Vol. 06 - Nยบ 31 - Mai/Jun 2017
ISSN: 2525-7129
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Crédito de carbono no setor energético brasileiro
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PROJETOS DE CRÉDITO DE CARBONO NO SETOR ENERGÉTICO BRASILEIRO
Mônica Joelma do Nascimento Anater – Doutoranda em Energia (Gbio/IEE/USP) Carlos Roberto Sanquetta – Prof. Dr. Do Departamento de Engenharia Florestal (BIOFIX/UFPR) Bruna Nascimento Vasconcellos – Doutoranda em Engenharia Florestal (BIOFIX/UFPR) Ana Paula Dalla Corte – Profª. Drª. Do Departamento de Engenharia Florestal (BIOFIX/UFPR)
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo e Padrão Verificado de Carbono: Contextualização O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) é o único meio estabelecido pelo Protocolo de Kyoto no qual países que não são pertencentes ao Anexo I do Protocolo de Kyoto, podem participar efetivamente do cumprimento das exigências atribuídas a estes. Nesse mecanismo, nações em desenvolvimento podem reduzir voluntariamente as emissões de gases de efeito-estufa (GEE), gerando créditos de carbono, chamados de Reduções Certificadas de Carbono (RCEs), onde cada RCE equivale a redução de uma tonelada de CO2eq, que podem ser vendidos a países do Anexo I para que possam cumprir com sua meta de redução (MCTI, 2009b). Outro mecanismo de geração e venda de créditos de carbono é o Padrão Verificado de Carbono (VCS). É um método onde projetos novos ou já existentes podem adotar para comprovar que estão efetivamente reduzindo ou removendo voluntariamente GEE e, além disso, qualquer país pode participar. Neste programa são geradas as Unidades de Carbono Verificadas (VCUs), onde corporações, organizações e pessoas adquirem voluntariamente a fim de colaborar e incentivar as reduções globais de emissão de GEE (VCS, 2015). Os projetos englobados
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pelo Padrão Verificado de Carbono estão diretamente voltados ao mercado que procura uma vinculação da ideia de produto sustentável a sua marca, fazendo com que os créditos vendidos estejam atrelados a um conceito de responsabilidade ambiental do produto. Assim como o RCE, cada VCU significa também a redução de uma tonelada de CO2eq. A matriz energética brasileira, que possui uma grande parcela de energias renováveis, faz do Brasil um ótimo hospedeiro para projetos que gerem créditos de carbono. Assim, este estudo tem como objetivo realizar uma análise dos projetos de MDL e VCS no país, com foco no setor energético brasileiro e sua contribuição para a redução de emissões de GEE. Para isso, foi realizado um levantamento de dados referentes ao MDL foi utilizada a base de dados disponível no site da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, 2015) e do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI, 2014b). Para os dados referentes aos projetos de VCS foi adotado o banco de dados do site desse padrão. Para a obtenção de dados referentes às emissões de GEE no Brasil foi utilizado o Relatório “Estimativas anuais de emissões de gases de efeito estufa”, elaborado pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Para a estimativa e comparação
das emissões totais geradas pelo setor de energia e das reduzidas pelos projetos de MDL e VCS no Brasil entre os anos de 2004 e 2012, foi utilizada uma extrapolação dos dados de emissões dos anos de 1990 a 2005 fornecidos pelo Segundo Inventário Brasileiro de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa (2009), que fornece os valores das emissões relativos aos anos de 1990, 1995, 2000 e 2005. Uma linha de tendência exponencial foi então traçada, e assim as emissões para os anos seguintes puderam ser estimadas. Essa mesma metodologia foi também utilizada por MCTI (2014a), e é justificada pela ausência de valores que indiquem a trajetória de emissões do Decreto nº 7.390/2010. Assim, foram somadas as parcelas correspondentes às emissões de CO2, N2O e CH4, e projetada uma curva exponencial. Os valores de emissões entre 2004 e 2020 foram somados e então comparados com as emissões evitadas pelos projetos de VCS e MDL no setor energético brasileiro a fim de comparação de sua representatividade. Situação do MDL no Brasil A Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) é o órgão que registra os projetos adequados ao âmbito do MDL no mundo. No Brasil, antes dos projetos serem enviados para a UNFCCC, passam pela Comissão Interministerial de Mudan-
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ça Global do Clima (CIMGC). Uma das atribuições da CIMGC é definir critérios de elegibilidade adicionais e apreciar pareceres sobre atividades de projetos de MDL. Assim, um projeto brasileiro, para ser aprovado pela UNFCCC deve antes ter aprovação da CIMGC. O número de projetos MDL registrados pela UNFCCC ao final do ano de 2014 era de 7.598. Historicamente, o Brasil encontra-se em terceiro lugar em relação ao número de projetos mundiais de MDL. Atualmente, o país possui 333 projetos registrados na entidade, correspondente a 4% do total mundial. A China predomina no mercado de créditos de carbono, com um total de 3.763 projetos (50% dos projetos mundiais), enquanto a Índia ocupa a segunda posição com 1.536 projetos. O término do primeiro período de compromisso, no ano de 2012, fez com que todos os produtores que possuíam alguma intenção de gerar créditos de carbono enviassem seus projetos, pois temiam que o segundo período de compromisso não fosse renovado, isso gerou o elevado pico de projetos recebidos e aceitos pela UNFCCC no ano de 2012, onde foram aceitos 100 projetos brasileiros, 86 a mais que no ano anterior (Figura 1). Os três estados brasileiros que contam com o maior número de projetos de MDL aprovados na UNFCCC são, respectivamente, São Paulo com 74, Minas Gerais com 56 e Rio Grande do Sul com 42 projetos. A região com maior participação é a Sudeste com 39% do total, seguida pela região Sul (22%), Centro-Oeste (18%), Nordeste (14%) e Norte (4%) (MCTI, 2014b). Em contexto global, dos 7.599 projetos existentes, 6.383 se enquadram no setor de energias renováveis ou não renováveis, correspondendo a 84% do total. Enquanto isso, dos 333 projetos registrados no Brasil, 207 se enquadram nesse setor, 62,17% do total conforme Tabela 1. Nos primeiros anos de implantação dos projetos de MDL, a parcela correspondente à energia eólica foi
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Figura 1. Histórico de projetos MDL no Brasil e no Mundo.
Fonte: Elaboração própria a partir de dados de MCTI (2015) e UNFCCC (2015). Tabela 1: Número de projetos brasileiros no setor de energias renováveis - não renováveis registrados na UNFCCC.
