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Série de Publicações Temáticas do CREA-PR

Os 10 Temas Norteadores da Agenda 21 Paraná, indicados pela Sociedade Paranaense, através da realização de Seminários Macrorregionais e a partir das reuniões do Fórum Permanente, são: • Agricultura Sustentável/Agroecologia • Segurança Alimentar e Nutricional • Gestão Social e Terceiro Setor • Biodiversidade • Gestão dos Recursos Hídricos • Diversidade Espacial e Integração Regional • Direitos Humanos e a Todas as Formas de Vida • Produção Científica e Tecnológica • Padrões de Produção e Consumo • Educação

A ENGENHARIA, ARQUITETURA, AGRONOMIA E GEOCIÊNCIAS E A AGENDA 21 As áreas da Engenharia, Arquitetura, Agronomia e Geociências Paranaense devem fazer um esforço para cumprir os objetivos orientadores da Agenda 21, especialmente quanto aos Padrões de Produção e de Consumo e no que diz respeito ao fortalecimento do papel dos trabalhadores e de seus sindicatos. O objetivo é a mitigação da pobreza, com o emprego pleno e sustentável, contribuindo para ambientes seguros, limpos e saudáveis: o ambiente de trabalho, o da comunidade e o meio físico. Os trabalhadores devem participar plenamente da implementação e avaliação das atividades relacionadas com a Agenda 21.

Mudança nos Padrões de Produção e Consumo

Também devem promover a participação ativa dos trabalhadores e de seus sindicatos nas decisões sobre a formulação, implementação e avaliação de políticas e programas nacionais e internacionais sobre meio ambiente e desenvolvimento, inclusive políticas de emprego, estratégias industriais, programas de ajuste de mão de obra e transferências de tecnologias.

A ALFABETIZAÇÃO ECOLÓGICA Como a sociedade deverá se adaptar à perspectiva sistêmica na velocidade exigida para reverter problemas complexos como o do aquecimento global? FRITJOF CAPRA: O grande desafio de nosso tempo é criar e manter comunidades sustentáveis, concebidas de maneira que suas formas de vida, negócios, economias, estruturas físicas e tecnologias não interfiram na habilidade inerente da natureza de sustentar a vida. O primeiro passo nessa direção é o que chamamos de “alfabetização ecológica”, a habilidade de entender os princípios básicos da ecologia e viver de acordo com eles. Se compreendermos os padrões de relacionamento que tornam os ecossistemas capazes de sustentar a vida, também entenderemos as muitas formas, padrões e processos que nossa civilização ignorou e interferiu neles. Assim, perceberemos que essas interferências são as causas fundamentais dos atuais problemas no mundo. Nas próximas décadas, a sobrevivência da humanidade dependerá da nossa alfabetização ecológica que deve se tornar uma competência essencial para políticos, líderes empresariais e profissionais em todas as esferas. Ela também deve ser a parte mais importante da educação em todos os níveis – do ensino primário e secundário até ao ensino médio e superior, assim como na formação e treinamento contínuo de profissionais.

As áreas acima descritas devem trabalhar ativamente na formação de profissionais conscientes da necessidade urgente de mudança dos seus atuais padrões de produção e consumo. O desenvolvimento de uma nova ética profissional, a ética sócioambiental, é fundamental para que o fornecimento de bens e serviços à sociedade estejam atrelados ao equilíbrio e respeito à natureza e ao próprio homem. 14

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