REVISTA SAÚDE GOIÂNIA - EDIÇÃO 13 - 29/03/2019

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Ronco, fique atento! Quando existe um estreitamento ou obstrução das vias respiratórias superiores durante o sono, a passagem do ar durante a respiração produz uma vibração das paredes deste espaço produzindo um barulho que chamamos de ronco.

Quando existem grandes vibrações o ruído torna-se tão intenso a ponto de prejudicar não só quem dorme no mesmo quarto, mas também a própria pessoa que ronca. Isto porque nestes casos, o ronco pode ser um sinal da Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS). Esta síndrome é caracterizada por paradas respiratórias (apneia) que ocorrem pelo fechamento do espaço por onde o ar passa depois que entra pelo nariz (faringe) quando a pessoa está dormindo e roncando. Estes episódios de paradas respiratórias têm como consequência uma menor oxigenação do sangue que podem causar danos ao organismo. Alguns fatores contribuem para o surgimento da apnéia e do ronco como queixo curto, sobrepeso, uso de álcool e alguns tipos de medicamentos, amígdalas e adenóides muito grandes, entre outros. Os pacientes com a síndrome da apneia obstrutiva do sono podem

apresentar além do ronco, sono agitado, sensação de sufocamento ou engasgamento, suor intenso durante o sono, sensação de dormir e acordar cansado frequentemente, sonolência excessiva durante o dia, cefaleia no período da manhã, dificuldade de concentração e memória, depressão e irritabilidade, e em casos mais graves podem surgir hipertensão arterial e pulmonar, doença cardíaca isquêmica, arritmias cardíacas, entre outros. O diagnóstico é feito com base nos dados coletados na história clínica e exame físico, na polissonografia do sono e nos exames de imagem como tomografia e fibrolaringoscopia. O tratamento deve ser feito de forma multidisciplinar e pode ser comportamental, clínico e cirúrgico. Entre os tipos de tratamentos cirúrgicos, a Cirurgia Ortognática tem se mostrado como uma excelente opção terapêutica para tratamento da SAOS por promover aumento da via aérea superior. Nesta cirurgia, é feito um avanço de alguns ossos da face (mandíbula, maxila e mento) e toda a musculatura inserida nestes ossos também acompanha este movimento, o que resulta em um alargamento do espaço de vias aé-

reas superiores, criando assim espaço suficiente para que o ar passe durante a respiração. A SAOS, quando não diagnosticada e tratada adequadamente, conduz a longo prazo à importantes alterações cardiovasculares e neuropsicológicas podendo ser causa de múltiplas complicações cujos efeitos podem projetar-se negativamente a nível pessoal, familiar e social. Assim, sempre que houver suspeita ou presença de alguns dos sinais e sintomas, um especialista deve ser procurado.

DR. DANIEL NOVAES CIRURGIÃO E TRAUMATOLOGISTA BUCOMAXILOFACIAL - CRO/GO 12395

• Residência em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial – Hospital de Urgências de Goiânia; • Treinamento e Credenciamento em Artroscopia Cirúrgica da ATM – Miami Anatomical Research Center (EUA); • Cirurgião e Preceptor da Residência em Cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital de Urgências de Goiânia – HUGO; • Cirurgião e Preceptor da Residência em Cirurgia Bucomaxilofacial do HUGOL; • Farmacêutico e Bioquímico.

Centro Médico Marista: Rua 1128 nº 256 Setor Marista - Goiânia/GO Clínica Contemporânea Odontologia: Avenida Mangalô nº 803, St. Morada do Sol Dr. Daniel Novaes | @drdanielnovaes 62 3517 1082 | 62 99249 3941 58

Revista Saúde | Março . 2019 | rsaude.com.br


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