Fonte: Elaboração própria a partir de dados de UNFCCC (2015).
uma das mais prejudicadas. De acordo com Silva Júnior et al. (2011), devido ao ineditismo desse tipo de projeto no Brasil, exigência de altos investimentos iniciais e um complexo sistema regulatório para o setor de energia, fez com que projetos de MDL de parques eólicos fossem considerados de alto risco pelos investidores. Porém, com o tempo, essa situação foi amenizada com incentivos governamentais e políticas públicas específicas para aumentar a parcela deste tipo de energia na matriz energética brasileira. O grande número de usinas de biomassa para geração incluídas no MDL no primeiro ano de implantação pode ser explicado devido ao grande sucesso de implantação dos veículos flex no país, isso fez com o número de usinas de produção de álcool crescesse substancialmente, e em virtude disso, houve uma maior geração de resíduos (bagaço). Para uma melhor destinação coproduto as usinas investiram em tecnologias para geração de eletricidade a partir do processo de cogeração utilizando como combustível o bagaço
de cana-de-açúcar. Isso fez com que houvesse um interesse inicial na venda de créditos de carbono por parte das indústrias, porém, segundo Graziano (2014), depois de um grande período como exportador de etanol, o Brasil tornou-se um importador, principalmente pela quebra de muitas indústrias produtoras deste combustível. O principal problema enfrentado entre diversos geradores em potencial de créditos de carbono é a burocratização do processo para a implantação de projetos de MDL, que requer diversos tipos de laudos e estudos, que muitas vezes, desestimulam a preferência pelo MDL, fazendo com que optem pelo mercado voluntário que é menos burocrático, ou deixem de aplicar qualquer um dos mecanismos. Essa ideia é corroborada pelo estudo de Silva e Silva (2015), que verificou a implantação de projetos de MDL nas usinas do setor sucroalcooleiro da região do Pontal do Triângulo Mineiro, e apesar do grande número de empresas deste tipo na região (15 usinas), apenas uma usina possuía projeto de aproveitamento da
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biomassa residual (bagaço) para geração de RCEs. O Brasil apresenta um grande percentual proveniente de hidrelétricas devido à abundância de rios em quase toda a extensão territorial. Em consequência da grande dificuldade de instalação de grandes centrais hidrelétricas por diversos fatores associados, principalmente ambientais, as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) estão tomando uma parcela cada vez maior e mais relevante na geração da energia elétrica brasileira. Assim, com essa maior instalação de PCHs, o número de projetos de MDL associados a esta aumentou, sendo que hoje o número de projetos correspondentes a hidrelétricas é substancialmente maior do que de qualquer outro tipo de projeto de MDL.
Figura 2: Capacidade instalada (MW) das atividades de projeto no âmbito do MDL.
Fonte: (MCTI, 2014a).
Tabela 2: RCEs emitidas no Brasil e contribuição pelo setor energético.
A UNFCCC considera que as metodologias de projeto de MDL podem ser classificadas em pequena e larga escala, onde as de pequena escala são os projetos de energia renovável com produção máxima equivalente a 15 MW, os projetos de melhoria de eficiência energética que reduzam o consumo de energia no lado da oferta e/ou demanda em até 60 GWh/ano e outras atividades que resultem em emissões menores ou iguais a 60 tCO2eq por ano. As outras atividades são classificadas como projeto de larga escala. No mundo 60,43% dos projetos de MDL registrados na UNFCCC foram classificados como grande escala. No Brasil, até o mês de dezembro de 2014, 67% foram classificados como larga Fonte: Elaboração própria a partir de dados de UNFCCC (2015). escala enquanto os outros 33% foram classificados como de pequena escala, isso corresponde a 222 e 111 projetos projeto no de MDL registrados pela do para 15.668 MW, onde o término respectivamente. Historicamente, os CIMCG era de 15.722 MW. Essa capa- do primeiro período de compromisso projetos de larga escala passaram de cidade foi liderada pelas hidrelétricas, do MDL fez com que o número de pro57% de 2007 para 67% em 2014. Esses responsáveis por 63% do total (9.933 jetos enviados para aprovação aumenprojetos aumentaram em proporção MW), seguido pelas usinas eólicas com tasse consideravelmente que elevou os aos projetos de pequena escala devi- 26% (4.046 MW), biomassa energéti- valores de potência instalada. Após o do, principalmente, ao aumento do ca com 8% (1.227 MW) e gás de ater- ano de 2012, a taxa de variação desse número de projetos de hidrelétricas e ro com 252 MW. Outras atividades de parâmetro foi de em média 0,2% a.a. fazendas eólicas incluídas no domínio projeto representavam 2% com 264 como visualizado na Figura 2. MW (MCTI, 2014a). do MDL. Em relação à quantidade de RCEs Entre 2011 e 2012, a potência ins- emitidas até o final do ano de 2014, Até novembro de 2014 a capacidade total instalada das atividades de talada teve um salto de 289% passan- o Brasil ocupava a 4ª posição mundial
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com um total de 98.544.360 RCEs emitidas. Desse montante 11% provinham de hidroelétricas, 7% de biomassa energética e 4% do biogás (Tabela 2).
Figura 3: Número de projetos no âmbito do VCS no Brasil até o final do ano 2014.
Apesar de o setor energético ser o que possui o maior número de projetos, o setor que mais emite RCEs é o de decomposição de N2O, que hoje representa 49% das RCEs emitidas (MCTI, 2014b). Historicamente, o setor energético corresponde a apenas 19% do total de RCEs emitidas. Situação do VCS no Brasil No âmbito do VCS, no ano de 2014, existiam 1.262 projetos registrados mundialmente. O Brasil contava com um total de 84. O estado de São Paulo liderava em número de projetos com um total de 16, seguido por Minas Gerais com 11 e o Pará com 8. A região sudeste possui é a que possui maior número de projetos registrados, com 38% do total brasileiro, seguido pela região Norte (25%), Centro-Oeste e Nordeste (ambos com 13,1%) e Sul (10,7%) (Figura 3). No setor de energia renovável e não renovável dos 54 projetos, 40 são indústrias de cerâmica que pretendem trocar o combustível fóssil utilizado no processo por algum combustível renovável ou menos poluente, geralmente é feita a troca de óleo combustível por resíduos de biomassa ou a troca da utilização de biomassa nativa por biomassa de resíduos florestais, representando 74% dos projetos enquadrados no setor de energia do VCS. Além das 40 indústrias de cerâmica registradas, ainda há 12 hidrelétricas e 2 usinas de biomassa energética (Figura 4).
Fonte: Elaboração própria a partir de dados de VCS (2015).
Figura 4: Projetos enquadrados no setor de energia (renovável/não renovável) no âmbito do VCS.
Fonte: Elaboração própria a partir de dados de VCS (2015).
Tabela 3: VCUs emitidas no Brasil entre 2004 e 2014 e percentual responsável pelo setor energético.
Quanto aos VCUs, dos 1.262 projetos mundiais registrados, já foram emitidas 167.247.294 VCUs, que representam 4% do total mundial de VCUs emitidos. Os VCUs emitidos pelo setor de Energia renovável e não renovável são em média 86% do total, enquanto que as RCEs representaram para apenas 19%. Entre o ano de 2004 e 2014 foram emitidas no setor de energia 6.176.424 VCUs (Tabela 3). O setor de Energias Renováveis e Não Renováveis é responsável pelo maior número de projetos, representando 64% do total, e consequentemente é o setor onde há uma maior redução de emissões anuais estimadas (59% das emissões).
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Fonte: Elaboração própria a partir de dados de VCS (2015).
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Figura 5: Principais emissões por setores no Brasil
Fonte: Elaboração própria a partir de dados de MCTI (2014a).
