Revista CALIFORNIA - 1ª ED

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TRAMPO

TRAMPO

Foto: Isabela Figueiredo

Rafael gosta de falar do bobo da corte pra explicar o papel do palhaço na sociedade. “Existia o rei, o povo e o bobo. O bobo tinha o privilégio de poder falar dos problemas do povo ao rei, ele era o único que podia apontar as barbaridades que o rei fazia...”. O palhaço também tem esta capacidade. Ele mostra o ridículo dos seres humanos e ainda diz que tudo bem não ser perfeito. O palhaço tem o poder de parar o tempo e instaurar um ambiente divertido, de crítica, mas em que predomina o riso. É uma forma muito particular de subversão.

PALHAÇO FORMADO

Acima, Alexandre Simioni, o palhaço Mereceu durante espetáculo ‘Qual a graça de Laurinda?’. Abaixo, Rafael de Barros no espetáculo ‘O Exército Contra Nada’.

Foto: Lis Sayuri

Rafael de Barros fez faculdade de artes cênicas na Universidade Estadual de Londrina. A ideia inicial era ser ator, o palhaço foi surgindo aos poucos... E ele garante que um palhaço está, sempre, em formação. Rafael terminou a faculdade em 2011. Quando estava no segundo ano de faculdade passou a integrar o Plantão Sorriso, projeto que leva palhaços a hospitais, inspirado no Doutores da Alegria, e que, segundo pesquisas, traz melhorias significativas para a saúde de muitos pacientes. Rafael conta que este foi um trabalho delicado e uma ótima prática. “Você precisa ter começo, meio e fim para cada paciente, é um exercício e tanto”, garante ele. Enquanto estava no terceiro ano de faculdade, fez cursos no centro de pesquisas Solar da Mímica; já participou de uma convenção de circo, palhaços e espetáculos de rua na Argentina, e depois de formado, estudou na Escola de Clows de Barcelona, na Espanha. Fez cursos com outros grandes mestres do circo. No começo de dezembro, participou do “Anjos do Picadeiro”, Encontro

REVISTA CALIFORNIA - DEZEMBRO 2013

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