Revista Business Portugal - Julho 2024

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CCAM DE TORRES VEDRAS, O BANCO COOPERATIVO COM PROPÓSITO

Manuel Guerreiro, Presidente do Conselho de Administração

ÍNDICE

3. Índice

Nota de boas vindas...

4. Região Oeste

6. CCAMTV

CCAM de Torres Vedras, O Banco cooperativo com propósito

10. CM Cadaval

Município do Cadaval: A história e o futuro da comunidade

12. Berlengatur

Das terras à maré: a caminhada da Berlengatur

16. Artigo de opinião

Pedro Rebelo de Sousa

17. Saúde & Ciências da Vida

18. UBImedical Inovação e empreendedorismo com impacto na qualidade de vida

30. ASPE

A Cultura Organizacional na Gestão dos Serviços de Saúde do século XXI

33. Optocentro Optocentro surpreende com loja interativa em Lisboa

34. Raquel Soares Coerência e integridade na marca pessoal

36. Especial Leiria

37. CM Castanheira de Pera

Castanheira de Pera “uma oportunidade de vida”

43. Grupo TJN 25 anos de sucesso e dedicação

50. Padaria Ti Martins

Ti Martins: a padaria que conquista paladares

58. Artigo de opinião

João Maria Botelho

59. Empresas Premiadas

64. Tecnorém

Na vanguarda da inovação

68. Egitron

Inovação global em controlo de qualidade

70. Cachapuz “A inovação faz parte do nosso ADN”

72. Brands Power

74. Anna Luiza Pereira “Um olhar humanizado à advocacia tradicional”

80. Âncora Gold

A referência no turismo

82. LIV Student

A comunidade acolhedora para estudantes

84. KUBOO

Mais que um serviço, a KUBOO oferece uma experiência

Nota de boas-vindas...

Nesta edição da Revista Business Portugal, refletimos sobre o papel essencial das empresas e dos empresários na construção de um futuro próspero e sustentável. Num mundo onde a mudança é constante e as oportunidades surgem rapidamente, são as empresas ágeis e os empresários visionários que estão na vanguarda da inovação e do progresso.

As empresas não são apenas entidades comerciais, são catalisadores de desenvolvimento económico e social, isto porque criam empregos, promovem o crescimento da economia local e global, e geram soluções para desafios complexos. Os empresários, por sua vez, são os agentes de mudança que transformam ideias em realidade. Com coragem para assumir riscos calculados e determinação para superar adversidades, inspiram as suas equipas a alcançar novos patamares de excelência.

Num ambiente empresarial competitivo, a inovação é a chave para o sucesso sustentável. As empresas que abraçam a inovação não se adaptam apenas às novas demandas do mercado, mas também lideram o caminho em novas áreas de desenvolvimento. Da tecnologia de ponta à sustentabilidade ambiental, os empresários estão na linha de frente, explorando novas fronteiras e impulsionando a evolução dos negócios. Nesta edição, convidamo-lo a explorar histórias inspiradoras de empresas e empresários que estão a moldar o futuro com visão e determinação.

FICHA TÉCNICA Editor/Propriedade: António Fernando A. R. Silva | Redação e Publicidade: Av. República 2208 - 3º Drt Centro Frt, 4430 -190 V N Gaia | Sede: Av. República 2208, 3º Drt Centro Frt, 4430 -190 V N Gaia | Diretor: Fernando R. Silva E-mail: geral@revistabusinessportugal.pt/Comercial: comercial@revistabusinessportugal.pt/Redação: redacao@ revistabusinessportugal.pt | Telf: 223 700 510 | Distribuição: Gratuita com o jornal Diário de Notícias | Dec.regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID Depósito Legal: 374969/14 Nº Registo ERC 126515 Impressão: YellowMaster | Avenida João Azevedo Coutinho nº643, 2755-101 Parede Estatuto Editorial: Disponível em www.revistabusinessportugal.pt/ estatuto-editorial Periodicidade: Mensal - Julho 2024 Tiragem Média: 20.000 exemplares

Julho 2024

REGIÃO OESTE

A região do Oeste de Portugal estende-se ao longo da costa atlântica, desde a foz do Tejo até à Serra de Montejunto. Aqui, o azul do mar encontra-se com o verde da serra, num lugar onde tradição e modernidade se misturam.

No Oeste, sente-se a brisa fresca do mar e o cheiro da terra molhada depois da chuva. As aldeias encantadoras, com as suas casas brancas e ruas estreitas convidam a passeios tranquilos.

A gastronomia, um dos trunfos da região, revela os sabores autênticos do mar e da terra, numa textura de aromas e texturas. Cidades animadas e vilas acolhedoras, cheias de história e arte, escondem tesouros que esperam ser descobertos.

A região também alberga o Geoparque Oeste, reconhecido pela UNESCO, um território único com uma rica diversidade, onde se podem observar formações geológicas impressionantes.

Venha descobrir a beleza natural e o património cultural desta região única e surpreendente.

O GEOPARQUE OESTE

CONTRIBUI PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA REGIÃO

O Oeste Geoparque Mundial da UNESCO, engloba seis municípios, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Peniche e Torres Vedras, numa área total de 1154 quilómetros quadrados.

As paisagens geológicas e a exposição das camadas geológicas nas arribas litorais com dinossauros, atraem interessados, investigadores e turismo científico de todo o mundo. Além da sua importância geológica, o Geoparque Oeste tem 72km de costa atlântica, em que cerca de 15 km correspondem a praias de areia, um grande atrativo para os locais e para os visitantes ocasionais ou sazonais. Estes cenários naturais são complementados por uma rica diversidade de flora e fauna, fazendo do Geoparque um destino ideal para os amantes da natureza e para atividades ao ar livre como caminhadas, ciclismo e observação de aves.

Culturalmente, o Geoparque Oeste é uma região rica em tradições e património. As vilas e cidades que integram o geoparque têm uma história rica, com numerosos monumentos históricos, museus e sítios arqueológicos. A gastronomia local, baseada em produtos regionais como o vinho, o peixe, os produtos hortícolas, são outro atrativo que proporciona uma verdadeira experiência cultural e sensorial.

A plataforma turística Visit Geoparque Oeste visa promover o turismo sustentável na região. Este site oferece uma variedade de atividades e serviços que permitem aos visitantes explorar e apreciar a riqueza do geoparque de uma forma sustentável e responsável. Entre as atividades oferecidas destacam-se visitas guiadas, passeios em embarcações marítimas, atividades de enoturismo, percursos pedestres e diversos eventos a acontecer no território.

As visitas guiadas são conduzidas por guias especializados que proporcionam aos visitantes uma compreensão profunda da geologia, paleontologia, história e cultura da região. As visitas podem incluir paragens em locais de interesse geológico, museus, e sítios arqueológicos, oferecendo uma experiência educativa e enriquecedora.

Os percursos pedestres e de carro são desenhados para permitir aos visitantes explorar a beleza natural do geoparque de forma ativa e saudável. Estas rotas são cuidadosamente planeadas para destacar os principais pontos de interesse geológico e paisagístico, proporcionando uma experiência imersiva na natureza.

Os eventos que se encontram na plataforma são atualizados diariamente e são uma oportunidade para os visitantes interagirem com a comunidade local e desfrutarem de atividades culturais da região.

O Visit Geoparque Oeste, desempenha assim, um papel fundamental na promoção de um turismo sustentável, oferecendo atividades que educam, envolvem e inspiram os visitantes a apreciar e preservar este património único. Através destas iniciativas, o Geoparque Oeste não só preserva a sua herança natural e cultural, mas também contribui para o desenvolvimento sustentável da região, beneficiando tanto a comunidade local como os visitantes.

CCAM DE TORRES VEDRAS, O BANCO COOPERATIVO COM PROPÓSITO

Numa conversa exclusiva com Manuel Guerreiro, Presidente do Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Torres Vedras, destaca-se o modelo cooperativo democrático, além do compromisso com a sustentabilidade e responsabilidade social como temas centrais.

A Caixa Agrícola Mútuo de Torres Vedras, desde a sua fundação em 1915, tem vindo a empenhar-se em promover a prosperidade dos seus membros e da comunidade em geral. Como afirma Manuel Guerreiro, “cada caminhada começa por um primeiro passo”. Esta caminhada reflete a importância dos princípios cooperativos na sua abordagem de inclusão que permite o acesso aos serviços bancários, designadamente ao crédito e à poupança, de modo adequado. E responsável, porque o modelo de risco suportado na proximidade tenta inserir muitos “normalmente” excluídos, fomentando uma cultura de colaboração e de dever partilhada. Esta estrutura democrática promove a transparência e fortalece o vínculo entre o banco e a comunidade. Nas cooperativas, a comunidade representa os olhos e os ouvidos da instituição e não existe melhor fiscalização ou controlo do que esse. Todos são chamados ao papel de auditores e exercem o controlo interno da Instituição. Aqui e, enquanto associado, todos têm um papel “és meu vizinho, empregado, cliente, fornecedor”, o que provoca uma forte identificação, impondo a existência de regras de boa governança que reflitam o primado da lei e da ética.

O aumento significativo de associados nos últimos meses demonstrou o reconhecimento da comunidade local quanto à centralidade da nossa instituição. Com um aumento substancial de 450 novos membros, contamos, agora, com mais de seis mil associados. “Esta campanha foi um sinal de revitalização e de confiança no projeto do Banco de Torres Vedras”, afirma o presidente.

A abrangência e influência da CCAMTV não se limitam aos seus associados; a instituição serve mais de 24 mil clientes, que possuem cerca de 54 mil contas distribuídas pelos 16 balcões nas 13 freguesias do concelho. Esta rede comercial robusta garante que as necessidades financeiras da população local sejam atendidas de maneira eficiente. “Esta instituição faz com que, em Torres Vedras, a lei dos serviços mínimos bancários seja cumprida”, destaca.

Além disso, no cerne do sucesso da CCAMTV estão os seus 85 colaboradores, envolvidos no seu crescimento e inovação. “Os nossos colaboradores têm procurado desenvolver capacidades e competências, de modo a promover a continuidade e a sucessão da instituição, da qual são co-proprietários”, enfatiza.

“Para apoiar esta evolução contínua, implementámos um plano de formação que prevê cerca de 400 ações ao longo do ano de 2024”.

Manuel Guerreiro, Presidente do Conselho de Administração

compromisso concreto que orienta a nossa atuação diária”, sublinha.

A longevidade e a competitividade das CCAM’s devem-se à otimização dos fatores de produção, como capital, tecnologia e talento.

Mas o verdadeiro fator diferenciador reside no talento humano e na capacidade de trabalho em equipa

Estas iniciativas têm como objetivo dotar os colaboradores das ferramentas modernas de gestão bancária necessárias para aumentar a competitividade e promover uma abordagem humanista no atendimento ao cliente.

“O modelo de negócio ajusta-se, naturalmente, ao mercado, sendo que os nossos colaboradores devem alinhar-se com aos novos tempos, sentindo que a organização capacita a sua vivência e cria expectativas futuras”, afirma Manuel Guerreiro. Os eventuais desafios que obrigam as instituições a processos de adaptação devem ser promovidos de acordo com os princípios da proporcionalidade e da materialidade.

Em tempos de crescente preocupação com a sustentabilidade e responsabilidade social, a CCAMTV destaca-se como uma instituição financeira que vai além do simples cumprimento de regulamentos. “A sustentabilidade não é apenas uma palavra na CCAMTV, mas um

A implementação da taxonomia europeia em 2020, que define critérios claros de sustentabilidade com um foco inicial na mitigação das alterações climáticas, “teve implicações profundas para nós, não apenas como instituição financeira, mas como um membro responsável da comunidade”, afirma o presidente. Este quadro regulatório desafia as instituições a alinhar as suas operações com objetivos ambientais rigorosos, algo que a CCAMTV tem acolhido.

Na realidade, foi a sua aposta na criação de negócios, na fileira agroalimentar, que ajudou o Litoral Oeste a ser competitivo a nível global. Hoje, a fileira das hortícolas em Torres Vedras exporta mais de 2 mil milhões de euros, suportados em objetivos ambientais complementares “como a proteção dos recursos hídricos, a economia circular, a prevenção da poluição e a promoção da biodiversidade”, elucidou.

“Somos guardiões dos valores éticos e do bem-estar social. Não toleramos qualquer forma de crime financeiro, e garantimos que os nossos investimentos e operações se alinhem aos princípios ESG (Envionmental, Social and Governance)”, destacando a responsabilidade social como um ponto forte na gestão da CCAMTV.

“Cada colaborador é, como referi, um auditor de processos e procedimentos adequados. E queremos que sejam auditores internos certificados”. Além das suas operações financeiras, a CCAMTV tem um forte compromisso com o impacto social e económico da região. “O dinheiro é igual em toda a banca, mas a utilidade que as instituições retiram do valor criado não é a mesma. Sabemos onde está e com quem está o valor da nossa atividade”.

Manuel Guerreiro destaca que “a longevidade e a competitividade das CCAM’s devem-se à otimização dos fatores de produção, como

Manuel Guerreiro e Mário Centeno

capital, tecnologia e talento. Mas o verdadeiro fator diferenciador reside no talento humano e na capacidade de trabalho em equipa”. Este modelo democrático de governança tem sido essencial para a resiliência e sucesso da instituição ao longo dos anos.

Entre 2010 e 2022, enquanto muitos bancos comerciais reduziram o número de agências, a CCAMTV reforçou a sua presença, fortalecendo as relações com as partes interessadas (stakeholders) locais, incluindo empresas, associações e entidades públicas. Este esforço contínuo de construir confiança mútua é um dos pilares que sustentam a sólida posição da CCAMTV na comunidade.

Mais referiu que, em 2010, existiam 56 agências bancárias em Torres Vedras, sendo 16 da Caixa Agrícola Local. Em 2024, restam 26 agências, sendo que a Caixa Agrícola Local continua com as 16. E também criaram emprego com criação e difusão de talento.

No que toca à modernização tecnológica, a CCAMTV em colaboração com a DBS/Oracle está a implementar um novo sistema de gestão e informação (core bancário) visando melhorar a eficiência operacional. “O digital é uma evolução natural, mas deve incluir a humanização do digital”, afirma.

O ano de 2023 foi marcante para a CCAMTV, que atingiu o melhor desempenho financeiro da sua história. “A articulação de uma gestão sã, prudente e cuidada com o ambiente de taxas de juro mais elevadas permitiu um resultado líquido de 8,3 milhões de euros, um crescimento muito significativo face ao valor de 3,6 milhões de euros registados no ano de 2022”, realça o presidente.

A carteira de crédito da CCAMTV antes de imparidade cresceu 2%, atingindo 184 milhões de euros, enquanto os depósitos de clientes aumentaram 3,4%, totalizando 552,4 milhões de euros. Este crescimento resultou numa ligeira descida do rácio de transformação para 33,3%, permitindo um reforço de liquidez para apoiar o investimento, o consumo e o empreendedorismo na região de Torres Vedras. “Este aumento de liquidez implica o nobre desafio de identificar e valorizar projetos com criação de valor social e económico”, explica.

Além dos resultados financeiros, a CCAMTV distribuiu, com critério, na forma de patrocínio e donativos uma avultada verba a agremiações, clubes, escolas, IPSS e associações. “Reforçando o sentido desse compromisso, que não é proclamatório, mas que se concretiza com atos concretos em cada ano”, reforçou. Exemplos deste compromisso incluem o apoio para a vinda do filósofo Edgar Morin a Portugal e a realização da II Cimeira Internacional das Cooperativas de Língua Portuguesa em Torres Vedras.

Os capitais próprios da CCAMTV foram reforçados em 10,6%, totalizando assim 95 milhões de euros. O Retorno sobre o Património Líquido (ROE) aumentou para 8,7% e o indicador de solvabilidade, o rácio CET 1, subiu para 49,5%. “O banco continua a cumprir os seus requisitos de fundos próprios, sendo um dos melhores a nível nacional e mesmo global”, enfatiza. Para além disso, a CCAMTV investe em inovação. Existe uma parceria com a Universidade de Aveiro para desenvolver um algoritmo multiplicador-social, “que integra o nosso pricing”. Este projeto visa criar um programa que informe sobre o impacto social e económico dos investimentos

realizados pela instituição. “Somos guardiões dos valores humanos e ambientais”, destaca Manuel Guerreiro.

Para o presidente, a supervisão regulatória rigorosa não é vista como um obstáculo, mas como uma vantagem que fortalece as instituições locais. “Para uma entidade financeira local da nossa dimensão, posso assegurar que os nossos rácios financeiros estão ao nível dos melhores desempenhos nacionais”, afirmou, destacando as métricas como o rácio de eficiência, rácio de alavancagem e rácio Core Tier 1 como indicadores do desempenho robusto da CCAMTV.

Sobre a União Bancária Europeia, expressou que esta deve saber acautelar e defender as LSI, nomeadamente as cooperativas de crédito. “Tendo em conta a natureza não sistémica destas instituições e a sua forte capitalização local. Estamos alinhados com os objetivos bancários.”

A entrada de uma geração jovem no Crédito Agrícola é vista com otimismo, destacando a importância da educação financeira e do empreendedorismo social. “Estamos a implementar programas inovadores nas escolas locais em colaboração com as universidades para envolver os jovens”, revelou. Este investimento na formação das novas gerações inclui a adaptação a tecnologias, como apps e cartões pré-pagos, que facilitam o acesso dos jovens a serviços financeiros de forma prática e segura.

Num momento em que a consolidação bancária se tornou uma prática comum, o presidente defende uma abordagem distinta para as cooperativas de crédito que, pela sua natureza, não são

consolidáveis sem perderem a essência que lhes deu causa. E, esta necessidade profunda foi a raiz do seu sucesso (sustentabilidade económica), enfatizando a proximidade e a identidade comunitária das instituições financeiras cooperativas. “Quando uma entidade da banca cooperativa considera que para ganhar dimensão e escala precisa de incorporar outra instituição similar num território contíguo, perde-se a identificação com a sua comunidade”. A realidade criada transforma-se noutra “coisa” mas que nada tem a ver com o cooperativismo de crédito de base e identidade local.

Ao discutir a relevância dos organismos centrais no contexto das cooperativas de crédito, o presidente lembrou a experiência holandesa. “Na Holanda, havia uma proliferação de pequenos bancos cooperativos (1200 para metade do território nacional) que enfrentaram desafios significativos de capitalização nas décadas de 1970 e 1980. Isso levou à criação de organismos centrais para partilhar riscos e capitalizar as cooperativas, sendo que houve o cuidado de reforçar o modelo de Governance que promove uma efetiva capacidade de monitorização nas entidades locais. Deste modo, é na autoridade destas entidades locais que assenta a delegação de poder nos órgãos de gestão executiva”. As fusões, os organismos centrais ou os sistemas de proteção institucional só surgem por força de coordenação na mitigação de problemas. As cooperativas de crédito com cultura de risco e, em regra, capitalizadas, têm liquidez e modelos de negócio e de Governance sustentáveis. Assim, em regra, não necessitam de engenharias complexas financeiras para tentar justificar o ganho artificial de dimensão. A sua essência, ou a sua vocação, é o seu concelho ou município. Atuam, de modo simples, eficaz, ou seja, sério, executam as tarefas de crédito e de poupança, e, ainda, de pagamentos, tal como todos os outros bancos.

Em Portugal, um cenário semelhante ocorreu com muitos bancos cooperativos que criaram, no virar do século passado, organismos centrais, essencialmente, pela procura de instrumentos quantitativos, designadamente a ponderação de rácios como aqueles que têm que ver com o capital. Consequentemente, tenderam a forçar a partilha de responsabilidades e garantias, o que aumentou o risco operacional, dado que o balanço adquiriu complexidade. No entanto, como tudo, a prática sugere uma análise cuidada dos custos associados a estas construções, como a perda de autonomia e transparência. “As cooperativas, que passam a ser semelhantes a sociedades anónimas, introduzem novos riscos”, observou.

Manuel Guerreiro expressou, neste contexto, preocupações quanto ao assumir de risco desadequado à natureza local que deu origem à atividade. A necessidade de mutualização desproporcionada (à sua dimensão e estrutura de propriedade), através da constituição de organismos centrais ou sistemas de proteção institucional para todas as cooperativas, pode levar a consequências desastrosas que a crise de 2008, entre outras, evidenciou. Um exemplo disso é a Banca Cooperativa na Hungria, que se transformou numa sociedade anónima e que, posteriormente, foi entregue a um oligarca e enfrenta hoje problemas de sustentabilidade do seu modelo de negócio.

Destacou ainda os desafios específicos enfrentados pelo setor bancário em Portugal, incluindo a necessidade de mais capital

nacional. “Decisões significativas de crédito são frequentemente tomadas em Espanha, o que representa um risco substancial para a atividade empresarial nacional”, afirmou.

Em Portugal, o número de instituições bancárias diminui todos os anos, em contraponto a outros países europeus em que existe um ambiente mais favorável. “Em Espanha e nos países bálticos, por exemplo, novos bancos continuam a surgir”, comentou.

O modelo de negócio cooperativo é dos melhores do mundo, desde que respeite a lei, tenha liderança, carácter, honestidade e dignidade. Os líderes cooperativos não existem para fazer o que “alguns” cooperados querem, mas para fazer, em conjunto com os cooperados, aquilo que tem de ser feito. Portanto, tem de existir governança, gestão com fundamentos éticos e modelos de risco de negócio robustos, só assim o longo prazo prevalece sobre o curto prazo. Os sete princípios cooperativos continuam a ser objeto de apropriação pelas grandes corporações que as introduzem no seu modelo de negócio.

O ano de 2025 foi decretado pelas Nações Unidas como o Ano Internacional das Cooperativas. Em Portugal, existem cerca de 70 mil entidades com esta natureza. No mundo, 1 em cada 8 pessoas está ligada a uma cooperativa. As 300 maiores cooperativas valem 7 vezes mais do que a Walmart. Os países onde o cooperativismo tem maior representatividade em termos de atividade económica são o Canadá (Québec 75%), França 70%, Holanda 65%, Alemanha 45%, Estados Unidos 35%, Japão 35%, Índia com 240 milhões de cooperantes e a China com 200 milhões.

Concluindo, Manuel Guerreiro reiterou a posição da CCAMTV de manter a sua independência e foco local. “O nosso modelo baseia-se em valores de individualidade e proximidade com a comunidade, contrariando tendências isomórficas que levam à homogeneização. Valorizamos a nossa autonomia para atrair novos associados, clientes e inovação”.

António José dos Santos e Manuel Guerreiro

MUNICÍPIO DO CADAVAL: A HISTÓRIA E O FUTURO DA COMUNIDADE

Localizado no norte do distrito de Lisboa, o Cadaval preserva uma identidade rica em história e cultura, moldada pela sua tradição agrícola e pelo esforço contínuo em promover o desenvolvimento urbano sem perder as suas raízes. Em conversa com o Presidente da Câmara Municipal, José Bernardo Nunes, descobrimos os desafios e as conquistas dos seus 30 anos dedicados ao serviço público.

Com uma trajetória de 11 anos como Presidente do Município, José Bernardo Nunes destacou a proximidade com os problemas quotidianos dos cidadãos como uma das maiores vantagens de liderar uma autarquia de pequena escala. “Na Câmara do Cadaval, sentimos uma satisfação única ao resolver os problemas das pessoas diretamente, algo que se perde em organizações maiores”, afirmou o presidente.

Ao longo dos anos, o Cadaval tem enfrentado o desafio de equilibrar o desenvolvimento urbano com a preservação do seu património histórico e cultural. “Somos um Município profundamente enraizado na atividade agrícola, com uma história que remonta séculos. Mantemos um compromisso com a preservação das nossas tradições enquanto procuramos formas de crescimento sustentável”, explicou José Bernardo Nunes.

O setor agrícola, especialmente a produção de pera rocha, tem sido crucial para a economia local, com o Cadaval e o Bombarral destacando-se como os principais produtores desta fruta em Portugal. “Temos a maior central de frutas do País, a Coopval, que desempenha um papel vital no armazenamento e distribuição da nossa produção”, enfatizou o presidente.

José Bernardo Nunes, Presidente

Queremos ser um centro de excelência que ofereça não apenas uma qualidade de vida excecional, mas também oportunidades económicas e culturais vibrantes

Além da agricultura, o turismo emergiu como uma área de crescimento estratégico para o Cadaval. A Serra de Montejunto, com os seus moinhos de vento e monumentos históricos como a Real Fábrica do Gelo, atrai visitantes ávidos por explorar a riqueza cultural e natural da região. “Estamos a investir em iniciativas como o enoturismo e a preservação de moinhos, equilibrando o uso tradicional com as novas exigências por turismo rural”, revelou José Bernardo Nunes.

Questões ambientais também ocupam um lugar central na agenda da autarquia, com esforços contínuos para prevenir incêndios e promover práticas sustentáveis. “A Serra de Montejunto

não regista incêndios há anos, graças às medidas de prevenção e à consciencialização da comunidade”, destacou o presidente. Em termos de infraestrutura educacional, o Cadaval implementou programas inovadores como o ‘Férias na Escola’, proporcionando atividades educativas durante os períodos de férias para crianças e apoio às famílias. “O nosso objetivo é preparar as gerações futuras, proporcionando oportunidades educacionais de qualidade que fortaleçam a comunidade”, afirmou José Bernardo Nunes.

Olhando para o futuro, o Cadaval tem como objetivo atrair novos negócios e residentes, com iniciativas como uma incubadora de empresas e projetos habitacionais para jovens profissionais. “Queremos ser um centro de excelência que ofereça não apenas uma qualidade de vida excecional, mas também oportunidades económicas e culturais vibrantes”, concluiu o presidente.

Com a recente distinção do Geoparque Oeste pela UNESCO, o Cadaval está posicionado para maximizar os benefícios desta honra, promovendo o turismo e a investigação científica nas suas formações geológicas únicas.

Assim sendo, o Cadaval continua a navegar entre o passado e o futuro com uma visão clara de crescimento sustentável e preservação cultural, guiado pela liderança visionária de José Bernardo Nunes e pelo apoio entusiástico da comunidade local.

DAS TERRAS À MARÉ: A CAMINHADA DA BERLENGATUR

Desde Peniche até às águas cristalinas que banham a Ilha das Berlengas, a história da Berlengatur é um testemunho vivo da resiliência e da capacidade de adaptação empresarial. Lina Ferreira e Sérgio Ferreira são os rostos da empresa, que se tornou fundamental para o turismo no Oeste de Portugal, estabelecendo novos padrões de sustentabilidade e qualidade no setor.

Uma transformação sazonal

Sérgio Ferreira recorda como tudo começou: “Nós viemos da agricultura, mas estávamos a enfrentar dificuldades com as vendas. Foi aí que surgiu a ideia de explorar as potencialidades turísticas das Berlengas”. O amor pelo mar e pelas atividades ao ar livre foi o fator decisivo: “Um amigo sugeriu, quase como brincadeira, que comprássemos um barco e mudássemos de vida. E foi assim que tudo começou”, sublinhando a origem casual do negócio. Desde então, a Berlengatur transformou-se numa das principais operadoras turísticas da região, que opera de forma sazonal. “Começamos na Páscoa e terminamos em outubro, mas o clima às vezes impõe-nos desafios”, explica Lina Ferreira, apontando a natureza imprevisível do clima como um fator que afeta diretamente o negócio. Apesar desses desafios, a empresa consegue atender cerca de 110 passageiros por viagem, proporcionando transporte e experiências enriquecedoras.

Sérgio Ferreira e Lina Ferreira, Administradores

Sérgio destaca que “o compromisso com a qualidade” é o principal diferencial da Berlengatur. Esse compromisso está presente em todas as etapas do serviço, desde a travessia até à estadia na ilha. Uma vez que, a equipa da Berlengatur se dedica para que cada cliente tenha uma experiência memorável.

Guias experientes acompanham os visitantes, oferecendo visitas guiadas às grutas e uma variedade de atividades, como pesca desportiva e passeios culturais. Lina acredita na importância de proporcionar uma experiência completa, que inclua tanto a beleza natural da ilha quanto a rica história e cultura de Peniche: “Fazemos passeios costeiros, contamos a história de Peniche. Não nos limitamos à Berlenga, queremos que os nossos visitantes tenham uma experiência completa”. Dessa forma, a Berlengatur inclui diferentes aspetos turísticos da região, oferecendo um serviço abrangente e de alta qualidade.

Diversificação e expansão

A diversificação dos serviços tem sido fundamental para o sucesso da Berlengatur. “Quando começámos, a temporada de verão era curta. Hoje, graças à diversificação e à melhoria das nossas embarcações, conseguimos operar durante quase seis meses”, orgulha-se Sérgio. “A nossa divulgação e a qualidade das nossas embarcações são muito superiores ao que existia antes. Isso permite-nos não só competir, mas liderar no mercado”. Para a empresa o maior desafio é “proporcionar às pessoas um dia diferente, uma boa experiência na ilha da Berlenga. Mas nem sempre o tempo nos favorece, preferimos cancelar a dar uma má experiência aos nossos visitantes”. Além disso, destaca que o feedback positivo dos clientes é crucial para o seu trabalho: “recebemos sempre um bom feedback de quem cá vem e é isto que nos faz melhorar cada vez mais”.

