Expansao 140

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Para fazer este trabalho, Heinemann seguiu por uma parte do caminho sem a comitiva da Malwee. “Fiquei grande parte da viagem na Alemanha e Polônia com a comitiva”, explicou. Por duas vezes, na Polônia, o historiador deixou o grupo. “Tinha interesse em buscar informações com historiadores locais e um membro militar pomerano de Stettin, que serviu na Segunda Guerra Mundial, tudo para meu terceiro documentário e meu livro, que está quase pronto”, revela. O foco foram informações dos pomeranos que viviam em Maldewin (hoje com o nome polonês de Moldawin) e Kolberg (Kolobrzeg) no século XIX. “Estas cidades são importantes, pois de lá que vieram muitos imigrantes.”

Castelo de Stettin. Partes de tijolos a vista são originais do Castelo. Partes claras reconstruídas após a Segunda Guerra Mundial.

Dificuldade em obter informações Mas Heinemann também voltou sem algumas informações não obtidas. “Em toda Polônia há transformações, sociais, no campo e na política. Mas, tudo anda mais devagar do que nas grandes cidades da Europa ocidental”, avalia. Segundo ele, uma das maiores dificuldades para recompor a história da Pomerânia, extinta desde a Segunda Guerra Mundial, está em obter informações na área que ficou sob o domínio da Polônia, que inclusive, mudou todos os nomes das cidades e aldeias. “Toda vez que precisei informações da antiga Pomerânia, que hoje integra o lado polônes, sempre ouvi a mesma resposta: - podemos fornecer dados relativos a estas terras de 1945 em diante, antes havia outros moradores e a província pomerana não existe mais. Para pesquisadores e historiadores, a obtenção de informações do lado oriental sempre foi muito difícil”, explica Heineman. “Nos livros encontrados do lado alemão, entretanto, há farta literatura”, completa o historiador. Esta foi a segunda vez que José Heinemann realizou uma viagem para Alemanha e Costa Báltica. A primeira foi em 2000 e 2001, quando cumpriu um programa de palestras com o tema Os Pomeranos no Brasil. Foram sete palestras na Alemanha, uma na Suíça, uma na Dinamarca e duas na Holanda. O passeio, na ocasião, ainda incluiu um roteiro pela Aústria e Suécia. A paixão pela Pomerânia Sua paixão pela antiga Pomerânia teve início em 1968, quando conheceu comunidades de imigrantes descendentes de pomeranos na região serrana do Espírito Santo. “Fiquei impressionado, pois muitos não falam a língua portuguesa, nem alemã, e sim um dialeto que somente eles entendem. As crianças, até 7 e 8 anos de idade, só aprendiam o dialeto pomerano e tinham grandes dificuldades quando chegavam em idade escolar.” Heinemann já fez dois documetários sobre a região. Ele, que não é descendente de pomeranos, casou-se com Julia, descendente de imigrantes da região ocidental de Barth-heim, perto da Ilha de Rügen. Mais informações sobre a antiga Pomerânia podem ser obtidas no site mantido por Heinemann, no endereço www.pomeranos.com.br.

Sul da Polônia, perto da antiga aldeia de Arswalde, antiga terra pomerana

No mês do comerciante, o Sindilojas-NH cumprimenta a classe que representa há 62 anos. Sindilojas-NH, representante legal do comércio varejista de Novo Hamburgo,Campo Bom, Sapiranga, Araricá e Nova Hartz.

Fone: 3524-5555 Revista Expansão

Julho/2011

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