domina sobre os pobres e o que toma emprestado é servo do que empresta.

8. O que semear a perversidade segará males; e com a vara da sua própria indignação será extinto.

9. O que vê com bons olhos será abençoado, porque dá do seu pão ao pobre.

10. Lança fora o escarnecedor, e se irá a contenda; e acabará a ques-

tão e a vergonha.

11. O que ama a pureza de coração, e é amável de lábios, será amigo do rei.

12. Os olhos do Senhor conservam o conhecimento, mas as palavras do iníquo ele transtornará.

13. Diz o preguiçoso: Um leão está lá fora; serei morto no meio das ruas.

14. Cova profunda é a boca das mulheres estranhas; aquele contra quem o Senhor se irar, cairá nela.

15. A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela.

ESSES SOFRIMENTOS NÃO DEVEM NUNCA SER VISTOS COMO

O MAL, O QUE PRECISAMOS FAZER É CONFIAR NOSSA CAUSA A DEUS, POIS

16. O homem que anda desviado do caminho do entendimento, na congregação dos mortos repousará.

17. O que ama os prazeres padecerá necessidade; o que ama o vinho e o azeite nunca enriquecerá.

18. O resgate do justo é o ímpio; o do honrado é o perverso.

19. É melhor morar numa terra deserta do que com a mulher rixosa e irritadiça.

20. Tesouro desejável e azeite há na casa do sábio, mas o homem insensato os esgota.

21. O que segue a justiça e a bene-

ficência achará a vida, a justiça e a honra.

22. O sábio escala a cidade do poderoso e derruba a força da sua confiança.

23. O que guarda a sua boca e a sua língua guarda a sua alma das angústias.

24. O soberbo e presumido, zombador é o seu nome, trata com indignação e soberba.

25. O desejo do preguiçoso o mata, porque as suas mãos recusam trabalhar.

26. O cobiçoso cobiça o dia todo, mas

o justo dá, e nada retém.

27. O sacrifício dos ímpios já é abominação; quanto mais oferecendo-o com má intenção!

28. A falsa testemunha perecerá, porém o homem que dá ouvidos falará sempre.

29. O homem ímpio endurece o seu rosto; mas o reto considera o seu caminho.

30. Não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o Senhor.

31. Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, porém do Senhor vem a vitória.

SUCESSO E RIQUEZA. NO ENTANTO, PROVÉRBIOS 22 NOS ACONSELHA QUE É MAIS

ENSINA COMO CONSTRUIR UM BOM NOME – NÃO PARA A AUTO-GLORIFICAÇÃO,

16. O que oprime ao pobre para se engrandecer a si mesmo, ou o que dá ao rico, certamente empobrecerá.

17. Inclina o teu ouvido e ouve as palavras dos sábios, e aplica o teu coração ao meu conhecimento.

18. Porque te será agradável se as guardares no teu íntimo, se aplicares todas elas aos teus lábios.

19. Para que a tua confiança esteja no Senhor, faço-te sabê-las hoje, a ti mesmo.

20. Porventura não te escrevi excelentes coisas, acerca de todo con-

selho e conhecimento,

21. Para fazer-te saber a certeza das palavras da verdade, e assim possas responder palavras de verdade aos que te consultarem?

22. Não roubes ao pobre, porque é pobre, nem atropeles na porta o aflito;

23. Porque o Senhor defenderá a sua causa em juízo, e aos que os roubam ele lhes tirará a vida.

24. Não sejas companheiro do homem briguento nem andes com o colérico,

25. Para que não aprendas as su-

as veredas, e tomes um laço para a tua alma.

26. Não estejas entre os que se comprometem, e entre os que ficam por fiadores de dívidas,

27. Pois se não tens com que pagar, deixarias que te tirassem até a tua cama de debaixo de ti?

28. Não removas os antigos limites que teus pais fizeram.

29. Viste o homem diligente na sua obra? Perante reis será posto; não permanecerá entre os de posição inferior.

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CONTEÚDO

PELO PAÍS

Taxa de desemprego no primeiro trimestre é a menor para o período.

a Rússia. Com mais de duas décadas no comando, líder russo projeta força, identidade nacional e protagonismo global.

24 NEGÓCIO

Vladimir Putin: a força silenciosa que redefiniu

Mercado Livre aposta alto no Brasil e injeta R$ 23,4 bilhões em um 2025 promissor. Com o novo aporte, o Mercado Pago deve ampliar a oferta de crédito, aumentar a

rede de maquininhas, investir em segurança cibernética e desenvolver soluções ainda mais robustas para empreendedores.

28

ESTRATÉGIA

BNDES aprova R$ 196 bilhões para impulsionar nova indústria no país. Os recursos destinados têm como principal objetivo estimular setores estratégicos da economia, modernizar

cadeias produtivas, incorporar práticas sustentáveis e preparar a indústria nacional para os desafios e oportunidades da nova economia global.

32

RESTULTADO

Comércio cresce 0,5% e atinge maior patamar em 25 anos. Na comparação anual, o avanço foi de 1,5%, enquanto o acumulado dos últimos 12 meses

marcou uma alta de 3,6%.

36 AÇÃO

Safra de laranja do Brasil derruba preço do suco. A justificativa americana para o aumento das tarifas está ancorada em estratégias de proteção ao produtor local, que enfrenta desafios climáticos e sanitários, como a disseminação do greening, uma praga devastadora.