Um turismo em evolução

Nos últimos anos, a empresa tem visto uma mudança interessante no perfil dos turistas: “este ano está a haver um turismo que antes não aparecia, o turismo italiano”. Essa diversidade de visitantes reflete não só a crescente popularidade da região, mas também a eficácia das parcerias estratégicas da Berlengatur, que ajudam a ampliar o seu alcance e visibilidade. “Temos vários hotéis e alojamentos com quem trabalhamos, o foco não é só em Peniche, também temos o concelho da Lourinhã”, realça Lina.

Sérgio Ferreira viu na beleza da Ilha da Berlenga uma oportunidade de negócio, mas também uma responsabilidade de preservação. Desde o início, a Berlengatur adotou práticas inovadoras para minimizar o seu impacto ambiental. Uma das iniciativas pioneiras foi a redução das viagens diárias para a ilha, tendo como objetivo a eficiência operacional, mas também a preservação do ambiente. “Nós fomos um dos primeiros a sugerir essas duas viagens diárias. Antigamente, era um despejo de pessoas na ilha, o que não achávamos correto. Com o tempo, perceberam que seria mais sustentável dessa forma”, afirma.

Desafios e inovações

Além disso, destaca o desafio de implementar tecnologias mais limpas, como embarcações elétricas, mas aponta a falta de apoio adequado como um obstáculo significativo. “Os subsídios para embarcações elétricas são insuficientes para cobrir os custos das baterias. Precisamos de mais apoio do Turismo de Portugal e de fundos comunitários para avançar nessa direção”, remata Lina Ferreira.

Ao refletir sobre o impacto da evolução turística em Peniche, Sérgio reconhece o apoio do Turismo de Portugal na modernização da frota da Berlengatur. Contudo, critica a falta de infraestrutura adequada no porto local para acomodar embarcações de recreio, o que, segundo ele, limita o crescimento turístico da região. “Temos uma Marina obsoleta aqui em Peniche. Precisamos de aproveitar melhor esse espaço para atrair mais turistas e embarcações de recreio”.

Visão para o futuro

Olhando para o futuro, Sérgio revela a sua ambição de expandir ainda mais os horizontes da Berlengatur. Sonha com uma embarcação elétrica que ofereça uma experiência silenciosa e sustentável aos visitantes, representando um passo em direção a um turismo mais ecológico. “Atravessar o mar sem ouvir nenhum barulho seria excelente. Mas para isso, precisamos de mais apoio e sensibilização para questões ambientais”.

A Berlengatur é uma empresa de turismo que se destaca por combinar sucesso empresarial com responsabilidade ambiental. Sob a liderança de Sérgio Ferreira e Lina Ferreira, a empresa molda o turismo em Peniche, oferecendo viagens à Ilha das Berlengas que respeitam e preservam o meio ambiente.

EXCELÊNCIA E INOVAÇÃO EM CADA GARRAFA

No coração da região Oeste de Portugal, ergue-se um símbolo de tradição e qualidade: a Adega Cooperativa do Cadaval. Fundada há mais de meio século, esta adega tem moldado a paisagem vinícola local e o paladar dos consumidores exigentes em todo o mundo. Em conversa com Gonçalo Neves, enólogo deste legado familiar, tivemos a oportunidade de desvendar os segredos por trás do sucesso da adega e de conhecer as suas visões para o futuro.

Gonçalo Neves, enólogo talentoso e apaixonado pela arte da vinificação, revela os segredos por trás dos vinhos que conquistaram prémios em competições internacionais: “o nosso microclima singular, influenciado pela proximidade da Serra de Montejunto e pelo Oceano Atlântico, é a base dos nossos vinhos exclusivos. A frescura que conseguimos é crucial para a identidade dos nossos néctares, conferindo-lhes uma nota ácida e frutada distintiva”.

Num mercado global altamente competitivo, onde a qualidade é a pedra angular do sucesso, a Adega Cooperativa do Cadaval destaca-se pela sua história, mas principalmente pela excelência dos seus produtos. Gonçalo compara com orgulho os vinhos da adega com os seus pares internacionais: “É a nossa qualidade que nos confere distinção. Os nossos vinhos têm sido premiados em vários países, inclusive na Ásia, o que tem sido essencial para a nossa projeção internacional”. Para além do impacto económico positivo na região Oeste, a Adega tem apostado o seu caminho em práticas sustentáveis. “Implementamos painéis fotovoltaicos e garrafas mais leves para minimizar a nossa pegada ambiental. Comprometemo-nos com práticas que promovam a sustentabilidade a longo prazo, preservando o meio ambiente que nos dá os nossos frutos preciosos”, afirma o enólogo com convicção.

Mais do que uma produtora de vinhos de renome, a Adega do Cadaval desempenha um papel crucial na promoção da região Oeste como um destino turístico de excelência. “É fundamental promover os nossos vinhos, mas também toda a riqueza cultural e turística da região Oeste”, destaca Gonçalo. Entre os produtos da adega destacam-se os vinhos brancos, rosés e espumantes, conhecidos pela sua leveza e frescura. “Produzimos vinhos com teor alcoólico reduzido, oscilando entre os 9,5 e os 10 graus, ideais para quem aprecia uma bebida leve, refrescante e fácil de beber”, explica Gonçalo, enquanto destaca os avanços tecnológicos contínuos na vinificação: “estamos constantemente a atualizar as nossas técnicas para garantir que cada garrafa mantenha a qualidade que os nossos consumidores esperam, sempre de forma controlada e sustentável”. Questionado sobre o futuro da Adega Cooperativa do Cadaval, Gonçalo Neves revela planos ambiciosos: “estamos focados no crescimento da nossa marca e na melhoria contínua da qualidade dos nossos produtos. Queremos explorar novos mercados e consolidar a nossa presença internacional”. Por fim, ao abordar os desafios atuais do mercado vinícola, o enólogo é pragmático: “o mercado dos vinhos é competitivo e está saturado, mas mantemos a nossa posição com preços justos e uma qualidade ímpar, correspondendo às expectativas dos nossos clientes mais exigentes. Assim, a Adega Cooperativa do Cadaval não é apenas um produtor de vinhos; é um guardião do património familiar, um símbolo de qualidade e inovação que continua a prosperar no coração da região Oeste. Com um compromisso firme com a excelência e a sustentabilidade, esta adega está pronta para enfrentar os desafios do futuro enquanto expande o seu legado a nível mundial. geral@adegacadaval.pt • www.loja.adegacadaval.pt

Gonçalo Neves, Enólogo e Leopoldo Neves, Presidente

"A DESCARBONIZAÇÃO É UM PASSO CRUCIAL PARA O SETOR ÓTICO"

As Associações são um elemento essencial no tecido empresarial e no contexto da defesa de valores essenciais de cidadania.

A AASO não foi criada para ser mais uma entidade de defesa de interesses setoriais, mas sim para a promoção da sustentabilidade ambiental, da reciclagem e do reaproveitamento de materiais, em todas as entidades, coletivas ou singulares, que atuem na cadeia de valor da atividade da ótica em Portugal.

Nesse sentido tem orientado a sua ação ou dado testemunho da concretização de parcerias que afirmam seja o princípio da diversidade, como o que tem desenvolvido com o CADIn seja, mais recentemente, em conjunto com a Quercus, a dinamização de uma metodologia para apurar o impacto da pegada de carbono no mercado do retalho da ótica.

A descarbonização é um passo crucial para o setor ótico, não só em termos de responsabilidade ambiental, mas também para garantia da sustentabilidade econômica a longo prazo.

O rasto que a ótica produz no seu quotidiano, quer seja resultado da sua atividade direta, v.g. na produção de armações e corte de lentes, quer seja indireto, pela logística do transporte de mercadorias e pessoas, é muito relevante. O conhecimento dessa variável expresso em toneladas de CO2 permitirá adotar e implementar medidas necessárias a fim de reduzi-la. Tal promoverá a atribuição do Selo da Sustentabilidade aos seus associados.

Tudo, no fundo, numa sequência que se inicia nos materiais ecológicos com utilização de elementos biodegradáveis ou recicláveis para a produção de armações de óculos, como acetato

de celulose, bioplástico e bambu e se desenvolve em processos eficientes de fabricação que utilizem menos energia e recursos, como a impressão 3D, que pode reduzir o desperdício de materiais.

Instalação de painéis solares nas fábricas e lojas para reduzir a dependência de fontes de energia não renováveis e implementação de tecnologias de eficiência energética, como a iluminação LED, passando pela utilização de sistemas de climatização mais eficientes, tudo contribuirá nesse mesmo sentido.

O estabelecimento de programas de reciclagem para lentes, armações e embalagens usadas e a redução de desperdício mercê de estratégias determinadas a minimizar o desperdício de materiais durante a fabricação e operação tudo será determinante para atingir essa mesma meta.

Acrescem uma logística sustentável otimizando as rotas de transporte e utilização veículos elétricos ou híbridos para reduzir as emissões de CO2 bem como a preferência por fornecedores locais a fim de diminuir a pegada de carbono associada ao transporte de materiais.

Lojas e operações verdes com design sustentável com a construção e renovação de lojas com materiais sustentáveis e práticas de construção verde igualmente serão desejáveis.

Em suma tudo, permitirá a consciencialização do consumidor promovendo os produtos sustentáveis e educando os clientes sobre a importância da descarbonização.

Claro, sem esquecer a inovação tecnológica v.g. lentes eficientes que que possam ser reutilizadas ou recicladas mais facilmente.

Produção Inteligente com implementação de tecnologias de manufatura avançada, como a Internet das Coisas (IoT) e inteligência artificial, para melhorar a eficiência dos processos de produção estará igualmente na lista de prioridades.

As certificações ambientais, como a ISO 14001, para demonstrar o compromisso com práticas e parcerias sustentáveis colaborando com outras empresas e organizações para promover práticas de descarbonização ao longo de toda a cadeia de valor representarão o coroar de toda uma trajetória.

A somar a economias significativas, o marketing dos consumidores valoriza cada vez mais empresas com práticas sustentáveis, o que pode fortalecer a marca, atendendo a regulamentações ambientais que se estão a tornar cada vez mais rigorosas. Será sempre uma situação win-win

geral@aaso.pt • www.aaso.pt

Pedro Rebelo de Sousa, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da AASO Senior Partner da SRS Legal

INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO COM IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA

Doutora

Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa

Sócia e Co-fundadora da startup NeuroSoV

Através das palavras da Doutora Dina Pereira, ficámos a conhecer o UBImedical, um espaço de excelência para articular a ligação entre a Universidade e o mundo empresarial.

Ao longo dos seus 50 anos de existência, a Universidade da Beira Interior (UBI), através da sua forte e dinâmica comunidade académica ao nível do ensino, da educação e da formação de estudantes nas mais variadas áreas, tem sido um agente fundamental na promoção do desenvolvimento e da coesão territorial, nomeadamente na retenção de talento, no alavancar o potencial da região para o investimento científico e instalação de outras empresas na área da saúde, e na articulação da ligação entre a Universidade e o mundo empresarial. Neste contexto, surgiu o UBImedical. Como e quando foi criado, como está estruturado e a que se dedica este centro de excelência da UBI?

O UBImedical é um centro de interface, com duas áreas de foco, a área laboratorial e a área de incubação tecnológica. A área laboratorial compreende 11 laboratórios em áreas relacionadas com as ciências da vida e as tecnologias, cujo objetivo é a prestação de serviços de alto valor tecnológico e as parcerias internacionais, nomeadamente: o AGEinFuture dedicado ao envelhecimento ativo e saudável, o Centro Académico Clínico das Beiras que integra o Centro de Estudos e Ensaios Clínicos, o LabExpoRad focado no efeito das radiações na saúde, o LabSed que estuda os edifícios e efeitos em saúde, o Laboratório de Biosensores e Instrumentação, o Laboratório de Química focado no tratamento inovador de efluentes e na produção de hidrogénio verde, a Fármaco-Toxicologia, a Fisiopatologia, o UBIAir dedicado às doenças respiratórias agudas, as Ciências da Visão e o Pólo do Instituto de Telecomunicações. A área de incubação tem 43 startups focadas na saúde, ciências da vida e IT, as quais já levantaram mais de 35 milhões de euros em fundos, empregam mais de 200 colaborado-

res, a maioria altamente qualificada, e estão envolvidas em diversos projetos europeus e nacionais. O UBImedical, a operar ativamente desde 2017, dinamiza scouting, mentoria, networking, aceleração e fundraising dos projetos empreendedores e apoia a operacionalização dos diversos laboratórios residentes.

As novas tecnologias e a Inteligência Artificial estão a assumir um protagonismo decisivo nos mais variados setores das sociedades contemporâneas. Que projetos e/ou iniciativas estão previstas pelo UBImedical neste cenário cada vez mais virtual?

O UBImedical conta já com laboratórios e startups a investigar e transferir projetos ligados à Inteligência Artificial (IA), Blockchain, IoT, com as mais diversas aplicações, desde o apoio ao envelhecimento ativo e saudável, rastreio e monitorização de doenças e marcadores, acompanhamento pós-cirúrgico, otimização e design de fármacos, vigilância urbana e smart cities, interoperabilidade clínica, algoritmos de apoio à decisão clínica, telemedicina, gestão segura de projetos e tramitação de dados, entre outras. Laboratórios residentes como os Biosensores e Instrumentação, o Instituto de Telecomunicações, ou startups incubadas como a DeepNeuronic, a FastCompChem, a Uphill, a Bedev, a Sensomatt, a Synexis, a Synopsis Planet, ou empresas scale-up, como a Future Healthcare, a Wetek, ou a Wondercom são alguns dos exemplos de sucesso a inovar e ditar as tendências nestes setores. Também o UBImedical, opera de forma híbrida, compreendendo uma incubadora virtual, a par da incubação física. A incubação virtual, para além da residência virtual das startups, providencia-lhes mentoria, aceleração, e consultoria híbridas.

Para além da operacionalidade através dos seus dois pilares fundamentais, a incubação de base tecnológica e a componente laboratorial, poderia o UBImedical vir a equacionar a abertura a uma ou mais outras áreas de atuação?

O edifício físico do UBImedical encontra-se, neste momento, com uma taxa de ocupação de 98%, restando somente 15m2 disponíveis. Deste modo, é de equacionar a apresentação de um projeto para a construção de um segundo edifício no complexo, dotado de laboratórios vivos e de co-criação de ponta, que possam alavancar o surgimento de novas startups e scale-ups e atrair a fixação de empresas maduras de biotecnologia, pharma e tecnologia que operem como âncoras de desenvolvimento e energização das spin-offs e startups que surgem na UBI. www.ubimedical.pt www.ubi.pt

EMPREENDEDORISMO NO SETOR DA SAÚDE

Prof.ª Arminda do Paço, Presidente da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UBI Investigadora do NECE (Núcleo de Estudos em Ciências Empresariais)

A Universidade da Beira Interior (UBI) tem-se destacado pelo seu empenho no ensino do empreendedorismo com a introdução de disciplinas relacionadas com a promoção de competências empreendedoras, em vários ciclos de estudo, nomeadamente nas áreas STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics). Assim, o ensino e a investigação em empreendedorismo têm sido uma aposta do Departamento de Gestão e Economia, que numa lógica matricial e multidisciplinar, colabora com outros cursos contribuindo para aumentar o conhecimento no tema, e sensibilizando os estudantes para a necessidade de gerar valor através da criação de negócios. Não é, portanto, de estranhar o seu envolvimento em projetos europeus de grande envergadura que visam precisamente a promoção do empreendedorismo em várias áreas do saber, como por exemplo, a Saúde. É o caso do Health2Innovation, um projeto de cerca de um milhão e meio de euros, liderado pela UBI, e que conta com a colaboração de uma rede diversificada de especialistas totalizando 14 entidades de 12 países europeus (Alemanha, Chipre, Espanha, França, Grécia, Irlanda, Lituânia, Luxemburgo, Polónia, Portugal, Roménia, Suécia). Este projeto tem a clara missão de inspirar, orientar, treinar e capacitar estudantes e graduados em Ciências Biomédicas, Medicina, Gestão, Engenharias, Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e outras áreas afins para a melhoria das suas competências digitais, verdes, empreendedoras e interdisciplinares. O foco desta capacitação estará na saúde digital, literacia de dados, inteligência artificial, cibersegurança, biotecnologia e economia circular. Além do desenvolvimento de uma plataforma de e-Learning que contempla um curso avançado que será alvo de certificação e acreditação, o

Health2Innovation tem previsto o desenvolvimento de um Hub de aprendizagem digital e uma aplicação móvel, assim como um Bootcamp de Inovação em saúde e um programa de aprendizagem em clusters de saúde inovadores, incluindo o Medicon Valley na Dinamarca e Suécia e o norte de Lille, em França. Este é um projeto que promete impactar positivamente o sector de saúde europeu e moldar o futuro dos cuidados de saúde.

Numa escala mais pequena, mas podendo considerar-se uma espécie de spinoff deste projeto, eis que surge o RESTLESS - empoweRing univErsity Students Through heaLth EntrepreneurShip trainingS, um outro projeto europeu, que se dirige aos estudantes universitários de medicina e outras ciências da saúde, ciências naturais, engenharia, e ciências empresariais, visando promover a integração da educação para o empreendedorismo nestas áreas de estudo, promovendo uma cultura de inovação no mercado da saúde. Pretende-se assim desenvolver um programa de formação, cultivando estas competências, e aumentando a compreensão dos estudantes em áreas chave relacionadas com a Saúde. O RESTLESS conta com a colaboração de cinco parceiros, reunindo três universidades (Silésia, Cologne-Hospital e Beira Interior), um parque tecnológico (JOIST Innovation Park) e uma empresa (GrantXpert), respetivamente da Polónia, Alemanha, Portugal, Grécia e Chipre.

Estes projetos também contribuem para o fomento do ensino do empreendedorismo na UBI, despertando os estudantes de outras áreas, que não as ciências empresariais, para a necessidade de criarem o seu próprio emprego, desenvolverem a sua ideia de investigação e poderem dessa forma contribuir para a inovação e bem-estar da sociedade no longo prazo.

A COMPLEXIDADE DO CÉREBRO E AS DOENÇAS QUE MAIS O AFETAM

Dr.ª Andreia Matas (OM49416), Neurologista no Trofa Saúde Vila Real

O cérebro humano é a última e mais grandiosa fronteira biológica, a estrutura mais complexa conhecida até hoje no Universo. É composto por centenas de biliões de células interligadas através de triliões de ligações, formando uma complexa rede responsável por tudo aquilo que nos caracteriza enquanto humanos. Controla todas as funções do organismo e é graças a ele que conseguimos comunicar, sentir emoções, pensar, guardar memórias, fazer planos e resolver problemas. É ele a base das grandes descobertas científicas, a fonte de nossa criatividade e das mais belas obras de arte.

Há muitas décadas que neurocientistas de todo o mundo se dedicam a desvendar os mistérios do cérebro e muito tem vindo a ser revelado ao longo dos últimos anos no

que diz respeito ao funcionamento deste intrigante e fascinante órgão.

Sendo o cérebro humano uma “máquina” tão finamente calibrada e complexa, qualquer “avaria” ou mal funcionamento pode ser bastante incapacitante e ter um efeito devastador.

As doenças neurológicas são cada vez mais prevalentes em Portugal, implicando um impacto económico e social cada vez maior. O acidente vascular cerebral (AVC) é a principal causa de morte e invalidez em Portugal.

Estima-se que, por hora, três portugueses sofram um acidente vascular cerebral, um dos quais fatal. A prevalência de demências – como a doença de Alzheimer ou as demências vasculares – tem tido um crescimento exponencial, estimando-se que em 2050 cerca de 115 milhões de pessoas irão sofrer de doença de Alzheimer. A doença de Parkinson, a patologia neurodegenerativa mais prevalente a seguir à de Alzheimer, afeta quase 20 mil portugueses, prevendo-se que venha também a aumentar com o envelhecimento da população. As dores de cabeça são, também, muito prevalentes entre a população portuguesa, estimando-se que cerca de 88,6% dos portugueses sofram de dores de cabeça ao longo da vida e que 12,4% sofram de dor de cabeça de grande

intensidade e com repercussão nas suas atividades de vida diárias. Estima-se que em Portugal existam cerca de 50 000 doentes com Epilepsia e aproximadamente 5000 com Esclerose Múltipla. Existem, ainda, outras patologias neurológicas que se associam a uma redução da qualidade de vida, ao prejuízo do desempenho escolar e laboral e que assumem grande relevância social e humana na população portuguesa.

Nas últimas décadas, a investigação científica dedicada às doenças neurológicas conheceu grandes avanços, permitindo identificar agentes etiológicos, fatores de risco, mecanismos fisiopatológicos e bases genéticas inerentes a diversas condições neurológicas. Estes avanços revolucionários têm-se vindo a refletir de forma muito relevante no desenvolvimento de estratégias inovadoras de prevenção, diagnóstico e tratamento de várias patologias neurológicas e têm possibilitado uma nova realidade aos doentes neurológicos.

Dia Mundial do Cérebro

A World Federation of Neurology (WFN) instituiu o Dia Mundial do Cérebro com o propósito de chamar a atenção para as grandes questões do cérebro e procurar promover a saúde neurológica e mental. Assim, para se alertar sobre a necessidade com os cuidados dessa região do corpo humano, a WFN tem como objetivo para este dia, promover a importância de um cérebro saudável, incentivar práticas que previnam doenças neurológicas e destacar a necessidade de mais investimentos em investigação e tratamentos neurológicos. O Dia Mundial do Cérebro passou a ser celebrado em vários países a 22 de julho.

DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS E PARKINSON

A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, e cujos números estão a aumentar exponencialmente. Este aumento representa um desafio social significativo, particularmente em países com maior esperança de vida. A procura de terapias que possam parar ou retardar a progressão da neurodegeneração é, portanto, crucial para mitigar o impacto desta doença. Na NeuroSoV, estamos a desenvolver soluções terapêuticas para doenças neurodegenerativas, com um foco específico

na doença de Parkinson. Ao contrário dos tratamentos atuais, que abordam principalmente os sintomas, a nossa solução é uma terapia neuroprotetora que tem o potencial de desacelerar a progressão da doença, abordando a causa da neurodegeneração que leva ao desenvolvimento dos sintomas. Esta abordagem tem um enorme potencial para alterar o curso da doença e melhorar a vida dos doentes e dos seus familiares. Na NeuroSoV, ao destacar a importância de terapias neuroprotetoras, estamos a sublinhar um caminho promissor para um futuro onde a doença de Parkinson e outras doenças neurodegenerativas possam efetivamente ser controladas e, eventualmente, curadas. É um objetivo ambicioso, mas com a ciência e a inovação do nosso lado, é um futuro que podemos e devemos almejar. Neste Dia Mundial do Cérebro, é essencial reconhecer o papel crítico do desenvolvimento destas soluções terapêuticas para os pacientes que sofrem de neurodegeneração e a necessidade de um maior investimento na investigação e inovação nesta área.

info@neurosov.com www.neurosov.com

ENVELHECIMENTO CEREBRAL SAUDÁVEL

Mª Assunção Vaz Patto, M.D., PhD. Professora Associada – FCS-UBI

Assistente Graduada de Neurologia

Coordenadora do AgeINfuture – Centro Referência para o Envelhecimento

Ativo e Saudável do Interior da Região Centro Coordenadora do Grubi – Centro afiliado da Cochrane Portugal

Há uma guerra antiga entre duas especialidades médicas: a neurologia e a cardiologia. Os cardiologistas insistem que o coração é o órgão mais importante – sem o coração, de facto, estamos mortos. Mas como se vive sem cérebro? É o cérebro que nos define como pessoas – e são frequentes as alterações de personalidade que vemos quando o cérebro não funciona bem. A partir de uma célula específica – o neurónio, que por si só é um mini computador – formam-se redes, que se tornam mais ou menos resistentes pelos processos de aprendizagem e que, dependendo da localização nas várias áreas do cérebro, têm funções especificas. Também é o cérebro que nos mostra o mundo – vemos, ouvimos, sentimos, e o que recebemos é

descodificado e transformado em movimento, ideias, pensamentos e emoções. Assim como o cérebro nos torna um individuo, também é o cérebro que permite ligar-nos a outros indivíduos e formar grupos com características comuns.Previamente pensava-se que este conjunto de neurónios e redes eram definitivos, mas nos últimos anos foram descobertas várias zonas do cérebro onde existem células precursoras de neurónios que se transformam em células novas. Este processo pode ser potenciado por exercício físico, uma alimentação saudável e por um processo de aprendizagem ao longo da vida associado a uma vida social positiva. São estes os 4 pilares de um envelhecimento cerebral saudável. Assim, mais importante que decidir se é o coração ou o cérebro que nos faz mais falta, termos um estilo de vida que preserve órgãos tão complexos e fantásticos é a obrigação de cada um de nós. Para continuarmos como indivíduos a sentir o mundo, e como grupo, a conseguir mudá-lo. O AgeINfuture – Centro de Referência para o Envelhecimento Ativo e Saudável do Interior da Região Centro visa melhorar a saúde e qualidade de vida da atual geração de idosos, tendo o cérebro um foco central nas suas atividades.

geral@ageinfuture.pt www.ageinfuture.pt

Prof.ª Ana Clara Cristóvão, CEO da NeuroSoV Investigadora Auxiliar CICS-UBI

Durante o curso da doença, outros sistemas cerebrais podem ficar comprometidos, condicionando alterações da fala, do sono, do pensamento, da sexualidade, da memória, do comportamento e do estado de ânimo (depressão e ansiedade).

Dr.ª Patrícia Pita Lobo, Neurologista

Hospital Dr. Nélio Mendonça, SESARAM

A doença de Parkinson é uma doença neurológica degenerativa e lentamente progressiva, condicionada pela morte das células cerebrais em áreas específicas do cérebro. Deve-se à redução da produção de dopamina, um mensageiro químico cerebral que actua nos centros de comando dos movimentos voluntários.

Atinge adultos entre os 50 e 79 anos e é mais comum nos homens.

Do ponto de vista de sintomas, é caracterizada pela presença de tremor quando os músculos estão em repouso (tremor de repouso), lentidão dos movimentos voluntários, sendo estes os dois sintomas iniciais mais frequentes. Tem início habitualmente num dos membros superiores (mão). Cursa ainda com aumento no tônus muscular (rigidez). Pode evoluir com alterações do andar e do equilíbrio. Durante o curso da doença, outros sistemas cerebrais podem ficar comprometidos, condicionando alterações da fala, do sono, do pensamento, da sexualidade, da memória, do comportamento e do estado de ânimo (depressão e ansiedade).

O diagnóstico é feito através da história clínica e da avaliação física. Alguns exames podem ser realizados para excluir outras patologias.

O tratamento é sintomático, ou seja, até à data não existe um tratamento curativo, mas os medicamentos disponíveis aliviam os sintomas e dão qualidade de vida ao doente.

A doença tem várias fases. A fase inicial em que os sintomas são facilmente controlados com a medicação oral disponível. A fase intermédia em que é necessário ajustar as doses da medicação e adicionar vários medicamentos para que se consiga reduzir os sintomas do doente no seu dia-a-dia. Chega posteriormente a fase avançada, que se caracteriza pela presença de complicações motoras que surgem lentamente ao longo de anos de evolução da doença e caracterizam-se por dois tipos de sintomas/queixas: períodos de bloqueio (períodos de Off) e movimentos involuntários. Os períodos de bloqueio, correspondem aos períodos do dia em que se verifica o reaparecimento dos sintomas da doença (tremor, lentidão, rigidez, dificuldade no andar) e podem ter uma duração variável. Os movimentos involuntários chamados de discinésias, são movimentos independentes da vontade do doente, e podem surgir em qualquer parte do corpo (cabeça, tronco e/ou membros). Para esta fase estão disponíveis outras opções terapêuticas, para além da medicação oral, as chamadas terapêuticas auxiliadas por dispositivos. As terapêuticas auxiliadas são a cirurgia de estimulação cerebral profunda (cirurgia feita ao cérebro com colocação de um pacemaker), injecções subcutâneas de apomorfina para resgatar dos períodos Off, infusão de levodopa através do estômago/jejuno, e mais recentemente a infusão de levodopa através da pele com o auxílio de uma bomba.

A escolha do tratamento adequado depende, portanto, da fase da doença, pelo que deve ser orientada por um profissional.

São igualmente importantes a prática regular de exercício físico e uma dieta equilibrada pois permite melhorar a qualidade de vida do doente.

Com o apoio de:

ENXAQUECA: DOS DESAFIOS DIAGNÓSTICOS AOS TERAPÊUTICOS

As queixas de dor de cabeça (cefaleia) acompanham a Humanidade desde os seus primórdios. Há descrições de tratamento para cefaleias no Egipto Antigo e são ainda mais remotas as trepanações (orifícios que se faziam no crânio), com vista a permitir a fuga dos maus e atormentadores espíritos, causadores do sofrimento e da dor de cabeça. A enxaqueca é talvez a mais conhecida das cefaleias e é uma doença neurológica debilitante, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Caracterizada por dores de cabeça intensas e recorrentes, muitas vezes acompanhadas por náuseas, vómitos e sensibilidade à luz e ao som, a enxaqueca pode impactar significativamente a qualidade de vida de quem dela sofre. No entanto, apesar da sua prevalência, o diagnóstico e o tratamento da enxaqueca continuam a apresentar desafios consideráveis.

