Revista eko7

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gravidez é um momento único na vida de uma mulher, além das mudanças do ser e do sentir emocional e psicológico, o corpo feminino passa por muitas transformações. Nesse sentido, cuidar da saúde e estar atenta a todos os detalhes e sinais do corpo é fundamental para ter uma gravidez saudável e segura. Um dos problemas que costumam preocupar intensamente as gestantes é a trombofilia, que está relacionada à fenômenos sanguíneos e podem predispor ao tromboembolismo. Na gravidez existem maiores possibilidades de desenvolvimento da doença. Em termos médicos, a trombofilia está relacionada a uma maior propensão a problemas trombóticos venosos, uma tendência que também é conhecida como “sangue grosso” e que contribui para o entupimento de veias. A trombofilia é comumente causada por fatores genéticos de causas hereditárias e pode ser adquirida através do uso de estrogênios, viagens aéreas prolongadas, cirurgias, imobilização, terapia de reposição hormonal, e também a própria gravidez. A doença é grave e pode causar problemas no bebê, causando a morte fetal e abortos de repetição. Outro risco grave é que os coágulos obstruem os vasos sanguíneos, causando entupimento das veias pulmonares, cerebrais e cardíacas da gestante, como também há o risco de obstrução de circulação na placenta.

lista em ginecologia e obstetrícia, explica que a doença pode ser prevenida através do uso de meias elásticas de média compressão durante a gestação, e nas primeiras seis semanas após o parto. Segundo ela, o uso de medicamentos é indicado quando se têm um histórico de trombose, perdas fetais e doenças predisponentes. O acompanhamento médico é indiscutivelmente essencial em todos os momentos e fases da gestação, independentemente de diagnósticos de doenças. Rita de Cássia explica que a trombofilia é diagnosticada através de exames laboratoriais imunológicos e exames de coagulação. Os exames servem para fazer diagnósticos precoces, dessa forma, tratando preventivamente é possível evitar por exemplo o abortamento de repetição. Em casos complicados de tromboembolismo venoso ou pulmonar somente com atendimento de urgência é possível tratar. Rita de Cássia Pozzati orienta as gestantes a ficarem atentas aos fatores de risco mais prevalentes e destaca a importância de procurar tratamento médico antes de engravidar. “Abortos de repetição, gestação anterior de feto com restrição de crescimento grave, histórico de pré-eclâmpsia grave, trombocitopenia ou histórico familiar de parentes de primeiro grau com trombofilia ou que tiveram tromboembolismo são fatores que exigem cuidados redobrados e máxima atenção para quem deseja engravidar”, explica a especialista.

Cuidados e prevenção, fique atenta! A médica Rita de Cássia Pozzati, especia-

A vitória de Vanessa Vanessa Batistello Broglio é professora de

A aplicação dos medicamentos torna-se rotina para as mães que convivem com esta complicação. A situação pode trazer riscos tanto para mãe quanto para o bebê. 69


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