CENÁRIO

Oano de 2025 já começou com o pé direito. Em meio a um cenário de transformações, inovação e retomada, o Brasil dá sinais claros de que está vivendo um novo ciclo de crescimento produtivo, gerando oportunidades, ampliando investimentos e colhendo os frutos de uma economia mais madura, conectada com as necessidades da população e com os desafios do século XXI. O setor privado abriu o ano com um fôlego renovado e registrou crescimento de 4% nos empregos formais. Um dado que, por si só, já seria motivo de comemoração, mas ganha ainda mais relevância ao analisarmos os segmentos que puxaram essa alta: serviços de informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. Juntos, esses setores foram responsáveis por mais de meio milhão de novas contratações, evidenciando que o mercado está se moldando à nova lógica da economia digital e do conhecimento, com geração de emprego qualificado e novas perspectivas para quem busca ingressar ou se reposicionar no mundo do trabalho.

Nesse ambiente de confiança, gigantes do setor privado seguem apostando no país. Um exemplo emblemático é o Mercado Livre, que anunciou um investimento recorde de R$ 23,4 bilhões no Brasil ao longo de 2025. Com foco na ampliação da rede de maquininhas do Mercado Pago, na oferta de crédito para pequenos negócios, no reforço à segurança cibernética e no desenvolvimento de soluções robustas para empreendedores, o grupo reafirma sua crença no potencial brasileiro e atua como motor do crescimento, democratizando o acesso a serviços financeiros e tecnoló-

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gicos de ponta.

Mas o setor público também está fazendo sua parte. O BNDES aprovou um pacote de R$ 196 bilhões para alavancar uma nova indústria nacional mais verde, mais inovadora, mais eficiente e mais preparada para os desafios globais. Os recursos contemplam setores estratégicos, modernização das cadeias produtivas, incorporação de práticas sustentáveis e transformação digital.

No cenário internacional, uma liderança tem se destacado de forma cada vez mais contundente: Vladimir Putin. Com uma trajetória marcada por firmeza, visão estratégica e defesa da soberania nacional, o presidente russo tem reconduzido seu país a uma posição de protagonismo geopolítico. Sua capacidade de articulação, mesmo diante de pressões externas, e seu foco no fortalecimento das relações bilaterais com países emergentes têm inspirado lideranças globais e reforçado a importância de uma política externa pautada pela autonomia, pelo diálogo e pela multipolaridade. Putin é, hoje, símbolo de resistência, pragmatismo e estabilidade num mundo em constante mudança.

O reflexo de tudo isso se percebe também no comércio, que cresceu 0,5% no mês e 1,5% na comparação anual, alcançando o maior patamar dos últimos 25 anos. O acumulado de 3,6% nos últimos 12 meses comprova que o consumidor voltou a acreditar e a movimentar a economia. O crescimento é real, consistente e traz consigo novos ventos de prosperidade. Mas o progresso não se resume aos grandes números. Ele também se materializa em conquistas do cotidiano. O Senado aprovou novas regras que tornam as viagens de avião mais seguras para cães e gatos. A proposta transforma a maneira como os pets são tratados no transporte aéreo, garantindo mais cuidado, dignidade e transparência, sendo uma resposta necessária a um público que valoriza cada vez mais a causa animal e exige respeito aos seus companheiros de quatro patas.

E no campo, o Brasil segue firme como potência agrícola. A safra de laranja superou as projeções e derrubou o preço do suco no mercado internacional. A queda, embora desafie os exportadores, é reflexo direto do bom desempenho da agricultura nacional, que mesmo diante de medidas protecionistas de outros países, como os Estados Unidos, que alegam necessidade de proteção a produtores afetados por pragas como o greening, segue forte, produtiva e resiliente.

Diante de tantos sinais positivos, a Revista Total reafirma seu compromisso de acompanhar, registrar e valorizar esse novo tempo que se desenha. Um tempo de mais oportunidades, mais crescimento, mais responsabilidade social e mais consciência coletiva.

DIRETOR-PRESIDENTE

Marcelo Mesquita

A TAXA DE DESOCUPAÇÃO FOI DE 7% NO TRIMESTRE ENCERRADO EM MARÇO DE 2025. O RENDIMENTO MÉDIO DAS PESSOAS, R$ 3.410, TAMBÉM FOI RECORDE NA SÉRIE

A taxa de desocupação chegou a 7,0% no trimestre encerrado em março de 2025, uma variação positiva de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em dezembro de 2024. No entanto, essa taxa ainda está abaixo dos 7,9% registrados no mesmo trimestre móvel de 2024.

Além disso, foi a menor taxa de desocupação para esse período desde o início da série histórica, posto ocupado anteriormente pelo trimestre encerrado em março de 2014, quando atingiu 7,2%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada na última quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A alta da desocupação na comparação trimestral foi puxada pelo aumento no número de pessoas em busca de trabalho, a chamada população desocupada, que cresceu 13,1% frente ao trimestre encerrado em dezembro de 2024, um aumento de 891 mil pessoas em busca de trabalho. Apesar da alta, a população desocupada permanece 10,5% abaixo do contingente registrado no mesmo trimestre móvel de 2024. Também contribuiu para o aumento da taxa de desocupação a redução da população ocupada do País. Esse contingente recuou em 1,3 milhão de pessoas (-1,3%) na comparação trimestral, embora permaneça 2,3% acima do número de trabalhadores encontrados pela pesquisa no primeiro trimestre de 2024 (2,3 milhões a mais).

“O bom desempenho do mercado de trabalho nos últimos trimestres não chega a ser comprometido pelo crescimento sazonal da desocupação. Mesmo com expansão trimestral, a taxa de

P E LO PA Í S

desocupação do 1º trimestre de 2025 é menor que todas as registradas nesse mesmo período de anos anteriores”, destaca a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy.

Apesar da redução da população ocupada, o número de trabalhadores com carteira assinada não teve variação significativa na comparação com o trimestre móvel anterior (encerrado em dezembro), permanecendo em 39,4 milhões.

Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,5 milhões) caiu 5,3% (menos 751 mil pessoas) em relação ao último trimestre de 2024. “A retração da ocupação no primeiro trimestre ocorreu principalmente no emprego sem carteira relacionado à Construção, Serviços Domésticos e Educação”, complementa Beringuy.