Contribuição de projetos energéticos de MDL e VCS para redução de GEE No ano de 2013, 46,4% da energia interna disponível no país foi proveniente de fontes renováveis, sendo que na geração de energia elétrica esse percentual alcançou 76,7%. Já no ano de 2014, o percentual de energias renováveis na matriz energética brasileira caiu para 43,54%, enquanto na geração elétrica o percentual caiu para 73,1%, resultado do grande período de estiagem que o país enfrentou ano de 2014 fazendo com que várias termelétricas fossem acionadas (EPE, 2015). Dados de MCTI (2014a) apontam que em 1990 as emissões no setor de energia foram de 187,7 TgCO2eq, que
correspondeu a 14% do total de emissões lançadas naquele ano. Já em 2012 esse valor foi contabilizado em 446,1 TgCO2eq, equivalente a 37% do total de emissões, mesmo percentual encontrado para a agropecuária, representando assim o maior crescimento por setores no Brasil (Figura 5). No período estudado, o principal gás de efeito estufa lançado na atmosfera pelo setor de energia é o gás carbônico, sendo responsável por 431.485.000 tCO2eq (97%) emitidas em 2012, enquanto o CH4 teve uma participação de 2% (9.942.660 tCO2eq) e o N2O apenas 1% (4.727.500 tCO2eq) MCTI (2014a) aponta que diversos setores da economia nacional tiveram
Tabela 4: Reduções de emissões anuais estimadas no Brasil e no mundo pelos projetos VCS.
Fonte: Elaboração própria a partir de dados de VCS (2015)
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uma redução em termos de consumo de energia no ano de 2009, gerada pela crise internacional, principalmente os setores de ferro-gusa e aço e o setor de energia. A indústria química, por sua vez, teve reduções significativas, já que, a partir da implantação de atividades de projeto no âmbito do MDL, as indústrias de ácido adípico e ácido nítrico tiveram uma diminuição de emissões. No período de 2005 a 2011 o uso de SF6 teve uma queda expressiva, já que projetos de MDL se propuseram substituir a utilização de SF6 por SO2. As emissões gerais originadas pela disposição de resíduos sólidos também apresentaram declínio pela inclusão de projetos de MDL. De acordo com MCTI (2014a), no âmbito do MDL, contabilizando apenas o primeiro período de obtenção de créditos de carbono, as usinas hidroelétricas reduziram 137.088.500 tCO2eq, enquanto as eólicas reduziram 40.861.823 tCO2eq. Por sua vez, usinas de biomassa energética deixaram de emitir 16.091.394 tCO2eq, ao passo que a utilização de biogás reduziu 24.861.823 tCO2eq e o uso da energia solar fotovoltaica mitigou 6.594 tCO2eq. Isso equivale a um total reduzido pelo setor energético de 218.910.134 tCO. 2eq No país, as indústrias de cerâmica incluídas no VCS são responsáveis por uma redução de emissão anual de 895.130 tCO2eq. Ademais, existem 12 hidrelétricas registradas no VCS e duas usinas de biomassa energética, que representam respectivamente 1.993.684 tCO2eq e 97.134 tCO2eq de redução de emissões anuais. Para estas, registradas até o final do ano de 2014, é estimada uma redução total de 106.872.400 tCO2eq até o final dos seus períodos de vigência dos projetos. Destas emissões evitadas totais, 16.353.182 tCO2eq é correspondente às hidrelétricas, 1.006.248 tCO2eq às usinas de biomassa como fonte energética e 89.512.970 tCO2eq às usinas de cerâmica (Tabela 4). Dos projetos no setor energético, tanto de MDL quanto de VCS registrados até o final de 2014 (ano base deste
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estudo), tem-se que o total de emissões evitadas até o fim do período de vigência destes será de 325.782.534 tCO2eq evitadas. Para fins de comparação, para verificar o quanto esses projetos impactariam na emissão total de GEE pelo setor energético brasileiro, foi feito por meio de extrapolação com valores de emissões disponibilizados por MCTI (2009a), dos anos 1990, 1995, 2000 e 2005, foi traçada uma linha de tendência do tipo exponencial. A partir da linha de tendência, foram estimados os valores de emissões pelo setor energético brasileiro entre 2005 e 2020, essas estimativas anuais foram então somadas e apresentadas ao final como o total estimado de emissões geradas pelo setor de energia no Brasil, emitidos entre os anos de 2004 e 2020, resultando em 8,3 bilhões de tCO2eq. O ano de 2004 é tomado aqui como ano inicial, pois é quando foi iniciada a implantação e a emissão de créditos de carbono tanto nos projetos enquadrados no MDL quanto nos enquadrados pelo VCS. Assim, verifica-se que os projetos de MDL e VCS existentes até o ano de 2014, poderiam reduzir até 4% dos 8,3 bilhões de tCO2eq que estima-se que serão emitidos pelo setor energético para o período.Porém, essa redução provavelmente não será contabilizada como uma redução interna, já que os créditos são vendidos principalmente para outros países, mas pode demonstrar o quanto esses projetos são significativos. Considerações Finais Energias renováveis são fundamentais para uma melhor segurança energética de um país, já que diversificam sua matriz energética. No domínio do VCS e do MDL é observado que projetos que visam o aproveitamento de energias renováveis são a maioria, onde foi verificado que grande parte é composta de usinas hidráulicas. Já no VCS há uma predominância dos projetos de fábricas de cerâmica que trocaram o combustível utilizado por um menos emissor, geralmente biomassa reaproveitada de outros processos. É possível notar, tanto em projetos de MDL quanto em projetos VCS a qua-
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se inexistência de projetos que busquem utilizar energia solar como fonte energética. Este cenário não está contido apenas em projetos de geração de créditos de carbono. A utilização de energia solar no Brasil ainda é associada a altos custos, porém, é previsto uma reversão deste cenário, já que há uma tendência da popularização dessa tecnologia.
Energias renováveis são fundamentais para uma melhor segurança energética de um país, já que diversificam sua matriz energética. A burocracia enfrentada por investidores que pretendem utilizar do MDL é um dos principais empecilhos que tornam o mecanismo visto como complexo por muitos, e assim, diminuindo o interesse de implantação deste. Porém, reuniões recentes apontam que as regras do MDL serão alteradas, visando racionalizar e simplificar o mecanismo, aumentando a flexibilidade e reduzindo os custos. Assim, projetos MDL e VCS poderão contribuir, em maior escala, para a mitigação das elevadas taxas de emissão de GEE mundiais. Referências Bibliográficas 1. Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Balanço Energético Nacional. 2015. Disponível em: <www.ben.epe.gov.br>. Acesso em 09 jul. 2015. 2. MCTI. Ministério da Ciência e Tecnologia: Inventário brasileiro das emissões e remoções antrópicas de gases de efeito estufa, 2009a. Disponível em: <http://www.mct.gov. br/ upd_blob/0207/207624.pdf>. Acesso em 23 fev. 2015. 3. MCTI. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Mudanças Climáticas - Guia de Orientação: O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, 2009b. Disponível em: <http:// www. mct.gov.br/upd_blob/0205/205947.
