Ed. 195 - Fev/24

Edição nº 195 A Revista do Gestor Escolar

ano 20 | Fevereiro de 2024 www.direcionalescolas.com.br

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Editorial Aprendizagem plural O desenvolvimento pedagógico, inserido em um amplo e complexo sistema educacional, tem apontado, de modo crescente nos últimos anos, para um conjunto de dilemas e questionamentos. Com o passar dos anos, as metodologias de ensino, assim como as interações entre educador/a e aluno/a, foram colocadas no centro de debates importantes com o intuito de expandir o olhar sobre o próprio sistema educacional – e as possibilidades e pluralidades que podem ser alcançadas em sala de aula.

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Podemos afirmar que, grande parte desse processo de mudanças, ocorreu como uma resposta às demandas diversas que surgiram dos/as estudantes que ingressaram no ensino regular nos últimos anos.

Os anseios, as expectativas, as interações

e as projeções dos/as alunos/as em relação ao ensino, na atualidade, são outras.

A inserção massiva de dispositivos e ferramentas tecnológicas no contexto escolar, (re)modelando a aprendizagem, é outro fator que integra esse conjunto de mudanças. Assim como o cuidado e a atenção com estudantes neurodivergentes no ensino regular apontam para a necessidade de estratégias de ensino que contemplem a diversidade, a pluralidade e a inclusão.

tes, bem como indicações de como inserir essa diversidade em sala de aula.

Para adentrar nesta temática, nesta primeira edição de 2024 da Direcional Escolas preparamos um especial sobre a personalização do ensino. Reunimos um time de profissionais que atuam na área e comentaram sobre a importância de criar metodologias personalizadas que atendam demandas específicas de estudan-

Jornalista Responsável

Além do especial, nesta edição de fevereiro você também encontrará artigos de novos colunistas, matéria sobre segurança nas escolas e dicas sobre o uso de plataformas de leitura digital e as experiências de aprendizagem em passeios.

Rafa Ella Pinheiro

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Nesta Edição: 10 Coluna - Christian Coelho

18 Educação em Foco

Como garantir a segurança nas escolas?

Planejamento pedagógico: 10 sugestões para ajudar na sua elaboração

20 Especial: Educação Personalizada 12

Coluna - Danilo Bertoni

Como adequar o ensino de acordo com a demanda de cada estudante?

Ambientes de aprendizagem para educadores: uma nova visão

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26 Dica: Aprendizagem em Passeios Coluna - Ângelo Xavier

Educação e diversão

Avanços e desafios na educação brasileira: reflexões sobre 2023

16 Coluna - Eduardo Shinyashiki

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Inteligência emocional e bem-estar psicofísico

28 Dica: Plataforma de Leitura Ferramenta interativa

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EXPEDIENTE Diretor: Alex Santos Público: Diretores e Compradores

A Revista do Gestor Escolar

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Periodicidade: Mensal exceto Junho / Julho e Dezembro / Janeiro Jornalista Responsável: Rafa Ella Pinheiro | MTB 0076782/SP Circulação: São Paulo capital e Grande São Paulo Circulação revista digital: Todos os estados brasildeiros Design Gráfico, Direção de Arte e Produção Gráfica: Polidori Estúdio Atendimento ao cliente: financeiro@direcionalescolas.com.br

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PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO: 10 SUGESTÕES PARA AJUDAR NA SUA ELABORAÇÃO

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m planejamento pedagógico robusto no início do ano é uma peça fundamental para direcionar as atividades educacionais ao longo do período letivo, proporcionando uma base sólida para o sucesso acadêmico e desenvolvimento dos alunos. Neste contexto, é importante abordar diversas dimensões para garantir uma abordagem holística e eficaz.

1 - Análise de resultados anteriores: O ponto de partida é a avaliação criteriosa dos resultados acadêmicos e comportamentais do ano anterior. Identificar pontos fortes e áreas de melhoria oferece insights valiosos que orientam a tomada de decisões para ajustar estratégias pedagógicas conforme necessário. Isso não apenas contribui para a continuidade do que já funciona bem, mas também possibilita a implementação de melhorias significativas.

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2 - Estabelecimento de metas e objetivos: A definição de metas claras e alcançáveis é essencial para guiar o ano letivo.

Os objetivos podem abranger não apenas aspectos acadêmicos, mas também ações relacionadas aos desenvolvimentos social e emocional dos alunos. Estabelecer objetivos tangíveis proporciona um sentido de propósito e direção para toda a comunidade escolar.

nando uma base consistente para o desenvolvimento dos alunos.

4 - Diagnóstico de necessidades: Realizar diagnósticos para identificar as necessidades individuais dos alunos é um passo vital. Isso possibilita a personalização do ensino para atender as diversas habilidades e estilos de aprendizagem presentes na sala de aula, promovendo uma abordagem inclusiva e eficiente.

5 - Integração de tecnologia: Planejar a integração da tecnologia de maneira eficaz é imperativo na era digital. Implantar recursos digitais que enriqueçam a experiência de aprendizado estimulam a criatividade e preparam os alunos para os desafios tecnológicos do mundo contemporâneo.

6 - Definição de estratégias de ensino: A escolha e o planejamento de estratégias de ensino inovadoras são fundamentais. Métodos como aprendizagem baseada em projetos, técnicas vivenciais, trabalhos em grupo e avaliação formativa promovem a participação ativa dos alunos, tornando o processo de aprendizagem mais envolvente e significativo.