RENDIMENTO O rendimento médio das pessoas ocupadas chegou a R$ 3.410, novo recorde na série iniciada em 2012, com alta de 1,2% no trimestre e de 4,0% na comparação anual. Entre os grupamentos de atividade investigados pela pesquisa, a comparação com o trimestre encerrado em dezembro de 2024 mostra aumento no rendimento de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (4,1%, ou mais R$ 85) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,2%, ou mais R$ 145), sem variações significativas nos demais grupamentos.

Frente ao primeiro trimestre de 2024, houve altas no rendimento da Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (5,5%, ou mais R$ 111) Construção (5,7%, ou mais R$ 141) Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (4,1%, ou mais R$ 189) Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,1%, ou mais R$ 189) e Serviços domésticos (3,6%, ou mais R$ 45). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.

TRATAMENTO

DROGA QUE RETARDA A PROGRESSÃO DO ALZHEIMER EM ESTÁGIOS INICIAIS É APROVADA

PELA ANVISA

O MEDICAMENTO KISUNLA (DONANEMABE) JÁ PODE SER DISTRIBUÍDO E UTILIZADO EM TERRITÓRIO NACIONAL. SEU USO É CONTRAINDICADO PARA PACIENTES QUE ESTEJAM TOMANDO ANTICOAGULANTES

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o medicamento Kisunla (donanemab), indicado para o tratamento de comprometimento cognitivo leve ou/e demência leve associados à doença de Alzheimer em pacientes adultos portadores do gene da apolipoproteína E ε4 (ApoE ε4).

O medicamento já pode ser distribuído e utilizado em território nacional, dentro das indicações e limites aprovados pela agência.

O remédio já havia sido aprovado pela FDA, a Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos, em julho de 2024.

Na época, segundo a fabricante, as injeções da droga reduziram em 61% as placas amiloides - que destroem neurônios quando acumuladas em excesso- durante seis meses de tratamento, em 80% aos 12 meses e 84% aos 18 meses. Fora isso, o medica-

mento também se mostrou eficaz em retardar o declínio cognitivo e funcional em até 35% (em comparação com placebo) durante 18 meses de tratamento.

A Kisunla (donanemabe) é um anticorpo monoclonal que se liga a uma proteína chamada beta-amiloide. Na doença de Alzheimer, aglomerados de proteína beta-amiloide formam placas no cérebro. A droga atua ligando-se a esses aglomerados e reduzindo-os, retardando assim a progressão da doença.

O uso do medicamento é contraindicado para pacientes que estejam tomando anticoagulantes (incluindo varfarina) ou que tenham sido diagnosticados com angiopatia amiloide cerebral (AAC) na ressonância magnética antes de iniciar o tratamento, pois os riscos nesses pacientes são considerados maiores que os benefícios.

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VLADIMIR PUTIN: A FORÇA SILENCIOSA QUE REDEFINIU A RÚSSIA

COM MAIS DE DUAS DÉCADAS NO COMANDO, LÍDER RUSSO PROJETA FORÇA, IDENTIDADE NACIONAL E PROTAGONISMO GLOBAL

C A PA

Há líderes que passam pela história. Outros, no entanto, moldam a própria história à sua imagem. Vladimir Putin é, inegavelmente, um destes últimos. Em um mundo cada vez mais fragmentado, em que os ventos da incerteza sopram em todas as direções, o presidente russo segue como um farol de estabilidade para milhões de cidadãos e um símbolo da resiliência do Estado russo. Mais de duas décadas após assumir o comando do Kremlin, Putin permanece como protagonista de uma narrativa marcada por reconstrução, afirmação nacional e protagonismo internacional.

A trajetória do líder russo confunde-se com a própria história recente da Rússia. Quando assumiu interinamente a presidência em 1999, e em definitivo no início de 2000, o país ainda lidava com as consequências profundas do colapso da União Soviética. Havia crise econômica, instabilidade política, fragilidade nas instituições e um senso de desorientação generalizado na população. Era o fim de uma era e o início de uma busca por identidade. Foi nesse cenário desafiador que Putin começou a escrever sua história no poder, com a convicção de que era possível recolocar a Rússia em pé e devolvê-la ao centro do cenário internacional.

Ex-agente da KGB e ex-diretor do FSB (o serviço de segurança russo), Putin trouxe para o cargo de presidente a disciplina e um olhar estratégico sobre o papel que a Rússia deveria desempenhar no século XXI. Ao longo de seus mandatos, alternando entre os cargos de presidente e primeiro-ministro, ele promoveu reformas estruturais, resgatou o orgulho nacional e reconstruiu a máquina estatal. Sua liderança firme conquistou o apoio de parcelas expressivas da população, especial-

mente por entregar estabilidade e crescimento em momentos cruciais.

Em pouco tempo, a Rússia que enfrentava hiperinflação e quedas drásticas do PIB começou a experimentar anos de crescimento impulsionados por reformas econômicas, estabilidade política e pelo fortalecimento das instituições estatais. O país voltou a atrair investimentos, a renda média aumentou e, sobretudo, o senso de pertencimento e orgulho nacional foi restaurado. A ascensão de Putin coincidiu com um renascimento da confiança dos russos em seu próprio destino.

Seu estilo de governar, por vezes enigmático para o olhar ocidental, é compreendido por muitos russos como necessário. A combinação entre austeridade, patriotismo e carisma discreto fez de Putin um líder de forte presença simbólica. Ele fala pouco, mas fala com autoridade. Sua imagem é cuidadosamente construída e amplamente respeitada como alguém que representa a força do Estado, a proteção da soberania

nacional e o compromisso com o futuro da Rússia.