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CENÁRIO MUNDIAL DA CANA DO AÇÚCAR Mário de Matos - Consultor Agrário - https://sites.google.com/site/mdmagriconsultancy
Itinerário histórico Saccharum
das
espécies
Durante alguns anos a India e a Papua Nova Guiné disputaram a origem desta planta como natural destes países. O facto de que algumas das espécies espontâneas da Saccharum spontaneum e da Sacharum robostum sendo ainda encontradas na Papua Nova Guiné acabou por dar razão de escolha a este país que hoje é oficialmente considerado sua terra natal. A domesticação desta espécie viria a dar a Saccharum barbieri largamente difundida na India e a Saccharum sinensis implantada na China depois de longas datas e só mais tarde a Saccharum officinarum. O nome Saccharum atribuído à cana de açúcar, tem a sua origem na palavra de Transkrit, Karkara da India que foi depois chamada de Sakkar ou Sukkar pelos árabes após terem introduzido a cana de açúcar da India para o Médio Oriente através da Pérsia. Alguns séculos depois, após ter sido trazida da Pérsia para a Europa por Alexandre o Grande, os Romanos passariam a chama-la muito mais tarde Saccaharum nome com que seria adoptada e depois atribuído por Linnaeus em 1753 para sua classificação botânica que perdura até aos nossos dias. Entretanto foi largamente cultivada, além do Egipto, em Espanha (onde ainda existe o moinho de cana conhecido mais antigo do mundo que utiliza mós de pedra e também introduzida e cultivada noutros pontos da bacia do Mediterrâneo como Veneza de onde viria mais tarde a transitar nos Sécu-
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los XV e XVI para as Ilhas da Madeira e das Canárias de onde foi introduzida no Novo Mundo para a Ilha Hispaniola (Républica Dominicana) em 1493 e para o Brasil em 1532. O Brasil viria então a afirmar-se, desde o inicio como o local de preferência por excelência desta cultura que rapidamente se expandiu e tornou a principal riqueza de exportação do então Império Português constituindo um monopólio que só viria a ser concorrido pelos Holandeses no século XVII após a sua introdução nas Caraíbas. O cultivo da cana passa sucessivamente da Ilha Hispaniola para Cuba, em 1760 logo que esta ilha é ocupada pela Inglaterra onde também conhece uma grande expansão favorecida pela procura do Açúcar da Américas na Europa. Com a revolução no Haiti em 1795, alguns anos depois e destruição de plantações de cana em Hispaniola ,os Franceses instalam a cultura na Louisiana em finais do século XVII
iniciando assim a indústria açucareira Americana. O crescimento da cultura no Novo Mundo e noutros continentes conheceu também diferentes progressos na área do melhoramento genético depois da criação da variedade nobre POJ 2878 na Indonésia que constituiu por muitos anos a referência genética nos cruzamentos de hibridização de muitos melhoradores de diferentes Centros de Pesquisa e Seleção genética de vários países. Passando pela criação de muitas variedades Co do Instituto de Pesquisa de Coimbatore na India em 1912 A principal contribuição para o enorme sucesso do crescimento e expansão desta cultura passa sobretudo pela valorização genética e introdução de técnicas de rega da Saccharum donde se destacam informações relativas às primeiras produções de Java em 1840 de 2 000 Kg de cana por Hectare passando a 10 Toneladas em 1910 e a 20 Toneladas em 1940.
Quadro 1 - Rendimentos em milhares de Toneladas de cana e Áreas Colhidas (Ha) entre 1961-2014 dos 4 maiores produtores mundiais (www.factfish.com)
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Da Antiguidade até aos nossos dias Duma apreciação histórica do passado da cultura passamos agora a um exercicio comparativo das produções de cana mundiais dos quarto países responsáveis por 70% das produções no mundo (Brazil, India, China e Tailândia) onde o Brazil é responsável por cerca de 30% das produções. Estes valores têm simplesmente valor informativo, económico e quatitativo uma vez que são comparados diferentes sistemas ecológicos de produção, regimes hídricos da cultura, extensiva (LISA), e intensiva (HISA), etc… Se considerarmos que 80% do açúcar é produzido a partir da cana de açúcar podemos dizer, se esta proporção se mantiver linear o excedente verificado de 36 milhões de toneladas de açúcar correspondendo a 316 milhões de toneladas de cana que a um CCS médio de 9 TC/TS e a um rendimento de produção médio de 70 TCHa representará um acréscimo de 4,5 milhões de Hectares acima da área actual em cana no Brasil ou uma previsão de plantações de 450,000 Ha por ano a serem plantados entre 2015 e 2025. Com os 667,000 Ha plantados entre 2013/15 e 2017 de acordo com as mesmas estatísticas, teremos 3,5 milhões de Hectares a serem plantados entre 2017 e 2025, sendo já o Brasil responsável por mais de um terço da produção mundial de açúcar. (source: Intern Sugar Organ)
Gráfico 1 – Evolução da Produção Mundial e dos 4 maiores países produtores de Cana (Milhares de Toneladas) 1961 a 2014
Quadro 2 - - Previsões dos aumentos de Produção de Açúcar (Milhões de Toneladas) Período de 2015 a 2025 (Source OECD-FAO)
Valores e estimativas de Produção para as duas safras 2016/17 e 2017/18. Estimativas para a Safra de 2016/17 O volume da safra deste ano (2016/17) no Brasil foi sensivelmente inferior à do ano anterior embora a percentagem de cana destinada à produção de açúcar tenha sido maior nesta safra – 46,4% em 2016/17 comparativamente aos 40% da safra anterior. Na India a produção de açúcar chegava aos 12,9 milhões de toneladas em fins de Janeiro de 2017, sendo 10% inferior à da safra anterior.
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Estes valores indicam um previsão de 21,3% aumento mundial do consumo na década indicada (2015 – 2025).