Desafios Diagnósticos

Um dos maiores obstáculos no diagnóstico da enxaqueca é a sua natureza variável e complexa. Os sintomas podem diferir amplamente de uma pessoa para outra e até mesmo de uma crise para outra, no mesmo indivíduo. Além da dor de cabeça pulsátil e intensa, alguns pacientes podem experimentar auras visuais (como pontos brilhantes), sensitivas (como sensações de “formigueiro” em alguma parte do corpo) ou motoras (falta de força), enquanto outros não têm auras. Além disso, a enxaqueca pode ser confundida com outros tipos de dores de cabeça, como sejam a cefaleia tipo tensão e a cefaleia em salvas. A falta de exames laboratoriais ou de imagem específicos para diagnosticar a enxaqueca significa que os médicos dependem de uma descrição detalhada dos sintomas, aspeto absolutamente fundamental para o sucesso de qualquer intervenção clínica – sem um diagnóstico correto, é difícil implementar um tratamento adequado e, dessa forma, aumentar a qualidade de vida da pessoa com enxaqueca.

Desafios Terapêuticos

O tratamento da enxaqueca também está repleto de desafios. Embora existam várias opções terapêuticas disponíveis, nem todas funcionam igualmente bem para todos os pacientes. Os tratamentos podem ser divididos em duas categorias principais: tratamento abortivo, que visa aliviar os sintomas durante uma crise de enxaqueca, e tratamento preventivo, que tenta reduzir a frequência e a gravidade das crises.

Os medicamentos abortivos incluem analgésicos comuns, como o ibuprofeno e o paracetamol, além de medicamentos específicos para enxaqueca, como os triptanos. No entanto, é importante vincar que a utilização excessiva de analgésicos pode contribuir para criar um ciclo vicioso de dor, muito difícil de quebrar. No grupo dos tratamentos preventivos incluem-se medicamentos desenvolvidos com outras indicações terapêuticas, mas que se verificou terem capacidade de

Dr. Filipe Palavra, Médico Neurologista, Unidade Local de Saúde de Coimbra Assistente Convidado, Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Presidente da Sociedade Portuguesa de Cefaleias

reduzir a intensidade e a frequência das crises de enxaqueca: anti-hipertensores, antidepressivos, fármacos anti-crises epiléticas e mesmo toxina botulínica são utilizados com este fim, embora possam ter efeitos colaterais significativos, sendo que nem todos os pacientes respondem de forma favorável. Esta lacuna terapêutica foi o mote para se desenvolverem medicamentos mais específicos e desenhados em função do conhecimento que foi surgindo sobre a fisiopatologia da enxaqueca. Assim surgiram os anticorpos monoclonais dirigidos contra o peptídeo relacionado com o gene da calcitonina (CGRP) e o seu recetor, assim como as pequenas moléculas que antagonizam esse mesmo recetor, os gepants, todos presentes no nosso mercado.

Enfrentando os Desafios

Para uma gestão clínica eficaz, na enxaqueca, é crucial que os pacientes colaborem com os seus médicos, permitindo a construção de um plano de tratamento personalizado. Manter um diário das crises de enxaqueca pode ajudar a identificar gatilhos específicos e a medir a eficácia dos tratamentos implementados. Além disso, estratégias não farmacológicas, como mudanças na dieta, prática regular de exercício físico, técnicas de relaxamento e controlo dos eventuais desencadeantes, podem desempenhar um papel importante e com impacto na qualidade de vida da pessoa com enxaqueca.

Finalmente, é essencial sensibilizar toda a população para o peso social da enxaqueca. Diagnosticar e tratar melhor só pode ser positivo, gerando ganhos em saúde que ultrapassam os custos diretos dessa intervenção. A enxaqueca é muito mais do que uma dor de cabeça e tem um impacto muito maior na nossa vida coletiva do que, à partida, poderíamos considerar. É possível reduzi-lo e o caminho passa seguramente por antecipar o acesso à inovação terapêutica que, felizmente, existe.

Com o apoio de:

J. Salgado-Borges, MD, PhD, FEBO

Diretor Clínico da Clinsborges, Embaixador em Portugal do TFOS (Tear Film & Ocular Surface Society) e Membro da EUDES (European Dry Eye Sosiety) www.clinsborges.pt / www.salgadoborges.com

MÊS DO OLHO SECO

Em 2017, a TFOS (Tear Film & Ocular Surface Society) estabeleceu Julho como o Mês da Consciencialização do Olho Seco, uma iniciativa global destinada a educar a população sobre esta condição que afeta milhões de pessoas, deteriorando significativamente a sua qualidade de vida e capacidade visual. Durante este mês, salientamos a importância de compreender a síndrome do olho seco e de investigar tratamentos inovadores e eficazes.

Lágrimas artificiais como abordagem terapêutica

Um dos componentes promissores no tratamento do olho seco é o Fucoidan, um polissacarídeo extraído de algas marinhas, reconhecido pelas suas propriedades anti-inflamatórias, cicatrizantes e antiapoptóticas. Essas características tornam-no um aditivo importante para as lágrimas artificiais, proporcionando múltiplos benefícios.

As lágrimas artificiais em geral, especialmente as fórmulas sem conservantes, desempenham um papel crucial no alívio e tratamento do olho seco. São especialmente benéficas para pacientes que necessitam de aplicações frequentes, pois minimizam o potencial irritativo

e alergénico, ao mesmo tempo que sustentam as funções vitais das células da córnea. Estes produtos facilitam a cicatrização e regeneração do tecido ocular, essenciais para recuperar a estabilidade do filme lacrimal e aliviar os sintomas do olho seco de forma eficiente.

Portanto, tanto ingredientes específicos quanto as fórmulas cuidadosamente desenvolvidas das lágrimas artificiais são fundamentais para uma abordagem terapêutica completa, proporcionando alívio e recuperação para quem sofre de olho seco.

Além da divulgação dos tratamentos, este mês é também uma oportunidade para discutir o impacto do olho seco na saúde ocular, o papel da nutrição e dos alimentos benéficos na prevenção e tratamento do olho seco, e os avanços tecnológicos, bem como tratamentos inovadores na área.

Conselhos importantes:

Com a chegada do verão, é crucial adotar medidas específicas para prevenir o agravamento do olho seco. A exposição prolongada ao sol, o uso frequente de ar condicionado e ambientes com baixa humidade são fatores comuns que podem exacerbar os sintomas, tais como, sensação de areia ou corpo estranho nos olhos, ardor, irritação, vermelhidão, fotofobia ou até mesmo visão desfocada. Neste contexto, recomenda-se o uso de óculos de sol com proteção UV para minimizar a exposição direta aos raios solares, e manter uma hidratação adequada, utilizando humidificadores nos espaços interiores para ajudar a manter o ar menos seco.

Julho Turquesa reforça a necessidade de uma abordagem proativa no cuidado do olho seco. Encorajamos todos a se informarem mais sobre as opções de tratamento disponíveis e a procurarem aconselhamento profissional para uma gestão mais eficaz desta condição.

Para mais informações ou esclarecimentos, convido a visitar a nossa clínica, um centro de referência no tratamento do olho seco.

Créditos Foto: Esfera das Ideias

EXISTEM LENTES DE CONTACTO PARA A PRESBIOPIA?

Ter presbiopia já não tem que significar usar sempre óculos. As lentes de contacto multifocais podem ser uma solução complementar para atividades ocasionais de lazer ou desporto.

Os nossos olhos são uma janela para o mundo que nos rodeia. No entanto, com o passar do tempo, é comum que a visão sofra de certos problemas. Um dos mais comuns é a presbiopia ou fadiga ocular, uma condição relacionada com a idade que surge geralmente após os 40 anos e que dificulta a visão de perto dos objetos.

No entanto, muitas pessoas que entram na fase da presbiopia adiam a consulta a um profissional da visão, geralmente porque têm dificuldade em aceitar que precisam de correção visual ou porque não querem usar óculos. Felizmente, existe agora uma solução complementar aos óculos progressivos: as lentes de contacto multifocais.

O que são lentes multifocais?

Quando falamos de óculos multifocais ou óculos progressivos, referimo-nos àqueles que têm diferentes dioptrias na mesma lente. Por outras palavras, podem ser usados para visão ao perto, intermédia e para longe.

E se a mesma tecnologia pudesse ser aplicada às lentes de contacto?

Isso não só é possível, como já é uma realidade. A Alcon, líder mundial em saúde ocular, desenvolveu as lentes de contacto diárias Multifocais TOTALTM (DAILIES TOTAL1TM Multifocal) e mensais (TOTAL30TM Multifocal).

As novas lentes de contacto multifocais TOTAL30TM, que oferecem um conforto excecional1 aos usuários presbitas que preferem lentes de substituição mensal.

Prevê-se que a presbiopia afete mais de 50% da população na próxima década12 e estima-se que 50% das pessoas com presbiopia tenham uma coreção visual insuficiente11. Se é uma dessas pessoas e leva um estilo de vida ativo ou simplesmente não quer usar óculos em certas ocasiões, as lentes de contacto TOTALTM Multifocal podem proporcionar uma visão nítida2, mantendo a sua aparência natural e sem a necessidade de se preocupar com o facto de os óculos escorregarem ou embaciarem.

Mas há mais razões pelas quais as lentes de contacto TOTAL30TM Multifocal podem ser a escolha certa para si e para aqueles momentos em que não quer usar óculos.

As principais características destas lentes de contacto são:

Material exclusivo patenteado

Fabricado com um material patenteado de Gradiente Aquoso que se aproxima de 100% de água na superfície, pelo que tudo o que entra em contacto com o olho é uma superfície suave de elevada hidratação9-10

Visão nítida a todas as distâncias2

A tecnologia Precision Profile, proporciona visão nítida ao perto, a distâncias intermédias e ao longe2

Transmissibilidade ao oxigénio

Proporcionam uma elevada transmissibilidade ao oxigénio***, o que ajuda a manter os olhos brancos.13

Durabilidade e resistência

A tecnologia CELLIGENTTM cria uma lente com uma superfície dinâmica que biomimetiza a superfície da córnea, ajudando a proporcionar uma resistência aos depósitos de lípidos e bactérias para uma lente limpa**3-8

Graças a estas tecnologias e materiais, as lentes de contacto mensais TOTAL30TM Multifocal são tão confortáveis como se não estivesse a usar nada*.

E se preferir usar lentes de contacto esporadicamente, em lazer ou para a prática de desporto, pergunte ao seu profissional da visão sobre as lentes de contacto diárias DAILIES TOTAL1TM Multifocal.

Tãoconfortáveis ,

A CULTURA ORGANIZACIONAL

NA GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE DO SÉCULO XXI

Portugal e os portugueses, no âmago da sua essência, sempre se destacaram pela resiliência e capacidade de adaptação. Contudo, quando nos debruçamos sobre a gestão dos serviços de saúde, torna-se evidente que persistem estruturas arcaicas, desenhadas para um século que já não é o nosso. Há pelo menos duas décadas que defendo que o primeiro passo para uma transformação genuína do SNS reside numa mudança profunda da cultura organizacional. Este não é um processo simples, mas antes uma jornada longa, determinada e de elevada complexidade, que requer uma liderança forte e uma vontade política robusta.

Esta revolução cultural no setor da saúde em Portugal exige uma abordagem multifacetada, começando pela formação e pelo desenvolvimento contínuo dos profissionais de saúde

A cultura organizacional, frequentemente subestimada, é a fundação sobre a qual se erguem todas as estratégias. Sem uma cultura sólida e alinhada, até a mais brilhante das estratégias está condenada ao fracasso. A atual cultura organizacional dos serviços de saúde em Portugal não está equipada para enfrentar os desafios do século XXI. Não se trata apenas de reestruturar as instituições, mas de fomentar uma mudança substancial nas mentalidades e práticas das principais profissões de saúde. Uma verdadeira revolução cultural, que deve ser encabeçada por líderes que compreendam a importância da cultura e que a vivam e respirem diariamente. Esta revolução cultural no setor da saúde em Portugal exige uma abordagem multifacetada, começando pela formação e pelo desenvolvimento contínuo dos profissionais de saúde.

Investir na cultura organizacional significa promover valores, crenças e práticas que sustentem a visão e os objetivos da organização. Este investimento exige uma abordagem meticulosa, onde o reconhecimento e a recompensa dos comportamentos alinhados com esses valores são primordiais. É essencial que todos os colaboradores se sintam parte integrante do processo, reforçando o seu envolvimento e motivação. Uma cultura robusta, intrínseca a cada um e partilhada por todos, cria um terreno fértil para a implementação eficaz de qualquer plano estratégico, permitindo que a inovação e a colaboração floresçam naturalmente.

Líderes visionários e comprometidos são capazes de moldar a cultura organizacional, influenciando positivamente comportamentos e atitudes

Considero ainda fundamental investir-se em programas educacionais que enfatizem competências de comunicação, empatia e trabalho em equipa de forma a promover um ambiente de respeito e de colaboração entre todas as disciplinas. Além disso é fundamental que as lideranças sejam capazes de adotar uma postura de exemplo, demonstrando comprometimento com a mudança através de ações concretas e políticas que valorizem o bem-estar e o crescimento profissional dos colaboradores. A implementação de sistemas de feedback contínuo e a criação de espaços seguros para discussões abertas sobre desafios e melhorias podem fortalecer o sentido de pertença e de responsabilidade coletiva.

A gestão da cultura organizacional exige também investimento numa comunicação constante e transparente. Os líderes devem ser exemplos vivos dos valores que desejam ver replicados nas suas equipas. A sua missão não é apenas ouvir, mas entender e responder às preocupações dos colaboradores com a preocupação de garantir uma coesão interna que fortaleça a cultura. Quando esta é apropriada por todos e é bem gerida, torna-se um alicerce imponente sobre o qual qualquer estratégia pode ser construída com sucesso.

Antes de se definirem metas e de se traçarem planos ambiciosos é fundamental assegurar que a cultura organizacional está bem estabelecida e fortificada. A partir dela, todas as estratégias encontrarão um solo propício para crescer e prosperar. Uma cultura bem gerida não só facilita a execução das

estratégias como também cria um ambiente onde a inovação e a colaboração se tornam naturais.

Neste contexto, a liderança assume um papel preponderante. Não basta proclamar mudanças, é preciso incutir uma verdadeira transformação cultural. Líderes visionários e comprometidos são capazes de moldar a cultura organizacional, influenciando positivamente comportamentos e atitudes. É necessária uma liderança que inspire confiança e que esteja disposta a enfrentar os desafios inerentes a uma mudança profunda e duradoura.

Assim, no cerne da gestão dos serviços de saúde em Portugal, reside a urgência de uma renovação cultural. Uma metamorfose que só será possível com uma liderança esclarecida e assertiva e uma vontade política inquebrantável. Esta transformação cultural é a chave para resolver os problemas que assolam a gestão dos serviços de saúde, preparando-os para enfrentar os desafios deste novo século com inovação, colaboração e um compromisso inabalável com a excelência.

Somente com uma cultura organizacional robusta, baseada em valores compartilhados e com um compromisso genuíno com a excelência e a inovação, o setor da saúde em Portugal estará preparado para superar as complexidades do século XXI.

Enfº Sérgio Serra, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da ASPE

geral@aspe.pt www.aspe.pt

NUNO MENDES, O REGENERADOR DE VIDAS

Numa entrevista exclusiva, Nuno Mendes, CEO do Grupo Saúde Nuno Mendes, revela os pilares que sustentam o sucesso da instituição no setor da saúde em Portugal. Com uma trajetória marcada pela inovação e compromisso com a qualidade, Nuno Mendes partilha que quer deixar um legado positivo no mundo e continuar a Regenerar Vidas.

O GSNM destaca-se pelo foco em saúde holística e inovação tecnológica. Como é que essa combinação se manifesta na prática e como é que diferencia o grupo no mercado?

O Grupo Saúde Nuno Mendes destaca-se pela sua visão holística e humanista, oferecendo cuidados personalizados através de uma equipa multidisciplinar. Já contamos com mais de 80 profissionais. Sediados na cidade de Penafiel, a nossa clínica, estende-se por mais de 2.000 metros quadrados, inclui 25 salas de atendimento, um estúdio de exercício, um de análise biomecânica, uma sala de pilates, entre outros espaços, refletindo o nosso compromisso com a excelência. Além disso, também possuímos instalações no coração da cidade do Porto. O ecossistema do Grupo Saúde Nuno Mendes é vasto e dinâmico, com 17 marcas em áreas como saúde estética, reabilitação, formação e investigação científica. Além destes serviços, criamos e comercializamos produtos inovadores de alta qualidade. Com 230 tecnologias de ponta e mais equipamentos a caminho, reafirmamos o compromisso de integrar técnicas e tecnologias avançadas, elevando, continuamente, os padrões de cuidado e inovação.

De que forma é que a visão disruptiva de Nuno Mendes, fundador e CEO do GSNM, contribui para a distinção e expansão do Grupo Saúde Nuno Mendes na área da saúde?

Atualmente, conto com mais de 16 anos de prática clínica, na área da saúde estética e com diferenciação na Regeneração da Pele. Tenho uma paixão por cuidar de pessoas e por casos clínicos complexos como as cicatrizes, estrias, rejuvenescimento, acne, entre outros. Tenho um propósito muito bem definido “Criar e Regenerar com amor e equilíbrio de mim e dos outros”. E a minha visão deve-se à minha forma de ser: disciplinado, resiliente e consistente e acredito muito no trabalho árduo para atingir os objetivos.

Sou intensivo, curiosamente patológico, e um voraz leitor, incapaz de parar de aprender, criar e evoluir. Viajei pelo mundo para absorver e partilhar conhecimento, o que me permitiu desenvolver recentemente dois métodos não invasivos de rejuvenescimento, revolucionando a Saúde Estética. Recebemos, com orgulho, utentes de vários países, e as nossas marcas, planeadas ao pormenor, estão a expandir-se internacionalmente.

De que forma é que os métodos de rejuvenescimento que desenvolveu se distinguem dos restantes e convencionais métodos já existentes no mercado?

Recentemente, desenvolvi os tratamentos Rejuvenescimento Intensivo e Ultra Intensivo, fruto de anos de estudo e prática clínica. Estes tratamentos, que integram as melhores tecnologias, têm como objetivo combater o envelhecimento de forma natural, oferecendo resultados rápidos e regenerando a pele. São o ápice do rejuvenescimento para quem procura uma transformação natural e eficaz.

Olhando para os resultados que alcançamos nos nossos tratamentos de casos complexos, como cicatrizes e estrias, imagine aquilo que conseguiremos fazer pela regeneração da pele do seu rosto. Adoro revolucionar e romper barreiras. Quero deixar um legado positivo no mundo e continuar a Regenerar Vidas.

A associação “O Mendesinho” descreve o compromisso do Grupo Saúde Nuno Mendes com a responsabilidade social. Como descreve este projeto?

A Responsabilidade Social faz parte do ADN natural e genuíno do Grupo Saúde Nuno Mendes. A ação de “O Mendesinho” é sustentada na prestação de tratamentos de forma gratuita e na oferta de produtos vitamínicos e de suplementação a crianças carenciadas com cicatrizes disfuncionais. A associação não trabalha com auxílios monetários e fazemos questão de elevar o slogan do Grupo “Somos Pessoas. Cuidamos de Pessoas. Regenerando Vidas!”.

www.clinicasnunomendes.pt

Nuno Mendes, CEO

OPTOCENTRO SURPREENDE COM LOJA INTERATIVA EM LISBOA

A propósito das inúmeras novidades da Optocentro (novas instalações, inovação tecnológica e aposta na sustentabilidade), entrevistámos Rui Motty, CEO da Optocentro.

Qual a identidade da Optocentro e que serviços dispõem?

A estratégia que adotamos não é um segredo guardado a sete chaves. Em primeiro lugar, procuramos ser genuínos no modo como nos relacionamos com os clientes. Porque estamos a falar de saúde visual, esta relação deve ter a consistência do conhecimento técnico e científico, a oferta de produtos de qualidade superior e, obviamente, orientada para os valores da sustentabilidade. A tecnologia adequa o conhecimento e possibilita respostas mais eficientes em áreas nicho da optometria e da contactologia. Apreendemos e desenvolvemos competências para as lentes progressivas posturais, técnicas de adaptação para lentes de contacto Ortho-k, multifocais, esclerais e cosméticas para fins de correção das anomalias estéticas congénitas ou adquiridas. Há 20 anos, criámos um serviço inovador de apoio domiciliário em optometria a que chamamos Express Home Vision Care. Temos um gabinete para adaptação de próteses oculares e, no novo projeto, em parceria com uma mentora de desenvolvimento pessoal e executivo, abrimos uma consulta de coaching e mentoring para pessoas cegas ou com baixa visão. Mas, para que fique claro, também fazemos tudo aquilo que aparentemente é simples, lentes descartáveis e óculos de -0.25.

Recentemente, abriram uma nova loja em Lisboa. Como é que essa loja melhora a experiência de compra para os clientes? Quais as principais tecnologias que foram incorporadas no novo espaço?

Na verdade, mudámos de instalações. Adquirimos as instalações que pertenciam à CGD, imediatamente ao lado da antiga loja, com uma área de 720m2. Uma oportunidade única, um privilégio! A impactante frente de loja, com cerca de 15m2, facilmente identificada pelos transeuntes, oferece a possibilidade de expor com maior visibilidade os melhores artigos que possuímos. Foi um projeto desenhado a partir

dos conceitos da sustentabilidade e da eficiência energética. Fizemos refletir a essência dos valores da economia circular na estrutura do edifício, através do aproveitamento de diversos equipamentos, como o chão, armários, luminárias e algumas condutas do ar condicionado. Como um exercício criativo, desafiámos a nossa equipa a produzir uma instalação artística. Construíram flores com as pétalas feitas a partir de lentes usadas. Algumas das obras de arte expostas foram encomendadas na condição de mostrarem o aproveitamento dos resíduos que se produz em óticas. Comprámos e recuperámos cadeiras de esplanadas usadas, a cadeira Lusa, e bancos de jardim em ferro forjado. Investimos em dois sistemas hidráulicos ecológicos, com filtro centrifugador integrado, que reduz pelo menos 90% no consumo de água. À vasta coleção de óculos que comercializamos, inovámos com a venda de óculos usados, o nosso programa Reframed, dando nova vida aos óculos velhos. A opção do teto aberto e despojado, é o de conferir ao espaço um toque industrial, informal, moderno e despretensioso, muito ao jeito dos lofts nova iorquinos. Melhorámos a experiência dos clientes introduzindo um ecrã digital interativo com a vertente virtual try-on. Oferecemos a experiência de um jogo educativo com foco na limpeza dos oceanos em realidade virtual. Para crianças, os pontos ganhos dão créditos na compra das lentes. Poderá ser surpreendido pelo nosso assistente Okli, um robot que se passeia pela loja muito compenetrado no seu trabalho. Enquanto esperam pelos óculos, os clientes podem resolver alguns quebra-cabeças projetados num ecrã. A tecnologia que adquirimos para complementar a nossa clínica de optometria, faz parte da última geração de equipamentos aonde a IA se encontra patente, sobretudo na vertente qualitativa da avaliação, procurando despistar e prevenir. Estes dois critérios são muito importantes, tendo em conta a responsabilidade assumida como agentes no posicionamento da saúde visual. O conceito deste espaço reflete a cultura de diversidade, equidade e inclusão da nossa organização, especialmente quando se constatam alguns dos programas de responsabilidade social que praticamos.

Quais são os objetivos e a estratégia futura da Optocentro para continuar a assumir-se uma referência no setor?

O nosso principal objetivo é alinhar todas as nossas unidades de negócio numa rota de crescimento sustentável. A utilidade pública do conjunto das atividades que dominamos, tanto nos serviços de ótica ocular, como na optometria, impõem uma moldura de responsabilidade e transparência profissional. Centrar a estratégia de desenvolvimento da atividade da Optocentro com o ESG, focada em pessoas, para pessoas e procurar contribuir para o atingimento da meta proposta pela União Europeia da neutralidade carbónica em 2050. Não foi por acaso que fomos fundadores da AASO (aaso.pt), Associação de Apoio à Sustentabilidade da Óptica.

COERÊNCIA E INTEGRIDADE

NA MARCA PESSOAL

Manter uma mensagem consistente e alinhada com os seus valores fortalece a confiança e a credibilidade da sua marca pessoal.

A gestão da marca pessoal surge como um elemento crucial para o sucesso profissional, contudo muitos subestimam a importância da coerência e integridade como a base da marca pessoal. Hoje, pela minha experiência em gerir processos de personal branding afirmo que manter uma mensagem consistente e alinhada com os valores pessoais, não só fortalece a confiança e credibilidade, como também garante a força da marca pessoal.

Hoje, profissionais querem tudo demasiado rápido, e acabam por gerir conflitos interiores, porque a certa altura, neste processo começam a sentir que estão a falhar, e questionam muitas vezes as suas capacidades. Aqui não se trata da capacidade, mas sim da determinação, do comportamento e da integridade que aplicam na sua vida.

Tudo acontece quando tem que acontecer e no seu tempo

Coerência, a base da identidade da marca.

A coerência na marca pessoal implica garantir que todas as ações, comunicações e comportamentos estejam em harmonia com a mensagem que quer transmitir. Esta coerência é fundamental, porque cria ligação, torna-se uma referência estável que os outros podem reconhecer e confiar.

Manter a consistência exige autoconhecimento e clareza de propósito, e vejo muitos profissionais que se perdem aqui. Precisa de definir claramente os valores, os objetivos pessoais e garantir que todas as ações, comunicações e decisões estão alinhadas com esses princípios. Este alinhamento resulta numa imagem autêntica e fiável, essencial para desenvolver uma marca pessoal robusta.

Integridade, a base da confiança.

A integridade é a qualidade de ser honesto e ter princípios sólidos. Na gestão da marca pessoal, a integridade é necessária,

porque é a partir daqui que a confiança é construída. A confiança não é algo que se ganha do dia para a noite, é conquistada ao longo do tempo, através de um comportamento íntegro e consistente. Hoje, sinto que os profissionais querem tudo demasiado rápido, e acabam por gerir conflitos interiores, porque a certa altura, neste processo começam a sentir que estão a falhar, e questionam muitas vezes as suas capacidades. Aqui não se trata da capacidade, mas sim da determinação, do comportamento e da integridade que aplicam na sua vida. Tudo acontece quando tem que acontecer e no seu tempo.

Manter a integridade significa tomar decisões e agir de acordo com os seus valores, mesmo quando ninguém está a observar. Esta congruência entre os valores pessoais e as ações reforça a autenticidade da marca pessoal. A autenticidade é, hoje, um dos aspetos mais valorizados na liderança.

A convergência de coerência e integridade.

A convergência entre coerência e integridade forma a base de uma marca pessoal forte e resiliente. O exemplo de Nelson Mandela, que dedicou a sua vida e carreira a uma constante luta pela justiça e igualdade, a sua coerência nas ações e integridade nos princípios criaram uma marca pessoal inspiradora na liderança.

A coerência e integridade na marca pessoal tem um impacto direto nos resultados, líderes coerentes e íntegros inspiram equipas, estimulam ambientes de trabalho positivo e atraem parcerias estratégicas. Hoje, a reputação é transmitida e analisada em tempo real através das redes sociais, a consistência na mensagem e a integridade nas ações são fundamentais. Uma falha num aspecto pode rapidamente torna-se viral, causando um dano significativo na reputação e, muitas vezes, não recuperável.

A coerência e integridade são mais do que simples princípios éticos, são pilares fundamentais na construção e manutenção de uma marca pessoal de sucesso. Nos dias de hoje, onde a confiança e a credibilidade são a moeda de valor inestimável, garantir que a sua mensagem esteja sempre alinhada com os seus valores é a chave para uma liderança eficaz e respeitada.

Ao cultivar uma marca pessoal fundamentada na coerência e integridade, não só fortalece a sua posição no mercado como também contribui para um ambiente de negócios ético e sustentável.

Assim, caro leitor, proponho com este artigo que faça uma reflexão profunda sobre a coerência e integridade na sua marca pessoal. Como sente e, sobretudo, como a aplica nos seus dias, esqueça por momentos as redes sociais e toda a exposição, e pense nos mais pequenos detalhes que fazem a sua marca pessoal ser especial.

ESPECIAL LEIRIA

Dinamismo e inovação

Leiria, um distrito em constante evolução, destaca-se pela sua vitalidade e espírito inovador, que são catalisadores para o afluência de investimento e talento, impulsionando o desenvolvimento económico e gerando novas oportunidades. O firme compromisso com a inovação tem desencadeado um crescimento vigoroso, estimulando a criatividade e o espírito empreendedor através de diversas iniciativas e projetos.

Ao investir em infraestruturas modernas e tecnologicamente avançadas, Leiria emerge como um polo referencial em tecnologia, design e indústria criativa, atraindo investidores e profissionais altamente qualificados. Além disso, a vibrante oferta cultural e desportiva dinamiza a vida da região, promovendo laços entre os seus habitantes.

Como tal, Leiria reforça continuamente a sua posição como um exemplo de sucesso no contexto nacional, contribuindo ativamente para o desenvolvimento económico e social da região.

CASTANHEIRA DE PERA “UMA OPORTUNIDADE DE VIDA”

Situado no coração da Serra da Lousã, no topo norte do distrito de Leiria, o concelho de Castanheira de Pera é um exemplo de resiliência e adaptação às mudanças socioeconómicas. Em entrevista, o presidente da Câmara Municipal, António Henriques, oferece uma visão detalhada e otimista sobre este município.

Um passado industrial

Com uma área de cerca de 67 quilómetros quadrados, Castanheira de Pera tem uma história marcada pela forte presença da indústria têxtil e de lanifícios. “Está na origem do concelho de Castanheira de Pera, que era uma freguesia, que chegou a ser o terceiro maior centro de produção em Portugal”, comenta António Henriques. Foi essa importância industrial que levou à emancipação da freguesia do concelho de Pedrógão Grande, tornando-se um concelho independente há 110 anos.