Não por acaso, o presidente tem mantido índices de aprovação elevados ao longo dos anos, mesmo diante de desafios externos e conflitos geopolíticos. Seu discurso de Ano Novo de 2024, que marcou os 25 anos de sua chegada ao poder, foi mais uma amostra de sua habilidade de se comunicar com o povo. “Temos razões para nos orgulhar do que foi feito pelo país”, afirmou, com serenidade, em uma mensagem que destacou os feitos da Rússia e prestou homenagem aos soldados envolvidos em operações militares. Mais do que palavras, o discurso carregou o peso simbólico de um líder que se mantém firme diante das adversidades e que acredita na força coletiva do povo russo.

Ao longo de sua carreira, Putin também demonstrou habilidade notável em lidar com o xadrez internacional. Em um mundo multipolar e repleto de tensões, ele posicionou a Rússia como um ator relevante, respeitado e, acima de tudo, independente. A condução de sua política externa é marcada por pragmatismo, mas também por uma clara recusa em submeter os interesses nacionais à lógica de potências estrangeiras. Ele defende o multilateralismo, desafia a hegemonia de blocos econômicos e promove alianças estratégicas com países-chave em diferentes regiões do planeta.

O retorno da Rússia ao centro das grandes decisões globais se deu, em boa parte, graças à visão de Putin. Do fortalecimento das Forças Armadas à ampliação de investimentos em ciência, tecnologia e infraestrutura, o país voltou a ser percebido como uma potência global com interesses próprios e capacidade de atuação. Isso se refletiu em diversas frentes: da presença nas negociações multi-

laterais à participação decisiva em questões de segurança internacional.

Na política interna, a estabilidade também se tornou uma de suas marcas registradas. Apesar das críticas de opositores e da pressão internacional, Putin manteve sua linha de atuação firme, defendendo valores como ordem, soberania e unidade. Ele acredita que uma nação forte precisa de instituições sólidas, de um governo estável e de uma população engajada em torno de um projeto comum. Ao longo de seus mandatos, promoveu políticas que visam o fortalecimento da economia russa, a valorização da cultura nacional e a preservação dos interesses do Estado.

Putin também construiu uma imagem de homem simples, disciplinado e austero. Em diversas ocasiões, deixou claro que não é movido por vaidade ou ambição pessoal, mas por um senso de missão. Em entrevistas, demonstra firmeza nas palavras e convicção nas ideias, sem recorrer ao populismo. Seu compromisso com a estabilidade e com a reconstrução da grandeza russa é visível em cada ação, cada decreto, cada gesto simbólico.

Com sua recente reeleição para mais um mandato que se estende até 2030, Putin reforça sua posição como o mais longevo líder da Rússia desde Stalin, embora com uma abordagem completamente distinta. Sua permanência no poder não é explicada apenas pela rigidez do sistema político, mas, sobretudo, pelo apoio popular que ainda conserva. Para muitos russos, ele representa segurança, continuidade e soberania — três palavras-chave em um país com uma história marcada por profundas transformações.

O futuro da Rússia continuará a ser moldado, em grande medida, pelas decisões e pela visão desse es-

trategista silencioso que comanda o país há um quarto de século. Em um mundo cada vez mais imprevisível, Putin é visto por seu povo como um pilar de previsibilidade, um guardião da ordem e da identidade nacional.

A história ainda julgará, com o distanciamento do tempo, o impacto de seu legado completo. Mas o que já se pode afirmar com clareza é que Vladimir Putin é um personagem histórico cuja trajetória influencia profundamente os rumos da Rússia e do mundo. E, em tempos de tantos ruídos e incertezas, a figura desse líder continua a inspirar admiração, respeito e otimismo entre aqueles que acreditam no poder de uma liderança forte, enraizada em princípios e conectada à alma de sua nação.

RELAÇÕES Durante uma reunião bilateral em Moscou, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou o compromisso do Brasil em fortalecer as relações diplomáticas e co-

merciais com a Rússia. Ao lado do presidente Vladimir Putin, Lula destacou a importância de aprofundar a parceria estratégica entre os dois países, com ênfase em iniciativas conjuntas e em uma cooperação pautada pelo respeito mútuo e pelos interesses comuns.

O encontro ocorreu à margem da Cúpula Rússia–Países da CEI (Comunidade dos Estados Independentes), e representa mais um passo na consolidação de uma agenda internacional voltada para o multipolarismo e para a diversificação de parcerias comerciais. Lula ressaltou que o Brasil busca manter um diálogo aberto com todas as nações, tendo a paz, o desenvolvimento sustentável e a soberania como eixos centrais da sua política externa.

A reunião também abriu espaço para discussões sobre possíveis avanços em áreas estratégicas como energia, tecnologia, agricultura e defesa, setores nos quais Brasil e Rússia já mantêm cooperação significativa. A intenção, segundo os líderes, é ampliar o fluxo de investimentos e consolidar ações de longo prazo que favoreçam o desenvolvimento mútuo.

A viagem de Lula à Rússia inclui ainda compromissos relacionados ao BRICS, grupo de economias emergentes do qual o Brasil é membro fundador. A participação brasileira tem se destacado por propor pautas de fortalecimento da governança global, reforma de instituições multilaterais e promoção de um sistema internacional mais equilibrado.

Ao fim do encontro, tanto Lula quanto Putin sinalizaram disposição em ampliar o diálogo e trabalhar em novos instrumentos de cooperação bilateral, com ênfase em acordos que favoreçam o crescimento sustentável, a inovação tecnológica e a estabilidade econômica.