7 - Desenvolvimento profissional: Oferecer oportunidades de desenvolvimento profissional para os professores é imprescindível. Focar em métodos de ensino inovadores, gestão de sala de aula e integração eficaz de tecnologia são as3 - Alinhamento com a Base pectos que fortalecem a capacidade dos Nacional Comum Curricular: educadores de proporcionar experiências Assegurar que o planejamento esteja ali- de aprendizado de alta qualidade. nhado com a BNCC é importante para garantir que os objetivos educacionais es- 8 - Comunicação com as famílias: tejam em conformidade com as diretrizes Estabelecer canais eficazes de comunicanacionais. Isso contribui para a uniformi- ção com os pais é essencial. Informar sodade e qualidade do ensino, proporcio- bre o plano pedagógico, os objetivos e as

estratégias de ensino criam uma parceria positiva entre escola e família, contribuindo para um ambiente de aprendizado mais colaborativo.

9 - Atividades de integração: O planejamento de atividades de integração no início do ano é importante para criar um ambiente positivo e acolhedor.

Dinâmicas, eventos sociais e momentos de reflexão contribuem para a formação de laços sociais, estabelecendo uma base sólida para os desenvolvimentos social e emocional dos alunos.

10 - Avaliação contínua: Estabelecer um sistema de avaliação contínua, que inclua avaliações formativas e somativas, é fundamental. Esse sistema permite ajustes ao longo do ano, fornecendo feedback constante para alunos e professores, promovendo a melhoria contínua do processo educacional.

Lembre-se de que a flexibilidade é fundamental. O planejamento deve ser adaptável para atender as necessidades que podem surgir ao longo do ano letivo. A capacidade de ajustar estratégias com base nas mudanças nas dinâmicas da sala de aula e nas necessidades dos alunos é importante para garantir a eficácia do plano pedagógico.

O Colunista CHRISTIAN ROCHA COELHO Formado em comunicação, especialista em andragogia e neuropsicologia.

Diretor do Grupo Rabbit Educação. www.rabbitmkt.com.br

foto cedida pelo colunista

COLUNA / CHRISTIAN COELHO

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COLUNA / DANILO BERTONI EDUCADORES: UMA NOVA VISÃO

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ivemos numa era em que a educação não é apenas uma ferramenta, mas sim a fundação para o desenvolvimento das futuras gerações. Neste cenário dinâmico, surge uma nova necessidade: a construção de ambientes de aprendizagem para o crescimento contínuo dos educadores.

A imaginação não tem fronteiras e isso é especialmente verdadeiro quando se pensa na criação desses ambientes. Um espaço bem projetado é uma contribuição para uma comunidade voltada ao aprendizado próprio, dos colegas de trabalho e das futuras gerações, onde ideias são compartilhadas e práticas inovadoras ecoam além das fronteiras dos Imagine salas de professores que próprios espaços. transcendam a ideia de um lugar de descanso ou de espera, mas um local Para a criação de espaços de que também sirva de espaço de troca aprendizagem para educadores, não se de experiências e transmissão de limite, pense nos mais diversos ambientes, conhecimento pedagógico, tornando este desde os mais conservadores aos mais ambiente em um verdadeiro catalisador disruptivos, e implante o que mais se de inspiração. Ambientes que não apenas adequa a realidade da sua escola. Para fornecem descanso, onde as cadeiras estimular a sua imaginação, mas não não são meros lugares para se sentar, limitando-se somente a eles, veja abaixo mas ferramentas para colaboração, alguns exemplos que podem ser adotados: e cada canto é uma oportunidade para a troca de ideias, elevando a Sala dos professores: Um espaço não experiência profissional. apenas para corrigir provas, mas um ateliê de ideias. Um ambiente acolhedor Num mundo em que a tecnologia avança onde educadores podem compartilhar em ritmo acelerado, a atualização desafios, trocar estratégias e construir profissional não é apenas uma uma comunidade sólida apoiada por escolha, é uma necessidade premente. ferramentas, acessórios e mobiliário Educadores precisam não apenas adequado e confortável. acompanhar, mas antecipar mudanças.

Ambientes de aprendizagem para Ambiente de colaboração exclusivo educadores, para serem eficazes, não para professores: Imagine um local apenas devem oferecer espaço para projetado exclusivamente para a troca essa atualização constante, mas também de experiências e aprendizados entre devem integrar tecnologias que facilitem educadores. Um espaço que transcende a busca por novas informações e a barreira comum, onde cada item, práticas inovadoras. estrategicamente escolhido, incentiva a colaboração e o crescimento mútuo.

Aqui, a ergonomia desempenha um papel vital. Não é apenas sobre organizar Espaço tecnológico para acesso e mesas e cadeiras, mas criar um ambiente compartilhamento de conhecimento: Uma que abrace o educador, reconhecendo sala equipada com tecnologia de ponta que o conforto é a chave para a facilita o acesso e a disseminação de eficiência. Mesas ajustáveis, iluminação conhecimento. Aqui, educadores podem acolhedora e tecnologias integradas são explorar recursos digitais, compartilhar partes essenciais de um ecossistema que descobertas e se manter na vanguarda promove o bem-estar e a produtividade. das inovações educacionais. A chave é

permitir a busca pessoal de informações e o compartilhamento em grupo. Área de descompressão para troca de experiências pedagógicas: Um espaço descontraído projetado para incitar a troca de experiências pedagógicas.

