Revista Pack 201 - Junho 2014

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Foto: Marcos Santos/USP Imagens

matéria de capa | embalagens flexíveis

Indústria brasileira de embalagens plásticas flexíveis registrou um crescimento de 3,5% em 2013

extremamente competitivo, com produtos que têm pouca diferenciação tecnológica.” Diante disso, ela acredita que é preciso verdadeiramente olhar para as necessidades das cadeias de distribuição e dos consumidores finais para entregar produtos que atendam às necessidades reais. “Inovação por inovação, não funciona. É preciso criar valor.” Por outro lado, Ellen enxerga na produção de embalagens em porções menores ou individuais, as chamadas “consumer units”, como um grande nicho de oportunidades. “Isso deve acompanhar a tendência do mundo atual de configuração social e familiar. Além do tamanho da porção, destaque para embalagens prontas para o varejo com maior vida útil, que geram menor desperdício ao varejista e garantia de origem.” Em termos de equipamentos, a

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mais recente tecnologia oferecida pela empresa são os túneis de encolhimento, que oferecem vantagens como a redução do uso de recursos naturais e do nível de ruído; controle de temperatura eletrônico, com maior confiabilidade e repetibilidade; e design diferenciado. O presidente da Abief ressalta a necessidade de antever as necessidades do mercado e oferecer o melhor produto, lembrando sempre da relação custo-benefício. “Hoje, eu diria que os desenvolvimentos estão concentrados em duas áreas principais: tecnologia retort e rastreabilidade/monitoramento das condições do produto.” Nessa linha, há uma série de possibilidades como a dos sensores para medição de vida de prateleira do produto, os rótulos RFID (identificação por radiofrequência) que monitoram todo o ciclo de vida do produto

e os stand-up pouches retortable. “Em resumo, tudo o que converge para tornar a relação produto/consumidor final mais amigável e prazerosa.” Na parte de produtos com diferenciais ambientais ou de funcionalidade, as oportunidades para o segmento de plásticos já estão presentes e já começam a ser identificadas. “São tecnologias consagradas e disponíveis. O maior desafio é desenvolver tecnologias e materiais cada dia mais avançados já que as necessidades são cada dia mais complexas”, considera Eduardo Van Roost, da RES Brasil. Esse é um dos motores que levam a Symphony Environmental Technologies Plc, representada pela RES no Brasil, a desenvolver soluções que atendam as expectativas de um mercado cada dia mais exigente. O sócio-diretor da Lamipack levanta uma questão importante: “Os convertedores estão, cada vez mais, à procura de estruturas de maior rendimento e shelf life, com um menor custo unitário. Temos que trazer para o nosso segmento um número cada vez maior de consumidores e, para isso, precisamos investir em tecnologias que nos permitam substituir outros materiais de embalagem por embalagens plásticas. Por isso, as maiores novidades são vistas nas estruturas das embalagens”, afirma. No mercado doméstico, segundo Sérgio Carneiro, se tomarmos a carne como exemplo, percebe-se o aumento significativo da demanda por embalagens – basicamente filmes – que conservem o produto fresco por até um mês, mantendo sua


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