MERCADO LIVRE APOSTA ALTO NO BRASIL E INJETA R$ 23,4 BILHÕES EM UM 2025 PROMISSOR

COM O NOVO APORTE, O MERCADO PAGO DEVE

AMPLIAR A OFERTA DE CRÉDITO, AUMENTAR A REDE DE MAQUININHAS, INVESTIR EM SEGURANÇA CIBERNÉTICA E DESENVOLVER SOLUÇÕES AINDA MAIS ROBUSTAS PARA EMPREENDEDORES

Em um cenário econômico global ainda marcado por incertezas e reconfigurações, há anúncios que funcionam como faróis, apontando para onde o mercado está mirando suas apostas mais ousadas. Um desses movimentos veio do gigante do e-commerce e tecnologia da América Latina: o Mercado Livre. A empresa acaba de anunciar um investimento recorde de R$ 23 bilhões no Brasil ao longo de 2025, o maior montante já destinado pelo grupo ao país em um único ano. O número impressiona pela cifra robusta e pelo que representa: confiança no mercado brasileiro, visão de longo prazo e aposta firme no poder transformador da digitalização.

A operação brasileira, que já é a maior da companhia em todo o continente, ganhará ainda mais protagonismo com essa nova injeção de capital. O plano contempla desde a ampliação da infraestrutura logística, passando por tecnologia e serviços financeiros, até a geração de milhares de empregos. Tudo isso reforça a posição do Brasil como o motor do crescimento do Mercado Livre na América Latina.

Boa parte do investimento será di-

recionada à estrutura logística, considerada o coração do ecossistema do Mercado Livre. Com um modelo próprio de fulfillment e uma malha aérea crescente, que já conta com rotas exclusivas e voos diários , a companhia tem se destacado ao reduzir prazos de entrega e ampliar a capilaridade de suas operações. A meta agora é ambiciosa: alcançar ainda mais cidades com entregas no mesmo dia e, em muitas regiões, no mesmo turno.

Isso só será possível com a expansão dos centros de distribuição automatizados, a modernização da frota e a parceria estratégica com operadores logísticos. A tecnologia será o fio condutor desse crescimento, com uso intensivo de inteligência artificial para prever demanda, otimizar rotas e melhorar a experiência do cliente. Trata-se de um avanço que beneficia o consumidor final e os milhares de vendedores que usam a plataforma como vitrine e canal de vendas.

Outro pilar estratégico dos investimentos é o Mercado Pago, braço financeiro do grupo. Em um país com milhões de desbancarizados, o crescimento da fintech vem sendo impulsionado pela combinação de serviços digitais acessíveis e confiança do usuário. A plataforma já atua como carteira digital, banco, adquirente de pagamentos e provedora de crédito para pessoas físicas e jurídicas. Com o novo aporte, o Mercado Pago deve ampliar a oferta de crédito, aumentar a rede de maquininhas, investir em segurança cibernética e desenvolver soluções ainda mais robustas para empreendedores. O objetivo é claro: tornar-se um banco digital completo e competitivo, mas com alma inclusiva capaz de transformar a vida de quem não tinha acesso ao sistema financeiro tradicional.

Os efeitos desse investimento vão muito além dos números. O Mercado Livre estima gerar mais de 15 mil novas vagas em 2025 apenas no Brasil, com destaque para áreas como tecnologia, logística, atendimento e produtos financeiros. Esse movimento cria um círculo virtuoso: mais empregos, mais renda, mais consumo e mais oportunidades para pequenos negócios.

Além disso, a empresa aposta em parcerias com hubs de inovação, startups e universidades para fomentar o desenvolvimento tecnológico. O investimento em diversidade, inclusão e formação profissional também integra a estratégia do grupo, que tem atuado fortemente na qualificação de jovens e mulheres para o setor de tecnologia.

O protagonismo brasileiro no plano de crescimento do Mercado Livre não é novidade, mas o investimento recorde de 2025 consolida o país como centro nevrálgico da operação latino-americana. A liderança da empresa no e-commerce nacional, conquistada com agilidade, inovação e proximidade com o consumidor, será fortalecida com uma estrutura ainda mais robusta, capaz de sustentar o crescimento acelerado da demanda.

A mensagem é clara: o Mercado Livre acredita no potencial do Brasil. E mais do que isso, aposta no seu futuro digital. A companhia acompanha as transformações do consumo e da economia que ela as provoca, antecipa e lidera.

O investimento bilionário sinaliza o início de um novo ciclo para o e-commerce brasileiro, marcado pela profissionalização, pela expansão regional e pela consolidação de plataformas digitais como catalisadoras do desenvolvimento econômico. O Mercado Livre não está apenas apostando em logística e tecnologia —

está construindo pontes entre empresas e consumidores, entre inovação e inclusão.

Ao colocar o Brasil no centro de sua estratégia, a companhia também lança um convite ao setor público e privado: é hora de somar esforços, melhorar o ambiente de negócios, investir em infraestrutura e qualificação. Porque o futuro cada vez mais digital, veloz e conectado já começou. E quem estiver preparado para acompanhá-lo terá lugar garantido nesse novo capítulo da economia brasileira.

O impacto positivo também se estende ao fortalecimento das cadeias produtivas locais. Ao privilegiar fornecedores nacionais para atender à crescente demanda de sua operação, o Mercado Livre impulsiona a indústria brasileira, promovendo um efeito multiplicador em diversos setores, como embalagens, transporte, tecnologia da informação e serviços especializados. Esse movimento contribui para a geração de valor dentro do país e para a construção de uma economia mais resiliente e integrada. Outro aspecto relevante é o papel

da empresa na transformação digital das pequenas e médias empresas brasileiras. Com acesso facilitado a soluções logísticas, meios de pagamento e visibilidade nacional, milhares de empreendedores conseguem competir em igualdade de condições com grandes varejistas. O investimento anunciado reforça esse compromisso de democratização do comércio eletrônico, especialmente em regiões antes pouco exploradas, ampliando o alcance da economia digital e reduzindo desigualdades regionais.