Educadores podem relaxar, trocar ideias informais e inspirar-se mutuamente em um ambiente que promove a inovação. O ideal é que todas as partes do ambiente sejam projetadas para interação mínima de 2 pessoas e o tema do ambiente seja voltado aos principais pilares pedagógicos.

Em resumo, investir na construção de espaços de aprendizagem para professores, educadores e pedagogos, é investir no futuro. É também uma abordagem que foge do comum, foge do investimento tradicional em salas de aulas de alunos. No entanto, é importante pensar que cada espaço de aprendizagem, seja para alunos ou professores, é um passo em direção a um caminho de progresso. E, ao acreditarmos e seguirmos esse caminho, que é um caminho diferente, temos uma grande possibilidade de alcançarmos resultados diferentes, melhores. Assim como, ao integrar visões ergonômicas e estratégias inovadoras, também para os educadores, estaremos não apenas moldando mentes em todos os níveis, mas construindo alicerces sólidos para uma educação mais significativa e relevante. E consequentemente um país melhor.

O Colunista DANILO BERTONI É ergonomista, formado pelo Senac SP e tem mais de 8 anos de experiência no mercado de móveis escolares e para escritório. Possui mais de 20 anos de experiência na área comercial e é gerente nacional de vendas da principal indústria de mobiliário para espaços de aprendizagem, a Metadil.

foto cedida pelo colunista

AMBIENTES DE APRENDIZAGEM PARA

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COLUNA / ÂNGELO XAVIER

BRASILEIRA: REFLEXÕES SOBRE 2023

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023 foi um ano importante para a educação no Brasil, marcado por uma série de acontecimentos que mereceram atenção do novo governo. Melhorias educacionais foram promessas evidentes já nas campanhas eleitorais, e o ano testemunhou a concretização de algumas dessas promessas através de iniciativas e políticas.

Estado de São Paulo (Seduc-SP) de recusar obras do PNLD. A situação foi revertida após ampla reação da imprensa, educadores e cadeia produtiva do livro e da sociedade em geral, impedindo o impacto negativo nas redes de escolas públicas do Estado, que atendem cerca de 1,4 milhão de alunos e mais de 100 mil professores do Ensino Fundamental II. A ação da Seduc-SP teria privado as escolas de receber aproximadamente dez milhões de livros, causando perdas irreparáveis.

Foi uma vitória para que a população se apropriasse do programa do livro.

A recriação da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (SECADI) foi um dos destaques, refletindo o compromisso do Ministério da Educação (MEC) e do Fundo Nacional do Desenvolvimento Mesmo diante das conquistas obtidas no da Educação (FNDE) com o avanço da ano, grandes desafios permanecem à visqualidade educacional no país. ta. O principal deles será a revisão do Ensino Médio, que já está em andamenNo decorrer do ano, outros movimentos to. Essa revisão tem gerado incertezas, positivos foram observados, como a dis- especialmente em relação ao edital do cussão em torno do edital do Programa próximo PNLD, agora adiado para 2026.

Nacional do Livro e do Material Didático A nova proposta implica em um aumento (PNLD) para a Educação de Jovens e considerável na carga horária, que ineviAdultos (EJA), marcando um progresso tavelmente demandará a incorporação de significativo para essa população histo- novos conteúdos e a reestruturação dos ricamente desassistida. A publicação do materiais didáticos existentes. edital, em 29 de dezembro de 2023, foi um passo importante nessa direção.

A espera pela publicação do edital coloca em risco a entrega de conteúdos didáticos Essas iniciativas mostram que a preocu- de qualidade para os milhões de estudanpação com questões educacionais ga- tes do Ensino Médio. Este cenário levanta nhou espaço na sociedade. O processo preocupações sobre o programa, espede avaliação do programa de Ensino cialmente em relação ao prazo de produFundamental II em 2023 se destacou como ção e entrega. Se o próximo PNLD seguir um exemplo do comprometimento do MEC a complexidade do último do mesmo segem acelerar programas importantes para mento, o de 2021, precisamos iniciar sua produção urgentemente. os estudantes de todo o Brasil.

Do ponto de vista dos desafios encon- Como já alertado, as mudanças no Ensino trados ao longo do ano, podemos citar Médio terão ainda impactos diretos nas a decisão da Secretaria de Educação do escolas e no preparo dos alunos para

foto cedida pelo colunista

AVANÇOS E DESAFIOS NA EDUCAÇÃO

o ENEM, representando uma mudança significativa no panorama educacional.

Outra questão que traz preocupação é o represamento dos PNLD’s literários referentes aos anos de 2022, 2023 e 2024.

Para o MEC, 2024 representa uma oportunidade valiosa para organizar os atrasos observados anteriormente e focar na expansão de novos acervos literários, além de melhorar a infraestrutura educacional.

Embora o ano prometa ser desafiador, principalmente pela ausência de um programa principal, ele se destaca como um período crucial para a educação. A indústria editorial precisará realizar investimentos significativos para atender aos programas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), Educação Infantil, além do Ensino Médio. Mesmo diante desses desafios, teremos a capacidade de aproveitar as oportunidades que surgem, visando aprimorar a educação em todo o país.

O Colunista ÂNGELO XAVIER DE OLIVEIRA É formado em Direito e em Administração.