No entanto, a crise dos têxteis nas décadas de 80 e 90 trouxe desafios significativos. “Depois dessa grande crise, efetivamente houve aqui uma perda, que até 2022 foi irrecuperável, no ponto de vista das pessoas”, afirma. O impacto foi severo, levando a um envelhecimento da população, com 17% dos residentes com mais de 65 anos.

Desafios demográficos e oportunidades emergentes

A crise demográfica é uma preocupação central para o presidente. “Somos o concelho que tem mais idosos por cada jovem e isso é de facto preocupante”, observa. Contudo, vê potencial na proximidade e na qualidade de vida oferecida por Castanheira de Pera. “Cada vez mais temos de olhar para a questão da proximidade como uma vantagem”, destacando a capacidade de resposta rápida e eficaz às necessidades da população.

Praia Fluvial do Poço Corga
Passadiço da Ribeira das Quelhas
António Henriques, Presidente

Essa proximidade, aliada à qualidade de vida e ao custo acessível, está a começar a atrair novos residentes. “De dezembro de 2022 até novembro de 2023 nós temos mais 106 novos residentes no nosso concelho”, citando dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). A pandemia da Covid-19 foi um fator determinante, levando muitas pessoas a procurar refúgio em ambientes rurais mais tranquilos e saudáveis. A imigração também desempenha um papel crucial na recuperação demográfica de Castanheira de Pera. António Henriques reconhece a importância de acolher e integrar imigrantes de forma

eficaz. “Temos a obrigação de receber, acolher e essencialmente incluir”, afirma. Destacando a necessidade de entender e ajudar esses novos residentes a se integrarem, tratando das suas necessidades.

O presidente vê um futuro promissor para Castanheira de Pera, acreditando que a qualidade de vida, a segurança e a proximidade oferecidas pelo concelho serão fundamentais para inverter a curva demográfica negativa. “Acho que a tendência será as pessoas começarem a olhar para estes concelhos e territórios de baixa intensidade como oportunidade de vida”.

Com uma abordagem inclusiva e um foco na proximidade e na qualidade de vida, Castanheira de Pera está a traçar um caminho resiliente e promissor. “Nós somos capazes de dar respostas a todos os níveis, quer sociais e económicos, muito rápidas e próximas da nossa população”, mostrando otimismo e determinação em enfrentar os desafios futuros e transformar o concelho num lugar vibrante e acolhedor para todos.

Revitalização económica

António Henriques reconhece que para atrair pessoas é essencial criar uma base económica sólida. “As empresas quando pensam em fixar-se num local procuram chave na mão, procuram condições para começar de imediato a sua atividade, e isso tem sido uma preocupação que nós temos desde o início do mandato”, afirma. Para atender a essas procuras, a Câmara fez investimentos significativos em infraestrutura, como a reabilitação do parque industrial e a criação do Condomínio Empresarial dos Esconhais, que ocupará cerca de dez mil metros quadrados e acolherá várias empresas, incluindo aquelas voltadas para o teletrabalho e novas tecnologias. Além disso, a recuperação de uma antiga escola primária, com um investimento total de cerca de 620 mil euros, demonstra o compromisso em criar ambientes propícios para novas empresas e iniciativas tecnológicas. O desenvolvimento da área empresarial da Retorta é outro exemplo dos esforços contínuos para atrair investimentos.

Para tornar o concelho mais atrativo para empresas, a câmara municipal adotou ainda uma série de medidas de incentivo, como a isenção da derrama e a prática de preços competitivos. “Temos de promover e divulgar, e é isso que temos vindo a fazer, é o que permite às pessoas conhecer Castanheira de Pera”.

Desafios de interiorização e coesão territorial

O presidente acredita que a interiorização e a coesão territorial são fundamentais para o desenvolvimento equilibrado do país. “Verdadeiramente sinto que nunca houve uma estratégia para um Portugal completo”, comenta. A criação do Ministério da Coesão Territorial após os incêndios de 2017 foi um passo positivo, mas ressalta a necessidade de medidas mais robustas e diferenciadas para incentivar empresas e trabalhadores a se estabelecerem em regiões de baixa densidade demográfica. Apesar dos desafios, António Henriques está confiante de que Castanheira de Pera está no caminho certo. “É necessário dar outros passos que, aí sim, já ultrapassa os municípios e é exigível ao estado que faça

Santo António da Neve
Passadiço da Ribeira das Quelhas

discriminação mais positiva, em outras áreas que os municípios não podem atuar”, afirma. Defendendo a necessidade de medidas fiscais diferenciadas para empregadores e trabalhadores, que são cruciais para o desenvolvimento sustentável do concelho.

António Henriques elogia ainda a colaboração entre os municípios da região de Leiria, destacando a solidariedade demonstrada pelos concelhos maiores ao abdicar de verbas e projetos em favor dos territórios de baixa densidade demográfica. “Isto é o verdadeiro espírito da coesão”, afirma. Mas também destaca a importância da visita do Presidente da República no 10 de junho, como um sinal significativo de reconhecimento e apoio aos territórios do interior.

Resposta aos incêndios de 2017

Os incêndios devastadores de Pedrógão Grande, em 2017, deixaram uma marca indelével na região. “Nunca podemos dizer nunca, mas efetivamente aprendemos com a tragédia”, afirma António Henriques. Desde então, foram implementados diversos projetos para minimizar os riscos futuros e promover a recuperação tanto a nível humano quanto florestal. Uma das iniciativas mais importantes é o projeto dos condomínios de aldeia, que tem como objetivo alterar a paisagem florestal para uma agrícola, criando faixas de proteção ao redor dos aglomerados urbanos. “Nos 100 metros de perímetro das casas, tem de haver uma faixa de proteção, onde espécies como o eucalipto e o pinheiro não podem estar”, explica. Até ao momento, 36 aldeias já se candidataram a participar deste projeto, que promove a resiliência e a valorização económica de terrenos abandonados.

Reconhecimento e projetos premiados

O trabalho da Câmara Municipal tem sido amplamente reconhecido, resultando na premiação de Castanheira de Pera como Autarquia do Ano. “Temos vários projetos que foram candidatados e premiados em áreas como educação, floresta e património”, celebra o presidente. Entre os projetos destacados está a iniciativa “Castanheira

melhor floresta”, que foca na gestão sustentável do eucalipto, uma parte crucial da economia local.

Outro projeto inovador é a Rota do Neveiro, que resgata a tradição local de produção e transporte de gelo para a corte de Lisboa no século XVIII. “Este projeto define muito do nosso trabalho e da nossa identidade”, comenta.

Comemoração dos 110 anos do município

As celebrações dos 110 anos de Castanheira de Pera estão recheadas de eventos e inaugurações. “Vamos ter connosco o doutor Pedro Machado, que teve um papel fundamental no turismo da região centro”, destaca o autarca. A requalificação da praia fluvial do Poço Corga, com um investimento de 500 mil euros, será uma das obras inauguradas. Além disso, o cartaz de eventos inclui um concerto dos Xutos e Pontapés, comemorando os seus 45 anos de carreira. “Estes eventos são muito importantes, ajudando a fortalecer a economia local e proporcionando oportunidades culturais aos nossos habitantes”, explica. No dia 3 de julho, o concelho também celebrará a entrada na Rota das Aldeias do Xisto.

Para António Henriques, o maior desafio do concelho é a revitalização demográfica. “O objetivo é voltarmos a ter capital humano, voltarmos a ter pessoas e crianças nas nossas escolas”, afirma. Todas as decisões são tomadas com esse objetivo em mente, focando também em melhorias na saúde, ação social, turismo, desporto e lazer. “A curto prazo, este é o nosso grande projeto”.

Descobrir Castanheira de Pera

António Henriques convida todos a explorar as belezas naturais e culturais de Castanheira de Pera. “Começar pelo alto do Cabeço do Pereiro, passando pela Rota do Neveiro e o nosso magnífico passadiço da Ribeira das Quelhas”, recomenda. Outras atrações incluem a praia fluvial do Poço Corga, o complexo Praia das Rocas, que atraiu cerca de 93 mil pessoas no ano passado, e o Jardim da Casa da Criança Rainha D. Leonor. O concelho oferece uma variada oferta hoteleira e gastronómica, com um hotel e muitos alojamentos locais de qualidade. “Na parte gastronómica, temos bons restaurantes, mas ainda falta dar um passo em termos de oferta”, admite. Destacando a hospitalidade dos habitantes locais, que está no ADN da região. “As pessoas que vêm a Castanheira de Pera sentem muito a região e os seus habitantes, somos bons anfitriões”. Com um foco no desenvolvimento sustentável e na qualidade de vida, Castanheira de Pera está determinada a reverter a sua crise demográfica e a posicionar-se como um destino atrativo para novos residentes e investidores. “Só nos conseguimos posicionar se tivermos pessoas”, conclui, reafirmando o seu compromisso com um futuro próspero para o concelho.

Condomínio Empresarial dos Esconhais
Município

ALBANO MORGADO SA TRADIÇÃO E INOVAÇÃO NA INDÚSTRIA

TÊXTIL

PORTUGUESA

A Albano Morgado, SA fundada em 1927, é uma referência na indústria têxtil portuguesa, conhecida pela sua excelência na produção de tecidos de lã de alta qualidade. Com uma forte tradição familiar e um compromisso inabalável com a inovação e a sustentabilidade, a Albano Morgado, SA destaca-se pela capacidade de combinar técnicas artesanais com tecnologias modernas, oferecendo produtos diferenciados que atendem às exigências dos mercados mais sofisticados a nível global. Através de uma conversa com Albano José Morgado, CEO e neto do fundador, a Revista Business Portugal tem o gosto de lhe apresentar uma das mais antigas empresas de lanifícios da região centro.

Fundada em 1927, a Albano Morgado, SA é uma empresa que nasceu num tempo em que tudo era bastante diferente. Albano José Morgado, CEO, é o maior defensor de que a empresa nasceu num tempo “em que o tempo andava devagar”, o que atualmente já não acontece. “Penso que o tempo deixou de andar devagar na década de 2000, principalmente quando se verificou toda a abertura à tecnologia e ao digital. Nenhuma empresa sobrevive nos dias de hoje sem tecnologia e a área dos lanifícios não é exceção. “Refiro-me à questão do tempo em pequenas coisas, como por exemplo, um pagamento que demorava de três a quatro dias a ficar concluído nos dias de hoje

Albano José Morgado, CEO

é quase imediato. Desenvolvemos um CAD de um padrão de tecido e num minuto o cliente tem possibilidade de visualizar a reprodução dessa amostra, coisas impensáveis em 1927, ou seja, é sem dúvida o digital que marca essa transformação, a todos os níveis, e penso que todos sentimos isso”. Foi aos 27 anos que Albano Antunes Morgado (avô do atual CEO) começou este grande empreendimento, com quatro teares de madeira, na casa do sogro, mas foi aos 17 anos que começou no mundo do retalho com a venda de tecidos. Os anos foram passando devagar, a indústria foi sobrevivendo, mas foi após o 25 de abril que o nível de vida das pessoas melhorou e o comércio e a produção de tecidos tiveram um grande desenvolvimento. “O meu avô que tinha acabado de modernizar e verticalizar a empresa, com todas a seções no mesmo espaço e assim dominava todo o circuito produtivo. Em 1978, a empresa já estava preparada para suportar toda a procura que começou a existir. Foi nessa altura que se verificou o desenvolvimento da indústria de confecções, em que deixou de haver apenas o tradicional alfaiate, e aí, a nossa empresa iniciou o contacto e o fornecimento de várias confeções, o que permitiu o seu alavancar até aos anos 90, em que 95% da nossa produção era para o mercado nacional”.

Já com a segunda geração no comando, o grande desafio da Albano Morgado SA foi a globalização, ou seja, houve a perceção de que tinha de ser feita produção e exportação a nível mundial. “Somos uma empresa essencialmente de lã, portanto, na altura, o meu pai e o meu tio seguiram a estratégia que considero a melhor, ou seja, de exportarem a produção para países frios, a Suécia e a Noruega, que para além de serem consumidores do nosso produto tinham também a vantagem de serem países bastante sólidos a nível financeiro e social. E assim, passo a passo, a exportação foi ganhando cada vez mais expressão”, sublinha o nosso entrevistado.

Em 2008, com a terceira geração na liderança, a exportação alavancou, “tivemos a consciência que tínhamos de ter um produto com qualidade e uma organização exemplar, as certificações e rigor foram o que nos fizeram vingar além- fronteiras”, salienta.

Apesar de bastante versátil, a Albano Morgado SA decidiu focar-se na moda feminina, isto porque “sempre tivemos noção de que se tratava de uma moda mais dinâmica e, portanto, mais trabalhosa, em que temos de estar atentos às tendências, sempre conscientes que na moda feminina as quantidades por cor e por desenho são menores. Portanto a sobrevivência passa por conseguirmos estar presentes em vários países. Apesar de haver sempre artigos específicos para alguns países. Assim, hoje as exportações representam 75% da nossa população. Focada e atenta, a Albano Morgado SA promete sempre primar pela originalidade e pelo rigor. “Temos bastante qualidade nos nossos produtos, e no nosso serviço a todos os níveis, o que permite fidelizar os nossos clientes, criando assim uma base de confiança reciproca”.

A sustentabilidade trata-se de uma grande preocupação para a empresa: “Houve uma evolução enorme nos equipamentos, hoje em dia, substituímos os nossos equipamentos por aquelas que permitem um menor consumo energético e de água, principalmente nos últimos 10 anos, tem havido felizmente uma grande preocupação

ambiental. Preocupamo-nos mais com a sustentabilidade do que com a rentabilidade desmedida e, nessa medida, recentemente, foi feito um investimento com vista a uma maior eficiência que se traduz no aumento de sustentabilidade”, esclarece o empresário.

Tivemos a consciência que tínhamos de ter um produto com qualidade e uma organização exemplar, as certificações e rigor foram o que nos fizeram vingar além-fronteiras

No setor da Albano Morgado S.A existe um país de grande destaque, a Itália, mas desengane-se quem pensa que Portugal se encontra muito distante. Nas palavras de Albano, o nosso país tem um grande concorrente, a Itália claro, mas nesse setor, em termos de qualidade não há dúvidas que Portugal se encontra em primeiro lugar, muito prestigiado devido à sua qualidade de produtos. Na sua ótica, o futebol e o calçado ajudaram, sem dúvida, a alavancar outros setores e o têxtil não é exceção: “Hoje, somos respeitados devido à nossa qualidade, honestidade e rigor”.

Por trás de uma grande empresa encontra-se uma grande equipa, apesar da dificuldade de mão de obra, o CEO conta com uma equipa de 85 pessoas. “Felizmente, o sucesso passa pela nossa excelente equipa, equipa essa que tem a experiência necessária. O sucesso da empresa são as pessoas”.

Para o futuro, Albano Morgado espera conseguir ultrapassar esta fase de incerteza e de falta de confiança no futuro. “A instabilidade mundial político-social é, sem dúvida, uma preocupação, acredito que possa vir a influenciar todos os setores, a incerteza também é algo negativo, afeta o consumo e consequentemente todas as empresas, passou a ser notório essencialmente após setembro de 2023. Notou-se um grande abrandamento da economia e da procura. Além disso, o facto de estarmos situados no interior é, muitas vezes, um entrave, por isso tem de haver coragem política para implementar medidas de discriminação positiva no interior, não se pode focar apenas no litoral, chegou a hora de olhar pelo interior tantas vezes esquecido”, apela Albano José Morgado.

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25 ANOS DE SUCESSO E DEDICAÇÃO

No coração da culinária portuguesa, Nuno Pereira e Manuela Carnide lideram o Grupo TJN, uma referência incontornável na região de Leiria, composto pelos restaurantes Meeting e Manjar dos Sabores. Em entrevista, Nuno, chefe de cozinha e empreendedor, e Manuela, parceira de longa data, partilharam a filosofia, os desafios e as conquistas que moldaram o percurso desta empresa familiar.

A origem de um sonho

Nuno Pereira, o chef e empresário por trás deste sucesso, começa por refletir sobre o percurso que o levou até aqui. “O que me fez chegar aqui foram muitos erros que acabaram por bater certo”, começa por dizer, num tom que mistura humildade com gratidão. Nuno iniciou a sua trajetória profissional num caminho bem diferente. “Eu estava a estudar desenho de construção civil, com o objetivo de seguir arquitetura. No entanto, uma mudança nas saídas profissionais fez-me reconsiderar o meu futuro”. Foi então que decidiu enveredar pelo mundo da restauração, uma área que não lhe era totalmente estranha devido ao negócio do talho do pai, onde Nuno ajudava desde criança.

A transição para a gastronomia foi gradual, mas determinada. “Comecei com um café simples numa galeria comercial, gerido em sociedade com o meu pai. Era um espaço pequeno, mas foi aí que percebi a minha verdadeira paixão pela cozinha”. Apesar da falta de experiência inicial, a dedicação de Nuno à aprendizagem foi incessante. “Fiz formação em vários lugares, desde a Nazaré a Lisboa, para me tornar um cozinheiro qualificado”.

O crescimento do Manjar dos Sabores

O café inicial evoluiu para o Manjar dos Sabores, um restaurante que, apesar de começar numa localização pouco promissora – uma cave no centro de Leiria – rapidamente conquistou uma clientela fiel. “As pessoas diziam que nem iamos estar abertos um mês. Mas as coisas foram crescendo e, chegamos a servir 300 refeições só ao almoço num espaço com 64 lugares e frequentemente tinhamos filas de espera de 20 minutos ou mais para almoçar”, recorda Nuno.

A chave para o sucesso, segundo Nuno, reside num equilíbrio entre qualidade, empatia e preço justo. “A empatia foi um dos pontos fortes. Tem de haver qualidade na comida e simpatia no atendimento. E tudo isto a um preço justo. As pessoas podem pagar 10 euros e achar caro ou 20 ou 30 e achar barato, mas não se podem sentir enganadas”. Manuela Carnide, sócia e esposa de Nuno, sublinha a importância de manter a qualidade constante ao longo dos anos. “Às vezes é muito fácil crescer, mas depois o timing para se conseguir manter ou subir ligeiramente traz uma pressão muito grande. Aqui a pressão é constante, 90%

Nuno Pereira e Manuela Carnide

dos nossos clientes são diários e já temos gerações, com filhos dos nossos clientes antigos a frequentar o restaurante. Isso é fantástico para nós”.

Para Nuno, o sucesso não é medido em bens materiais, mas em deixar uma marca e provar a si próprio que é capaz. “Todos os dias, imponho um novo limite. Não sou uma pessoa de me contentar e sentir que já fiz tudo.” É essa fome que vai alimentando.

Adaptação e resiliência

O caminho não foi isento de desafios. A crise de 2009/2010 trouxe mudanças significativas, como a diminuição do poder de compra e a introdução de marmitas no trabalho. “Como é que eu vou trabalhar contra esta concorrência?”, ponderava Nuno. A resposta foi manter a qualidade e a empatia, e ver a concorrência como um estímulo para crescer.

Manuela reforça a importância da concorrência. “Faz-nos crescer e não nos deixa adormecer. Ninguém é uma ilha; precisamos de todos. Mesmo que tenhamos clientes fidelizados, eles também precisam de variedade”. O Manjar dos Sabores passou por várias expansões e remodelações ao longo dos anos. “Em 2004 compramos duas lojas, em 2008 mais duas. Começamos com três frações, hoje temos perto de dez. Era mais para ter capacidade de resposta e satisfazer os clientes, não para ostentação”, explica Nuno.

A fidelização dos clientes sempre foi uma prioridade. “Quando fizemos obras, foi para dar melhores condições aos nossos clientes. Criámos ligações fortes com empresas locais e mesmo nacionais, algumas delas deslocavam cerca de 30 pessoas a almoçar no restaurante todos os dias”. A entrada no catering foi um passo natural, mas com desafios. “O diretor de uma empresa de âmbito nacional pediu-nos um ano para organizar o lanche de Natal da empresa. No final do evento marcou logo os lanches do ano seguinte para Leiria, Santarém e Caldas da Rainha, o que nos levou a considerar o catering como uma nova vertente do negócio. Mais tarde, percebemos que precisávamos de um espaço próprio para eventos”.

Meeting: o novo projeto

O novo espaço, Meeting, nasceu da necessidade de diversificação e inovação. “Estar no meio de um parque de estacionamento tem as suas vantagens e desvantagens. As pessoas vêm porque querem cá vir. Estamos abertos de segunda a sábado para almoços e às sextas e sábados à noite, trabalhando com sugestões diariamente variadas e com uma carta de estação, usando produtos locais e homenageando a cozinha tradicional portuguesa com influências mediterrânicas e técnicas modernas”. Para Nuno, a culinária é uma arte que mistura tradição e inovação. “Os portugueses tiveram presença em todo o mundo, então há um pouco da nossa cozinha em toda parte. O meu objetivo é trazer essa tradição de volta, mas com uma apresentação contemporânea”.

Um legado de compromisso e credibilidade

Nuno assume com orgulho o legado deixado pelo pai, destacando a importância de honrar compromissos financeiros. “Quando

assumi 100% da sociedade que o meu pai criou, ele tinha assinado empréstimos que passaram para mim. Disse-lhe: “Fica descansado, porque eu hei de cumprir sempre este compromisso.”

Essa responsabilidade e ética de trabalho foram cruciais para construir uma relação sólida com a banca, que hoje vê Nuno não apenas como um número, mas como um parceiro de confiança. Esta confiança permite sonhar com novos projetos, apesar dos desafios financeiros. “Num curto espaço de tempo, posso dizer que tenho cerca de uma dezena de projetos para o futuro. Contudo, são sonhos que, neste momento, são utopias”.

Nuno reconhece ainda a necessidade de capacitar a equipa para garantir a continuidade do negócio. “Uma parte do meu crescimento pessoal foi quando consegui transformar o Manjar dos Sabores de um negócio onde era peça essencial para um onde me tornei dispensável.”

Encontrar pessoas de confiança para delegar responsabilidades é um desafio, mas essencial para a sustentabilidade da empresa.

O papel da mediatização na profissão

A mediatização da profissão de chefe de cozinha tem um impacto ambivalente, segundo Nuno. Enquanto aumenta o interesse pela área, também cria expectativas irrealistas. “Quando saem da escola, baseados no que veem nos programas de televisão, ambicionam apenas a parte bonita. No entanto, o problema de apenas mostrar o brilho é que encobre todo o resto.” A realidade do trabalho diário na cozinha é muito mais exigente e stressante do que aparenta na televisão. Nuno enfatiza a importância das soft skills, como a empatia e a capacidade de lidar com situações imprevistas, que muitas vezes não são ensinadas nas escolas. “A técnica pode ser aprendida facilmente, no entanto, a autenticidade das pessoas e a sua verdadeira disposição para o trabalho são aspetos que não se fingem.”

Tradição e modernidade na gastronomia

Nuno defende uma cozinha que valorize a tradição, mas que incorpore conhecimentos modernos para melhorar a qualidade e a sustentabilidade. “A feijoada não tem de estar sempre carregada de gorduras e calorias. Hoje tenho conhecimentos químicos e físicos que me permitem perceber como melhorar os ingredientes para oferecer uma refeição saborosa e saudável”. Além disso, Nuno destaca a importância de utilizar produtos locais e sazonais, o que não só beneficia a economia local, mas também garante frescura e qualidade. “Não há razão nenhuma para não comprarmos localmente e fresco.” Embora reconheça a importância dos prémios para a visibilidade e credibilidade, Nuno não ambiciona uma Estrela Michelin, considerando os requisitos exigentes e o impacto na qualidade de vida. “O reconhecimento sim é muito importante, porque ajuda a credibilizar. Mas o melhor prémio que nós podemos ter é o feedback do nosso cliente, e quando esse feedback é 5 estrelas, é extremamente aprazível.”

A visão para o futuro

Nuno e Manuela não se acomodam com o sucesso atual. “Há sempre novos desafios e oportunidades. Queremos continuar a crescer, mantendo a qualidade e a empatia que nos trouxeram até aqui”, afirma Nuno. Manuela acrescenta: “É essa fome de fazer melhor todos os dias que nos mantém dinâmicos”.

Ao refletir sobre a jornada de 25 anos, Nuno resume: “Se eu puder definir sucesso, é a capacidade de deixar uma marca e provar a mim próprio de que sou capaz. E é isso que faço todos os dias, com toda a humildade”. O Grupo TJN com o Manjar dos Sabores e o Meeting são testemunhos de uma história de resiliência, dedicação e paixão pela culinária, mostrando que o sucesso é fruto de trabalho árduo e constante inovação.

N.º 1 NA LIMPEZA DE PAINÉIS

FOTOVOLTAICOS EM PORTUGAL

Com sede em Leiria, a SolarClean é uma empresa que presta serviços de limpeza de painéis fotovoltaicos industriais e residenciais, de norte a sul do país, com uma capacidade de limpeza de 25.000 painéis por dia. Com equipamentos únicos e uma equipa altamente qualificada, experiente e, acima de tudo, focada nas necessidades de cada cliente, garante um trabalho rigoroso, 100% seguro e amigo do ambiente. Em entrevista à Revista Business Portugal, Ivo Arneiro, o CEO da SolarClean, deu a conhecer o universo da empresa e a excelência dos seus serviços.

A carreira profissional de Ivo Arneiro começou no setor da banca, ao qual esteve ligado durante 16 anos. Foi apenas em 2020, que Ivo decidiu abraçar um projeto completamente diferente, apostando na área das energias renováveis, altura em que fundou a SolarClean.

Atualmente, a SolarClean é uma empresa líder na limpeza de painéis fotovoltaicos em Portugal, especializada na manutenção de diferentes tipos de instalações solares, incluindo coberturas, carports, solos e parques flutuantes. A limpeza regular dos painéis é essencial para maximizar a eficiência energética, e a SolarClean utiliza técnicas avançadas que aumentam a produção de energia e prolongam a vida útil dos equipamentos. Ivo realça que, ao contrário do que se possa pensar, a eficácia de um painel fotovoltaico

A evolução é o nosso maior aliado e estamos cá para a acompanhar e facilitar a vida dos nossos clientes. Obviamente, surgirão novos meios de energia renováveis e a SolarClean cá estará para inovar

Ivo Arneiro, CEO

vai muito para além da sua instalação, ou seja não adianta colocar um painel se depois não vamos cuidar da sua manutenção. “A falta de limpeza e manutenção, muitas vezes, pode representar perdas superiores a 30% do rendimento esperado do painel”, esclarece o empresário, sublinhando que existe uma grande lacuna ao nível dos pequenos instaladores, que não raras vezes, “fazem a instalação, mas não dão informações relevantes relacionadas com a necessidade de manutenção e limpeza do painel”, contudo são vários os tipos de sujidade a que um painel está sujeito ao longo do tempo. “A posição geográfica, por exemplo, é um fator que vai influenciar o tipo de sujidades presentes. Se instalarmos um painel numa zona costeira logicamente terá necessidades diferentes de limpeza do que se estivermos a falar de uma zona agrícola”, sublinha, destacando que a SolarClean é a responsável pela limpeza da maior instalação flutuante da Europa. “Fazemos a limpeza da maior estação flutuante europeia, a do Alqueva, e a manutenção é feita cerca de cinco vezes por ano”.

Qualidade e Excelência

O que levou a SolarClean a ser número um na limpeza de painéis solares foi a sua perfomance e posicionamento no mercado, assente na eficácia e qualidade, mas também na segurança que oferecem e na forma exclusiva como tratam o cliente. De sublinhar que na SolarClean, o cliente recebe em tempo real atualizações sobre o serviço que está a ser executado.

As energias renováveis estão em constante evolução e a SolarClean está na vanguarda dessa mudança, por isso a utilização de tecnologias avançadas são também um ponto fundamental para o bom trabalho preconizado: “Temos equipamento único na Europa, inclusivamente alguns equipamentos utilizados foram desenvolvidos com a nossa ajuda. É muito importante saber com o que podemos contar”, afirma.

Para a SolarClean, a certificação é outro ponto bastante importante, e está relacionada com a visão da empresa, que passa por oferecer aos seus clientes o melhor serviço de limpeza, com rigor e profissionalismo. Com o processo de certificação em marcha, a empresa será a primeira a conquistar esta certificação, a nível europeu. O objetivo passa por reforçar o nome da SolarClean, granjeando cada vez mais prestígio e notoriedade. “Seremos os pioneiros, a nível europeu neste ramo a obter certificação, o que para nós é bastante importante”, refere, destacando que o seu objetivo é que a empresa se distinga no ramo, mas de forma a manter-se sempre fiel aos seus valores, nomeadamente, know-how, experiência, responsabilidade, inovação, confiança e qualidade. Para isso, Ivo conta com uma equipa motivada e experiente: “Neste momento, temos uma equipa incrível, envolvida, com conhecimento e que percebe as métricas da empresa. É uma satisfação, poder contar com eles e com a arte que fazem, vê-se que gostam do seu trabalho e que se sentem confortáveis”, revela o empresário.