Por fim, a iniciativa representa um contraponto relevante ao cenário de instabilidade global, mostrando que é possível crescer com responsabilidade social e visão estratégica. Ao investir em infraestrutura, tecnologia e capital humano, o Mercado Livre reforça o papel da inovação como motor de desenvolvimento. Mais do que um investimento corporativo, trata-se de um movimento que tem potencial para transformar estruturas, impactar vidas e reposicionar o Brasil como protagonista no cenário digital da América Latina.

BNDES APROVA R$ 196 BILHÕES PARA IMPULSIONAR NOVA INDÚSTRIA NO PAÍS

OS RECURSOS DESTINADOS TÊM COMO PRINCIPAL OBJETIVO ESTIMULAR SETORES ESTRATÉGICOS DA ECONOMIA, MODERNIZAR CADEIAS PRODUTIVAS, INCORPORAR PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS E PREPARAR A INDÚSTRIA NACIONAL PARA OS DESAFIOS E OPORTUNIDADES DA NOVA ECONOMIA GLOBAL

Em um cenário global cada vez mais competitivo e dinâmico, o Brasil dá um passo firme e corajoso em direção ao futuro. À frente dessa transformação está o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), instituição que, mais uma vez, mostra sua força e visão estratégica ao aprovar um investimento monumental de R$ 196 bilhões para impulsionar a nova indústria do país. O anúncio desse aporte histórico aquece as expectativas do setor produtivo e reacende em milhões de brasileiros a esperança de ver o país ocupar um lugar de destaque no cenário econômico mundial. O BNDES, reconhecido como motor de crescimento nacional há décadas, reafirma seu compromisso com o desenvolvimento sustentável, a inovação tecnológica e a inclusão social, apostando em um projeto que tem tudo para transformar profundamente o perfil industrial brasileiro nos próximos anos. O investimento, que integra o movimento de reindustrialização do país, carrega consigo um simbolismo poderoso: o Brasil não está apenas olhando para o futuro, mas está decidido a moldá-lo. Os recursos destinados têm como principal objetivo estimular setores estratégicos da economia, modernizar cadeias produtivas, incorporar práticas sustentáveis e preparar a indústria nacional para os desafios e oportunidades da nova economia global. Trata-se de um plano ambicioso, que visa colocar o Brasil na vanguarda da inovação e da sustentabilidade, fortalecendo a capacidade de geração de riqueza, empregos qualificados e soluções inteligentes para um mundo em constante transformação. A decisão do BNDES é um convite para sonhar grande, para acreditar na força da indústria brasilei-

ra e, acima de tudo, para investir no talento e na criatividade de um povo que sempre soube se reinventar diante das adversidades.

Ao todo, o montante bilionário será distribuído em diversas frentes que representam a espinha dorsal da nova indústria nacional. São setores ligados à inovação tecnológica, à energia limpa, à economia circular, à digitalização de processos industriais e ao desenvolvimento de novos materiais e produtos de alta performance. O Brasil, tradicionalmente conhecido por suas riquezas naturais, agora se posiciona também como um berço de soluções tecnológicas avançadas, capaz de conciliar crescimento econômico com responsabilidade socioambiental. Este novo ciclo de investimentos pretende ampliar a produtividade e a competitividade do parque industrial brasileiro, e deve estimular uma mudança de mentalidade: uma indústria mais conectada com as demandas da sociedade, mais eficiente no uso dos recursos e mais alinhada às tendências globais de descarbonização e transformação digital.

O impacto esperado é transformador. Com o reforço ao financiamento de projetos inovadores, a expectativa é que o Brasil fortaleça cadeias produtivas estratégicas, impulsione a criação de empregos de alta qualidade, estimule o surgimento de novas startups industriais e atraia investimentos estrangeiros interessados em projetos de futuro. Além disso, o programa tem um olhar especial para a inclusão de pequenas e médias empresas, ampliando o acesso ao crédito e oferecendo condições para que elas possam crescer, inovar e integrar-se às cadeias globais de valor. Esse movimento de democratização do desenvolvimento industrial é essencial para garantir

que os benefícios do crescimento cheguem a todas as regiões do país, reduzindo desigualdades e promovendo uma nova onda de desenvolvimento regional.

Ao apostar na inovação como vetor de crescimento, o BNDES também reforça a importância da formação de uma nova geração de profissionais altamente qualificados. A indústria 4.0 exige talentos capazes de lidar com tecnologias avançadas como inteligência artificial, robótica, big data e biotecnologia. Por isso, o investimento em educação, pesquisa e desenvolvimento ganha centralidade neste novo momento. A sinergia entre universidades, centros de pesquisa, startups e grandes empresas será fundamental para criar um ecossistema inovador, capaz de gerar conhecimento, riqueza e soluções para os desafios contemporâneos. O Brasil tem a oportunidade única de transformar sua capacidade criativa em diferencial competitivo, elevando sua posição no cenário internacional e assegurando um crescimento sustentável e inclusivo.

O compromisso com a sustentabilidade também está no centro da estratégia. Parte significativa dos recursos será destinada a projetos que promovam a transição energética, a redução das emissões de carbono e o uso mais eficiente dos recursos naturais. Isso inclui o estímulo a fontes de energia renovável, a modernização de processos industriais para torná-los menos poluentes e o desenvolvimento de produtos e materiais que contribuam para uma economia de baixo carbono. A nova indústria brasileira nasce com uma missão clara: ser protagonista da luta contra as mudanças climáticas e da construção de um futuro mais verde e justo para todos.

A dimensão social do programa

de investimentos também é digna de destaque. Ao apoiar o crescimento de pequenas e médias empresas, o BNDES contribui diretamente para a geração de emprego e renda, a inclusão social e a redução das desigualdades regionais. O fortalecimento da indústria nas diferentes regiões do país é uma estratégia inteligente e necessária para promover um desenvolvimento mais equilibrado e sustentável, capaz de beneficiar todas as camadas da população. O Brasil que emerge desse novo ciclo de investimentos é um Brasil mais forte, mais inovador e mais comprometido com a construção de um futuro melhor para todos.

