PERSONALIDADE
Zico sendo Zico Filho, pai, marido, avô, futebol, empresário, solidário, sempre sorrindo… Quem é Zico? Meu irmão Edu era noivo da irmã da Sandra, foi para Friburgo num jogo meu, nem joguei, fiquei na reserva, na volta, no carro, trocamos uns beijos e já começamos a namorar em 23 de agosto de 1970, completamos agora 47 anos juntos. Fomos vizinhos, mas era um período em que eu treinava demais e, às vezes, passava uma semana sem vê-la e, morando ao lado, saía muito cedo e voltava muito tarde. Dancei a valsa de 15 anos com ela e, depois do primeiro contrato, tive uma estabilidade e resolvemos casar depois de cinco anos de namoro. Agora em agosto completamos 42 anos de casados, de namoro bem vivido. Casamos, achei que estava na hora. Vieram os filhos e agora os netos, e os filhos, com uma ciumeira danada. Eu sofria muito com a distância, não participava das festas dos meus filhos, estava em outra cidade concentrado, e todos os pais lá, menos eu, meu sogro me representava. Foi uma fase, a Sandra era mãe e pai, tudo que eles têm hoje me sacrifiquei em função deles, então é lógico que eles entendem. Hoje não abro mão dos sábados e domingos para ficar com a minha família, meus netos vão lá pra casa, brinco com eles o tempo todo, estou me dando o direito da “farra” - risos. A cabeça deles me revigora, procuro estar em boa forma para dar conta dessa criançada. À noite, quando vão embora, vou para o spa relaxar, porque não é mole.
PERGUNTAS - RAFAEL MOTA - Torcedor campo-grandense Qual foi o título que mais o emocionou, o da Copa União de 1987, quando foi substituído e ovacionado pela torcida, ou o Mundial de 1981, recentemente reconhecido pela FIFA? Foi o de 1987, o primeiro título. O meu filho mais novo, Thiago, estava presente, eu estava quase parando de jogar. Após o maior ídolo do Vasco ter sido presidente do clube e amargou com dois rebaixamentos para a Série B, você tem algum receio de algum dia se tornar presidente do Flamengo, desejo de grande parte da torcida? Não tenho receio nenhum, estou totalmente preparado pra isso, mas minha história no Flamengo se encerrou quando parei de jogar. O que acha da gestão atual do Flamengo, do presidente Eduardo Bandeira de Melo, e o que mudaria? Ele está fazendo um trabalho muito legal em termos de administração e credibilidade, de equacio-
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nar todas as dívidas. No futebol, às vezes você pensa que está fazendo uma coisa melhor e às vezes não dá certo. O Flamengo fez grandes investimentos, equilibrou as finanças, só que alguns investimentos, hoje em dia, você não pode se dar ao luxo de errar numa concentração que envolve uma parte financeira grande. A tecnologia lhe dá tudo de informação sobre o jogador, e você errar. Você contratar um jogador que está lesionado vai fazer recuperação, não dá mais para correr esse tipo de risco. Então alguns investimentos feitos foram muito altos para o resultado que teve. O Flamengo não precisava trazer alguns jogadores com a base boa que tinha lá. E hoje está mais que provado que a base é o que deu resultado na reta final, chegar à Libertadores pelo Brasileiro. Você é o maior ídolo do Flamengo, qual o segundo maior ídolo para você? Não tem segundo ídolo. Ídolo é ídolo, o Flamengo tem muitos ídolos. Júnior, Leandro, Pet, Adriano, Ronaldo, Rondinele, eu caí nas graças da torcida e extrapolei um pouco. Por: Henrique Attilio