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O Cinemagram e a foto que se move (AE) - Faça imagens com um celular, insira filtros para dar um tom cool e espalhe sua arte aos amigos nas redes sociais. Instagram? Não para Temo Chalasani e Nikoo Asadi, responsáveis pelo aplicativo Cinemagram. Os dois engenheiros do Canadá enxergaram uma fórmula do sucesso no app e, a partir dela, criaram um projeto próprio para buscar popularidade semelhante à do “gram” original - que vem de telegrama. O Cinemagram aposta em fotos animadas como diferencial. São os chamados gifs animados. Em vez de clicar um retrato, o usuário grava um vídeo de três segundos e seleciona qual parte do enquadramento continuará se movendo na imagem, enquanto o resto se comporta feito fotografia estática. O resultado é uma foto que se move. Imagine os olhos de uma pintura que vão de um lado a outro quando uma pessoa anda pelo corredor. É assim com o Cinemagram.

as revoluções provocadas pelo 4g internet (AE) - Começou a corrida pelo 4G no Brasil. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicou o edital para a licitação da rede de internet móvel da chamada quarta geração da telefonia (4G) que é até dez vezes mais rápida do que as tecnologias 3G usadas em smartphones e tablets hoje. As operadoras de celular terão até a primeira

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tecnologia_ semana de junho para elaborar propostas para o leilão e, caso vençam, precisarão cumprir exigências para construir a infraestrutura necessária no prazo exigido. O plano é que tudo esteja funcionando até abril de 2013, dois meses antes da Copa das Confederações.

crimes virtuais segurança (AE) - Mais uma sigla surgiu para preocupar a internet. Depois de Sopa, Pipa e Acta, agora é vez da Cispa suscitar protestos na rede. O Cyber Intelligence Sharing and Protection Act (Lei de Proteção e Compartilhamento de Inteligência Cibernética) - ou Cispa - é um projeto de lei que dispõe sobre o “compartilhamento de informações e inteligência sobre segurança digital” e que está em trâmite na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos desde o fim do ano passado, ainda sem data para ser votado. A proposta pretende melhorar o poder dos EUA para combater crimes e ataques virtuais, promovendo e incentivando a troca de informações entre governo federal, agências de segurança e empresas privadas. Ficaria, assim, permitido que provedores de internet, redes sociais e qualquer outra entidade privada repassassem (e trocassem entre si) informações “a respeito de ciberameaças” para o governo ou qualquer ordem judicial. E que o governo faça o mesmo, compartilhando com empresas as pistas sobre possíveis ataques.

Cispa é a nova lei que está em estudo

“Preferimos piratear os piratas”, afirma diretor da Rovio Por_Marcelo Lima

(AE) - No maior evento de celular do mundo, o Mobile World Congress, o traje típico é terno, camisa e gravata. Em meio à mesmice, salta aos olhos uma figura de moletom vermelho e passo acelerado. É um dos homens por trás de uma das marcas digitais mais valiosas: Peter Vesterbacka, diretor de marketing da Rovio, empresa finlandesa que criou o Angry Birds. A empresa acaba de conseguir mais um hit: o novo jogo Angry Birds Space foi baixado 10 milhões de vezes em três dias. O título que deu origem à série já supera 700 milhões. Vesterbacka conversou com a reportagem sobre os conceitos pouco convencionais da Rovio. (AE) - O segredo do sucesso do Angry Birds é a simplicidade? - Com certeza, é muito acessível. Mas não é só isso: ele é um dos primeiros games projetados para a tela de toque. Outra coisa é nosso respeito pelos fãs. Não vamos fazer um refrigerante Angry Birds só para ganhar dinheiro. Tem de ter algum significado. Como no caso do game Angry Birds Rio: deu certo não porque é uma promoção bem amarrada, mas porque é um jogo ótimo. (AE) - Vocês testam produtos com o público? - Nunca. Não usamos nem grupos de acompanhamento. Testamos tudo internamente, lançamos jogos que gostamos de jogar. Testes com o público são coisa de Hollywood, e quando você tenta agradar a todo mundo, corre o risco de não agradar a ninguém. (AE) - Como está a produção do filme do Angry Birds? - Estamos trabalhando nisso, mas fazer um filme demora. Compramos um estúdio de

animação no ano passado, em Helsinque, mas queremos ter outros. Fizemos alguns curtas que serão exibidos por streaming em um canal especial do Angry Birds que virá em novos modelos de televisões da Samsung neste ano. (AE) - Há pedidos de licenciamento estranhos? - Vem todo tipo de coisa. Falamos “não” a toda hora. O que é interessante é que, por exemplo, eu estava na China e somos hoje a marca mais copiada naquele país, mais que Disney, mais que Hello Kitty. Dois anos antes, não éramos nada lá. (AE) - A Disney costuma ser dura com quem pirateia os produtos dela. Mas vocês não. A Disney tem algo a aprender? - Se você for à China, vai encontrar milhões de cópias de produtos da Disney. Preferimos piratear os piratas. Os fãs chineses compram o produto autêntico porque gostam da nossa abordagem. Em vez de lutar na Justiça, tentamos oferecer um serviço melhor. Preferimos gastar energia nisso. E é um mau negócio processar seus clientes. (AE) - A pirataria ajuda a Rovio? - Claro, a pirataria indica o quanto somos amados por lá. Sabemos que há demanda. Não precisamos de pesquisa de mercado. Basta andar pelas ruas de Xangai e Pequim. E agora estamos construindo lojas próprias. (AE) - Qual é o plano para 2012? - Cinco jogos novos, incluindo Angry Birds Space. E teremos um jogo novo, que não tem nada a ver com Angry Birds. Será uma franquia totalmente nova, novos personagens, um jogo acessível, mas não posso dizer o nome ainda.

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