A produção de açúcar na China nesta safra de 2016/17 está prevista atingir as 9,9 milhões de toneladas ou seja 13,8% acima da produção da safra do ano anterior. Na Tailândia a safra 2016/17 começou 11 dias mais tarde que o ano anterior. As estatísticas oficiais Tailandesas revelavam a 8 de Fevereiro de 2017 que 46,82 milhões de toneladas tinham já sido produzidas um valor significativamente inferior ao da safra de 2015/16 que à mesma data anunciava uma produção de 5,430 milhões de toneladas. Acredita-se que esta quebra de produção foi causada essencialmente pela pior seca dos últimos anos verificada no ano anterior. Na Africa Sub Saheliana as previsões para esta safra são de 7,58 milhões de toneladas, representando um aumento de 223,000 toneladas devidas particularmente: • A progresso positivo notado nesta safra no Grande Plano de Expansão da Etiópia. • Au melhoramento gradual das produções verificado na Africa Austral, onde o clima se mostrou mais estável após dois anos de seca. Todavia ainda se prevê um déficite de 2,94 milhões de toneladas de açúcar devidas a problemas fundamentais existentes que enumeramos:
• Preços mais elevados do petróleo bruto. Estimativa da safra de 2017/18 De acordo com dados publicados pelo USDA para a safra 2017/18 a nível mundial, prevê-se um crescimento assegurado da produção e comercialização do açúcar mundial em mais 9 milhões de toneladas para chegar a um total de 180 milhões de toneladas devidas sobretudo ao aumento de produção de cana no Brasil, China, UE e Tailândia. Apesar deste aumento de produção as reservas mundiais cairão de 2% para 8 milhões de toneladas. Prevê-se que no Brasil a produção cresça 500,000 Toneladas para atingir um total de 39,7 milhões de toneladas, devidas a um clima mais favorável e um aumento de 1% da área de cana plantada. A exportação aumentará também em 500,000 toneladas para atingir as 28,5 milhões de toneladas. Sendo assim haverá um aumento das reservas de açúcar e o consume manter-se-á estável. Na China a produção crescerá 1 milhão de toneladas passando a um total de 10,5 milhões de toneladas. As reservas de açúcar deste país continuarão a ser reduzidas. Atualmente está em curso uma investigação sobre as importa-
ções que pode vir a ter consequência um impacto na política de preços. Na India haverá uma tendência prevista na recuperação de 18% na produção na produção a 25,8 milhões de toneladas devidas essencialmente ao aumento das áreas de cultura e rendimentos unitários mais elevados da cultura. No caso da Tailândia prevê-se um acréscimo de 1,2 milhões de toneladas para um total de 11,2 milhões de toneladas devidas essencialmente a uma melhor produtividade agrícola após recuperação de dois anos de seca. As exportações da Tailândia poderão aumentar de 400,000 Toneladas passando a um total de 8,4 milhões de toneladas. OS SETORES AÇÚCAR E ETANOL NA ÁFRICA O Continente Africano merece-nos uma atenção particular considerando o seu grande crescimento suco energético das ultimas décadas. A ligação entre a produção do açúcar de cana e o uso dos seus sub produtos melaço para produção de etanol de primeira geração e do bagaço para cogeração de energia elétrica constituem práticas correntes das usinas produtoras de açúcar de cana nos países da Africa Sub Sahariana onde os preços de combustíveis de origem fóssil importados e a
• Bases de produção de cana mais rígidas e deficits de açúcar globais endémicos persistentes. • Índices de níveis críticos de estoques para consume. • Faltas de produção na India e possibilidades de importações. • Flutuações cambiais do USD imprevisíveis. • Mercados de capitais próprios mais fortes. Revista Biomassa BR
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energia (na maioria térmica) são muito elevados. Esta situação inclui também os países produtores e exportadores de petróleo bruto como a Nigéria. Em geral os preços praticados na África são o dobro (ou mais) dos praticados nos Estados Unidos (ISO 2016) (ISO 2017). O sector dos transportes são praticamente quase inteiramente dependentes de produtos petrolíferos, existindo poucas políticas legislativas de apoio e proteção em vigor promovendo a produção e uso de bio combustíveis alternativos. A perspectiva inquietante duma necessidade global de quase o dobro no ano de 2040 com o consume previsto de petróleo bruto a rondar os 2,2 milhões de barris por dia, 55% dos quais destinados a gasolina e 40% para gasóleo. Embora a produção de Etanol em África seja pequena, alguns países possuem já legislação relativa ao uso do Etanol com a gasolina, promovendo activamente a energia verde no sector dos transportes. Enquanto que no Brasil se produzem 7,000 litros de Etanol com um hectare de cana de 75 Toneladas (F. Santos 2017) na África Sub Sahariana esse valor cai para 4,000 litros onde é cana é produzida em 37 países em plantações de grande dimensão de regime pluvial ou irrigado e onde 10 a 20% da cana é complementarmente produzida em pequenas áreas agrícolas familiares de 0,5 a 10 Ha. A Africa do Sul produz cerca de 30% do Etanol seguida pelo Malawi, Uganda, Sudão, Tanzânia, Serra Leone, Maurícias, Quénia, Suazilândia, Zâmbia e Zimbabwe. Na maioria destes países com algumas exceções como a Serra Leone (com o Projeto Addax de 20,000 Ha de cana só para Etanol) o Etanol é essencialmente obtido a partir da fermentação do melaço.
Figura 1 e Gráficos 2 e 3 - Consumo do Açúcar em Kg/Capita nas seis regiões da Africa (ISO 2016)
A produção do Etanol feita diretamente com a conversão da cana cultivada para este fim, não só constitui uma mais valia como também promove o crescimento do setor Agrícola desenvolvendo também o setor rural no seu conjunto, cria novos empregos e reduz significativamente e as importações de combustíveis fósseis e os valores cambiais daí resultantes. O mesmo combustível também é ou poderá ser utilizado nas eletrificações rurais e domésticas, alimentação de veículos de transporte e agrícolas, etc.. A generalização e desenvolvimento desta energia em Africa estabilizará o abastecimento de energias nos diferentes países que o praticarem, diversificando opções e reduzindo os custos de importação dos combustíveis fósseis. De acordo com o Banco Mundial, prevê-se que o crescimento na África Sub Sahariana cresça para 2,6% em 2017. Os países a que mais se deverá este crescimento são, de acordo com a mesma fonte, a Etiópia com + 8,3%, a Tanzânia com + 7,2%), e a Côte d'Ivoire com + 6,8%.
Isto representa uma contrapartida positiva que sucede a estagnação acentuada de até 1,3% verificada em 2016, e pensa-se que se fortaleça um pouco em 2018. Este crescimento é De acordo com o Banco Mundial, consequência e reflete a recuperação dos preços prevê-se que o crescimento na globais das mercadorias África Sub Sahariana cresça e melhorias nas condições domésticas. A maior para 2,6% em 2017. parte do crescimento virá
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também de Angola e Nigéria - os maiores exportadores de petróleo bruto. No entanto, espera-se que o investimento se recupere muito gradualmente, refletindo ainda condições restritas de liquidez cambial nos exportadores de petróleo mencionados acima e baixa confiança dos investidores na África do Sul. Bibliography: http://www.dansukker.co.uk/uk/about-sugar Sugar Cane Cultivation and Management By H. Bakker Groupe Sucre & Denrés http://www.factfish.com/statistic/sugar+cane,+production+quantity FAO USDA World Bank ISO Data Agro Conference 10th May 2017 New York Açucar e Etanol – Bradesco ISO Conference Nairobi Kenya September 2016 OECD/FAO ISST https://www.novacana.com/cana/producao-cana-de-acucar-brasil-ehttps://www.novacana.com/estudos/ projecoes-producao-cana-acucar- etanol-safra-2023-2024-fiesp-mb-agro/ http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-80502007000400007 ISO 2017 AFRICA SUAGAR SECTOR by Lindsay Jolly ISO 2017 BIOREFINERY Praj ISO 2017 Develop Africa Sugar Sector ISO 2017 Sustainable Sugar Sector (BONSUCRO).