Com vasta experiência na área da educação básica, é diretor geral da Editora Moderna, onde atua há mais de 30 anos. Preside a Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais (Abrelivros), entidade que congrega as principais editoras de livros escolares e produtores de conteúdo educacional do país.

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COLUNA / EDUARDO SHINYASHIKI INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E BEM-ESTAR PSICOFÍSICO

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uem me conhece das minhas palestras sabe que a Educação é minha paixão, e consequentemente os educadores são minha paixão, eles têm meu maior respeito e gratidão pelo precioso trabalho que exercem com nossos jovens.

O primeiro passo para cuidar do estresse e do equilíbrio emocional é reconhecer a importância de cuidar de si mesmo, das suas emoções, o autocuidado e a autorresponsabilidade consigo. Cuidar do equilíbrio mental e emocional não é mais uma opção, o caminho do autoconhecimento é importante para todos.

Sabemos que essa missão não é tarefa simples e que as pesquisas e estatísticas evidenciam que mais de 70% dos professores brasileiros sofrem de estresse e exaustão emocional. Esses números são assustadores e demonstram a alta prevalência de problemas relacionados ao bem-estar emocional na vida do educador.

No meu livro “Cuidar de quem Educa”, evidencio estudos da neurociência que mostram que uma boa gestão das emoções é fundamental no dia a dia, nas relações interpessoais, no sucesso profissional, na saúde e no bem-estar psicofísico.

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O estresse e a ansiedade são duas respostas naturais do corpo humano diante de situações desafiadoras. No entanto, quando esses estados persistem ou se tornam crônicos, passam a prejudicar a saúde mental e o bem-estar. Os educadores estão particularmente suscetíveis a essas condições devido às pressões da profissão, como a sobrecarga de trabalho, a responsabilidade com os jovens e a necessidade de lidar com situações complexas em sala de aula.

São essencialmente três contextos que precisam ter nossa atenção para construir um equilíbrio psicofísico:

• O amor por si mesmo. Que permite nos apreciar, apesar das nossas limitações e dificuldades. Esse amor incondicional por nós mesmos, que não depende do nosso desempenho, nos permite lidar com as adversidades e se recuperar depois de eventuais fracassos, além de nos proteger do desespero. Amar a si mesmo, se aceitar, se respeitar e ser solidário consigo mesmo são a base da autoestima, os seus compoQuando falamos de inteligência emocional, nentes mais profundos e íntimos. saúde mental e bem-estar psicofísico nos referimos ao nosso estado emocional, psicoló- • A visão de si mesmo. Como temos gico e social, a nossa capacidade de lidar olhado para nós mesmos? Como nos avaliacom o estresse, as emoções, as relações in- mos e julgamos nossas qualidades e defeiterpessoais e os desafios da vida, de forma tos? Para ter uma boa autoestima, precisaequilibrada, utilizando a capacidade de se mos ter uma boa autoimagem. Uma pessoa adaptar, transformar, evoluir e florescer mes- com a visão positiva de si mesmo tende a mo em meio às adversidades e a complexi- estar mais preparada para lidar com a vida, dade da vida. pois uma visão limitada e negativa a expõe mais à confusão e à insegurança.

Para os educadores, o cuidado com a saúde mental é essencial, pois desempenham um • A autoconfiança. Ser confiante é penpapel fundamental na formação de futuras sar que somos capazes de tomar as medigerações. E isso é gratificante, mas também das adequadas em situações importantes. é desafiador.

O papel da autoconfiança é fundamental

para fortalecer o nosso senso de eficácia e de competência.

A autoconfiança permite que você se sinta suficientemente capaz de ter um propósito na vida, um objetivo a ser alcançado por meio de ações consistentes e coerentes, expressão de quem somos e dos nossos valores.

Respeitar sua própria trajetória de vida, suas experiências e vivências, possibilita encontrar uma força e uma coragem, muitas vezes desconhecidas, que surgem internamente para poder ajustar o que é necessário, redefinir, reorganizar e recriar decisões, objetivos, ações e relações para caminhar em direção a uma vida feliz e realizada.

Não devemos permitir que as circunstâncias e as interferências do dia a dia amarguem e apaguem o nosso entusiasmo pela vida. A celebração das conquistas está relacionada ao nosso próprio poder de agradecer, criar, escolher, decidir e viver. Celebre seus resultados e, mais ainda, celebre a alegria de ser quem você é.

Continuem brilhando e inspirando nossos jovens, pois o mundo precisa de você.

Saiba que estou aqui, torcendo por você!

O Colunista EDUARDO SHINYASHIKI Palestrante internacional, consultor, escritor e presidente do Instituto Eduardo Shinyashiki.

Neuropsicólogo e Mestre em Liderança Educadora, é referência em desenvolvimento das Competências Socioemocionais, de Liderança e da Performance Humana. Para mais informações, acesse www.edushin.com.br

foto cedida pelo colunista

CUIDAR DE QUEM EDUCA:

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EDUCAÇÃO EM FOCO COMO GARANTIR A SEGURANÇA foto: Adobe Stock

NAS ESCOLAS? Por Rafa Ella Pinheiro

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artindo da premissa de que a instituição é um espaço em que todos/ as da comunidade escolar transitam diariamente, propiciar espaços físicos seguros e com prevenções assertivas resultam em vivências saudáveis.