Com os olhos postos no futuro

Para Ivo, o mercado fotovoltaico está em crescimento, mas acredita tratar-se de um crescimento que será regulado. Assim sendo, a sua ambição em termos de futuro é melhorar e crescer, adaptando-se aos desafios que forem surgindo. “A evolução é o nosso maior aliado e estamos cá para a acompanhar e facilitar a vida dos nossos clientes. Obviamente, surgirão novos meios de energia renováveis e a SolarClean cá estará para inovar”, evidencia, expressando a sua vontade em reforçar a atuação da empresa a nível nacional e expandir para uma presença internacional, sendo Angola uma das metas a curto prazo.

geral@solarclean.pt • www.solarclean.pt

DO SONHO À REALIDADE

Cristiano Nunes e Ivan Hevko, fundadores da CIGA - Soluções Metálicas, situada na Marinha Grande, são os empreendedores que partiram em busca do seu sonho. Com dez anos de experiência profissional, decidiram que tinha chegado a altura de investirem num negócio próprio. Atualmente, a CIGA destaca-se como uma empresa jovem, dinâmica e inovadora, à procura de novos desafios para marcar a diferença. Nesta edição, a Revista Business Portugal teve o privilégio de estar à conversa com os fundadores e descobrir um pouco mais da sua história.

Cristiano Nunes e Ivan Hevko, fundadores da CIGA, que estão prestes a comemorar 30 anos, destacam-se pela sua postura empreendedora e dedicada. Conhecidos de longa data, a história profissional de ambos começou simultaneamente, incluindo uma colaboração no ramo da restauração. Após essa fase, seguiram caminhos diferentes: Ivan na área metalomecânica e Cristiano na dos moldes. Como sempre se identificou com os valores de Ivan, a dada altura, Cristiano sentiu o despertar do seu espírito empreendedor e desafiou o amigo a unirem a sua experiência e capacidade no setor da metalurgia para criarem o seu próprio negócio. “Prontamente perceberam que os primeiros passos deviam começar por angariar clientes, e destacar-se com um produto no mercado. Devido a visão empreendedora e de futuro do Engº Carlos Poço (EIP) um grande impulsionador da empresa, tivemos a oportunidade de seguir a soldadura Robotizada”.

Os sócios, ao recordarem o caminho que os conduziu ao sucesso empresarial, destacam os dez anos de experiência e know-how acumulados.

Cristiano Nunes e Ivan Hevko, Fundadores

“Felizmente, o negócio impulsionou-se desde o início. A partir do nosso primeiro cliente, nunca mais parámos. Estamos a viver o sonho, mas mantemos sempre claro o que queremos”.

Com apenas dois anos, a empresa já conta com um incrível catálogo e oferta de serviços tais como: gabinete de engenharia, pintura líquida, soldadura robotizada, soldadura mig/mag e tig.

Os produtos que oferecem vão desde Contentores Metálicos para resíduos com sistema de elevação, Ampliroll, Polibenne, Multibenne até Estruturas metálicas.

Assumindo o objetivo de se tornar uma referência no mercado, a CIGA - Soluções Metálicas disponibiliza soluções inovadoras e de alta qualidade para diversos setores. Com um compromisso inabalável com a excelência, combina conhecimento técnico especializado, materiais de primeira linha e um atendimento personalizado para entregar projetos que superam as expectativas dos clientes.

Apesar de um percurso em crescente ascensão, a empresa também enfrenta desafios e dificuldades, sobretudo na falta de recursos humanos.

Com os olhos postos no futuro, o objetivo da CIGA passa pela contratação de pessoas que agreguem mais valor à organização. Cristiano conta que “a mão de obra neste setor existe, mas trata-se de uma mão de obra qualificada. Nós pensamos de forma diferente, sabemos a importância do capital humano”. Assim sendo, após ganharem clientes e, consequentemente trabalho, a empresa está empenhada em formar uma sólida equipa para os desafios que possam surgir, quem o diz é Ivan: “Angariámos trabalho, agora queremos qualificar e formar uma equipa sólida. Os pilares da empresa necessitam de crescer de forma igual. Guiamo-nos sempre através do valor que temos, com os pés bem assentes na terra”.

A CIGA tem investido os seus esforços para alcançarem um patamar de excelência na qualidade e resistência. Ao que Ivan refere que “quem vai comprar um contentor, quer qualidade, quer resistência, nós oferecemos isso e assim continuaremos”.

A empresa tem vindo a apostar também na área da sustentabilidade. Cristiano e Ivan, ambos com formação em energias renováveis, destacam a necessidade de minimizar a pegada ecológica em todas as etapas do processo: “Usamos tintas mais ecológicas, a empresa está equipada com painéis fotovoltaicos e térmicos para reduzir o consumo energético e procurando soluções mais amigas do ambiente”. Para os profissionais, o sucesso a longo prazo está intimamente ligado à sustentabilidade e, por isso, dedicam-se a integrar práticas ecológicas na sua operação, contribuindo para um futuro mais sustentável e responsável.

Tendo em conta o percurso da CIGA, Cristiano assume orgulho naquilo que criou juntamente com Ivan: “Estou bastante feliz, sabia o que queria, mas era tudo um belo esboço na minha cabeça, agora que é real, sinto-me extremamente feliz e orgulhoso por saber que encontrámos o nosso caminho”. Ivan, igualmente orgulhoso acrescenta: “Para mim, foi passar do sonho para a realidade”.

A gestão de um negócio desta dimensão e ainda das suas vidas familiares é algo que pede um grande equilíbrio. Ivan e Cristiano são a prova viva disso, só com muito esforço, resiliência e dedicação é que é possível equilibrar as suas vidas profissionais e pessoais e, claro, devido ao apoio incondicional que contam do seu núcleo familiar.

geral@ciga.pt www.ciga.pt

TI MARTINS: A PADARIA QUE CONQUISTA PALADARES

De advogado a padeiro, Tiago Martins transformou a sua paixão por panificação num negócio de sucesso, conquistando Portugal com os produtos da Padaria Ti Martins. Com uma estratégia ousada e foco na qualidade, a marca expande-se pelo país e olha para o futuro com ambição, prometendo conquistar novos mercados.

Tiago Martins, advogado de formação e especialista em mercados financeiros, encontrou um destino inesperado na panificação. “Nunca imaginei seguir este caminho. Comecei por ajudar outras padarias na distribuição durante as férias, o que despertou a curiosidade para este mundo,” sublinhando a surpresa e fascínio que o levaram a descobrir uma nova paixão.

Sem raízes familiares no setor, viu uma oportunidade de negócio e uma forma de se conectar com a comunidade local. A transição de advogado para padeiro não foi fácil, mas para Tiago, foi uma decisão certeira. “Não me arrependo. Foi pela autonomia financeira, criar empregos, fazer a diferença,” destacando a coragem e determinação que o impulsionaram a lançar o seu próprio negócio.

A jornada começou de forma modesta, com a aquisição de uma padaria já existente em Leiria. “Comecei com uma padaria pequena, fiquei com os clientes dessa empresa e fui aumentando a nossa base de clientes,” explica Tiago, refletindo sobre os primeiros passos da Ti Martins. O crescimento foi rápido e o potencial da empresa tornou-se evidente, especialmente na região de Leiria.

Comecei com uma padaria pequena, fiquei com os clientes dessa empresa e fui aumentando a nossa base de clientes

Para garantir o sucesso do seu negócio, Tiago Martins adotou uma abordagem estratégica que se revelou crucial: “No início, concentrei-me em fortalecer a ligação com os nossos clientes”. Esta estratégia envolveu explorar novos canais de distribuição, desenvolver produtos adaptados aos gostos locais e expandir para novas áreas geográficas. Atualmente, a Ti Martins não se limita a Leiria, estando também presente em todo o país, continuando a crescer tanto em termos geográficos como na variedade de produtos oferecidos.

Tiago Martins e Ana Rita Martins

Tiago Martins destaca que a diversidade é o grande trunfo da sua padaria. “Produzimos uma vasta gama de produtos: desde pão tradicional a opções pré-cozidas ultracongeladas. Adaptamo-nos constantemente às necessidades dos nossos clientes para garantir que não perdemos nenhum negócio”. Esta capacidade de adaptação tem sido crucial para o sucesso contínuo da Ti Martins, permitindo-lhe posicionar-se estrategicamente em diferentes segmentos de mercado, desde o turismo até às grandes superfícies.

Desde o seu lançamento, a Ti Martins enfrentou desafios consideráveis. “No início, tivemos de nos adaptar rapidamente ao mercado e aprender com cada obstáculo. A pandemia agravou esses desafios, com o encerramento de mercados essenciais como escolas e restaurantes”. No entanto, em vez de recuar, a Ti Martins encontrou formas inovadoras de se destacar. Durante o confinamento, o lançamento das ‘Pipocas em Casa’ foi um verdadeiro sucesso, conquistando os consumidores portugueses e expandindo a presença da marca além-fronteiras. “As pipocas não são apenas um produto, são uma experiência. Cada saco é um testemunho da nossa dedicação ao sabor e à qualidade”, destaca Tiago, referindo que também estão presentes em diversos eventos desde aniversários, baptizados e casamentos.

Fazer pão é uma arte. Nós usamos técnicas tradicionais e ingredientes de alta qualidade para garantir que cada pão seja único em sabor e textura

No cerne da operação da Ti Martins está o compromisso inabalável com a qualidade do pão. “Fazer pão é uma arte. Nós usamos técnicas tradicionais e ingredientes de alta qualidade para garantir que cada pão seja único em sabor e textura”, explica Tiago. Esta dedicação é reconhecida pelos clientes fiéis, que valorizam não só o produto final, mas também o serviço personalizado e a fiabilidade nas entregas.

A pandemia trouxe consigo aumentos significativos nos preços das matérias-primas, especialmente nos cereais. “Os preços das matérias-primas aumentaram significativamente durante a pandemia, especialmente no caso dos cereais”, revela Tiago. No entanto, a Ti Martins conseguiu gerir estas flutuações sem comprometer a qualidade ou aumentar excessivamente os preços. “Mantemos um equilíbrio entre oferecer produtos de alta qualidade e manter preços estáveis”, afirma.

O sucesso da Ti Martins vai além dos seus produtos excecionais. A estratégia inteligente e a visão clara para o futuro são fundamentais.

“Estamos a expandir tanto na área da padaria, com foco em produtos como pão pré-cozido ultracongelado, quanto nas pipocas”, revela Tiago. Com planos ambiciosos para a internacionalização, Tiago está confiante no potencial de crescimento da Ti Martins além das fronteiras de Portugal. “Estamos preparados para dar este passo. O nosso novo espaço de produção, projetado especificamente para as nossas necessidades, é um testemunho do nosso compromisso com a expansão e excelência”, partilha.

Em termos de certificações, a Ti Martins está totalmente preparada para os desafios regulatórios. “Temos todas as licenças necessárias para operar tanto no mercado nacional quanto para exportação”, assegura Tiago. Este compromisso com a conformidade e qualidade reflete-se não apenas nas certificações, mas também na confiança que os clientes depositam na marca.

Por fim, Tiago expressa a sua gratidão à equipa que sustenta a Ti Martins. “Uma empresa não é feita apenas de produtos, mas de pessoas. A minha equipa é incrível e agradeço-lhes por estarem sempre ao meu lado”, revela. Esta dedicação mútua é o alicerce do sucesso da Ti Martins, impulsionando a empresa para novos patamares.

A Ti Martins não é apenas uma empresa, é uma história de inovação, qualidade e visão para o futuro, sempre com um olho no detalhe e outro na expansão contínua.

Ti Martins: 915 106 555(chamada para rede móvel nacional) Pipocas em casa: 911 973 815 (chamada para rede móvel nacional) emcasapipocas@gmail.com

O FUTURO NAS MÃOS DOS JOVENS: A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DE DADOS NA TOMADA DE DECISÃO

Num mundo onde as decisões exigem cada vez mais diligência e rigor daqueles que as tomam, a Análise de Dados surge como uma bússola que é capaz de guiar jovens, empresas e júnior empresas no caminho para o sucesso. Apesar de necessitar, de forma indubitável, de um enorme Sistema de Gestão de Risco, esta ferramenta tem auxiliado as grandes organizações contemporâneas a enfrentar cenários cada vez mais incertos e imprevisíveis, comprovando a célebre expressão: “data is the new oil”

A Análise de Dados permite, atualmente, atuar perante realidades pautadas pela competitividade, envolvendo a recolha, o tratamento, a limpeza, a visualização e a interpretação dos dados. Cada etapa é interdependente e crucial como engrenagens de um complexo mecanismo. A negligência ou a inversão destes procedimentos podem criar enviesamentos, comprometendo assim a fiabilidade das conclusões obtidas. Deste modo, é vital que todo o processo seja, do início ao fim, transparente, imparcial e livre de juízos de valor, bem como ausente de alterações ou omissões que possam comprometer a integridade da informação.

Se analisarmos a teoria à luz do contexto organizacional atual, verifica-se um ritmo significativamente acelerado, por parte das empresas, no que diz respeito à transformação digital, ao crescimento exponencial de plataformas de inteligência artificial e ainda à importância da automação e otimização dos processos. A rápida evolução tecnológica, aliada à globalização, relembra constantemente as organizações da pertinência de possuir ferramentas que permitam monitorizar KPI’s relevantes para se adaptarem ao mercado. Neste sentido, a Análise de Dados cumpre um papel vital e diferenciador

ao conseguir avaliar a robustez e a operacionalidade de uma estrutura organizacional, orientando-a a tomar decisões mais informadas e conscientes em áreas como os Recursos Humanos, através da análise de métricas inerentes ao processo de recrutamento; Marketing, por via da análise das redes sociais ou Finanças, monitorizando os gastos efetuados.

Deste modo, conjugando as necessidades do tecido empresarial, o brilhantismo e a ambição dos jovens empresários, surge a Iscte Junior Consulting (IJC). O acompanhamento das tendências crescentes no domínio de Analytics impulsionou a criação estratégica do departamento homónimo em 2021, responsável pela análise das métricas internas da estrutura. Atualmente, a IJC oferece serviços certificados em Big Data e Inquiry Based Learning com o selo de qualidade ISO 9001. Neste sentido, as análises efetuadas podem incidir sobre diferentes temáticas como a liderança de género na atualidade, a eficiência dos processos ou mesmo a otimização do armazenamento da informação

A Iscte Junior Consulting reconhece o seu papel de se desafiar, enquanto incubadora de talento dos futuros responsáveis pelas tomadas de decisão. É indissociável os dados com que as organizações, de qualquer natureza, trabalham e a inovação que destes resulta. Cada organização deve traçar o seu caminho com base na mais valiosa ferramenta tecnológica da atualidade: a análise crítica e minuciosa da informação. Alcançar este expoente é criar vantagens competitivas sustentáveis e tornar o processo de tomada de decisão mais eficiente.

Iscte Junior Consulting

NUNO FERREIRA PIRES NO ALMOÇO-DEBATE DO ICPT

Foi no passado dia 4 de julho, no Lisbon Marriott Hotel, que se realizou o habitual Almoço-Debate do International Club of Portugal (ICPT). O orador convidado foi Nuno Ferreira Pires, CEO da SportTV, e o tema do evento foi “Tecnologia e CiberSegurança: um Mundo a 2 Velocidades”.

Nesse evento, o CEO da Sport TV falou sobre a tecnologia no nosso país e os riscos inerentes. “Estamos a falar de um país onde a tecnologia avança hoje a um ritmo prodigioso, onde o consumo de conteúdos online está a passos gigantescos do offline, onde a legislação não existe, a educação em casa nas famílias volta a não existir, e os processos legislativos europeus sobre regulação eletrónica contra o cibercrime demoraram dois anos a ser aprovados, e demoram dois anos a ser transpostos para a legislação portuguesa”.

Nuno Pires falou ainda sobre os perigos de um ataque terrorista em Portugal e o seu impacto: “As últimas receitas registadas em Portugal foram de 40 milhões de euros ou 17% do PIB nacional. Se Portugal tiver o azar de sofrer um ataque terrorista, o que é perfeitamente possível, estes 17% da nossa economia entrariam em colapso em três dias, e todas as empresas satélites que giram em torno do turismo (25% do PIB)”.

Tratou-se de almoço em que boa disposição não faltou e muitos foram os amantes da tecnologia que se reuniram neste evento, e do qual certamente saíram melhor informados.

Nuno Ferreira Pires e Manuel Ramalho
Alexandre Fonseca, Fernando R. Silva e Nuno Ferreira Pires
Pedro Milharadas, Nuno Ferreira Pires e Catalina Ramires

ALMOÇO-DEBATE DO ICPT COM ALEXANDRA LEITÃO

Foi no passado dia 10 de julho, no Lisbon Marriott Hotel, que se realizou o habitual Almoço-Debate do International Club of Portugal (ICPT).

O tema do evento foi “Populismo, Democracia e Estado de Direito", a oradora convidada foi a Professora Doutora Alexandra Leitão, ex-Ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública e atual Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista.

Durante o evento, a oradora foi questionada sobre o seu futuro, pois tem vindo a ser apontada a altos voos como a liderança do PS ou mesmo do Governo. A atual líder parlamentar socialista desvaloriza o que tem vindo a ser dito.

Pedro Milharadas, Alexandra Leitão e António Marquez
Luísa Meireles e Alexandra Leitão
Alexandra Leitão e Manuel Ramalho

AVILA SPACES CONQUISTA LUGAR NA FINAL MUNDIAL

Em Outubro, na ilha de Haikou, na China, será disputada a final mundial do maior torneio de golfe de empresas do mundo. Em jogo estarão 30 países, 60 jogadores internacionais, e Portugal quer revalidar o título com a empresa Avila Spaces.

Óbidos acolheu pela quarta vez a final nacional do World Corporate Golf Challenge Portugal by Audi e o município que acompanha este circuito, desde 2020, fez jus às suas características hospitaleiras e de afirmação como destino de golf. Filipe Daniel, Presidente da Câmara Municipal de Óbidos, conclui que este evento tem um “impacto fantástico na região e que continua a dar visibilidade ao território bem como o fomento da modalidade desportiva, do golfe, na região”. Esta parceria entre o World Corporate Golf Challenge Portugal e o Município de Óbidos intensifica a “dimensão turística e o propósito de trazer novos hóspedes e residentes ao território que é de extrema importância para a sua transformação económica e social”. Este ano, a dimensão internacional do evento potenciará ainda mais a região, uma vez que, a equipa vencedora levará Óbidos à final, na China, afirmando a marca Óbidos num território e num mercado emissor estratégico para o município.

O desafio lançado aos 36 finalistas foi acolhido de forma muito competitiva e com o foco na vitória. A prova disso foi um pódio com resultados que só podem ser motivo de orgulho para os três primeiros classificados: com 41 pontos a Padaria Trigo Bom, composta por Vítor António e Miguel Heliodoro, em 2º lugar a empresa BB Global, onde Celeste Duarte e Rui Martins alcançaram 42 pontos e a empresa vencedora, Avila Spaces, totalizou 43 pontos obtidos por Nuno Costa Alemão e Miguel Lourenço. Os

jogadores vencedores não esconderam a emoção e o orgulha na vitória e, para Nuno Costa Alemão: “O Circuito Word Corporate Golf Challenge Portugal já nos habituou a um elevadíssimo nível de organização e excelência. Este ano, o Avila Spaces teve a audácia de nos convidar, juntando duas marcas de grande prestígio, logo só podia dar certo!”. Para Miguel Lourenço, o pensamento é a final mundial e o objetivo é “ganhar e elevar ainda mais o nome de Portugal e do Avila Spaces”.

A verdade é que a empresa que se estreou no maior torneio de golfe de empresas do mundo venceu a edição de 2024. Para Carlos Gonçalves, CEO & Founder do Avila Spaces, a “participação no WCGC representa uma oportunidade única de reforçar a

José Guerra, Chairman WCGC, 1º NET Miguel Lourenço & Nuno Costa Alemão, Avila Spaces, Nuno Mendonça, Diretor Geral Audi Portugal

visibilidade da marca, como líderes em inovação no mercado dos espaços de trabalho flexíveis em Portugal. Este torneio oferece-nos esta excelente oportunidade, tanto a nível nacional, e agora a nível internacional, com a participação na Final Mundial”. A sinergia entre o golfe, as empresas e o Avila Spaces faz parte do ADN desta empresa, pois “há um conjunto de valores partilhados e que estão presentes também no golfe, como o espírito de equipa, o respeito, a transparência e a lealdade. Temos também o objetivo de contribuir para a democratização do golfe em Portugal, daí a parceria com o Centro Nacional de Formação do Jamor e os torneios e clínicas que organizamos há vários anos”.

Os patrocinadores e parceiros do WCGC Portugal manifestaram igualmente a sua satisfação, em primeiro lugar, porque puderam participar no cocktail e jantar, mas, sobretudo, pela montra que a Final Nacional by Audi proporcionou aos seus produtos entre clientes, participantes e também muitos acompanhantes, para além das várias entidades envolvidas.

A inovação também fez parte da Final Nacional by Audi e o tradicional saco de boas-vindas foi substituído por um saco de golfe Audi entregue a todos os jogadores, incluindo o polo e o cap oficiais da competição. Uma ativação que reforça o posicionamento da marca e a confiança depositada no evento e muito apreciada por todos os jogadores.

O check-in de boas-vindas contou com o tradicional café Nicola, os protetores solares Uriage e a água Monchique. No bar

de campo e cocktail a Coral e a Brisa imperaram e a degustação Cigala deliciou os participantes com um showcooking, bem como os produtos Wissi. Momentos antes do jantar, no welcome cocktail o Per Se foi servido e apreciado por todos, bem como a típica ginga de Óbidos, da Vila Rainha. Para além da mostra gastronómica, o artesanato da região também se evidenciou com a demonstração da Oficina do Barro com a tradicional verguinha de Óbidos. A próxima fase será na China, na ilha de Haikou, e o campo de golfe escolhido para disputar a final mundial do World Corporate Golf Challenge é o Mission Hills Blackstone. Este campo foi eleito o melhor percurso championship da Ásia e é o anfitrião do World Ladies Championship e do World Celebrity Pro-Am. Portugal quer continuar a fazer história neste circuito e pretende somar mais uma vitória às seis já conquistadas em anos anteriores. A par deste desejo, Ana Massapina, licensee holder de Portugal, afirma que “a final mundial será uma experiência inesquecível, uma vez que, a organização é exemplar e atenta a todos os pormenores. Prova disso é que ninguém quer ficar de fora desta experiência e voltaremos a levar golfistas a jogar a competição paralela à final mundial, a Sports Legends Cup”.

Créditos Fotos: Rodrigo Gatinho

Estela Sargento, Ana Massapina Licensee Holder WCGC Portugal e Francisco Santos Paixão – Turkish Airlines
Raquel Silva, Event Director WCGC, 3º NET Miguel Heliodoro & Vitor António, Padaria Trigo Bom
Herminio Saiz, WCGC Member Board e Licensee Holder WCGC Mexico, 2º NET Celeste Duarte & Rui Martins, BB Global
Miguel Lourenço, Francisco Santos Paixão – Turkish Airlines, Nuno Costa Alemão,

JOÃO MARIA BOTELHO, NUMA ERA DE SUSTENTABILIDADE: O

MAIS RECENTE ESTREANTE

DA CATEGORIA SUSTENTABILIDADE E INOVAÇÃO UNDER 30 DA FORBES

Com 22 anos, acabei de me licenciar em Direito, com várias especializações em Sustentabilidade. Participo em múltiplos fóruns, sou ‘Global Shaper’ no quadro da iniciativa do Fórum Económico Mundial e lidero a equipa ‘Generation Resonance’ da Associação das Nações Unidas Portugal, que participou na COP 28 e agora está a trabalhar para Baku. Sou também Embaixador do Oceano em Portugal, Conselheiro de Sustentabilidade e co-criador do podcast “Tomorrow Talks”, que já obteve mais de 8 mil reproduções em 12 países. O reconhecimento pelo Financial Times pelas minhas iniciativas de impacto social e as honras recebidas do Conselho da Europa e do Presidente da Assembleia da República Portuguesa pelas minhas contribuições para o direito constitucional e os direitos fundamentais são testemunhos do meu compromisso com a sustentabilidade e a inovação social. Como jovens líderes, temos a responsabilidade de moldar um futuro sustentável e resiliente. Ao adotarmos a inovação e a colaboração, podemos superar os desafios globais e inspirar a próxima

geração a continuar esta missão vital. Juntos, podemos transformar a sustentabilidade de um ideal para uma realidade tangível. Numa era em que a sustentabilidade não é apenas uma escolha, mas uma necessidade, o reconhecimento dos jovens líderes que defendem esta causa torna-se cada vez mais crítico. Sinto-me profundamente honrado por ter sido nomeado para o Prémio Forbes 30 Under 30 de Sustentabilidade e Inovação Social. Este prémio é um testemunho não só do meu percurso, mas também dos esforços coletivos de muitos jovens visionários empenhados em promover mudanças positivas. É uma chamada de atenção para que todos nós saiamos das nossas zonas de conforto, desafiemos o status quo e participemos ativamente na construção de um futuro mais sustentável. Prémios como o 30 Under 30 são mais do que elogios; são faróis de inspiração. Destacam os esforços incansáveis de jovens líderes que não são apenas o futuro, mas o presente. Este reconhecimento amplifica as nossas vozes, proporcionando uma plataforma para influenciar e inspirar outros. Sublinha a importância do nosso trabalho na aceleração da transição climática, na promoção da diversidade e na elaboração de políticas que fomentem a sustentabilidade ambiental.

O Apelo para Fazer Mais

Ganhar um prémio não é o fim, mas o princípio. É um apelo à ação para fazer mais, para nos esforçarmos mais e para nunca nos contentarmos com a mediocridade. Temos de procurar constantemente novos conhecimentos, fazer perguntas difíceis e exigir responsabilidades aos que estão no poder. Temos de nos esforçar por derrubar as barreiras que impedem o progresso e construir pontes que liguem ideias e perspetivas diferentes. O nosso objetivo deve ser criar um mundo onde a sustentabilidade esteja enraizada em cada decisão, cada política e cada ação.

Para efetuar uma mudança real, temos de sair das nossas bolhas e envolvermo-nos no mundo à nossa volta. Isto significa colaborar entre disciplinas, setores e fronteiras. Significa ouvir aqueles cujas vozes têm sido marginalizadas e incorporar as suas ideias nas nossas estratégias. A verdadeira inovação resulta da confluência de diversas experiências e ideias. Ao expandir os nossos horizontes, podemos desenvolver soluções que sejam inclusivas, equitativas e sustentáveis.

EMPRESAS PREMIADAS

Em Portugal, diversas empresas têm alcançado um reconhecimento pela sua excelência e inovação no mercado. Entre elas destacam-se as “Empresas Gazela”, caracterizadas pelo seu rápido crescimento e impacto económico positivo. Estas empresas emergem como líderes dinâmicos, impulsionando a economia local e reforçando a competitividade nacional.

Além disso, as “Top 5% Melhores PME” destacam-se pelo seu desempenho excecional em diversas áreas, desde gestão e sustentabilidade até inovação e internacionalização. Este reconhecimento não só promove estas empresas como exemplos de boas práticas, mas também assegura o seu papel vital no panorama empresarial português.

Por outro lado, o “Estatuto Inovadora COTEC 2024” distingue as empresas que se destacam pela sua capacidade de inovação, sendo um selo de qualidade que sublinha o compromisso destas organizações com o desenvolvimento tecnológico e a criação de valor. Este estatuto promove a visibilidade das empresas inovadoras e incentiva um ambiente propício à colaboração e ao crescimento sustentável no tecido empresarial português.

“O QUE NOS VAI DIFERENCIAR É O ATENDIMENTO AO CLIENTE”

A M&F – Logística e Transporte, representantes da GLS no distrito de Leiria e Viseu, executam soluções de logística e transporte urgente, 24 horas para qualquer zona de Portugal e Espanha. Em entrevista, João Ferreira, Paulo Ferreira e Tânia Ferreira falam-nos sobre o atendimento próximo ao cliente e as soluções inovadoras no mercado. Além disso, destacam o papel da empresa na preocupação com a sustentabilidade e nos planos para o futuro.

O que significa para a M&F – Logística e Transporte ser, mais uma vez, reconhecida com a distinção Empresa Gazela? Quais foram os principais fatores que contribuíram para a obtenção deste prémio? Como é que a empresa pretende aproveitar este reconhecimento para impulsionar ainda mais o seu crescimento?

Receber este prémio pelo segundo ano consecutivo é sinónimo de muito trabalho consciente e consistente e por isso, foi muito gratificante. Queremos utilizar esta visibilidade para chegar a outras empresas que sejam potenciais clientes mas que ainda não nos conheçam. O facto de sermos uma empresa relativamente recente e familiar, torna o nosso acesso a algumas empresas maiores mais difícil. Queremos acreditar que estes dois prémios, nos tornem mais credíveis.

Quais foram os principais marcos na trajetória da MF Logistics? Quais são os fatores que a diferenciam num mercado cada vez mais global e exigente e de que forma o poscionamento da vossa empresa tem contribuído para alterar o paradigma do setor?

Penso que todas as empresas deste setor, tiveram um crescimento devido à Covid-19. Nós, M&F, crescemos não só a nível de trabalho, mas aproveitamos também esse crescimento, para pensar e alterar a ideia de negócio em si. Conseguimos perceber que o que nos vai diferenciar dos outros, é o atendimento ao cliente e por isso mesmo, desenvolvemos ainda mais todo esse departamento. Acreditamos que é este o caminho, no entanto, continuamos a avaliar o nosso dia a dia, para perceber de que forma podemos estar cada vez mais próximos do cliente.

