Revista Business Portugal | Julho '16

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freguesia da costa da caparica | tema de capa

Célia Figueiredo Vogal

A frente atlântica com cerca de 17km, apresenta uma fauna marinha de interesse ecológico muito relevante, onde se encontram comunidades típicas de vegetação dunar. A paisagem protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica é composta por uma vegetação mediterrânica onde se pode encontrar uma diversificada fauna de aves e mamíferos. Este património natural constitui uma das maiores riquezas da Costa de Caparica. Turismo e potencialidades da região Com cerca de 17Km de praia, a Costa de Caparica conjuga o vasto areal com a qualidade das águas, daí resultando a atribuição de algumas bandeiras azuis e de ouro, galardão este atribuído pela QUERCUS às praias cujas águas balneares foram classificadas como “excelente” nos últimos cinco anos consecutivos, cumprindo um conjunto de critérios agrupados em quatro áreas: educação ambiental, qualidade da água, gestão ambiental, equipamentos e segurança e serviços. Célia Figueiredo, vogal do Executivo da Junta de Freguesia, por sua vez, destaca as especificidades da Fonte da Telha. “Temos uma grande extensão de praia que é considerada uma das melhores praias da Europa, com um areal excelente. É na Fonte da Telha que muitas das dinâmicas que têm a ver com o nascimento da nossa fauna marítima acontecem. A Fonte da Telha tem um fundo do mar diferente e é uma praia diferente e por isso nesta zona encontra-se uma espécie denominada carapau-manteiga, muito apreciada na gastronomia do distrito. A zona precisa, obviamente, de um ordenamento e de uma requalificação. Acreditamos que num futuro próximo, a Fonte da Telha será uma das praias mais

procuradas da região da Grande Lisboa”. Requalificar sem comprometer Fustigada pelas intempéries há três anos, a frente de praias foi objeto de uma grande operação de reposição de areia, mas José Ricardo Martins, que na ocasião acompanhou de perto o fenómeno e pressionou o Poder Central para uma solução urgente e eficaz, alerta para as alterações climatéricas que poderão ocorrer com maiores efeitos a partir de 2025 e 2050. “Somos um território de risco”, alerta o autarca. “Temos de proteger as gerações futuras e, como tal, temos de ter alguma sensibilidade quando falamos em crescimento”. O crescimento tem a ver com o desenvolvimento e o turismo, sem dúvida, mas tem que haver um crescimento sustentável e muito cauteloso. “Com todo o cuidado necessário, pretende-se retificar algumas lacunas que podem ser prejudiciais ao crescimento da Costa. Uma das obras mais prioritárias do momento é a requalificação da estrada florestal que liga o campo de futebol à Fonte da Telha”. Segundo o presidente, trata-se de uma estrada que não apresenta as condições de segurança ideais para peões, ciclistas e condutores de automóveis. Este projeto de requalificação, do meu ponto de vista, será a obra prioritária a levar a cabo, não só pela falta de segurança, como também potenciaria as dinâmicas económicas das praias a sul da cidade. Admitindo que a requalificação da Rua dos Pescadores e da Praça da Liberdade, no coração da cidade, serão também obras que dinamizarão e poderão devolver algumas

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