Compreendendo a amplitude da temática, Eric Amorim (especialista em segurança escolar) e Rodrigo Fulgêncio (diretor executivo do Poliedro Sistema de Ensino) abordam questões que envolvem normativas legais e capacitação de profissionais; e a segurança pensada como um aspecto socioemocional, promotor de uma cultura de paz.

LEGISLAÇÃO, PROTOCOLOS E CAPACITAÇÃO

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A segurança escolar é um tema de suma importância e deve ser tratada com a máxima seriedade e estratégia. Compreender a sequência e a hierarquia dos processos é fundamental para garantir que a instituição esteja operando não apenas de maneira eficaz, mas também em conformidade com as normativas legais e educacionais vigentes.

Devemos primeiro olhar para as fundações legais e estruturais da instituição, depois para a capacitação e protocolos da equipe, e por fim, mas não menos importante, para a segurança e bem-estar dos alunos.

Iniciar a construção de um ambiente escolar seguro pelo respaldo legal não é apenas uma medida de precaução, é a base sobre a qual todos os outros aspectos da segurança escolar devem ser construídos.

Conhecer, entender e aplicar as leis pertinentes à educação e à segurança garante que a instituição esteja protegida contra possíveis litígios e que suas ações estejam alinhadas com as diretrizes educacionais e de segurança. Isso não apenas fortalece a credibilidade da escola, mas também transmite uma mensagem clara de seriedade e compromisso com a proteção e o desenvolvimento dos alunos.

Em segundo lugar, a uniformização da equipe através de protocolos bem definidos e baseados na legislação é crucial. Quando todos os membros da equipe entendem claramente suas responsabilidades e os procedimentos a serem seguidos, cria-se um ambiente coeso e seguro. Essa padronização não limita a capacidade de resposta às necessidades individuais dos alunos – pelo contrário, fornece uma estrutura sólida dentro da qual soluções inovadoras e adaptativas podem ser implementadas. Além disso, ao investir na capacitação constante dos profissionais, a instituição assegura que sua equipe não apenas conheça, mas também esteja à frente das melhores práticas em segurança escolar.

Por fim, mas certamente não menos importante, estão os alunos. A finalidade de todas as medidas de segurança escolar é, afinal, garantir um ambiente onde eles possam aprender e crescer sem medo. Uma instituição que tem suas fundações legais sólidas e uma equipe bem treinada e padronizada está bem equipada para proporcionar esse ambiente. Os alunos beneficiam-se indiretamente das medidas legais e de equipe, mas também diretamente através de políticas de segurança claras, acessíveis e consistentemente aplicadas. Isso não só contribui para a sua segurança física e emocional, mas também para a construção de um ambiente de confiança e respeito mútuo entre alunos, professores e a administração escolar. É essencial adotar uma abordagem holística e sequencial: começar com o respaldo legal, passar para a padronização e capacitação da equipe, e finalmente, garantir a segurança e o bem-estar dos alunos. Ao fazer isso, as instituições educacionais não apenas protegem seus alunos e funcionários, mas também fortalecem sua posição e reputação no campo educacional. A segurança da instituição não é um destino a ser alcançado, mas uma jornada contínua de compromisso, adaptação e melhoria com a comunidade escolar.

Eric Amorim, especialista em segurança escolar e diretor do Grupo Impacto CULTURA DE PAZ E CUIDADO SOCIOEMOCIONAL Para o Poliedro, a segurança em nossas unidades sempre foi um compromisso inegociável, considerando seu papel prioritário no ambiente educacional. A manutenção de um ambiente seguro não apenas garante o bem-estar de todos os envolvidos, mas também cultiva um espaço propício à aprendizagem e aos processos educacionais.

Neste sentido, implementamos no último ano ações abrangentes, incluindo a criação de um Comitê de Segurança formado por um grupo multidisciplinar que revisa procedimentos regularmente. Além disso, investimos em treinamentos regulares para colaboradores, com formações sobre segurança escolar, prevenção de acidentes e procedimentos de emergência; reforçamos ainda o monitoramento eletrônico com câmeras de segurança e ativação de catracas, e continuamos a investir em recursos tecnológicos para antecipar atos indesejados.

Esses elementos devem ser integrados ao planejamento escolar e analisados ao longo do ano letivo. A construção de um ambiente seguro vai além da proteção física, envolvendo a promoção de uma cultura de paz e prevenção ao bullying. Contar com uma equipe de orientadores educacionais e psicólogos contribui para a saúde mental dos alunos, criando um espaço emocionalmente seguro.

A temática socioemocional deve caminhar lado a lado com a segurança, refletindo na qualidade do ambiente educacional e no desenvolvimento integral dos alunos.

Rodrigo Fulgêncio, diretor executivo do Poliedro Sistema de Ensino

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ESPECIAL: EDUCAÇÃO PERSONALIZADA COMO ADEQUAR O ENSINO DE ACORDO COM A DEMANDA DE CADA ESTUDANTE? Por Rafa Ella Pinheiro / Fotos Divulgação

As metodologias pedagógicas, assim como as suas possibilidades e eficácia, alcançaram o centro de importantes debates, teorias e práticas na contemporaneidade. Com uma diversidade cada vez maior de estudantes nas instituições de ensino, trilhar planos de ensino flexíveis e personalizados tornou-se uma demanda necessária e urgente nas salas de aula

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s modelos tradicionais – e pouco ajustáveis – de ensino estão, paulatinamente, entrando em desuso. E o motivo é um conjunto de mudanças que atravessam as diversas características que compõem os/as estudantes, como aspectos cognitivos, culturais, identitários, emocionais, étnicos, assim como alunos/as neurodivergentes (que abrange pessoas diagnosticadas com TEA, dislexia e TDAH, por exemplo) e que anseiam que os processos que envolvem o desenvolvimento estudantil sejam elaborados de modo personalizado.