João Ferreira, Paulo Ferreira e Tânia Ferreira, Sócios

Quais são os valores fundamentais que orientam a cultura da empresa? Como é que a M&F – Logística e Transporte investe no desenvolvimento profissional dos seus colaboradores?

A formação é algo fundamental na gestão de uma empresa. Tentamos todos os dias perceber onde estão as dificuldades e focámo-nos em arranjar conhecimento para que essas dificuldades deixem de existir.

A nossa maior preocupação é manter uma equipa unida e satisfeita com as condições de trabalho que lhes apresentamos. Queremos que os nossos funcionários se sintam valorizados e percebam que sem eles o trabalho não se faz. Por isso, manter a motivação e um bom ambiente é crucial. A ligação ao cliente é também muito importante. Perceber de que forma é que o cliente precisa de nós, para que possamos crescer e acompanhar.

Quem são os principais clientes da M&F – Logística e Transporte e como é que a empresa mantém a sua fidelização? Como é que a empresa mede a satisfação do cliente e o que faz para garantir um serviço de alta qualidade?

Os principais clientes da M&F são empresas na zona de Leiria, Marinha Grande, Batalha e Viseu que vendem produtos a nível ibérico e/ou europeu, para outras empresas ou para o cliente final. Por exemplo, lojas online.

Todos os dias falamos com os nossos clientes e todos são tratados pelo nome. Para nós, nenhum cliente é um número.

Receber este prémio pelo segundo ano consecutivo é sinónimo de muito trabalho consciente e consistente e por isso, foi muito gratificante. Queremos utilizar esta visibilidade para chegar a outras empresas que sejam potenciais clientes mas que ainda não nos conheçam

Quais são as tendências do mercado de logística e transporte identificadas pela vossa empresa? Como é que a empresa vê o papel da automação e da inteligência artificial no setor de logística e transporte?

A maior tendência que nós identificamos é a sustentabilidade. Tentamos acompanhar e achamos que há ainda muito a fazer, no entanto, já temos veículos elétricos e já reduzimos o máximo possível o uso do papel. Os nossos clientes ao optarem por entregas em pontos de recolha, também estão a ajudar a que haja menos emissão de poluentes. A tecnologia de rastreamento avançada é

também uma tendência importante e imprescindível. Quanto mais informação tivermos para dar ao cliente e ao cliente do nosso cliente, mais fácil se torna o dia a dia.

Em relação à automação e à inteligência artificial, para já, ainda vemos como possíveis aliados, mas não num curto espaço de tempo.

Quais são os planos de expansão da M&F – Logística e Transporte para os próximos cinco anos? Há novos mercados que a empresa pretende explorar?

Começamos a trabalhar no armazenamento de encomendas em 2023 e continuamos a crescer nesse mercado e estamos neste momento a iniciar no mundo do Fulfillment.

Nos próximos cinco anos vamos crescer o máximo possível nos mercados onde estamos, tentando alcançar empresas de maiores dimensões para a nossa carteira de clientes. Para isso, estamos a apostar nas redes sociais, fazemos um trabalho informativo e coeso para que os clientes que visitem as nossas páginas tenham o máximo de informação possível ao seu dispor.

O PARCEIRO DE CADA CLIENTE

Com seis anos de existência, a TTig Soldaduras, situada na Batalha, é uma moderna empresa de soldadura. Devido ao seu grande crescimento, há três anos consecutivos, é distinguida com o prémio Empresas Gazela. Em conversa com a Revista Business Portugal, Tiago Tomás, o CEO, contou-nos um pouco sobre a trajetória da empresa e os planos para o futuro.

Qual é a história por trás da fundação da TTig Soldaduras? Quais são os princípios fundamentais que orientam as operações da empresa? Como é que a empresa define a sua missão e visão? Tudo começou quando aos 19 anos tirei o curso de soldador, desde aí que ficou sempre a vontade de explorar essa área. Após essa formação, decidi andar um tempo pela Europa, em vários projetos interessantes. Em 2017, devido à vontade de estar mais perto da família, decidi que era hora de voltar. Trabalhei cerca de três meses numa empresa local, mas rapidamente percebi que aqui não éramos valorizados como lá fora, e foi aí que a TTig Soldaduras nasceu. Em 2018, comecei em casa dos meus pais, num espaço com 30 metros quadrados. Hoje, volvidos seis anos, alcançámos um crescimento brutal. Estamos situados num armazém com 5.000 metros quadrados, contamos com uma fantástica equipa de 55 pessoas, e operamos no mercado nacional e internacional.

A nossa missão, sem dúvida, passa por apostar nos mais jovens, vejo muito que as empresas procuram sempre profissionais experientes, mas ninguém nasce ensinado. Nós, na TTIG, apostamos nos mais novos e damos-lhes a formação necessária, isso também reflete a nossa visão, que assenta em valorizar as pessoas, fazê-las crescer e colocá-las no sítio certo para que sejam felizes no que fazem. Outro objetivo é, acima de tudo, evoluir junto da equipa, uma pessoa sozinha não vai a lado nenhum. Valorizo muito quem tenho a meu lado e quero dar-lhes o melhor.

Quais são os principais serviços oferecidos pela TTig Soldaduras? Como é que a empresa se mantém atualizada com as últimas tendências e avanços na indústria?

Começámos com serviços na área de soldaduras, mas para ingressar no mercado tivemos de nos atualizar. Neste momento, temos serviços como o corte e quinagem, corte a laser, temos também uma área de projeto e desenvolvimento, soldadura certificada, construção soldada na área de máquinas industriais, máquinas essas que são de valores mais elevados e, por esse motivo, nem todos fazem esse serviço. Fazemos ainda montagem de máquinas, de forma a conseguirmos oferecer uma máquina chave na mão ao nosso cliente, bem como reparação.

De forma a mantermo-nos atualizados procuro sempre estar presente em feiras internacionais, para ver as novidades e o que surge no mercado. O facto de ter uma equipa jovem também é um fator benéfico, pois estão sempre atualizados e com ideias inovadoras para nos reinventarmos.

O prémio Empresas Gazela é atribuído a organizações que se destacam pelo crescimento acelerado e sustentável. Quais são os principais fatores diferenciadores da TTig Soldaduras que permitiram alcançar este reconhecimento?

Todos os anos, duplicamos a faturação, graças aos nossos clientes que confiam e apostam em nós, o que nos faz crescer de forma sustentável. Para acompanhar o mercado e manter o ritmo de crescimento que temos alcançado, tentamos ser rápidos e profissionais no nosso trabalho, e penso que seja isso também o que nos destaca.

Quais são os planos de crescimento e expansão da empresa para o futuro? Como é que pretendem continuar a crescer e a adaptar-se aos novos desafios do mercado?

Os nossos planos de crescimento são saudáveis. Temos tido bastantes trabalhos desafiantes, o que nos faz crescer. Temos todas as certificações para melhorar a experiência do cliente e estar à altura do seu projeto. Apesar da instabilidade no mercado temos tido uma boa resposta. Acredito no nosso crescimento, ir para trás é impossível, queremos avançar. A minha maior segurança é, sem dúvida, saber que posso contar com a minha equipa.

www.ttigsoldaduras.pt

Tiago Tomás, CEO

“O CLIENTE É O PROPÓSITO DO NOSSO TRABALHO”

A ConstróiGlobalDecor, sediada nas Caldas da Rainha, ao longo da sua jornada, consolidou-se como uma referência em qualidade, inovação e compromisso com os seus clientes, transformando sonhos em realidade e espaços em verdadeiras obras de arte. Com uma equipa dedicada e projetos de destaque, a ConstróiGlobalDecor promete continuar a moldar o futuro do setor.

A ConstróiGlobalDecor celebra este ano o seu 5º aniversário, tendo-se posicionado como uma das empresas TOP PME em Portugal e estando no Top 5% nos últimos três anos consecutivos. Quais são os principais marcos da trajetória da empresa desde a sua fundação e quais foram as inovações e estratégias adotadas que contribuíram para este crescimento e reconhecimento?

Fundada em maio de 2019, a ConstróiGlobalDecor – Soluções, Lda. começou nas áreas da reabilitação, requalificação, remodelação, conservação e construção de edifícios habitacionais e turísticos. Em 2020, integrámos o Programa “Casa Eficiente 2020”, focando-nos em questões ambientais e de eficiência energética. Em 2021, expandimos para o setor das obras públicas.

Implementámos medidas para otimizar os processos, garantindo a eficiência nos projetos. Oferecemos aos clientes projetos em 3D, permitindo-lhes visualizar a obra final antes do seu início. Mantemos comunicação contínua via WhatsApp, com fotos da evolução da obra e diálogo, entre todos os intervenientes, permitindo o acompanhamento diário da obra. Este percurso de inovação e expansão tem sido reconhecido pelos nossos clientes e parceiros, refletindo-se na nossa inclusão no Top 5% das PME em Portugal nos últimos três anos consecutivos.

A missão da ConstróiGlobalDecor é a excelência, tanto na qualidade dos serviços prestados quanto na satisfação do cliente. Quais são os principais fatores que a diferenciam das demais empresas no setor da reabilitação, construção e remodelação?

A nossa missão é a excelência. Aumentámos o leque de serviços, ampliando competências em quase todos os ramos da construção civil, tanto em obras públicas quanto particulares. Contamos com uma equipa técnica multidisciplinar e uma rede de parceiros selecionados criteriosamente. Oferecemos serviços complementares em arquitetura, engenharia, design & decoração, além de suporte jurídico e financeiro. Assumimos uma conduta responsável, respeitando o ambiente e disponibilizamos informações e soluções de financiamento para os nossos clientes. O nosso objetivo é

surpreender com competência, compromisso, inovação, rigor e sustentabilidade.

Ser reconhecida como uma das TOP PME de Portugal e estar no Top 5% consecutivamente nos últimos três anos é um feito notável. Como é que essas distinções influenciaram o crescimento e a visibilidade da empresa no mercado? De que maneira é que esses reconhecimentos refletem o compromisso da empresa com a excelência e a inovação?

Sermos reconhecidos como uma das TOP 5% PME de Portugal por três anos consecutivos valida a nossa estratégia de gestão. Este reconhecimento público é a dedicação e esforço da nossa equipa, juntamente com a estabilidade financeira, que promovem a confiança dos nossos clientes, parceiros e fornecedores. Mesmo em tempos desafiadores, como a pandemia e a instabilidade económica global, este é o caminho do nosso sucesso.

Quais são os objetivos estratégicos da ConstróiGlobalDecor para os próximos cinco anos? Existem novas áreas de atuação ou serviços que a empresa pretende explorar? Como é que pretendem continuar a inovar e a diferenciar-se no mercado para manter e expandir o seu sucesso?

Embora o futuro seja incerto, devido à volatilidade do setor da construção, estamos atentos às novas oportunidades de negócio, acompanhando de muito perto a simplificação dos procedimentos de aprovação de projetos e o aumento da demanda por habitações. Estamos a investir continuamente na divulgação dos nossos serviços e projetos através de conteúdos digitais e nas plataformas de construção, mantendo o compromisso com a inovação, competência e rigor porque o nosso lema é: “O cliente é o propósito do nosso trabalho”.

geral@fcsolucoes.pt constroiglobaldecor.wixsite.com/constroi

Paula

NA VANGUARDA DA INOVAÇÃO

Através das palavras de Carlos Batista, Presidente do Conselho de Administração, conhecemos a Tecnorém que se destaca como um pilar de excelência e transformação no setor da construção civil e obras públicas.

Que balanço faz da trajetória de 35 anos da Tecnorém? Que valores norteiam a organização?

A Tecnorém – Engenharia e Construções, S.A. é uma empresa do setor da construção civil e obras públicas que partindo de uma estrutura familiar e de implantação local, tem vindo a crescer e consolidar-se no mercado nacional. Ao longo destes anos, conseguiu alcançar o objetivo a que se propunha - tornar-se uma das maiores empresas portuguesas no setor da construção civil e obras públicas. Estando já a atuar no palco das maiores obras públicas em curso no país, a Tecnorém está a executar empreitadas com valores superiores a 50 M€, assumindo-se um parceiro líder e de confiança. Sustentada em valores fundamentais como ética, profissionalismo, proatividade e respeito, a Tecnorém está assente numa equipa sólida, dinâmica e com elevado grau de profissionalismo. A conceção e execução de obras de qualidade reconhecida, satisfazendo as exigências dos nossos clientes, sem deixar de cumprir as normas de segurança e saúde, manter o respeito pelo ambiente, a preocupação com os colaboradores e outras partes interessadas, bem como uma cultura de inovação, são os princípios que norteiam a nossa organização.

Que tipo de projetos desenvolve a Tecnorém? Quais foram os mais desafiantes?

O core business e a origem da atividade da Tecnorém são o desenvolvimento de projetos e execução de obras de qualquer natureza, nomeadamente nas áreas da educação, da saúde, equipamentos, empresarial, entre outras. A reabilitação, requalificação urbana, execução de infraestruturas para tratamento de águas residuais e para

consumo, desenvolvimento e exploração de sistemas energéticos eficientes, são outras das valências da organização.

Ao longo dos anos, houve projetos que, quer pelas circunstâncias da conjuntura, quer pela dimensão da empresa à data, se tornaram grande desafios. São exemplo disso, as primeiras obras de conceção-construção que desenvolvemos, com a construção de grandes centros escolares em vários municípios do país e para diversas congregações religiosas a nível nacional. Os projetos de construção de grandes equipamentos, como a construção de infraestruturas militares (2010); a Casa das Artes de Miranda do Corvo (2011); a construção de uma grande unidade industrial de fabrico de cal, pela complexidade da infraestrutura (2015); a reabilitação de grandes e emblemáticos edifícios e equipamentos, como o Supremo Tribunal da Justiça (2019), entre outras, marcam o nosso percurso.

Na prossecução de alargar a sua área de a atuação, a Tecnorém apostou na conceção-construção e reabilitação de ETAR’s e ETA’s, como as de Sever do Vouga e Montemor-o-Novo, a ETA de Alcantarilha e outras obras de infraestruturas. Finalmente, na área da saúde, para além de desenvolvimento de empreitadas de conceção e execução de Unidades de Cuidados Continuados, desenvolvemos a construção do maior Centro de Saúde da Península Ibérica e, em 2021, iniciámos aquela que consideramos ser uma obra de referência a vários níveis - a construção do novo Hospital de Sintra.

Que estratégias tem vindo a desenvolver a Tecnorém para acompanhar a evolução no setor?

A Tecnorém tem procurado manter-se em constante atualização, quer em termos da estratégia da empresa, quer na adequação dos seus métodos de trabalho, com uma cultura de inovação e de permanente procura de novos mercados e desafios. Está no seu ADN incutir essa necessidade de obtenção de conhecimento e de desafio aos seus colaboradores. Por esse motivo, promove o estabelecimento de parcerias com Universidades e Politécnicos, de modo a participar ativamente em projetos de desenvolvimento de novas técnicas e processos construtivos. Estas sinergias permitem-nos estar na vanguarda da inovação.

Quais são os principais objetivos da Tecnorém?

A análise, planeamento, tenacidade e resiliência são fundamentais para a sobrevivência de qualquer empresa. O foco da Tecnorém é manter-se no setor como uma das maiores empresas portuguesas. É com esse intuito que procura reter os seus colaboradores, detentores do know-how da empresa e cruzá-los com novos elementos da equipa que trazem outros conhecimentos e métodos de trabalho essenciais à evolução. É assim que pretendemos continuar a enfrentar os desafios que o futuro nos reserva, mantendo a estabilidade e sustentabilidade da organização.

geral@tecnorem.pt • www.tecnorem.pt

Carlos Batista, Presidente do Conselho de Administração

“COMPROMISSO CONSTANTE

COM A QUALIDADE E INOVAÇÃO”

Desde a sua fundação, em 2000, a Leirieuro – Contabilidade tem marcado a diferença no panorama contabilístico nacional. Sob a liderança do CEO Mário Barbosa, a empresa destaca-se pelos serviços integrados de contabilidade, fiscalidade e recursos humanos, mas também pela constante inovação e recente distinção como uma das Top 5% Melhores PME de Portugal, refletindo um compromisso com a excelência e a expansão contínua

Qual é a história por trás da fundação da Leirieuro – Contabilidade Lda? De que forma a empresa define a sua missão e visão?

A Leirieuro foi fundada em janeiro de 2000, pelo Sr. Vítor Matos, sociedade que adquiri em janeiro de 2018. A nossa missão é fazer com que os gestores reconheçam a contabilidade como uma ferramenta de gestão. Preparamos a apresentação da informação das empresas de maneira clara e objetiva, facilitando a interação com parceiros, fornecedores e instituições financeiras. Temos como visão ser reconhecidos como uma organização credível, inovadora e uma referência no campo dos serviços que prestamos.

Quais são os principais serviços oferecidos pela Leirieuro –Contabilidade Lda? Que esforços reúnem para se manterem atualizados com as últimas tendências e avanços da contabilidade?

A Leirieuro oferece soluções integradas de Contabilidade, Fiscalidade, Tesouraria, Recursos Humanos, Serviços Administrativos e Consultadoria. Mantemos os colaboradores constantemente atualizados através de formações e temos investido fortemente em digita-

lização e automatização de procedimentos, garantindo ferramentas dinâmicas e atualizadas que nos posicionam na vanguarda do setor.

Ganhar o Top 5% Melhores PME Portugal é sem dúvida uma grande conquista. Quais foram as estratégias implementadas para entre tantas empresas concorrentes conseguirem destacar-se e alcançarem este reconhecimento? O que representa esta distinção para a Leirieuro – Contabilidade Lda e para a sua equipa?

A distinção do Top 5% Melhores PME de Portugal reflete a nossa dedicação em manter altos padrões operacionais e em oferecer um serviço de excelência que se destaca entre a concorrência. As empresas hoje são avaliadas pelos seus indicadores. Se pretendemos auxiliar os nossos clientes na obtenção de bons indicadores financeiros, permitindo-lhes ter acesso a recursos financeiros indispensáveis ao seu crescimento, também temos de conseguir fazer com as nossas empresas. Esta conquista é um testemunho do nosso compromisso constante com a qualidade e inovação, e é motivo de grande orgulho para toda a equipa.

Quais são os planos de crescimento e expansão da empresa para o futuro? Como é que pretendem continuar a crescer e a adaptar-se aos novos desafios da contabilidade?

Para a concretização dos nossos planos de crescimento pretendemos aumentar o número de clientes e expandir a variedade de serviços oferecidos, acompanhando as necessidades dos nossos clientes. Para além disso, pretendemos fortalecer a nossa equipa com profissionais cada vez mais especializados.

Comecei esta jornada sozinho, e agora, com as aquisições concluídas das empresas Pinto da Gama e a Springhearts e com a muito recente participação na Lizpartners Capital, pretendemos continuar esse trajeto de crescimento sustentado, enfrentando os novos desafios da contabilidade e da inovação, com a competência exigida.

Mário Barbosa, CEO

CREDIBILIDADE, RIGOR E INOVAÇÃO

A CONSULAI é uma empresa de consultoria de referência que atua nos setores agrícola, alimentar, florestal, do mar e do desenvolvimento rural. Com um compromisso sólido com a inovação e a sustentabilidade, a CONSULAI oferece soluções integradas e personalizadas que ajudam a transformar desafios em oportunidades. A empresa trabalha lado a lado com os seus clientes, promovendo práticas avançadas que estimulam a eficiência, a competitividade e o desenvolvimento sustentável, como refere em entrevista, Luís Mira da Silva, Sócio da CONSULAI.

A CONSULAI foi reconhecida com o Estatuto Inovadora‘24. Qual a importância desta conquista e como esta reflete o compromisso da empresa com a inovação, o crescimento sustentável e em manter a sua posição de destaque?

O Estatuto é obviamente importante, porque reconhece aquilo porque lutamos todos os dias. Mas o compromisso existe com ou sem estatuto. Quando criámos a CONSULAI, selecionámos três valores que deveriam estar na base de tudo o que fazemos: a credibilidade, o rigor e a inovação. Se houvesse um estatuto para a credibilidade e outro para o rigor, faríamos tudo para ter também esses reconhecimentos. Estão os três na nossa génese e no nosso dia a dia. Mas é uma luta diária, e de toda a equipa. E é obviamente mais fácil dizer do que fazer. O reconhecimento é apenas a “cereja em cima do bolo”.

Criada em 2001, a CONSULAI tornou-se na maior empresa de consultoria nos setores agrícola, alimentar, florestal, do mar e do desenvolvimento rural em Portugal. Como descreve o percurso e posicionamento da empresa?

A CONSULAI tem crescido de uma forma segura e sustentável, todos os anos. Mas crescer é difícil. Existem dores de crescimento

e às vezes demoram a passar. Podíamos ter crescido de forma mais rápida, mas os riscos seriam maiores, e não podemos abdicar em nenhum momento dos nossos valores. A inovação está naturalmente na base do nosso crescimento. Mas se abdicamos uma vez que seja do rigor, ou se achamos que a credibilidade é um valor relativo a que podemos dar menos importância aqui ou ali, não vamos longe. O nosso posicionamento é este e, como disse antes, é mais fácil dizer do que fazer. É uma luta de todos os dias. Crescer sim, mas crescer com segurança e de uma forma sustentável.

A CONSULAI é parceira dos melhores projetos nacionais, do setor agrícola e agroalimentar, ao mesmo tempo que desenvolve parcerias com projetos internacionais. Que projetos pode destacar e qual a sua importância na trajetória de sucesso da organização?

muito difícil destacar um projeto, ou dois ou três. Talvez seja mais fácil dizer quais são os projetos que, de uma forma geral, são mais importantes, e porquê. Para mim há dois aspetos que são determinantes. O impacto que criamos e o que aprendemos. às vezes, apostamos num projeto novo só porque acreditamos que é inovador, porque nos vai ajudar a saber mais, ou porque acreditamos que vai ter um impacto grande no setor. E pronto. Não resisto a destacar um. Há cerca de um ano, criámos uma iniciativa, chamada B-Rural (https://b-rural.com/), com o objetivo de comunicar o setor agrícola de forma positiva, e desmistificar algumas questões que afetam negativamente a imagem da agricultura em Portugal. Conseguimos, entretanto, que as organizações mais importantes do setor se juntassem a nós, e tem sido uma curva de aprendizagem fantástica. O impacto também tem sido enorme. Até agora não ganhámos um euro, antes pelo contrário. Foi só investimento. Mas é assim que crescemos e que nos tornamos mais fortes.

Quais são as principais tendências que a CONSULAI identifica para o futuro do setor agrícola nos próximos cinco a dez anos?

De que forma a empresa está a preparar-se para dar resposta aos desafios do setor?

As tendências são muitas e algumas imprevisíveis. Não consigo num parágrafo ou dois fazer esta análise de forma séria. Mas a forma como nos estamos a preparar é simples. Estamos sempre atentos ao que se passa em nosso redor, e vamos continuar a fazer o que fizemos até agora, e com base nos mesmos valores de sempre. Nos últimos dez anos, e como assinalámos no B-RURAL, a agricultura evoluiu muito. Nos próximos dez anos vai evoluir ainda mais. Nós temos uma equipa fantástica, muito jovem e altamente qualificada, e estamos por isso bem preparados para acompanhar e promover essa evolução.

www.consulai.com

Luís Mira da Silva, Sócio

INOVAÇÃO GLOBAL

EM CONTROLO DE QUALIDADE

A EGITRON é uma referência global com mais de 30 anos dedicadas ao controlo de qualidade de produtos e processos. Reconhecida pela sua inovação e personalização, expandiu-se para mais de 40 países, oferecendo soluções integradas e avançadas que antecipam as necessidades dos clientes na era da Indústria 4.0.

Como descreve a trajetória da empresa e como avalia o seu posicionamento e desempenho?

Somos uma empresa com mais de 30 anos de experiência no Controlo de Qualidade de Produtos e Processos das Indústrias. Enfrentamos altos e baixos, mas sempre reagimos com soluções inovadoras, antecipando as necessidades tecnológicas dos nossos clientes. Mantendo relevância na indústria da cortiça, evoluímos para oferecer soluções integradas para Indústria 4.0, interligando sistemas de gestão e operação. Implementamos equipamentos de medição em tempo real e softwares de Controlo Estatístico de Processo e de Produto Final, integrando dados com ERP e sistemas de gestão, além de publicar dados em data lakes para análise. A nossa aposta na inovação e no desenvolvimento de soluções personalizadas, aliada à relação próxima com os clientes, permite-nos melhorar continuamente os seus processos de Controlo de Qualidade. Esta proximidade e a disponibilidade para ajudar explicam a nossa performance positiva ao longo dos anos.

Quais são os principais produtos e serviços oferecidos pela EGITRON? Como é que os produtos da EGITRON se diferenciam num mercado cada vez mais global e competitivo?

A EGITRON é reconhecida no mercado global pela excelência dos seus produtos e serviços inovadores, adaptados às exigências particulares dos clientes. Integrando tecnologia avançada numa abordagem personalizada, a empresa atua em três áreas principais: Software, Hardware e Marcas Representadas. Os nossos produtos mais destacados:

• EGITRON Process Control: monitorizar e otimizar processos produtivos.

• EGITRON Cork Control: controlo da qualidade para produtos de cortiça.

• EGITRON Quality Control: controlo de qualidade aplicável a diversas indústrias.

• EGITRON ToMachine: aquisição de dados em tempo real. Equipamentos de controlo de qualidade: MedCork, Extralab Plus, Extralab 2G, PrecisionCork para rolhas, e Perfilab para vidro de embalagem.

• Representação de marcas líderes: James Heal, Mecmesin, Minebea, Kern, Kroeplin, entre outras.

Além dos nossos produtos, representamos e fornecemos assistência a várias marcas líderes em tecnologias específicas. Investimos em pesquisa e desenvolvimento para integrar tecnologias como visão artificial. Estamos na liderança das tendências emergentes graças à colaboração próxima com várias entidades, criando soluções ágeis que atendem às necessidades do mercado. Os nossos produtos e serviços são conhecidos pela qualidade e confiabilidade, projetados para oferecer um alto desempenho e durabilidade, enquanto nos dedicamos a superar as expectativas de cada cliente.

Apesar de estar localizada numa pequena freguesia portuguesa, a EGITRON conseguiu expandir as suas operações globalmente e exportar para mais de 40 países. Quais foram os principais desafios enfrentados com a internacionalização?

Apesar disso, esta localização estratégica foi crucial para a história e crescimento da nossa empresa, localizada na Área Metropolitana do Porto, próxima do aeroporto e a menos de uma hora de milhares de empresas, clientes e potenciais clientes. A internacionalização da EGITRON trouxe desafios como diferenças culturais e de mercado, exigindo uma rápida adaptação às diversas realidades internacionais. A logística e a cadeia de abastecimento também foram complexas, garantido a distribuição eficaz dos equipamentos e serviços, a sua instalação e manutenção dentro dos prazos e com qualidade. Além disso, a forte concorrência global exigiu constante inovação e diferenciação.

Para enfrentar estes desafios, adotamos estratégias como:

- Iniciar a internacionalização com parcerias e clientes nos setores da cortiça e do vinho, com presença global, aproveitando a rede e o conhecimento local dos seus parceiros.

- Investir em tecnologia e inovação, desenvolvendo soluções e adotando tecnologias avançadas para oferecer produtos de alta qualidade e diferenciados, atendendo às exigências dos mercados globais.

- Adaptar produtos e soluções às necessidades específicas de cada mercado.

- Investir na contratação, formação e desenvolvimento de colaboradores.

- Superar os desafios iniciais relacionados aos altos custos operacionais no exterior através da prestação remota de serviços, realizando atualmente a maioria das intervenções e formações remotamente.

Com o rápido avanço da tecnologia e a crescente importância da automação industrial, como a EGITRON tem acompanhado e se adaptado a essas mudanças para oferecer soluções atualizadas e eficientes aos seus clientes?

Na EGITRON, adaptamo-nos rapidamente às mudanças na tecnologia e automação industrial, oferecendo soluções atualizadas e eficientes. O nosso compromisso com a inovação e excelência impulsiona-nos a liderar tecnologicamente, garantindo que as nossas soluções respondem às necessidades emergentes do mercado.

A colaboração estreita com universidades e institutos tecnológicos é crucial na nossa estratégia de inovação, antecipando futuros desafios dos clientes. As soluções inovadoras resultantes destas parcerias são essenciais para implementar sistemas avançados de automação industrial. Estamos cada vez mais focados na digitalização, criando soluções de software dinâmicas e evolutivas com funcionalidades inovadoras. A nossa equipa de desenvolvimento de software trabalha continuamente para criar sistemas que não só satisfazem as necessidades atuais, mas se adaptem aos novos desafios do mercado e dos clientes. Este enfoque na digitalização é essencial para aumentar a eficiência, flexibilidade e competitividade. A integração em tempo real de máquinas e software, e a automatização de processos e operações, são áreas prioritárias devido à crescente procura dos clientes. Esforçamo-nos por integrar completamente os nossos sistemas no ecossistema dos clientes, promovendo uma comunicação fluída e eficiente entre todos os componentes, otimizando os processos produtivos, reduzindo os tempos de inatividade e aumentando a produtividade. Na EGITRON, acreditamos que a colaboração próxima com clientes e parceiros é essencial para identificar necessidades tecnológicas emergentes e desenvolver soluções personalizadas

de automação industrial. Trabalhamos lado a lado com os nossos clientes, entendendo os seus desafios e necessidades específicas. Esta abordagem colaborativa permite-nos criar soluções adaptadas às suas realidades, proporcionando um valor acrescentado significativo.