Mais do que cifras impressionantes, o anúncio de R$ 196 bilhões representa a crença em um Brasil capaz de se reinventar e de trilhar novos caminhos de desenvolvimento. É a confiança em uma indústria que honra seu passado de conquistas, mas que olha para frente, buscando novas formas de crescer, inovar e gerar valor. É a certeza de que, com planejamento, investimento e ousadia, o Brasil pode ser protagonista de uma nova era de progresso econômico, social e ambiental. O papel do BNDES nessa jornada é central. Mais do que financiar projetos, a instituição atua como um verdadeiro agente de transformação, articulando parcerias, mobilizando recursos e inspirando confiança em todo o ecossistema produtivo. Ao lançar um programa tão robusto e ambicioso, o BNDES reafirma seu compromisso histórico com o desenvolvimento nacional e com a construção de um país mais justo, próspero e sustentável. O Brasil que sonhamos está sendo construído agora, com coragem, visão e investimento. E esse é apenas o começo de uma história que promete muitos capítulos de sucesso.

COMÉRCIO CRESCE 0,5% E ATINGE MAIOR PATAMAR

EM 25 ANOS

NA COMPARAÇÃO ANUAL, O AVANÇO FOI DE 1,5%, ENQUANTO O ACUMULADO DOS ÚLTIMOS 12 MESES MARCOU UMA ALTA DE 3,6%

Há meses em que os números falam mais do que previsões, e fevereiro foi um deles. Após um longo período de estabilidade, o comércio varejista brasileiro finalmente retomou o fôlego e apresentou resultados que animaram o setor. Em meio a desafios macroeconômicos, como inflação elevada, crédito restrito e comportamento cauteloso do consumidor, o varejo surpreendeu positivamente e alcançou o maior patamar de vendas desde o início da série histórica, em 2000. De acordo com os dados mais recentes do IBGE, as vendas do comércio cresceram 0,5% em fevereiro, na comparação com janeiro, superando o recorde anterior, que havia sido registrado em outubro de 2023. Na comparação anual, o avanço foi de 1,5%, enquanto o acumulado dos últimos 12 meses marcou uma alta de 3,6%. Os números mostram que, mesmo diante de um cenário ainda desafiador, há espaço para otimismo e recuperação sustentada. Entre os segmentos que puxaram o crescimento estão os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que tiveram alta de 1,1%. Esse desempenho reforça a centralidade desses itens no consumo cotidiano da população. O setor de móveis e eletrodomésticos também se destacou, com crescimento de 0,9%, sinalizando uma leve retomada da confiança dos consumidores em investir em bens duráveis. Outro destaque positivo foi o setor de livros, jornais, revistas e papelaria, que avançou 5,4%. Apesar de representar uma fatia menor do comércio total, esse crescimento chama atenção por ocorrer em um segmento que vinha sendo duramente impactado pela digitalização e mudanças nos hábitos de consumo. Por outro lado, alguns setores ainda enfrentam dificuldades. Combus-

tíveis e lubrificantes recuaram 0,9%, tecidos, vestuário e calçados caíram 1,0% e o setor de equipamentos de escritório e informática teve retração de 3,6%. Esses números demonstram que a recuperação é desigual entre os segmentos e que o comportamento do consumidor segue seletivo, priorizando itens essenciais e evitando gastos considerados supérfluos ou adiáveis. Já o chamado comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes, peças e materiais de construção, registrou uma queda de 0,4% no volume de vendas. O principal impacto veio do setor de veículos, com retração de 2,6%, refletindo a dificuldade de acesso ao crédito e o custo ainda elevado para aquisição desses bens. Por outro lado, o setor de material de construção teve uma leve alta de 0,1%, mantendo a estabilidade em um segmento que vinha oscilando nos últimos meses.

Apesar das variações entre setores, o resultado geral foi bastante positivo. Após quatro meses de estagnação, o crescimento de fevereiro marca uma retomada concreta e alimenta expectativas favoráveis para o restante do ano. Os analistas já projetam um cenário mais promissor para o comércio em 2025, especialmente se a taxa básica de juros seguir sua trajetória de queda. A possibilidade de crédito mais acessível, combinada à melhoria gradual da renda das famílias, pode impulsionar ainda mais o consumo e fortalecer a dinâmica do varejo. Além dos indicadores macroeconômicos, há também um movimento estrutural em curso: o avanço da digitalização no setor. Empresas de todos os tamanhos têm investido em tecnologia, canais integrados, logística eficiente e experiências personalizadas, reforçando o vínculo com os consumidores e ampliando sua

presença no mercado. Esse processo tem sido decisivo para manter a competitividade e responder às novas exigências de um público mais conectado e exigente.

O consumidor brasileiro, por sua vez, segue com comportamento cauteloso, mas cada vez mais estratégico. A busca por bom custo-benefício, promoções, facilidade de pagamento e conveniência define o ritmo do mercado. Para atender a essas demandas, o varejo tem sido criativo e adaptável, apostando em programas de fidelidade, ofertas segmentadas, marketplaces, carteiras digitais e canais híbridos de atendimento. Essa transformação constante tem sido fundamental para sustentar o crescimento e conquistar novos públicos. O avanço registrado em fevereiro, portanto, não é apenas uma

boa notícia pontual: é um sinal de que o setor está conseguindo se reorganizar e responder com agilidade aos desafios do presente. Mais do que isso, é a confirmação de que há espaço para esperança e crescimento consistente, mesmo diante das incertezas do cenário econômico.