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PROGRAMAÇÃO DO CONGRESSO
Dia 01 – 20 de Junho Terça-feira Congresso Brasileiro de PELLETS ( CBP ) • 08:00 CREDENCIAMENTO
• 08:30 Abertura
• 08:30 Abertura AUTORIDADES
• 09:00 Diagnóstico operacional e das condições de segurança de uma planta de biogás – Estudo de caso". - Rodrigo Augusto Franco de Oliveira Zawadzki (Saneamento e Meio Ambiente - SENAI)
• 09:00 Abertura Oficial (Projetos setor de Energias Renováveis no Paraná) Júlio Felix (Presidente do TECPAR - Instituto de Tecnologia do Paraná) • 09:20 Produção e Comercialização de Pellets na Europa "Case Portugal - O maior exportador de Pellets da Europa - Pedro Verissimo (HRV/Andritz) • 09:45 Produção e comercialização de Pellets no Chile - Sebastián Solter (Trainguén Energi - Chile) • 10:10 Mercado Global de Pellets - Dennis Werner ("Alemnha" Kahl) • 10:35 Resultados das ações da COP21 no Setor de Biomassa e Pellets "Visão Global" (Markus Lehmann - Consultor Internacional) • 11:00 Coffee break • 11:20 Produção e comercialização de Pellets "Mercado Externo" - Sergio Klaumann (Koala Energy)
• 09:20 Biogás – ITAIPU • 09:40 Plantas e Usinas de Biogás - Felipe Souza Marques (CIBIOGAS) • 10:00 Cenário Mundial do setor de Cana de açúcar Mario de Matos General Manager (HORYAL INVESTIMENT HOLDINGS COMPANY LTD./África) • 10:20 Desafios do setor de mecanização da colheita de cana de açucar - Marcelo Pierossi (Consultor) • 10:40 Coffee break • 11:00 Utilização comercial da Cana Energia Vertix para produção de biomassa e etanol - José Bressiani (Diretor (Diretor técnico da GRANBIO) • 11:20 Cogeração Leonardo Caio - (COGEN)
• 11:45 O pellet brasileiro no mercado internacional. Como resolver a problemática do cloro e de componentes inorgânicos da biomassa sólida vegetal - Javier Escobar (USP/IEE)
• 11:40 Pirólise e Gaseificação de biomassa - Juan Perez (BIOWARE)
• 12:10 Gestão da unidade no processo de produção de Pellets - Celso Martini (Marrari Automação)
• 12:20 Tecnologia aplicada na geração de energia elétrica – José Donize� Serra (TGM)
• 12:30 Apresentação do Programa e Projeto Smart Energy - Reginaldo Souza (Diretor Executivo do TECPAR)
• 12:40 Geração Distribuída no Brasil - Carlos Evangelista (Presidente ABGD)
• 12:50 Linhas de Financiamento - Ronal Silva Ribas (BRDE) • 13:10 Apresentação SANEPAR • 13:30 Encerramento manhã - VISITAÇÃO 2ª EXPOBIOMASSA - Feira Internacional de Biomassa e Energia
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Dia 02 – 21 de Junho Quarta-feira 2º dia – BIOGÁS / CANA ENERGIA / RSU / GD
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• 12:00 Aproveitamento RSU para geração de energia José Donize� Serra (TGM)
• 13:00 Sistema de trituração e secagem de resíduos para geração de energia - José Carlos Biachini Sottomaior (ECO PRODUCTS) • 13:20 Encerramento manhã - VISITAÇÃO 2ª EXPOBIOMASSA - Feira Internacional de Biomassa e Energia
PROGRAMAÇÃO DO CONGRESSO
Dia 03 – 22 de Junho Quinta-feira CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOMASSA FLORESTAL (CBBF) • 08:30 Abertura • 09:00 "Uso da Biomassa Florestal para o Brasil cumprir as metas e acordos da COP21" - Josana Lima, coordenadora técnica do Projeto Siderurgia Sustentável no Ministério do Meio Ambiente (MMA) - Josana Lima, coordenadora técnica do Projeto Siderurgia Sustent[avel no Ministério do Meio Ambiente (MMA) • 09:25 Cenário de florestas plantada no Brasil (ênfase em Energia) Erich Schaitza (EMBRAPA FLORESTAS) • 09:45 Produção e comercialização de Pellets de madeira no Chile - Sebastián Solter (Trainguén Energi Chile) • 10:10 Florestas Energéticas - Saulo Guerra (UNESP Botucatu) • 10:30 Panoramade florestas plantadas no estado de SC - Mauro Murara (Associação Catarinense de Empresas florestais) • 10:50 Coffee break • 11:10 Alta produtividade na produçã florestal - Pedro Francio Filho (Consultor) • 11:30 Instituto Senai de Inovação em Biomassa (ISI Biomassa) • 11:50 Melhoramento florestal para aumento da produção de biomassa para energia no Brasil "Florestas Energéticas - Prof Glêison Augusto dos Santos (UFV) • 12:10 Produção e Comercialização de Biomassa - Anderson Lins Machado, Ger. de Planejamento e Gestão (DURATEX) • 12:30 Sistemas de trituração florestal - Herbert Waldhuetter (Managing Director Vermeer - América Latina) • 12:50 Geração de Energia Elétrica com Biomassa Florestal (Rodrigo Duarte - Solidda Energia)
O CONGRESSO TERÁ PAPÉIS FUNDAMENTAIS NESTA NOVA FASE DA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA. TRÊS DIAS DE EVENTO, COM FOCO EM DISCUSSÕES SOBRE BIOMASSA E ENERGIA.
• 13:10 BAMBU "Nova fonte de Biomassa para geração de Energia" - Guilherme Korte (Aprobambu) • Encerramento - VISITAÇÃO 2ª EXPOBIOMASSA - Feira Internacional de Biomassa e Energia
Presidente de Honra do CIBIO 2017 Celso Romero Kloss (UNILIVRE/ PARANÁ METROLOGIA)
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EXPOSITORES
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Entrevista
O Biomassa BR traz uma entrevista exclusiva com o diretor executivo da TECPAR, Reginaldo Souza, o qual é palestrante do CIBIO 2017. Biomassa BR: A produção de energia renovável está em constante crescimento no Brasil. Quais as expectativas do TECPAR para o setor? Reginaldo: O TECPAR vê com bons olhos o setor renovável brasileiro para os próximos anos. A expectativa é que o setor ganhe cada vez mais visibilidade no Paraná e continue tendo apoio de diversas instituições, assim como a área de biogás, por exemplo, o qual se mantinha instável nos anos anteriores, mas em 2016 conseguiu quintuplicar sua produção no estado. O Programa SmartEnergy busca promover a produção de energia renovável no estado e será tema da sua palestra no CIBIO 2017. O senhor poderia falar sobre o que é o programa e como ele é estruturado? O programa foi lançado recentemente e busca concretizar a competência do Estado do Paraná na produção de energia renovável, principalmente na área de geração distribuída. O SmartEnergy é estruturado a partir de uma governança que é representada por diversos setores da sociedade como o governo, as universidades e o empresariado. O programa possui um portal na internet onde é possível acessar os eventos relacionados ao setor renovável no país, um mapa das empresas que trabalham com energia limpa e também publicações relacionadas ao programa. Quais são os resultados esperados do programa SmartEnergy? O programa espera que a energia reno-
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vável se desenvolva cada vez mais no estado. Que surjam cada vez mais projetos voltados para a área e que a oferta e a demanda dos serviços aumentem consideravelmente nos próximos anos. A intenção é desenvolver todas fontes limpas como a energia solar fotovoltaica, a eólica, a hidrelétrica e a biomassa. Na sua opinião, qual a importância de eventos como o CIBIO 2017 nos dias de hoje? Em minha opinião ele é um evento excelente para o setor e está atraindo cada vez mais participantes. Ele foi um sucesso no ano passado e em 2017 busca envolver toda a cadeia renovável no país e do exterior, possibilitando a troca de experiências entre os profissionais. O evento contribui muito para o desenvolvimento do setor de energias renováveis. SOBRE O TECPAR MISSÃO Realizar pesquisa, desenvolvimento e inovação, contribuindo para a sustentabilidade tecnológica e social do país. NEGÓCIO Pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação.
