PZZ BRAGANÇA / ESPECIAL
MARUJADA
Bolivar Bordallo da Silva Alegres bimbalham os sinos na Igreja de São Benedito; e o povo entoando os seus hinos louvores cantam ao Bendito. O grupo festivo de dança, com os seus chapéus emplumados, recorda da antiga Bragança escravos pretos irmanados. A "Capitoa" vai a frente, com o seu pequeno bastão, e as marujas, saudando a gente, perpetuam a tradição. Miçangas, espelhos e fitas, blusas brancas, saias de cor, levam as marujas catitas para o batuque do tambor. Ao som da rabeca estridente, e na cadência do tambor, choram as violas tristemente, ronca a onça no marcador. Dançam o "Bagre" e o "Retumbão”, quadrilha, lundu e o "chorado", no terreiro do Barracão ao lado da Igreja arrumado. Alegres bimbalham os sinos na Igreja de São Benedito; e o povo entoando os seus hinos louvores cantam ao Bendito. 16/12/60
46 www.revistapzz.com.br