Nesse sentido, atentar-se para possibilidades pedagógicas que abarquem as especificidades de cada estudante é um modo de diversificar e pluralizar a educação cotidiana. Para adentrar neste assunto, trouxemos falas neste especial de profissionais que indicam a importância da personalização no ensino, como identificar as demandas de alunos/as e como inserir metodologias que atendam as especificidades. Confira!

“Reconhecendo a importância de abordagens que valorizam as habilidades e os interesses específicos de cada um, a educação personalizada não apenas melhora o desempenho acadêmico, mas também fomenta a autoestima e a motivação, fatores essenciais para o desenvolvimento integral do indivíduo.

Para implementar essa personalização em sala de aula, é fundamental identificar as demandas específicas de cada estudante. Isso pode ser realizado por meio de avaliações diagnósticas, observações atentas e um diálogo constante entre professores, alunos e responsáveis.

maneira que atenda as necessidades individuais de aprendizagem.”

Luciana Santos – Coordenadora de Projetos da Foreducation EdTech

Com estas informações, os educadores podem elaborar planos de ensino flexíveis, integrando estratégias como aprendizado baseado em projetos, aulas interativas e a utilização de tecnologias educativas. Essa abordagem permite que cada aluno explore o conteúdo de maneira que ressoe com seus interesses e habilidades, promovendo um ambiente de aprendizagem mais envolvente e eficaz.

A prática da educação personalizada se apoia em uma variedade de possibilidades, entre as quais destacamos a avaliação da aprendizagem. Estas avaliações, quando bem projetadas e aplicadas, podem ser uma metodologia chave para personalizar a experiência educacional. As avaliações da aprendizagem, no contexto da personalização, vão muito além de mensurar simplesmente o desempenho acadêmico. Elas se tornam um meio para entender profundamente as habilidades, as necessidades, os estilos de aprendizagem e os interesses dos alunos. Ao analisar os resultados das avaliações, é possível identificar áreas nas quais cada aluno se destaca e aquelas em que eles podem precisar de mais apoio. Essas informações são cruciais para adaptar o ensino de

“A educação personalizada é uma abordagem que considera as características individuais dos alunos, adaptando métodos de ensino, conteúdo e ritmo de aprendizagem para atender as necessidades específicas de cada estudante. Ela reconhece que os alunos têm estilos de aprendizado diferentes, níveis de habilidade variados e interesses únicos. Portanto, a educação personalizada busca criar um ambiente de aprendizado que seja flexível e ajustado para otimizar o progresso de cada aluno, promoven-

Regina Shibuta – Pedagoga e professora no Colégio e Curso Elite (PR)

do um engajamento mais profundo e um melhor entendimento dos conceitos, priorizando o indivíduo. Sendo assim, entendemos o que parece muito claro, somos únicos, não podemos aprender como todo mundo. Precisamos entender as particularidades e diferenças adequando o conteúdo e diversificando o ensino.

Existem diversos métodos e estratégias que podem ser utilizados para promover a aprendizagem personalizada em sala de aula. Sendo os mais comuns: Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP); Ensino Híbrido; Estações de Apren-

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22 dizagem; Rotação por Competência; Tutorias e Mentoria; Ensino Diferenciado; Portfólios de Aprendizagem; Aprendizagem Colaborativa; Feedback Contínuo; Adaptação de Recursos de Ensino; Aprendizagem autodirigida, entre muitas outras, mas percebam que todas elas exigem a autonomia do aluno e a observação constante do professor.”

Rita Maria Lino Tarcia – Colaboradora do Instituto Âncora Educação e docente na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

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“A identificação das demandas dos estudantes pode ser alcançada por meio de avaliações diagnósticas e formativas, observação atenta, feedback regular e comunicação aberta.

Além do diálogo colaborativo com diferentes profissionais que contribuem com a formação do aluno, na perspectiva de equipes multiprofissionais. A aplicação de instrumentos de avaliação deve ir além de testes tradicionais, o uso de projetos práticos e discussões em grupo,

pode revelar as preferências e habilidades individuais dos alunos. A observação atenta do desempenho e do comportamento em sala de aula também é fundamental para identificação do perfil dos estudantes. O feedback constante, tanto dos professores quanto dos próprios alunos, fornece informações valiosas sobre o progresso e as necessidades específicas. Além disso, manter uma comunicação aberta e receptiva cria um ambiente propício para os alunos expressarem suas demandas, garantindo que a abordagem educacional seja adaptada de maneira eficaz às suas necessidades.

Na prática, podemos utilizar métodos como aprendizado baseado em projetos, atividades em grupos, uso de tecnologia educacional, como realidade virtual e realidade aumentada, plataformas de simulação e de games, plataformas de Educação a Distância, dentre muitos outros, são eficazes para promover uma aprendizagem personalizada em sala de aula e para além da sala de aula. Tais abordagens e recursos permitem adaptações ao ritmo, estilos e interesses individuais dos alunos, maximizando a eficácia do processo educacional.”