Qual a importância do Estatuto Inovadora‘24 e como este reflete o vosso compromisso? Esta é uma motivação para continuar a disponibilizar soluções avançadas que conseguem sentir e antecipar as necessidades dos clientes?

A distinção com o prémio Inovadora COTEC reconhece o nosso árduo trabalho no desenvolvimento de tecnologia industrial de ponta. Este reconhecimento por entidades respeitadas é crucial para a empresa, validando a nossa liderança tecnológica e de gestão, realçando a nossa abordagem inovadora e visão de futuro.

O prémio sublinha o nosso compromisso contínuo com a pesquisa e desenvolvimento, destacando soluções avançadas. A inovação impulsiona a nossa capacidade de oferecer produtos diferenciados e de alta qualidade adaptados ao mercado global, consolidando a nossa posição como líderes de mercado e reforçando a credibilidade da EGITRON. Para clientes, parceiros e stakeholders, isto confirma a nossa confiança, inovação e compromisso com a excelência.

Receber o Estatuto Inovadora’24 motiva-nos a continuar no caminho do sucesso, investindo em tecnologias emergentes e pesquisa e desenvolvimento para mantermos a nossa competitividade global.

Este estatuto implica um compromisso ainda maior com os clientes, reforçando a nossa dedicação à qualidade e satisfação das suas necessidades, oferecendo soluções personalizadas e de valor acrescentado. Além disso, abre novas oportunidades de crescimento em mercados existentes e novos territórios, facilitando parcerias estratégicas e a entrada em novos mercados.

Quais são os planos de crescimento e expansão da EGITRON para os próximos anos? Qual a estratégia definida para continuar a reforçar a excelência da EGITRON a todos os níveis?

Nos próximos anos, pretendemos explorar novos mercados e tecnologias para reforçar a excelência em todas as áreas. Vamos focar na adoção de tecnologias emergentes como visão artificial, machine learning e IA, que têm o potencial de transformar a nossa operação e oferta de soluções. A integração eficiente de diversos sistemas de equipamentos e software é outro ponto crucial, visando aumentar a eficiência e produtividade através da conectividade e comunicação contínua. Estamos empenhados na integração completa entre os setores da empresa para promover uma melhor coordenação, transparência e decisões informadas. Expandiremos para novos mercados geográficos e industriais, aplicando a nossa experiência noutras indústrias e regiões. A nossa estratégia é baseada na inovação contínua, colaboração e sustentabilidade, com investimento significativo em I&D e parcerias para desenvolver soluções personalizadas.

Os planos de crescimento e expansão refletem a nossa determinação em permanecer na vanguarda da indústria, explorando novas tecnologias, integrando sistemas e setores, e expandindo para novos mercados.

“A INOVAÇÃO

FAZ PARTE DO NOSSO ADN”

Graça Cunha Coelho, CEO da Cachapuz, uma das empresas líderes em soluções de pesagem industrial, partilha a sua visão sobre a importância da inovação e da liderança no setor, na sequência da distinção do Estatuto Inovadora'24 pela COTEC. Numa conversa envolvente, Graça Cunha Coelho revela como a Cachapuz está a moldar o futuro da pesagem industrial com tecnologias avançadas e uma abordagem centrada no cliente.

A Cachapuz possui uma história que remonta a 1694. Como é que a transição de uma ‘Casa do Antigo Cachapuz’ para uma empresa moderna e global de pesagem influenciaram a cultura e os valores da empresa ao longo dos séculos?

A história da Cachapuz é um testemunho de resiliência e evolução contínua. Não são muitas as empresas nacionais centenárias que se mantêm relevantes no seu setor.

Ao longo do tempo, fomo-nos reinventando, garantindo a satisfação contínua dos nossos clientes quer do ponto de vista dos produtos e soluções que oferecemos, quer do ponto de vista dos serviços que prestamos. Numa empresa, com tantos anos, é essencial assegurar uma grande capacidade de adaptação a par da preparação que hoje a velocidade da mudança exige.

Além disso, esta combinação de tradição e modernidade permite-nos aliar o know-how e experiência de um setor extremamente competitivo, como o da pesagem, ao desenvolvimento de soluções inovadoras que não só marcam tendências, como redefinem os padrões de excelência no setor global da pesagem.

A inovação contínua é um pilar essencial para a Cachapuz, conforme evidenciado pelo desenvolvimento da plataforma de software SLV e outras soluções. Quais foram os principais desafios e aprendizagens na implementação de tecnologias emergentes e na liderança de projetos de inovação no setor da pesagem?

Os desafios são inúmeros. Na Cachapuz, enfrentamos desafios comuns a outros setores - como a rápida evolução do mercado e a necessidade de integração de tecnologias emergentes. Respondemos a essas mudanças investindo em pesquisa e desenvolvimento e colaborando com universidades e parceiros tecnológicos construindo pontes entre o saber-saber e o saber-fazer, numa ótica de cocriação de valor. Os novos tempos exigem um trabalho em rede e colaborativo para conseguirmos estar à altura das expetativas dos nossos clientes. É de primordial importância a construção de ecossistemas de inovação com todas as partes interessadas. No que concerne às aprendizagens diríamos que são permanentes. Assim, o impõe, o nosso sistema de melhoria contínua assente na escuta ativa das sugestões que os nossos clientes e parceiros nos fazem chegar e que muito têm contribuído para o nosso crescimento enquanto pessoas e enquanto profissionais. Isto permite-nos fazer diferente e manter a liderança no setor de pesagem com soluções avançadas, como por exemplo, o SLV Cement e o SLV Industry

Graça Cunha Coelho, CEO

A Cachapuz tem uma forte presença internacional, com operações nos cinco continentes. Como é que a empresa consegue adaptar as suas soluções de pesagem às diferentes especificidades geográficas, culturais e operacionais?

A nossa forte presença internacional é facilitada pela integração no Grupo Bilanciai, que conta com presença em mais de 65 países. Esta rede global permite-nos adaptar as nossas soluções de pesagem às especificidades geográficas, culturais e operacionais de diferentes regiões. Para além de estarmos integrados no grupo, estamos focados em criar soluções globais que respondam aos desafios das diversas indústrias, desde a agricultura à indústria e à área logística, em particular. Portugal, sendo um país com uma dimensão reduzida, incentiva-nos a atuar em múltiplos mercados internacionais para expandir a nossa influência e competitividade. Como somos apaixonados pelos problemas dos clientes, conseguimos adaptar as nossas soluções personalizando os nossos produtos e serviços a cada cliente. Isto inclui ajustar a tecnologia às diferentes regulamentações, considerar as práticas culturais locais e adaptar os nossos sistemas operacionais às infraestruturas específicas de cada mercado. Desta forma, conseguimos fornecer soluções de pesagem que são tanto globalmente inovadoras quanto localmente relevantes.

A empresa mantém colaborações com instituições de ensino universitário e empresas das áreas de tecnologias de informação e eletrónica. Como é que essas parcerias têm contribuído para a capacidade de inovação e para o desenvolvimento da Cachapuz?

Consideramos que as parcerias estratégicas são fundamentais para a nossa capacidade de inovação e desenvolvimento. A nossa ligação com a Universidade do Minho, com o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), com o Laboratório Colaborativo em Transformação Digital (DTx) são alguns dos exemplos que podemos destacar enquanto parcerias de sucesso e que têm testemunhado o nosso contínuo crescimento. Estas parcerias permitem-nos cocriar valor, desenvolvendo soluções mais inovadoras e respondendo de forma diferenciada e mais rápida às necessidades dos nossos clientes. Exemplo disso, é o recém-terminado projeto NeWeSt (“Nova geração de Sistemas de Pesagem ciber-físicos), liderado pela Cachapuz, em conjunto com o DTx, o INL e a Universidade do Minho com um investimento superior a 1,3M€. A cocriação de valor permite-nos chegar mais

longe e mais rápido, antecipar e lançar tendências, identificar oportunidades e atender a necessidades ainda por explorar.

Com a distinção do Estatuto Inovadora’24 pela COTEC, como é que a Cachapuz integra a inovação e a qualidade na sua estratégia empresarial para garantir a criação de valor e competitividade no mercado global?

A inovação faz parte do nosso ADN e da nossa jornada diária. Acreditamos que uma empresa que não esteja aberta e preparada para incentivar uma cultura para a aprendizagem colaborativa e contínua, num contexto de mudança tão acelerado e cada vez mais complexo, não conseguirá responder aos desafios de curto e médio prazos e tornar-se-á irrelevante. Para isso, contamos muito com as nossas pessoas, temos mais de 60 trabalhadores que são uma voz ativa e um contributo essencial numa indústria desafiante como a nossa. Realçamos a importância do departamento de engenharia e inovação, que conta com uma equipa de profissionais altamente qualificados e que trabalha lado a lado com várias entidades científicas e tecnológicas no desenvolvimento de projetos inovadores e disruptivos e o departamento técnico e produtivo responsáveis por garantir o desenvolvimento de produtos com elevado nível de qualidade. O departamento de apoio ao cliente destaca-se pela forma como serve os clientes procurando ir sempre mais além no que toca à satisfação e fidelização dos mesmos. O departamento comercial conta com uma equipa de consultores comerciais sempre atentos às necessidades do mercado garantindo uma resposta rápida e assertiva. Não menos importante, são todas as áreas de suporte cruciais para a monitorização e acompanhamento de todas as atividades, nomeadamente, o departamento administrativo e financeiro, o marketing, a qualidade e a HST.

Quais são os objetivos estratégicos da Cachapuz para os próximos anos? Como é que a empresa pretende continuar a liderar o setor da pesagem e quais são as principais áreas de investimento e desenvolvimento que irão sustentar esse crescimento?

Estamos comprometidos em continuar o caminho de inovação e excelência que temos trilhado, sempre abertos a novas possibilidades e prontos para aproveitar oportunidades emergentes no mercado, não descurando, naturalmente, os desafios inerentes à utilização da inteligência artificial, à temática da sustentabilidade e à questão da longevidade. Continuaremos centrados nas pessoas, envolvendo-as e empoderando-as cada vez mais para que, juntos, possamos criar vidas melhores, simplificando e desburocratizando as organizações.

info@cachapuz.com • www.cachapuz.com

BRANDS POWER

A excelência das empresas e o poder das marcas são dois pilares fundamentais para o sucesso sustentável num mercado cada vez mais competitivo. A excelência empresarial manifesta-se na procura contínua pela melhoria de processos, produtos e serviços, garantindo eficiência, inovação e satisfação do cliente. Empresas que atingem esse nível de excelência constroem uma base sólida que lhes permite enfrentar desafios e adaptar-se rapidamente às mudanças do mercado.

Paralelamente, o poder das marcas reside na sua capacidade de criar conexões emocionais com os consumidores, influenciando as suas perceções e decisões de compra. Marcas fortes e reconhecidas não destacam apenas produtos e serviços, mas também estabelecem confiança e lealdade junto do público. Quando uma empresa combina a excelência operacional com um branding poderoso, posiciona-se de maneira única no mercado, promovendo um crescimento sustentável e uma vantagem competitiva duradoura.

Global Club

“UM OLHAR HUMANIZADO À ADVOCACIA TRADICIONAL”

Anna Luiza Pereira é uma advogada experiente e conceituada, com uma trajetória destacada, que atua em casos de grande relevância e complexidade. A sua dedicação, conhecimento profundo da legislação e habilidades estratégicas fazem dela uma profissional altamente requisitada por clientes que procuram soluções jurídicas eficazes e inovadoras.

A liderança feminina na advocacia é, muitas vezes, descrita como assertiva e persuasiva. Como é que ao longo da sua carreira de mais de 25 anos, incorporou essas qualidades na sua prática jurídica e que impacto acredita que isso teve nas pessoas e instituições com as quais trabalhou?

Ao longo dos meus mais de 25 anos de carreira, procurei aliar o conhecimento técnico-jurídico da prática da advocacia a uma abordagem focada na empatia e na comunicação eficaz. A figura do advogado hoje já sofreu mudanças, mas quando ingressei no mercado de trabalho, a visão de um profissional com excelência traduzia-se no modelo baseado na formalidade e na distância entre o cliente e o seu advogado, que era tido como o detentor do conhecimento. O início da minha carreira foi na área do Direito Empresarial, onde os profissionais advogados são tidos como grandes juristas e conselheiros sérios. Aos 22 anos de idade, estar naquele meio foi bastante desafiador. Um meio profissional onde ainda hoje é maioritariamente masculino, saber posicionar-me foi decisivo. Alguns anos depois, fiz

uma transição de área e abracei o Direito de Família. Naquela altura, enfrentava um processo de divórcio e sentia que os advogados especializados naquela área mantinham a postura combativa e com pouca conexão emocional com os seus clientes. Através da minha vivência pessoal, escolhi levar ao Direito de Família uma advocacia mais mediadora e sensível. A assertividade permitiu-me defender os interesses dos meus clientes com firmeza, enquanto a persuasão foi fundamental para negociar acordos e mediar conflitos, sem abandonar o olhar emocional que esses tipos de conflitos requerem. Iniciei um escritório boutique no Rio de Janeiro e acompanhei pessoalmente as trajetórias dos meus clientes. Essas qualidades foram especialmente importantes em casos de direito de família, onde as emoções estão à flor da pele. Acredito que o meu estilo de liderança com afetividade contribuiu para a execução de um trabalho mais colaborativo e respeitoso, influenciando positivamente advogados das partes contrárias e os meus clientes. Acredito que levar esse olhar mais amistoso ao profissional do Direito ajudou a promover a equidade de género no meio jurídico, inspirando outras mulheres a perseguirem as suas ambições na advocacia familiarista. Atualmente, continuo a trabalhar com mudanças de vidas, que requerem sensibilidade e profissionalismo. Atuo não só com Direito de Família, mas com imigrantes em Portugal. São áreas distintas, mas igualmente carentes de profissionais que entendam das dores dos seus clientes. Foi isso que sempre quis: trazer um olhar humanizado à advocacia tradicional.

Considerando a sua vasta experiência e suas diferentes atuações, incluindo a sua participação na Comissão de Direito de Família da OAB/RJ e Comissão de Direito Internacional Privado do IBDFAM, quais foram os maiores desafios que enfrentou como mulher e como é que conseguiu superá-los mantendo o seu foco e determinação?

Um dos maiores desafios que enfrentei foi a necessidade de provar constantemente a minha competência em um ambiente predominantemente masculino. Há 25 anos, uma jovem advogada precisava de muitos diferenciais para estar entre os melhores. Foram algumas experiências más que me levaram a entender que apenas o discurso de diferença de género não é suficiente. Não dá para erguer uma

Anna Luiza Pereira, Advogada

bandeira vitimista e esperar que o outro a aceite. Para superar isso, sempre me mantive atualizada e procurei continuamente o aprimoramento profissional, o que me permitiu demonstrar conhecimento e habilidade superiores. Não deixar o medo impedir o seu crescimento e expansão da sua atuação, trazer as suas experiências como mulher e mãe também foram fundamentais. O mundo jurídico precisa de um olhar sensível sim, e foi com isso que pude destacar-me. Além disso, estar numa rede de apoio com outras mulheres na advocacia foi essencial para enfrentar preconceitos e discriminações. Hoje, vejo eventos de alta magnitude liderados por mulheres jovens, advogadas e empreendedoras. Procuro estar entre elas, especialmente com profissionais mais jovens que eu. Aproveito para levar a minha experiência e ganhar conhecimento disruptivo e inovador com as profissionais mais jovens. Manter o foco e a determinação foi possível através de uma gestão equilibrada entre a vida profissional e pessoal, e a firme crença de que a minha atuação abriria portas para outras mulheres no Direito.

O conselho que daria para outras mulheres é: acreditem na sua capacidade de liderar e procurem continuamente o desenvolvimento pessoal e profissional

É a idealizadora de um perfil influente no Instagram que fornece informações sobre a vida de imigrantes em Portugal e temas do Direito. Como é que vê o papel da inovação e da criatividade na comunicação jurídica e de que maneira acredita que a sua presença online contribui para a transformação do acesso à informação jurídica?

Vejo a inovação e a criatividade na comunicação jurídica como ferramentas essenciais para democratizar o acesso à informação e tornar o direito mais acessível a todos. Através do meu perfil no Instagram e canal do Youtube, @annaluizappereira, utilizo uma linguagem clara e direta para explicar temas complexos, tornando-os compreensíveis para o público em geral. Essa abordagem inovadora não só educa, mas também qualifica os imigrantes, proporcionando-lhes os conhecimentos necessários para tomar decisões informadas sobre as suas vidas em Portugal. A presença online também cria um canal direto de comunicação com as pessoas, permitindo que eu entenda melhor as suas necessidades e desafios, e assim, oferecer conteúdo relevante e de impacto. Recentemente, criei com uma amiga um novo canal no Youtube e Spotify, @papocomfado, podcast onde apresentamos histórias transformadoras de imigrantes em Portugal. Tem sido um sucesso! Aproximar a minha narrativa profissional numa linguagem acessível e com histórias reais faz tocar o imigrante ou aquelas famílias que tem o sonho de sairem de seus países. Sou muito grata às redes

sociais pela difusão do meu trabalho como advogada em outro país. Vivi da advocacia por mais de 20 anos no Brasil e a escolha de mudar para Portugal com a minha família em 2020, em plena pandemia, era um desafio gigante. Graças ao livre acesso às informações das redes sociais pude colocar-me na advocacia internacional privada em Portugal e, hoje, trabalhar em mais de 28 países prestando serviços.

As empresas procuram cada vez mais líderes que possuam a habilidade de multitasking. Tendo em conta as suas especializações em diversas áreas do Direito e a atuação em diferentes jurisdições (Brasil e Portugal). Como é que gere as múltiplas responsabilidades ao mesmo tempo e que conselhos daria para outras mulheres que aspiram a cargos de liderança na advocacia? Gerir múltiplas responsabilidades exige organização, disciplina e uma excelente gestão de tempo. Uso ferramentas de planeamento para priorizar tarefas e garantir que todas as áreas de atuação recebam a devida atenção. Além disso, delegar responsabilidades e confiar na minha equipa são práticas essenciais para manter a eficiência. O conselho que daria para outras mulheres é: acreditem na sua capacidade de liderar e procurem continuamente o desenvolvimento pessoal e profissional. Não tenham medo de pedir ajuda e construir uma rede de apoio. Enfrentar desafios com resiliência e manterem-se focadas nos objetivos são chaves para alcançar sucesso em cargos de liderança na advocacia.

contato.annapereira@gmail.com • www.annaluizapereira.com

“UM AGENTE ATIVO NA CRIAÇÃO DE SOLUÇÕES”

Num cenário global de constante movimento e transformação, a imigração torna-se um tema central tanto para indivíduos em busca de novas oportunidades quanto para países que procuram beneficiar da diversidade e do talento internacional. A Sociedade de Advogados Lamares, Capela & Associados (LACA), especializada nas áreas da Nacionalidade e Imigração, está na vanguarda dessas mudanças, oferecendo soluções jurídicas inovadoras e apoio integral aos seus clientes. Nesta entrevista, conversámos com Ana Sofia Lamares e Diogo Capela, sócios fundadores, para entender os desafios e as oportunidades no que concerne às políticas de imigração e sobre o papel da LACA no futuro do direito de imigração e nacionalidade em Portugal.

A Sociedade de Advogados Lamares, Capela & Associados (LACA) nasce pelas mãos dos sócios Ana Sofia Lamares e Diogo Capela, após aprofundarem conhecimento e acumularem experiência sobretudo nas áreas da Nacionalidade e Imigração. Como descrevem a trajetória do escritório de advogados e quais as principais áreas de prática?

Diogo Capela (DC): Desde o início quisemos posicionar-nos como um escritório especializado na assistência a clientes estrangeiros que querem viver ou investir em Portugal. De facto, as nossas principais áreas são a Nacionalidade e Imigração, mas não só. O nosso escritório tem apostado noutras, como é o caso do Imobiliário, Empresarial, Fiscal, Sucessório e Trabalho.

No âmbito do Direito da Nacionalidade e Imigração, focamos a 10ª alteração à Lei da Nacionalidade Portuguesa entrou em vigor dia 1 de abril de 2024. O que muda exatamente com a nova legislação implementada?

Ana Sofia Lamares (ASL): Eu destaco duas mudanças positivas: A que permitiu que também a filiação estabelecida na maioridade

possa produzir efeitos relativamente à nacionalidade originária; e a relativa à contagem do tempo de residência para a concessão da nacionalidade.

Esta mudança pode ser considerada um marco importante, tornando o processo de obtenção da cidadania portuguesa mais acessível e descomplicado? Consideram que esta alteração vem também atenuar a injustiça que afetava milhares de pessoas, prejudicadas pelo mero efeito de atrasos administrativos?

ASL: Sim. O prazo dos cinco anos para obtenção da nacionalidade apenas se contava da data da emissão do cartão de residência. Hoje, conta-se todo o tempo “desde o momento em que a residência foi requerida”, garantindo que os 5 anos previstos na lei são cumpridos.

Tendo em consideração que a LACA trabalha especificamente os temas relacionados com Imigração, acha que Portugal é um país que ainda precisa de evoluir mais no que concerne às políticas de imigração e integração de imigrantes? Qual será o papel da LACA no futuro do direito de imigração e nacionalidade em Portugal?

DC: Com o acréscimo de imigrantes exige-se uma maior preparação das Instituições que estão diretamente ligadas ao processamento de vistos e autorizações de residência.

O nosso papel tem sido sempre o de prestar um serviço de qualidade aos clientes, e servir como um agente ativo na criação de soluções.

info@lamarescapela.pt www.lamarescapela.pt

Ana Sofia Lamares e Diogo Capela, Sócios

Avenida da República 2208 - 3º Drt Ctr Frt, 4430-190 - Vila Nova de Gaia

Tlf.223 700 510

Tlm.966 231 358

E-mail geral: geral@revistabusinessportugal.pt

E-mail comercial: comercial@revistabusinessportugal.pt www.revistabusinessportugal.pt

“O PAPEL DO MINISTÉRIO PÚBLICO É ESSENCIAL E SEM ELE NÃO HÁ ESTADO”

Em entrevista à Revista Business Portugal, o advogado

Túlio Machado Araújo partilhou as suas perspetivas sobre as questões mais prementes da justiça contemporânea.

Como surgiu a Túlio M Araújo, Cristina Castro Sociedade de Advogados?

Iniciei-me na advocacia em 1987, no Porto. Comecei a colar selos fiscais em papel azul. Mas todas as semanas vinha a Lisboa. Não havia computadores e tudo se decidia presencialmente. Em 2010, a sociedade nasce em Lisboa de uma boa parceria, entretanto com uma também boa pequena alteração. É difícil advogar sozinho. Há que dividir. A Dra Cristina Castro é uma conceituada empresária e uma excelente Advogada.

Como vê a questão da publicidade?

Em Janeiro foi publicado o estatuto dos Advogados, resultado da Diretiva 2006/123/CE. Pessoalmente não sinto falta da publicidade, o nosso trabalho decorre da inteligência e da originalidade. Ainda temos uma biblioteca, para ler os mestres e têm sido a razão do nosso sucesso.

O que acha da situação atual do Ministério Público?

O papel do Ministério Público é essencial e sem ele não há Estado. Foi negativa a coincidência dum político se demitir, fruindo de um comunicado da PGR. Depois ser ouvido, dias antes de ser nomeado para um cargo e, uma vez nomeado, a Senhora PGR ir à RTP dizer que o processo ainda corre. A proximidade do poder executivo/ político fragiliza-o. Em julgamento criminal, o Juiz continua no seu interrogatório demasiado num papel acusador, que não lhe devia pertencer. Vejo um futuro em que o Estado contrate advogados de acusação e reserva o Inquérito e Instrução ao Ministério Público.

A fase da instrução criminal não se tornou obsoleta?

Para quem está inocente é evitar um julgamento. Tenho conseguido “absolvições” na instrução. Uma pessoa inocente, que está a ser acusada, quer evitar o julgamento público. A alternativa seria enxertar no inquérito o que se faz na instrução, mas para isso o MP teria que deixar de ser o dono do inquérito e o Juiz de Instrução, logo no inquérito, na maioria dos casos, deixar à defesa participar.

Isso não aumentaria a fuga do segredo de justiça?

Quando o julgamento se faz na praça pública, a condenação antecede o julgamento. Quem acusa tem interesse que se saiba que não há crime sem castigo. Se o público tem interesse no conteúdo do processo, quem está a ser investigado tem interesse em se defender da

condenação em praça pública. Grandes advogados, como Salgado Zenha e o Palma Carlos, publicaram livros, enquanto pleiteavam na sala de audiência. Em 1969 foi emitido o mandato de captura de António Champalimaud, que fugiu para o México de onde só regressou em 1973, depois de absolvido. Urge criar a especialidade de defesa e de acusação em praça pública, com regras e sem amadorismos.

Como entende a prática da advocacia em especialidade?

Na Ordem dos Advogados temos 14 especialidades. O advogado generalista está a desaparecer e é essencial a criação de novas áreas. Com quase 40 anos de advocacia o segredo foi ler e perguntar a quem sabe mais do que nós. Fui a um congresso em Sintra de advogados especializados em legalização e nacionalização, quase todos brasileiros cá residentes.

Como vê o futuro da advocacia?

Não há uma só advocacia. Hoje há várias. Desde a advocacia de lobbying que se irá institucionalizar, ao trabalho em série a preencher execuções, passando pelo “tubarão” de sala de audiência, que é onde eu respiro livremente (risos). A inteligência artificial está saindo da casa de partida e não dá para importar aplicações, apenas ideias.

tulio@mail.telepac.pt www.tmacc-advogados.com

Túlio Machado Araújo, Advogado

A REFERÊNCIA NO TURISMO

A Âncora Gold tem-se destacado no mercado de turismo, superando desafios e conquistando a lealdade dos clientes através de um serviço personalizado e de alta qualidade. Sob a liderança de Stefane Mota e Sónia Capão, a empresa consolidou-se como uma escolha única para viajantes, graças à inovação constante e a parcerias estratégicas que garantem experiências exclusivas.

Como é que tem sido a trajetória da Âncora Gold desde a sua fundação em 2017 até se tornar uma referência no mercado de turismo? Quais foram os maiores desafios e conquistas ao longo desse percurso?

Desde a sua fundação em 2017, a Âncora Gold tem trilhado um caminho de crescimento e consolidação no mercado de turismo. Inicialmente, a empresa focou-se em entender as necessidades do mercado e construir uma base de clientes satisfeitos. Ao longo dos anos, enfrentou diversos desafios, como a competição no setor e a necessidade de inovar constantemente para atender às expectativas dos viajantes modernos. No entanto, a empresa superou esses obstáculos através de um forte compromisso com a qualidade do serviço e a implementação de tecnologias avançadas para melhorar a experiência do cliente. As conquistas notáveis incluem o estabelecimento de uma ampla rede de parceiros e a conquista de prémios de excelência no atendimento ao cliente.

Como é que se posicionam no mercado para se diferenciar de outras agências de viagens? Quais são os principais fatores que destacam a Âncora Gold como uma escolha única para os clientes?

A Âncora Gold diferencia-se no mercado por oferecer expe riências de viagem personalizadas e um alto nível de atendimento ao cliente. A empresa investe em entender profundamente às preferências e necessidades dos seus clientes, criando pacotes de viagem sob medida. Além disso, a Âncora Gold destaca-se pela qualidade dos seus serviços, desde a escolha dos destinos até ao suporte oferecido durante toda a viagem. Fatores como a dedicação à satisfação do cliente, a comodidade nas reservas e a tranquilidade proporcionada aos viajantes são elementos que posicionam a Âncora Gold como uma escolha única no mercado.

Sabemos que a Âncora Gold preza pela satisfação, quali dade, comodidade e tranquilidade dos seus clientes. Como é que esses pilares são integrados na prática diária da empresa e no atendimento ao cliente?

Os pilares de satisfação, qualidade, comodidade e tranquili dade são integrados na prática diária da Âncora Gold através de diversas estratégias. A empresa investe em formações contínuas para a sua equipa, garantindo que todos os colaboradores estejam

alinhados com os valores da empresa. No atendimento ao cliente, a Âncora Gold oferece um suporte personalizado, desde o planeamento da viagem até ao regresso do cliente, assegurando que todas as necessidades e expectativas sejam atendidas. A qualidade é garantida através de parcerias com fornecedores de confiança e a comodidade é proporcionada por processos simplificados e eficientes.

Com clientes de todo o país, como é que a Âncora Gold consegue manter um atendimento próximo e personalizado? Quais são as estratégias que utilizam para entender e atender às necessidades específicas de cada cliente?

Para manter um atendimento próximo e personalizado a clientes de todo o país, a Âncora Gold utiliza várias estratégias. A empresa adota uma abordagem omnicanal, permitindo que os clientes entrem em contacto por diferentes meios, como telefone, e-mail, redes sociais e aplicações de mensagem. Além disso, a Âncora Gold investe em sistemas de CRM (Customer Relationship Management) para acompanhar o histórico e as preferências dos clientes, facilitando um atendimento mais personalizado. A

Cabo Verde e as ilhas espanholas são alguns dos destinos mais procurados pelos seus clientes. O que é que torna esses destinos tão especiais e como é que a Âncora Gold garante uma experiência única para os viajantes que os escolhem?