Se os próximos meses mantiverem essa trajetória, o comércio varejista poderá fechar o ano com desempenho acima do esperado, ajudando a sustentar a retomada econômica do país. Em meio aos altos e baixos do mercado, o varejo brasileiro tem se mostrado resiliente, versátil e cada vez mais preparado para crescer. O recorde de fevereiro, mais do que um dado estatístico, é um marco simbólico de um setor que, mesmo em tempos difíceis, não perde sua força de reação.

SAFRA DE LARANJA DO BRASIL DERRUBA PREÇO DO SUCO

A JUSTIFICATIVA AMERICANA PARA O AUMENTO DAS TARIFAS ESTÁ ANCORADA EM ESTRATÉGIAS DE PROTEÇÃO AO PRODUTOR LOCAL, QUE ENFRENTA DESAFIOS CLIMÁTICOS E SANITÁRIOS, COMO A DISSEMINAÇÃO DO GREENING, UMA PRAGA DEVASTADORA

Àprimeira vista, a laranja pode parecer um fruto simples, cotidiano, presente nas feiras, sucos matinais e quintais de tantas casas brasileiras. Mas, por trás dessa doçura familiar, existe um dos pilares da economia agroindustrial do Brasil uma cadeia complexa, bilionária e global, que agora se vê no centro de uma tensão comercial com os Estados Unidos. Com a adoção de um tarifaço pelo governo norte-americano, o setor nacional de suco de laranja vive dias de incerteza e estratégia, em que cada decisão pode significar bilhões em perdas ou a construção de novos caminhos de exportação.

O anúncio feito pelo governo dos EUA, de aumento significativo nas tarifas de importação, atinge em cheio um dos produtos mais tradicionais do agronegócio brasileiro. De acordo com a CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos), o impacto direto pode ultrapassar os R$ 11 bilhões, comprometendo a competitividade das exportações brasileiras e ameaçando a liderança consolidada do país no mercado internacional de suco concentrado congelado.

O Brasil é, de longe, o maior exportador mundial de suco de laranja, responsável por abastecer aproximadamente 70% da demanda global. Só os Estados Unidos representam mais de um terço desse mercado. Por isso, a imposição de tarifas mais altas afeta diretamente o fluxo comercial entre os dois países, encarecendo o produto brasileiro e abrindo espaço para a entrada de concorrentes, ainda que, em escala global, poucos tenham capacidade de produção e qualidade comparáveis.

A justificativa americana para o aumento das tarifas está ancorada em estratégias de proteção ao pro-

dutor local, que enfrenta desafios climáticos e sanitários, como a disseminação do greening, uma praga devastadora. No entanto, especialistas veem a medida como parte de um movimento mais amplo do governo norte-americano em redefinir relações comerciais com diversos países, impactando setores estratégicos como o agronegócio.

Embora o impacto inicial seja preocupante, o setor de sucos cítricos no Brasil já começa a articular respostas que vão além da reação imediata. O primeiro movimento está na diplomacia: entidades setoriais buscam diálogo com o Itamaraty e com representantes dos EUA para tentar reverter ou ao menos suavizar os efeitos da medida. Em paralelo, há uma mobilização para ampliar a presença em outros mercados, com foco na Ásia, Europa e Oriente Médio, onde o suco de laranja brasileiro já tem penetração e reconhecimento.

A adversidade também acendeu o alerta para a diversificação da matriz de consumo. Com a mudança nos hábitos alimentares e a crescente busca por produtos saudáveis e naturais, o suco de laranja 100% integral, com rastreabilidade e produção sustentável, ganha protagonismo. Isso abre caminho para agregar valor ao produto, investindo em certificações, inovação e marketing internacional.

Nos últimos anos, o setor cítrico brasileiro vem apostando fortemente em tecnologia e boas práticas ambientais. O uso de drones para monitoramento de plantações, sensores climáticos, manejo sustentável da água e controle biológico de pragas são apenas alguns dos avanços que tornam o Brasil não apenas o maior, mas também um dos mais modernos produtores mundiais. Essas inovações agora se tornam

ativos estratégicos. Em um cenário em que o preço final pode ser afetado por tarifas, diferenciais como rastreabilidade, produção sustentável e conformidade com exigências sanitárias tornam-se argumentos decisivos para manter e conquistar mercados. A narrativa do “suco verde e responsável” pode ser a ponte entre o tradicional cliente americano e novas fronteiras comerciais.

É inegável que o tarifaço impõe um desafio de grande escala ao setor de suco de laranja. A estimativa de perda de R$ 11 bilhões, se concretizada, afetaria não apenas exportadores, mas toda a cadeia produtiva do pequeno produtor rural às grandes indústrias, passando por

empregos no campo, no transporte e na logística portuária.

Por outro lado, é em momentos como esse que a resiliência da agroindústria brasileira se revela. A expertise acumulada por décadas, a força da produção nacional e a capacidade de adaptação do setor são fatores que podem reverter a maré. A busca por novos mercados, a valorização da qualidade e o fortalecimento da imagem do Brasil como fornecedor confiável e sustentável ganham ainda mais importância no atual contexto.

O suco de laranja brasileiro já enfrentou outras tempestades comerciais no passado — e sobreviveu. A nova tensão com os Estados Unidos,

embora represente um desafio substancial, também pode ser o catalisador de uma transformação mais profunda. Ampliar horizontes, sofisticar o produto, investir em inovação e sustentabilidade pode ser o caminho para manter a posição atual e para expandi-la.

Em vez de um fim amargo, o tarifaço pode ser o ponto de partida para um novo ciclo mais estratégico, mais diversificado e, quem sabe, ainda mais doce para o Brasil. A laranja continua sendo um símbolo da força produtiva nacional, e o setor tem tudo para provar, mais uma vez, que adversidade é também uma oportunidade de colheita para quem sabe onde plantar.

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SAFRA DE LARANJA DO BRASIL

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