“O trabalho individualizado e o atendimento personalizado fazem toda a diferença para o estudante. Aliás, para qualquer ser humano,

Esther Cristina Pereira – Diretora e psicopedagoga na Escola Atuação (PR)

ser atendido e ser respeitado em sua individualidade faz com que o mesmo transcenda seu potencial e perceba no dia a dia seu processo de indivíduo como valor. Identificar as demandas dos estudantes é muito fácil quando o foco é a qualidade no processo de aprendizagem. Avaliações, conversas, reuniões com a família, proximidade e intimidade com o estudante proporcionam essa condição.

Inserir na sala de aula, usando estratégias coletivas para uma boa visualização do processo em si. A tecnologia é mais uma estratégia usada para o processo de aprendizagem ser positivo. Mas não podemos esquecer que a cada dia mais, o processo individualizado, olho no olho, está sendo necessário para um resgate incisivo no aprender.”

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Lucelmo Lacerda – Doutor em Educação e autor do livro “Crítica à Pseudociência em Educação Especial – Trilhas para uma educação inclusiva baseada em evidências”

“Existem muitos desafios para os estudantes autistas no ensino regular, e não dá para nomeá-los de uma maneira muito genérica, porque o autismo é um espectro, justamente porque dentro dele estão indivíduos completamente distintos entre si. Então, o grande desafio é conseguir reconhecer de uma maneira técnica a individualidade e planejar com base na melhor ciência o que ele precisa.

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Para identificar essas demandas, nós temos quatro fontes fundamentais. Primeira, ouvir o próprio estudante, à medida que ele consiga fazer isso. Segunda, ouvir os pais. Ter uma boa captação de informações com os pais, seja por meio de conversa livre, seja por meio de checklists, como, por exemplo, checklists de

comportamento problema, checklists relacionados a formas de comunicação, entre outros.

Terceira fonte, avaliações externas à escola que tenham sido feitas por outros profissionais, por exemplo, psicopedagogo, médico, fisioterapeuta, psicólogo, entre outros. E a quarta fonte são as avaliações específicas feitas com esses indivíduos. Por exemplo, avaliações com protocolos cientificamente validados, que meçam habilidades de comunicação, habilidades de aprendizado, habilidades mecânicas de sala de aula, como a gente fala. Tudo isso são possibilidades que a gente tem para fazer testagem direta de habilidades e aí, portanto, a gente identifica essas demandas individuais.

Além da sala de aula, a gestão escolar pode contribuir em muitas coisas para uma educação plural. Primeiro que, quando a gente fala de sala de aula, pode ser no sentido estrito ou no sentido mais genérico. Mas, eu vou usar o sentido estrito. A educação, quando o indivíduo está na escola, ela também vai perpassar, sobretudo nesses casos, fora da sala de aula.

Por exemplo, nos intervalos em que a gente, obviamente, não tem como endereçar habilidades acadêmicas, mas habilidades sociais, no caso do autismo, é fundamental. Então, a gente pode ter ações que são de natureza pedagógica, mas não acadêmica, para ensinar habilidades sociais no intervalo, na entrada da

escola, na saída da escola. Nós temos pessoas com autismo que não aprenderam a habilidade de entrar na sua sala de aula após o sinal.

E, eventualmente, a gente pode conduzi-la, mas o ideal seria ensiná-la a ir para a sala de aula de uma maneira autônoma. Ou também, depois, sair da escola em direção aos seus pais quando acabar a aula. Esses são alguns exemplos. Agora, isso eu estou falando que acontece fora da sala de aula, mas na escola.

Para além disso, é importante a gente engraxar uma engrenagem que envolve três diferentes atores, que são a escola, a terapia e a família. E a gente pode fazer isso de muitas formas diferentes, mas a escola pode ser um locus em que esses agentes se encontram e coordenam ações. A escola, historicamente falando, tem sido um espaço acolhedor para todos esses conhecimentos e essas famílias, e deve fazer parte dessa engrenagem de uma maneira protagonista, ativa, não só como recebedora de orientações, mas como quem propõe, quem articula esses processos.

A escola deve ser esse espaço de articulação entre esses três agentes.”

SAIBA MAIS O texto completo deste especial está disponível em nosso site: direcionalescolas.com.br

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DICA: APRENDIZAGEM EM PASSEIOS

Imagem: Adobe Stock

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A

EDUCAÇÃO E DIVERSÃO união entre aprendizado e diver-

com a natureza são atividades que podem

são estimula experiências enrique-

ser estimuladas. No ensino fundamental, visi-

cedoras para os alunos e para as

tas a parques pedagógicos que reforcem os

alunas. Os passeios e as ativida-

conceitos curriculares são ideais. Já no ensino

des externas propiciam uma relação prazero-

médio, projetos de campo ou visitas a institui-

sa e fluída com o conhecimento. E, com isso,

ções culturais, passeios que desafiem os/as

as atividades desenvolvidas fora do espaço

estudantes a aplicarem seus conhecimentos na

físico escolar possibilitam uma aproxima-

prática, são recomendados.

ção prática e tangível com os conhecimentos apreendidos em sala de aula.