Cabo Verde e as ilhas espanholas são destinos populares entre os clientes da Âncora Gold, devido à sua beleza natural, cultura rica e variedade de atividades. A Âncora Gold garante uma experiência única para os viajantes através de um planeamento detalhado de cada viagem, incluindo recomendações de locais a visitar, atividades personalizadas e suporte local. A empresa mantém parcerias com fornecedores e guias locais, garantindo que os clientes tenham acesso a experiências autênticas e exclusivas.

Quais são as principais parcerias que a Âncora Gold estabeleceu ao longo dos anos e como essas colaborações contribuem para a qualidade e competitividade dos serviços oferecidos?

Ao longo dos anos, a Âncora Gold estabeleceu parcerias estratégicas com várias empresas do setor de turismo, incluindo companhias aéreas, redes hoteleiras, operadores turísticos e fornecedores de atividades locais. Essas parcerias permitem que

a Âncora Gold ofereça pacotes competitivos e serviços de alta qualidade. As colaborações contribuem para a confiança dos clientes na empresa, já que eles sabem que estão a ter serviços de parceiros renomados e confiáveis.

A Âncora Gold garante uma experiência única para os viajantes através de um planeamento detalhado de cada viagem, incluindo recomendações de locais a visitar, atividades personalizadas e suporte local

A Âncora Gold já recebeu diversos prémios e certificações. Quais são os mais significativos e como é que esses reconhecimentos têm impacto na perceção da empresa perante os clientes e o mercado?

A Âncora Gold já recebeu diversos prémios e certificações que atestam a excelência dos seus serviços. Entre os mais significativos estão prémios de atendimento ao cliente, reconhecimento por inovação no setor de turismo e certificações de qualidade. Esses reconhecimentos têm um impacto positivo na perceção da empresa perante os clientes e o mercado, reforçando a credibilidade e a confiança na marca Âncora Gold.

Quais são os objetivos e a estratégia futura da Âncora Gold para continuar a crescer e inovar no mercado de turismo? Quais são as novidades que os clientes podem esperar nos próximos anos?

Os objetivos futuros da Âncora Gold incluem continuar a crescer e inovar no mercado de turismo, ampliando a sua oferta de destinos e serviços. A empresa planeia investir em novas tecnologias para melhorar ainda mais a experiência do cliente e explorar novos segmentos de mercado. Além disso, a Âncora Gold pretende fortalecer as suas parcerias estratégicas e expandir a sua presença internacional. Os clientes podem esperar novidades como novos pacotes de viagem exclusivos, experiências personalizadas e um atendimento ainda mais eficiente e próximo.

Com essa abordagem focada na inovação e na excelência, a Âncora Gold está bem posicionada para continuar a ser uma referência no mercado de turismo e oferecer experiências inesquecíveis aos seus clientes.

ilhavo@ancoragold.pt ancoragold.paquetedinamico.com

Sónia Capão e Stefane Mota

A COMUNIDADE ACOLHEDORA PARA ESTUDANTES

A LIV Student Porto evoluiu ao longo dos anos, oferecendo instalações modernas, serviços personalizados e uma comunidade internacional vibrante. Em entrevista, Carla Mendes, City Marketing & Residence Experience Manager, refere que a LIV Student Porto é a escolha ideal para estudantes que procuram mais do que um lugar para dormir.

Qual é a história por trás da LIV Student Porto? Como é que a residência evoluiu desde a sua inauguração até hoje em termos de serviços, instalações e filosofia?

A LIV Student Porto, parte da marca LIV Student, foi inaugurada para atender à crescente procura por alojamento estudantil de alta qualidade no Porto. Desde o início, as residências destacaram-se por oferecer quartos modernos, wi-fi de alta velocidade, segurança 24h, áreas de estudo, cozinhas partilhadas e espaços comuns, como zonas de jogos, cafetaria, ginásio, piscina e sala de multimédia.

Os serviços evoluíram para incluir limpeza mais frequente e manutenção contínua, garantindo um ambiente seguro e confortável.

Além disso, a equipa está sempre disponível para oferecer suporte administrativo e emocional aos residentes.

A filosofia da LIV Student Porto foca no bem-estar do residente, promovendo um ambiente que apoia tanto o bem-estar físico como o emocional. A inclusão e a diversidade são incentivadas através de eventos que ajudam a criar uma comunidade vibrante e acolhedora.

A LIV Student é conhecida por oferecer uma variedade de serviços e atividades para os residentes. Quais são os principais diferenciais que a LIV Student Porto oferece aos estudantes?

E como esses serviços são adaptados para melhor atender às necessidades dos residentes?

A LIV Student Porto destaca-se por uma série de diferenciais que tornam a experiência dos residentes única e enriquecedora. Um dos principais diferenciais é a infraestrutura moderna, que inclui quartos bem equipados com wi-fi de alta velocidade, áreas de estudo e cozinhas partilhadas. Espaços comuns, como áreas de lazer (com mesas de bilhar, ping-pong, matrecos), sala de multimédia (com Playstation, Netflix, HBO, Amazon Prime), piscina e ginásio, proporcionam um ambiente equilibrado para estudo e lazer. Os serviços oferecidos são cuidadosamente adaptados para atender às necessidades dos residentes. A limpeza regular, a segurança 24 horas e a manutenção contínua garantem um ambiente seguro e confortável. A equipa da residência está sempre disponível para fornecer suporte administrativo e emocional, ajudando os residentes a sentirem-se acolhidos e bem assistidos. É importante referir que o staff está certificado para prestar os primeiros auxílios numa situação que envolva a saúde mental dos residentes (certificado Mental Health First Aider). Outro grande diferencial é a programação de eventos sociais e culturais. Workshops de culinária, LIV Talks que abrangem vários temas (“Como se preparar para uma entrevista de emprego”, “Gestão de tempo”, “Como impulsionar a marca pessoal no linkedIn”, “Gestão de emoções”…) , eventos temáticos, atividades de bem-estar e ações solidárias são organizados para promover a interação entre os residentes e fortalecer o senso de comunidade. Além disso, a LIV Student Porto é comprometida com a sustentabilidade, incentivando práticas ecológicas e o uso consciente de recursos.

Esses serviços e atividades são adaptados continuamente com base no feedback dos residentes, garantindo que as suas necessidades e expectativas sejam sempre atendidas de maneira eficaz e inovadora.

Com estudantes vindos de várias partes do mundo, como é que a LIV Student Porto promove a integração e celebra a diversidade cultural entre os residentes?

A LIV Student Porto valoriza a diversidade cultural e promove a integração dos estudantes de várias partes do mundo através de uma série de iniciativas e atividades. Um dos principais pilares dessa integração é a organização de eventos que celebram diferentes culturas e tradições. Refeições semanais de países específicos na cafetaria, workshops de culinária internacional e festas comemorativas são algumas das atividades que incentivam os residentes a partilhar e aprender sobre as culturas uns dos outros.

Através dessas iniciativas, a LIV Student Porto não só celebra a diversidade cultural, mas também cria um ambiente onde todos os residentes se sentem valorizados e integrados.

Além das instalações modernas, quais são os apoios adicionais que a LIV Student Porto oferece para auxiliar os estudantes durante a sua estadia? Como é que esses apoios contribuem para o bem-estar e sucesso académico dos residentes?

Além das instalações modernas, a LIV Student Porto oferece uma variedade de apoios adicionais para auxiliar os residentes durante a sua estadia. Esses apoios incluem serviços de limpeza regular, segurança 24 horas e manutenção contínua, garantindo um ambiente seguro e confortável. A presença constante da equipa da residência, disponível para fornecer suporte administrativo e emocional, também contribui significativamente para o bem-estar dos residentes.

A LIV Student Porto organiza eventos sociais e culturais, como workshops, torneios, festas e atividades de bem-estar, que promovem a interação e a criação de uma comunidade acolhedora. Essas atividades ajudam os estudantes a sentirem-se mais conectados e a aliviar o stress, promovendo um equilíbrio saudável entre a vida académica e pessoal.

Quais têm sido os principais desafios na gestão da LIV Student Porto e como é que a equipa tem trabalhado para os superar?

Os principais desafios na gestão da LIV Student Porto incluem a manutenção de um ambiente seguro e acolhedor para uma comunidade diversa e a adaptação constante dos serviços às necessidades dos residentes. Para superar esses desafios, a equipa adota uma abordagem proativa, realizando questionários de satisfação e recolhendo feedback constante dos residentes.

Como é que a LIV Student Porto contribui para a vida universitária no Porto além de fornecer alojamento? Existe algum projeto ou iniciativa comunitária em que a LIV Student esteja envolvida que gostaria de destacar?

Além de fornecer alojamento, a LIV Student Porto contribui para a vida universitária no Porto através de parcerias com universidades locais e participação em iniciativas comunitárias. A residência organiza workshops, palestras e eventos culturais que complementam a educação formal dos estudantes. Projetos de solidariedade e sustentabilidade, como campanhas de sensibilização sobre o meio ambiente, donações e apoio a organizações locais, são incentivados entre os residentes. Essas iniciativas ajudam a enriquecer a experiência universitária dos residentes e a criar um impacto positivo na comunidade.

Quais são os principais objetivos estratégicos da LIV Student Porto para os próximos anos? Como é que esses objetivos estão alinhados com a missão e visão da marca no contexto educacional e residencial?

Os principais objetivos estratégicos da LIV Student Porto para os próximos anos incluem a melhoria contínua do suporte ao bem-estar dos residentes e o fortalecimento das iniciativas de sustentabilidade. A residência planeia introduzir mais eventos culturais e educacionais, além de expandir as parcerias com universidades e organizações locais. Esses objetivos estão alinhados com a missão da marca de proporcionar uma experiência residencial abrangente e de alta qualidade, promovendo o desenvolvimento académico e pessoal dos residentes. A visão da LIV Student é criar comunidades vibrantes e inclusivas, onde os residentes possam prosperar tanto dentro como fora da sala de aula.

Carla Mendes, City Marketing & Residence Experience Manager

MAIS QUE UM SERVIÇO, A KUBOO OFERECE UMA EXPERIÊNCIA

A KUBOO redefine o conceito de armazenamento ao proporcionar soluções versáteis e seguras para clientes residenciais e empresariais. Com uma rede de instalações bem equipadas, a empresa oferece desde pequenos a grandes espaços, adaptando-se às variadas necessidades dos seus clientes. A KUBOO diferencia-se pelo compromisso com a segurança e por um atendimento personalizado que assegura uma experiência tranquila e eficiente.

Como e quando foi fundada a KUBOO Self-Storage?

A KUBOO entrou no mercado com o seu primeiro armazém em Carnaxide, em 2018, e foi o primeiro dos operadores em Portugal a tornar-se membro da FEDESSA (Federation of European Self Storage Associations), surpreendendo o sector do Self-Storage com as suas inovações, design e arquitetura, para além de um serviço que só se obtém nos melhores hotéis. Hoje, temos três dos maiores armazéns em Portugal em pleno funcionamento, com previsão para um rápido crescimento nos próximos anos. Mudámo-nos demasiadas vezes ao longo da vida para sabermos que qualquer mudança é um processo stressante e cansativo. Foi com base nesta premissa que criámos a KUBOO. Cada um de nós fará tudo o que estiver ao seu alcance para aliviar cada cliente desse stress e para contribuir para uma mudança tão fácil e simples quanto humanamente possível. E temos sido bem-sucedidos!

A KUBOO apresenta soluções de Self-Storage para particulares e empresas que necessitem de mais espaço, apostando na criatividade e na personalização dos seus serviços. Que tipo de espaços de armazenamento oferece a KUBOO?

De momento temos três armazéns na zona da Grande Lisboa: Carnaxide (concelho de Oeiras), Carcavelos/Abóboda (concelho de

Cascais) e Seixal (distrito de Setúbal). Em cada um destes armazéns oferecemos espaços que variam desde um simples cacifo (um dos nossos bestsellers) até aos 30m2 de área, sendo que, quando necessário por não haver uma relação direta com a procura, procuramos encontrar as soluções das mais variadas maneiras, incluindo a combinação de conjuntos de unidades de modo a satisfazer as necessidades dos nossos clientes. Muitas vezes, os clientes acabam por arrendar mais do que uma unidade. Com custos de armazenagem bem mais reduzidos do que adquirindo ou alugando armazéns, e com segurança e acesso constante, a KUBOO é de facto o parceiro ideal para guardar os pertences. Sem humidade, limpo diariamente, num ambiente seguro e controlado e com a melhor equipa para ajudar. Adicionalmente, disponibilizamos acesso 24/7 o que para muitos clientes é um fator determinante.

O que diferencia o posicionamento da empresa num mercado cada vez mais global e competitivo? Como é que a KUBOO se esforça para proporcionar uma experiência positiva aos clientes durante todo o processo de armazenamento?

Na KUBOO oferecemos uma experiência, não apenas um serviço. Chamamos-lhe a “Experiência KUBOO”. Pensamos em tudo ao pormenor para garantir aos nossos clientes a melhor estadia possível.

Somos o Self-Storage mais acarinhado em Portugal, não só pelo feedback dos clientes mas também por todas as avaliações no Google. As nossas receções são pensadas ao mais ínfimo detalhe. Nelas haverá sempre uma pessoa pronta para atender e ajudar. Gostamos de oferecer um café aos mais crescidos e um chupa-chupa aos mais gulosos. Por outro lado, não nos faltam lugares de estacionamento gratuito e todos falamos fluentemente português e inglês. A KUBOO é a diferença entre um hotel de 5 estrelas e um hotel de 3 estrelas.

Em 2022, a KUBOO recebeu o prémio de Melhor Self-Storage Europeu pela FEDESSA. Que fatores levaram a vencer este prémio?

Os nossos espaços não são apenas espaços de arrumação, são como hotéis para os bens dos nossos clientes. A atenção ao detalhe e o cuidado com cada cliente são fatores distintivos da nossa forma de estar no negócio. É por estes e por tantos outros motivos como a qualidade da construção, a nossa segurança excecional (mais de 100 câmaras por armazém, todas ligadas à Central) e a nossa generosidade em geral, que vencemos o prémio. Uma estreia em Portugal!

Como é que a KUBOO integra a responsabilidade social corporativa nas suas operações diárias e estratégia de negócios? Pode dar exemplos de práticas sustentáveis ou projetos que a empresa tem apoiado e como essas ações têm impactado a comunidade local?

Começámos a patrocinar organizações locais desde o nosso primeiro ano. Oferecemos espaços de armazenamento a ARTISTAS LOCAIS que, de outra forma, teriam mais dificuldade em levar a cabo as suas atividades. Também facilitamos espaços a uma organização que trabalha incansavelmente na promoção da IGUALDADE DE GÉNEROS. Ao longo do tempo estendemos o nosso apoio a outras causas. Passámos a promover e incentivar a prática de desporto na população mais jovem das freguesias de CARCAVELOS e Aldeia de PAIO PIRES. Fazemos voluntariado na SOLFRATERNO e na AAMA em Carnaxide, que dão apoio básico a famílias carenciadas da freguesia. Também prestamos apoio à MISSÃO PARTILHAR que

fornece comida quente aos sem-abrigo de Lisboa. Juntamente com o INSTITUTO PORTUGUÊS DO SANGUE E DA TRANSPLANTAÇÃO organizamos duas colheitas de sangue por ano nas nossas instalações de Carnaxide. E reduzimos a nossa pegada ecológica através da plantação de árvores e arbustos autóctones e remoção de espécies invasoras, em colaboração com a QUERCUS. Também disponibilizámos um abrigo para o posto de vigia de incêndios da MATA DA MACHADA (Barreiro), proporcionando mais conforto a todos os vigilantes. Patrocinamos o clube OS BELENENSES, não só a nível desportivo às equipas de futebol, andebol e voleibol, mas também mediante ações sociais. Patrocinamos o RUI LUZ, superatleta de ultramaratonas, e duas competições de TRAMPOLIM em Oeiras e em Carcavelos. Este ano acolhemos um aluno do ciclo de ensino especial do IPEIP, devidamente sinalizado e integrado num Plano Individual de Transição para a Vida Ativa, a estagiar com a nossa equipa. E muitos mais…

Quais são os critérios de contratação da KUBOO? Como é o ambiente de trabalho e a cultura organizacional na KUBOO?

A aposta na contratação é uma das grandes diferenças da KUBOO. O nosso pessoal é educado, acolhedor, simpático, prestável e na KUBOO falamos entre todos oito línguas. Contratamos o nosso pessoal como se tratasse de um filme, com extrema precisão, e depois recebem formação durante três meses para colocá-los ao nível que a KUBOO exige. Nenhum cliente deixa a KUBOO insatisfeito. Alguns voltam após se terem mudado só para tomar um café connosco. Consideram-se KUBOODISTAS e sentem-se em casa na KUBOO. O design magnífico e simples das nossas receções não serve apenas para que os nossos clientes se sintam em casa, mas também para que o nosso pessoal se sinta em casa, a trabalhar num ambiente agradável.

Os dez mandamentos para ser um KUBOODISTA são: SER BONDOSO (a melhor forma de amar), SER GENTIL (o melhor tipo de afeto), SER HONESTO (a melhor forma de se ser), SER CUIDADOSO (a melhor forma de respeitar), ESTAR ATENTO (a melhor forma de se interessar), SER GENEROSO (a melhor forma de compreensão), ESTAR LOUCO (a melhor forma de criatividade), ESTAR SEDENTO (a melhor forma de curiosidade), PENSAR DIFERENTE (a melhor forma de sucesso), e por último SER TU PRÓPRIO (porque nenhuma das anteriores se aplica se fores outra pessoa).

Recentemente, a empresa terminou as obras de extensão do armazém de Carcavelos/Abóboda. Qual o motivo desta extensão?

Para ampliar a oferta de unidades disponíveis para mais 500 unidades. A KUBOO constrói os maiores armazéns de Self-Storage em Portugal, ultrapassando os 1.000-1.200 Kuboos (unidades) por armazém. Queremos ser capazes de servir todas as necessidades das comunidades onde estamos implementados.

E não lhes chamamos Boxes, Espaços ou Unidades, chamamos-lhes Kuboos porque simplesmente acreditamos que são melhores do que ‘Boxes’, ‘Espaços’ ou ‘Unidades’.

GHEOME E A PRÁTICA DA GEOMÂNCIA

A Gheome dedica-se à prática e ao aprofundamento do conhecimento ancestral da Geomância, com o propósito de analisar, descodificar, integrar e reequilibrar as camadas físicas e subtis do lugar. A Revista Business Portugal teve o gosto de estar à conversa com as sócias-fundadoras, Solange Bourdel e Sheila Cardim, que em entrevista, contaram os princípios fundamentais da Geomância.

Como surgiu a ideia inicial para criar a Gheome? Quais foram as principais inspirações ou influências por trás do desenvolvimento da Gheome? Qual é o seu propósito e como descrevem a sua abordagem?

A Associação Portuguesa de Geomância nasce da necessidade de centralizar em Portugal um lugar de formação, consultoria, investigação e aprofundamento da prática ancestral da Geomância, onde se englobam as áreas da Geobiologia e Feng Shui. Em Portugal, comparativamente com outros países europeus, a preocupação com o impacto dos espaços envolventes, terrenos e casas na vida e saúde humana é muito recente. No sentido de colmatar esta lacuna, a Gheome surge com o propósito de despertar a consciência para a responsabilidade individual e coletiva na criação de lugares sãos.

A Gheome facilita a consultoria e formação nas áreas da Geomância, Geobiologia e Feng Shui. Podem falar-nos um pouco mais sobre estas áreas e as suas mais-valias?

A Geomância existe desde que há vida na Terra, na procura do ser humano pelo melhor sítio para viver, com base no entendimento dos fluxos da natureza. É uma prática ancestral que analisa, integra

e reequilibra de forma responsável, consciente e saudável a pessoa, a casa (construção) e o lugar (terreno) com os sistemas naturais. Abrange um vasto leque de áreas do conhecimento, englobando o Feng Shui na análise das estruturas e espaços construídos, bem como a Geobiologia na compreensão dos fluxos e manifestações telúricas. O trabalho que desenvolvemos é integrado, sendo a pessoa convidada a transformar-se e evoluir com a casa e o lugar.

Analisam e integram o terreno, a casa e os seus habitantes, desenvolvem soluções para reequilibrar as várias dimensões do lugar e usufruir do seu potencial. Quais são os benefícios dessa prática para a vida das pessoas?

O maior benefício é a saúde, não apenas física, mas também mental e emocional. Para termos uma melhor qualidade de vida, é essencial que a ligação à natureza e aos sistemas da Terra se materialize nos lugares que habitamos, tanto ao nível das escolhas arquitetónicas e construtivas, como na organização e utilização dos espaços exteriores e interiores. Por exemplo, se dormirmos ou trabalharmos sujeitos a stress geopático ou num ambiente artificial, vamos gradualmente perder vitalidade e adoecer. Na Gheome, defendemos que a saúde dos lugares beneficia inequivocamente a saúde e bem-estar de todos.

Quais as ambições e estratégias desenhadas para que a Gheome continue a despertar a consciência individual e coletiva para a importância da ligação entre a vida, os sistemas naturais e vitais da Terra e as estruturas construídas do lugar?

A Gheome vai continuar a apostar na formação profissional e consultoria a particulares e empresas, para que no futuro mais pessoas e profissionais nas áreas da arquitetura e construção venham a integrar estas premissas de ligação e respeito pela natureza nas suas vidas, casas e projetos. Enquanto arquitetas, a Geomância já faz parte dos desenhos e soluções arquitetónicas que desenvolvemos, em conjugação com os princípios da Arquibiótica, uma arquitetura mais saudável, sustentável e consciente. Noutra vertente, planeamos organizar mais iniciativas de sensibilização junto do grande público para apelar ao cuidado e proteção das paisagens, lugares e sistemas que sustentam a vida na Terra.

info@gheome.com • www.gheome.com

60 ANOS DE HISTÓRIA E SABORES

Em entrevista à Revista Business Portugal, Noélia Cabanita, gerente do Restaurante Ramires, conta-nos o segredo do incrível frango da Guia e o caminho de sucesso trilhado.

O Restaurante Ramires celebra um marco histórico ao celebrar 60 anos. Que história está por trás deste espaço?

Faz 60 anos que José Carlos Ramires, sapateiro de profissão, abriu um humilde café na pequena freguesia da Guia, a sete quilómetros de Albufeira. Nessa altura, o nosso pai servia petiscos para os trabalhadores locais. Rapidamente, começou a reproduzir uma receita que trouxe de África, no tempo que esteve destacado no UIltramar.

O frango de churrasco com piri-piri do Ramires depressa se tornou uma iguaria muito apreciada e recomendada por todos os que se deliciaram com esta carne bem temperada e grelhada no carvão.

Com o passar dos anos, o crescente aumento de clientes tornou necessário aumentar as instalações do original café, para que mais gente tivesse a oportunidade de saborear esta receita simples e cheia de sabor.

Quais as razões que justificam esta longevidade?

As razões que justificam o nosso sucesso são a capacidade que esta receita tem de ser apreciada por todas as faixas etárias e nacionalidades, bem como a visão e determinação do nosso pai na construção da receita, dos métodos de preparação dos alimentos e do conceito da casa, que são até hoje, fundamentais para o sucesso do nosso restaurante.

Que importância teve para o restaurante o facto de ter sido o criador da receita do Franguinho à Guia do Ramires?

Fomos os pioneiros no conceito e na receita do frango da Guia, e isso levou a que tivéssemos experimentado e testado várias técnicas de preparação dos alimentos e molhos até chegarmos ao produto que

temos hoje. Este percurso empreendedor tornou-nos reconhecidos a nível local e regional.

Qual o segredo que faz o Franguinho à Guia do Ramires ser tão procurado?

O frango da Guia é uma receita simples que vai ao encontro do paladar de pessoas de todas as gerações. Frango com sal, grelhado no carvão até ficar com uma pele estaladiça por fora e a carne suculenta no seu interior, regada com um molho cheio de segredos que elevam esta receita para outro nível de degustação. Acompanhado de batatas fritas e a salada algarvia de tomate, cebola e orégãos, com toda a envolvência que o Algarve oferece. Comer no restaurante Ramires, é sem dúvida, uma experiência imperdível para quem visita o Algarve.

Como é constituída a equipa do restaurante?

Temos uma equipa multicultural que trabalha todos os dias para proporcionar uma experiência positiva aos nossos clientes. O nosso núcleo de responsáveis de sala e cozinha estão connosco há muitos anos, e são eles que nos apoiam todos os dias e asseguram que o Ramires seja uma referência nacional.

Há pessoas que vão à Guia de propósito para degustar este ex-líbris?

Todos os dias recebemos a visita de muitos turistas que visitam o Algarve. Somos, sem dúvida, um local obrigatório para quem quer experimentar os sabores do Algarve. Não nos podemos deixar de referenciar que grande parte dos nossos clientes diários são locais, o que nos deixa muito agradados de ver que continuamos a servir bem os nossos conterrâneos.

Qual o feedback de quem vos visita?

Na grande maioria os clientes adoram o frango e a experiência que tiveram sentados à nossa mesa. O melhor feedback que podemos ter dos nossos clientes é quando os vemos voltar a entrar no nosso restaurante para uma nova refeição.

Tendo a rubrica o nome “História à Mesa”, há alguma história, em particular, que nos quisesse contar?

Muitas são as histórias que colecionámos em 60 anos de existência, como deve imaginar. Podemos contar a história de um pedido de casamento de um casal de namorados ingleses. O noivo surpreendeu a sua companheira, a nossa equipa e todos os clientes da sala. Ficámos muito sensibilizados com um inesperado e bonito pedido de casamento. Desde desse ano, e como tradição familiar, este casal volta todos os anos ao nosso restaurante já com os seus filhos.

Que convite pode deixar para visitarem o vosso espaço?

Sente-se à mesa do restaurante onde começou a receita do Frango da Guia e saboreei os melhores produtos do Algarve com sabores do mediterrânio. Visitar o Ramires é uma experiência gastronómica que não vai querer perder numa visita ao Algarve. A nossa equipa espera por si.

Breves

Madeira adquiriu drone marítimo para investigação científica

A Madeira adquiriu um veículo de superfície não tripulado, no valor de 3,8 milhões de euros, que permitirá aprofundar o conhecimento científico acerca do mar do arquipélago e dos seus recursos. O presidente do conselho de administração da ARDITI - Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação, responsável pelo veículo, explicou que se trata de um drone marítimo que estará ao serviço da região, das empresas e dos cientistas. De acordo com Rui Caldeira, esta é a “primeira peça de uma plataforma tecnológica” que terá também ao seu serviço um navio e veículos subaquáticos.

Projeto quer levar rede 5G a 70 mil pessoas do Alentejo até 2026

A rede 5G vai chegar a 70 mil pessoas de zonas remotas do Alentejo, até 2026, graças a um projeto liderado pela empresa dstelecom, envolvendo um investimento de 5,3 milhões de euros, com cofinanciamento europeu. Com a designação “5G.RURAL - 5G for rural smart communities of tomorrow”, o projeto resultou de um consórcio liderado pela dstelecom, indicou a empresa (grossista no mercado das telecomunicações), em comunicado enviado à agência Lusa. O consórcio “tem a ambição de garantir, até 2026, a implementação de uma panóplia de casos de uso assentes em 5G em zonas remotas do Alentejo, em áreas como a saúde, educação, energia, agricultura, turismo, arte e cultura”, adiantou.

Errata

Na edição de Junho da Revista Business Portugal, na página 6, onde se lê “1.3 milhões de euros” deve ler-se “1.3 mil milhões de euros”.

Portugal vai construir telescópio para observação do Sol no Chile

Portugal vai construir um telescópio para a observação do Sol em terra, no Chile, que deverá começar a funcionar em 2025, divulgou o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), que irá operar o equipamento à distância. Segundo um comunicado do IA, que lidera cientificamente o projeto, o Sol pode ser usado como exemplo para “identificar e compreender melhor as fontes do ruído que afetam os dados obtidos para outras estrelas do tipo solar” e que limitam “bastante a procura e caracterização” de planetas fora do Sistema Solar semelhantes à Terra (nomeadamente em termos de tamanho e composição).

Cientistas de Coimbra usam IA para prever regenerabilidade de óleo

Uma equipa de cientistas da Universidade de Coimbra (UC) está a desenvolver métodos analíticos instrumentais e de Inteligência Artificial (IA) para prever se um óleo lubrificante usado pode ser regenerado, atendendo ao seu potencial de coagulação. Os cientistas da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC realizam este trabalho em colaboração com a Sogilub - Sociedade de Gestão Integrada de Óleos Lubrificantes Usados, Lda., no âmbito do projeto “Intelligent Computation and Analytics for the Regeneration of Oils” (ICARO). No projeto, além de Marco Reis, participam os professores Licínio Ferreira, Margarida Quina e Pedro Faia, e os investigadores Tiago Rato, Rúben Gariso e Sofia Braz.

Samsung traça meta para IA em 2024

O presidente da divisão mobile da Samsung, TM Roh, afirmou durante a mais recente apresentação Unpacked da tecnológica que a empresa espera ter no mercado 200 milhões de dispositivos com Inteligência Artificial (IA) até ao final do ano. Serve recordar que grande parte dos últimos telemóveis de alto desempenho da Samsung já contam o Galaxy AI, um ‘pacote’ recheado de funcionalidades de IA. Além dos recém-anunciados Galaxy Z Fold 6 e Galaxy Z Flip 6, também a série Galaxy S24 lançada no começo do ano e outros telemóveis desta linha de produto estão equipados com as funcionalidades do Galaxy AI

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