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Chaya, da Câmara Brasil-Iraque: jeito para contornar dificuldades

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gem em condições históricas pecu- da guerra do Golfo os negócios com liares, explica Chaya. “Durante os o Iraque tiveram uma retração. anos de conflito e embargo comercial “Mas há cerca de cinco anos foram impostos ao Iraque, muitos empre- paulatinamente retomados, e hoje sários iraquianos estabeleceram as apresentam crescimento considebases de seus negócios no exterior”, rável”, acrescenta Carvalho, hoje diz ele. Por isso, exportações formal- instalado em um escritório mantido mente destinadas a distribuidores de pelo grupo em Dubai, de onde parte outros países podem ter como desti- para visitas regulares ao Iraque. no final, na verdade, o Iraque. A CCIBI, em parceria com a É o caso da fabricante de equipa- Agência Brasileira de Promoção mentos cirúrgicos e odontológicos de Exportações e Investimentos Erwin Guth, de Barueri, em São (ApexBrasil), já promoveu a partiPaulo. “Exportamos para Arábia cipação de empresários brasileiros Saudita, Emirados Árabes e Kuwait, em feiras de negócios no Iraque, e e sabemos que de lá alguns de nos- agora trabalha na estruturação de sos produtos vão para o Iraque”, um showroom permanente de proconta a diretora de exportação Ka- dutos do Brasil no norte daquele rin Guth, que em 2006 participou país. Mas um parceiro no próprio de uma feira de negócios em terri- Iraque, conhecedor dos trâmites As Câmaras, e também o escritório iraquiano. necessários à partici- tório comercial mantido desde o Uma situação um pação nas licitações ano passado pelo governo iraquiapouco diferente é vilocais, pode ser inte- no em São Paulo, podem oferecer vida pelo grupo gaúressante para quem listas de importadores e informacho Randon, que lá quiser se tornar for- ções sobre a dimensão e o potencial vende autopeças da necedor do governo do mercado iraquiano. Mas, uma marca Fras-le e já coiraquiano, hoje um vez levantadas as informações, é mercializou também cliente bastante sig- preciso visitar o país, ressalta Jasreboques, entre ounificativo, destaca civan Carvalho, o executivo do grutros equipamentos. Alaby, da Câmara po Randon. “Os empresários locais A Randon desembarÁrabe Brasileira. querem conhecer as pessoas com ca suas remessas na Segundo Alaby, os quem negociam”, diz ele. Turquia, pois o principal porto ira- trâmites burocráticos necessários à “Grandes empresas de todo o quiano ainda está bastante danifi- exportação para o Iraque não são mundo hoje buscam realizar necado e o distribuidor iraquiano da distintos daqueles exigidos para gócios no Iraque”, complementa firma brasileira localiza-se no norte qualquer outro país árabe. Esses Chaya. “O país tem a segunda maior do país, em região próxima do porto trâmites incluem a necessária cer- reserva de petróleo do mundo, 30 turco (por trabalhar com um distri- tificação da documentação em uma milhões de habitantes, importa 98% buidor local, a operação não confi- das Câmaras de Comércio – no caso do que consome e está recomeçangura uma triangulação). de carnes, também é indispensável a do do zero.” O risco maior, nesse De acordo com Jascivan Car- certificação Halal, que atesta o abate caso, é o dos competidores chegavalho, gerente da Randon para o dos animais de acordo com os pre- rem antes e mais bem preparados Oriente Médio, logo após a segun- ceitos da religião islâmica. – como em qualquer negócio.

O Iraque tem petróleo, está recomeçando do zero e atrai empresas do mundo todo

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