Os passeios pedagógicos devem ser planejados cuidadosamente, de modo que ocorra

Gabriel dos Reis, consultor em educação e

regularmente ao longo do ano letivo. “Essa

educomunicação, destaca que as experiências

programação deve ser integrada ao plano pe-

vivenciais são fundamentais ao processo edu-

dagógico da escola, garantindo que os pas-

cativo, e os passeios pedagógicos e recreati-

seios não apenas complementem, mas também

vos são oportunidades vitais para enriquecer

enriqueçam o currículo escolar, proporcionan-

os ensinamentos da sala de aula. “A relação

do aos alunos uma experiência educacional

entre diversão e aprendizagem é intrínseca

holística e diversificada”, explica Reis.

ao desenvolvimento infantil. As crianças, por natureza, associam alegria com atividade

Para os/as gestores/as que desejam contratar

e descoberta”, afirma.

empresas especializadas em passeios, o con-

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sultor ressalta algumas dicas importantes. A “A missão de escolas e espaços de passeios

primeira delas é buscar empresas que ofere-

educativos é harmonizar o pedagógico com

çam programas alinhados com os propósitos

o entretenimento de maneira criativa e envol-

pedagógicos da escola e em conformidade

vente. Monitores lúdicos são essenciais nesse

com os padrões da Base Nacional Comum Cur-

processo, pois eles conseguem captar a aten-

ricular. “É fundamental verificar a segurança,

ção das crianças, mantendo-as focadas en-

a qualificação dos profissionais envolvidos e a

quanto se divertem. Essa abordagem não só

reputação da empresa no mercado”, diz. “Além

solidifica o conhecimento, mas também cria

disso, deve-se dar preferência a empresas que

lembranças memoráveis e positivas, tornando

promovam práticas sustentáveis e conscienti-

o aprendizado uma experiência agradável

zação ambiental, enriquecendo a experiência

e significativa”, diz Reis.

educativa dos alunos com uma perspectiva de responsabilidade global”, completa. (RP)

De acordo com o consultor, os passeios educativos podem ser inseridos no calendário escolar desde a primeira infância, atentando-se para as especificidades de cada faixa etária e da demanda de desenvolvimento de cada etapa escolar. Na educação infantil, por exemplo, a exploração sensorial e a conexão

SAIBA MAIS GABRIEL DOS REIS gabrielnascimentodosreis@gmail.com

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Imagem: Freepik

DICA: PLATAFORMA DE LEITURA

O

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hábito da leitura, quando incentivado desde criança, torna-se uma ferramenta valiosa para a aprendizagem e o desenvolvimento de todos e todas. Com a leitura (e a partir dela) abre-se um mundo de possibilidades e experiências, vínculos afetivos, descobertas significativas, como também o estímulo de interpretação de texto, conhecimento de novas palavras, a expansão da comunicação e as interações múltiplas e criativas com o conhecimento.

FERRAMENTA INTERATIVA SALA DE AULA

O estímulo à leitura digital na rotina escolar pode ser atrelado a algumas estratégias que incorporam as ferramentas tecnológicas no contexto pedagógico. Na Escola Crescimento, conta a gestora pedagógica, “o estímulo ocorre por meio do favorecimento da leitura do livro literário por meio de dispositivos digitais no currículo, criando ambientes que incentivam a leitura, pesquisa, interpretação, análise e compreensão de conteúdos por meio de Com o aumento da utilização de fer- recursos multimídia”. ramentas tecnológicas e a diversidade de aplicativos voltados especificamen- FUNCIONALIDADES te ao ambiente educacional, nos últimos anos surgiram plataformas digitais de As plataformas reúnem, de um modo geleitura a fim de incentivar a formação ral, um conjunto de facilidades que podem integral e crítica de leitores/as e que ser exploradas tanto pelos/as educadopodem ser utilizadas por meio de uma res/as como por estudantes, como o acesintencionalidade pedagógica. so ilimitado ao livro digital (em qualquer hora e lugar); a utilização de marcadores VANTAGENS de páginas; destaques no texto; busca por palavras-chave; ajustes de cores e fontes; Gerusa Aragão, gestora pedagógica da e tradução instantânea, contribuem para Escola Crescimento (MA), comenta que, o aprimoramento da experiência do/a leipor estarmos imersos em uma era tecno- tor/a, além de um amplo leque de possilógica, em que estudantes estão cada vez bilidades interativas e até gamificadas. “A mais familiarizados com os ambientes di- interatividade é elevada com funcionaligitais, e compreender que a leitura literá- dades que incluem anotações virtuais, fória é de fundamental importância para o runs de discussão e quizzes, enriquecendo desenvolvimento, o colégio inseriu em sua o aprendizado”, completa Aragão. (RP) proposta pedagógica “o uso de plataformas digitais de leitura, visto que elas são mais uma das ferramentas que nos permite alcançar os nossos objetivos e as nossas expectativas de aprendizagem, pois SAIBA MAIS podemos personalizar as experiências de GERUSA ARAGÃO leitura de acordo com as necessidades e escola@crescimento.com interesses individuais”.

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30 ACESSÓRIOS (VENTIL ADORES, BEBEDOUROS), ARTIGOS ESPORTIVOS, PROTETOR DE COLUNA

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32 CAPOEIRA, COMUNICAÇÃO VISUAL E FACHADAS, GRAMA SINTÉTICA, PISO PARA PL AYGROUND

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34 COPIADORAS E IMPRESSORAS, MESA DIGITALIZADORA, PL AYGROUNDS, PRODUTOS DE LIMPEZA, TOLDOS E COBERTURAS

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