VALORES • Credibilidade • Responsabilidade • Valorização das pessoas • Gestão compartilhada • Sustentabilidade POLÍTICA A gestão da organização integra os princípios ambientais, da qualidade, de saúde e segurança e de pesquisa, desenvolvimento e inovação em todos os seus processos para satisfazer as necessidades das partes interessadas e gerir o conhecimento para o aprimoramento contínuo e inovação de suas atividades visando sua sustentabilidade. OBJETIVOS: • Comprometer-se com a satisfação dos clientes e outras partes interessadas pela busca da excelência e confiabilidade nos resultados; • Motivar e propiciar a valorização e o desenvolvimento dos colaboradores; • Promover a melhoria contínua do sistema de gestão integrado; • Atender às normas e regulamentos técnicos vigentes;
VISÃO
• Prevenir e mitigar a poluição;
Ser sustentável e reconhecido como referência em pesquisa, desenvolvimento tecnológico, inovação, especialmente soluções em saúde.
• Propiciar um ambiente corporativo para o aprimoramento e inovação de seus processos.
• Promover e manter a saúde e segurança dos colaboradores;
Artigo
Previsões para GD em 2017 – um mercado em ASCENSÃO
Carlos A. F. Evangelista Diretor da ABGD
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odos os anos, usualmente no início, fazem diversas previsões para os próximos meses, desde a inflação média, crescimento mundial da economia, PIB nacional até as previsões sobre lançamento de novas tecnologias ou mesmo mudanças climáticas. Previsão não é meta e nem objetivo, portanto, antes de colocar qualquer número é imperativo que definamos a diferença entre planejamento, plano, objetivos e metas, para depois arriscar uma “previsão”. Planejamento É realizado a partir do momento em que começamos a traçar resultados (estabelecer objetivos e metas), alocar recursos, determinar ações específicas que nos levem a alcançar aqueles resultados e as formas de mensurar e controlar o alcance desses resultados. Plano É um documento formal e estruturado que registra a definição dos objetivos, dos meios de sua execução e das formas de seu controle. O planejamento refere-se sempre à elaboração do plano formal estruturado. Objetivos São alvos (“targets”) ou estados futuros aos quais desejamos chegar ou atingir.
Planejar é fundamental para dar sentido e função aos critérios de controle Metas Representam a quantificação dos objetivos e têm prazo determinado, podendo ser estático ou dinâmico conforme o desenvolvimento do plano formal. Planejar é fundamental para dar sentido e função aos critérios de controle. Estes devem estar logicamente integrados aos objetivos e metas, isto é, devem realmente possibilitar a medição (mensuração) caso sejam alcançados. E finalmente, previsão (etimologia do latim: "praevisĭonis") implica assumir (prever) eventos futuros, com base em dados conhecidos e/ou sinais que os precedem (dados do passado), permitindo tomar as medidas necessárias para que as pessoas ou a sociedade estejam preparadas para lidar com tais acontecimentos. Em outras palavras, para prever o futuro é necessário conhecer o passado!
Parece uma contradição em si, mas trata-se exatamente disso, se quisermos fazer uma previsão racional do futuro (exceto se a metodologia adotada for “bola de cristal”), temos que conhecer os dados do passado e presente, entender como esses dados evoluíram ao longo dos anos, e sob uma analise de ambiente macro econômica, política e social, analisar como esses fatores influenciarão os fatos, positiva ou negativamente. Retornando ao mundo da Geração Distribuída com fontes renováveis de energia (solar fotovoltaica, CGH’s, biomassa, biogás, eólica, etc.), para termos uma previsão acertada de como este mercado irá crescer em 2017, seria importante ter-se uma base sólida em números, confrontados com um ambiente estável do ponto de vista econômico, político e financeiro, para que de forma racional e com um certo pragmatismo fizéssemos uma previsão minimamente acertada dos números. Bem, desnecessário dizer que estabilidade política, econômica e financeira não é exatamente a melhor definição para o período que estamos passando, e utilizar os dados da EPE (1.200.000 conexões de GD no Brasil até 2023) também não parece razoável, uma vez que tratar-se-ia de uma previsão em cima de outra previsão (sim, o estudo da EPE é uma previsão e não uma meta, apesar de ter data para acontecer). Revista Biomassa BR
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tamente nosso setor. Desejamos que em 2017 haja uma maior estabilidade no ambiente político do país e que a economia se recupere rapidamente, isso influirá de maneira positiva no segmento de Geração Distribuída. Temos excelentes perspectivas para o setor de GD em 2017, podemos dizer isso fundamentado em quatro fatos: primeiro, o mercado continuará crescendo apesar da retração da economia do país, isso tem acontecido no mundo todo; em segundo lugar, os grandes players nacionais e internacionais estão se posicionando para atuar neste segmento e isso aumentará a qualidade, concorrência e consequentemente contribuirá para o crescimento do setor; em terceiro, há uma conscientização cada vez maior da importância e relevância da Geração Distribuída com fontes renováveis de energia. É um caminho inexorável e sem volta para o Brasil; e por fim, dentro do setor elétrico é o segmento que mais cresce no mundo, o mesmo acontecerá no Brasil. O mais razoável que poderíamos fazer seria uma previsão com alto grau de incerteza, considerando-se o ainda baixo número de sistemas instalados em GD até a presente data, Janeiro/2017 (perto de 8.000 sistemas) e considerando também as enormes dificuldades operacionais que as empresas EPC’s, integradoras, distribuidores, instaladores, consultores, empresas de Engenharia, etc, passam para conectar um simples sistema de 5 kWp (micro geração) ou mesmo sistemas maiores de 3 MW (note que não utilizei Wp de propósito – GD não é somente energia solar fotovoltaica). Antes de “prever” um número, há necessidade de algumas considerações sobre o passado e presente. De maneira geral, o ano de 2016 foi excelente do ponto de vista de crescimento e consolidação do setor, isso não significa que os números foram excelentes (~ 6.700 ligações foi um número muito baixo comparado ao potencial brasileiro e ao tamanho do mercado), no entanto, notamos que as empresas
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que atuam no setor de Geração Distribuída estão começando a atender o mercado de maneira mais profissional; fazendo planejamentos mais sofisticados, trabalhando dentro das normas brasileiras e internacionais, usando equipamentos de 1ª linha (Tier 1), capacitando e certificando suas equipes e entregando valor agregado para o cliente final. A instabilidade política/econômica afetou todos os setores da economia do país e não apenas o segmento de “Energias Renováveis & Geração Distribuída”. Quando se troca ou se tem indefinições nos 1ºs escalões do governo, todos ficam com certa insegurança referente aos próximos passos que devem ser dados na empresa e como avançar no mercado. Trabalhamos em um cenário em que tudo pode mudar (“O Brasil não é para amadores” já dizia um grande investidor internacional), desde os valores dos equipamentos, o custo do capital, financiamentos, disponibilidade de mão de obra até as incertezas políticas, jurídicas e regulatórias que impactam direta ou indire-
