Revista Ecológico- Edição 104

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INFORME PUBLICITÁRIO

Em janeiro de 2015, o Governo de Minas Gerais anunciou a primeira grande ação para combater a escassez hídrica no Estado. Uma força-tarefa mobilizou diversos setores da administração pública estadual e envolveu, inclusive, a sociedade. Na ocasião, a seca agravou problemas de abastecimento urbano, obrigando 174 cidades mineiras a decretarem situação de emergência. Também em 2014/2015, a Região Metropolitana de Belo Horizonte sofreu os impactos da diminuição dos volumes dos reservatórios, principalmente, de Rio Manso, Vargem das Flores e Serra Azul, o que exigiu a tomada de medidas para assegurar o abastecimento da população. Como resposta, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) construiu um sistema de captação de água do Rio Paraopeba, com investimento total de R$ 128,4 milhões, aportados pelo governo estadual. A força-tarefa foi encerrada com êxito, tendo sido as obras de captação no Paraopeba, na cidade de Brumadinho, inauguradas em dezembro de 2015. Sempre atento ao cenário de escassez que se mantém no Estado, o governo mineiro criou, em novembro de 2017, o Grupo de Acompanhamento da Segurança Hídrica. Após a indicação dos representantes das instituições participantes, os trabalhos do grupo foram iniciados em janeiro deste ano. O plano de trabalho inclui as seguintes linhas temáticas: governança e regulação; gestão de dados e informações; intervenções de infraestrutura; uso sustentável de água subterrânea; eficiência de uso (na bacia hidrográfica e consumo urbano doméstico e perdas) e reú-

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FOTO: DIVULGAÇÃO PMC

Crise hídrica: MG une esforços e compartilha bons exemplos

Reservatório Vargem das Flores

so; bem como conservação da bacia hidrográfica e reabilitação ambiental de áreas degradadas. PROGRAMA DE REVITALIZAÇÃO Com essas linhas temáticas, foram estabelecidas atividades de curto, médio e longo prazos que vão desde apoio aos municípios para elaborar planos de contingência para abastecimento público até um programa de revitalização de bacias hidrográficas, definindo áreas prioritárias de conservação. Outro foco de atenção do governo estadual, por intermédio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), é o fato de 2018 ser considerado o “ano hídrico”, cujo ponto alto se dará em março, com a realização, em Brasília (DF), do 8o Fórum Mundial da Água. Para tanto, a Semad tem se dedicado a fortalecer as ações do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e de outros órgãos vinculados ao

Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema). A agenda inclui como prioridade a informação de base de qualidade, com aprimoramento do monitoramento hidrometeorológico, modernização do monitoramento de qualidade das águas, além de um importante trabalho de consistência da base de dados de uso da água no Estado. Conforme especialistas do Igam, sem informação de qualidade não é possível uma gestão hídrica eficaz. Além disso, é obrigação do governo mineiro disponibilizar dados e informações à sociedade, garantindo a transparência de todos os resultados e ações. Outra medida prevista é a retomada do repasse de recursos do Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado (Fhidro) aos comitês, para que se estruturem e bem desempenhem suas funções. COMPARTILHAMENTO No que se refere especificamente aos preparativos para o 8o Fórum


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