Dentre as fontes de energias renováveis, a que apresentar o melhor Custo X Benefício para o cliente final, for exequível, atender os 3 pilares da sustentabilidade (ambiental, econômico e social) e dispor de uma cadeia produtiva acessível às empresas terá melhores condições de competitividade. Atualmente a que tem melhor ocupado esse espaço é a fonte solar fotovoltaica, portanto, será a fonte que mais crescerá em 2017, seguida de perto por CGH’s e Biomassa se levarmos em conta a potência instalada e não apenas o número de conexões. Os principais desafios para as empresas de GD serão se capacitarem e se estruturarem para enfrentar uma concorrência acirrada e com preços competitivos. Há de se conhecer e controlar as estruturas internas e externas de custos. O mercado aplicará um filtro natural e somente sobreviverão as empresas que conseguirem levar valor agregado ao cliente final, terem seus processos sob controle e atuarem com um modelo de negócios rentável. Por exemplo, não adianta
conhecer o assunto profundamente do ponto de vista técnico se não tiver competência administrativa; também de nada vale ter uma estrutura operacional funcional se não conseguir adquirir novos clientes. Estimamos que no final de 2017 haja por volta de 20.000 sistemas conectados sob a REN687/ANEEL. Dentre os modelos de negócios haverá um grande crescimento da geração compartilhada sob condomínios e cooperativas. Isso já é um fato dado ao número de associados e não associados da ABGD que nos consultam diariamente sobre esse modelo de negócios, nos aspectos regulatório, operacional e jurídico. Além de simples previsões, gostaríamos também de dar sugestões às empresas que atuam no setor de GD. Cada empresa tem suas particularidades e especificidades, portanto, não há uma fórmula ou estratégia mágica que leve competitividade para todas as empresas, em todos os segmentos e áreas de atuação dentro de Geração Distribuída. Mas há duas coisas que serão muito importantes em 2017; capacitação e profissio-
nalização. Não haverá espaço no mercado para “aprendizes”, amadorismos, improvisos ou profissionais desqualificados. O próprio mercado irá filtrar e preterir essas empresas, além disso, a concorrência e até mesmo as associa-
ções irão atuar fortemente para que as empresas qualificadas possam se destacar e trabalhar no segmento de GD com segurança, qualidade e competitividade.
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GERAÇÃO, COGERAÇÃO E GERAÇÃO DISTRIBUÍDA A PARTIR DE BIOMASSA Ricardo do Valle, Gerente de Desenvolvimento de Negócios, SOLIDDA Energia.
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os dias atuais com as discussões entre as grandes potencias sobre o aquecimento global, tento como principal vilão os combustíveis fósseis, a BIOMASSA torna-se uma excelente alternativa para geração e cogeração de energia, pois sua queima é considerada carbono neutro, ou seja, todo CO2 liberado na hora da queima foi retirado durante o crescimento da biomassa, madeira, casca de arroz, cana de açúcar entre outros.
mais representa o processo de geração de energia a partir do vapor d´agua. A cogeração de energia é um processo onde são geradas duas formas de energia ao mesmo tempo. O tipo mais comum é a cogeração de energia elétrica e energia térmica (tanto para calor quanto para frio), principalmente a partir do uso de biomassa.
Em resumo se todas as fontes de energias fósseis, fosse substituído por BIOMASSA, incluindo o etanol em substituição a gasolina, poderíamos afirmar que os níveis de CO2 na atmosfera se manteriam praticamente estáveis. Recentemente houve um incentivo do governo para a GD, Geração Distribuída, A ANEEL estabeleceu a resolução 482, revisada para 687, que permite a conexão em sincronismo com a rede elétrica (concessionária) por fontes geradoras com potência de até 5.000 kW, com base renovável. Este tipo de conexão funciona na modalidade de compensação de energia, ou seja, ora permite a injeção do excedente de energia na rede e ora consome da rede a energia que falta. Neste caso o cliente / consumidor, paga a energia, se houver débito, ou fica com o crédito disponível por até cinco anos, podendo até descontar da conta de outra unidade consumidora do grupo.
Através da queima da biomassa podemos gerar e ou cogerar energia pelo ciclo rankine, ciclo termodinâmico que
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Na geração de energia, utiliza-se uma turbina de condensação, e não há a geração de energia térmica para o processo, apenas energia elétrica.
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Entrevista
O Biomassa BR traz uma entrevista exclusiva com o engenheiro químico, pesquisador da Embrapa Gestão Territorial, José Dilcio Rocha, o qual é palestrante no CIBIO 2017.
Biomassa BR: A produção de energia limpa através da biomassa vem obtendo um crescimento significativo nos últimos anos. Como o senhor enxerga esse crescimento? JDR: A participação da bioenergia na geração de energia elétrica é cerca de 10% do total consumido no Brasil, com forte tendência a subir incentivada pelas novas regulações do mercado de Geração Distribuída (GD) junto com as demais renováveis como a solar fotovoltaica (PV), a eólica e as pequenas centrais hidrelétricas (PCH). Existe grande espaço para o crescimento da oferta de bioenergia nesse novo mercado da GD, que pode em alguns anos ficar do tamanho do mercado regulado e do mercado livre de energia atualmente no Brasil. Além da matriz elétrica temos também o consumo de energia na forma de combustíveis líquidos e gasosos do setor de transportes (veic u l a r,
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carga, marítimo, aviação, ferroviário, etc.). Existe grande tendência de entrada forte de motores híbridos e elétricos, mas de qualquer forma o deslocamento desses combustíveis vai ter um período de transição e mesmo assim os biocombustíveis continuarão ter importante papel no setor de transporte. Nesse caso estamos falando do etanol de cana, do biodiesel de várias fontes oleaginosos e do biometano, que é o biogás purificado. No caso dos biocombustíveis sólidos com destaque para o pellet também é um segmento que cresce muito no mundo todo. Nesse caso, estamos mirando principalmente o mercado externo, embora as empresas pioneiras de fabricação de pellets no Brasil estejam muito empenhadas em abrir e fomentar o mercado interno como granjas, hotéis, etc. A biomassa da cana, das fontes de óleos vegetais e a florestal são todas elas capazes de expandir muito ainda, mas é na biomassa residual de todas as cadeias produtivas agrícolas que podemos agregar valor, criar empregos, renda e praticar profundamente a inovação que tanto a indústria e a agricultura precisam para levar a economia de forma mais suave prom o vendo o bem estar dos brasileiros. Sintetizando,
sou muito otimista com o futuro da bioeconomia brasileira. O fator mais recente e relevante envolvendo os biocombustíveis e bioenergia é a iniciativa do RENOVABIO, que de forma resumida, será uma nova política de incentivo ao uso da biomassa remunerando os produtores que adotarem inovações tecnológicas com maior eficiência energética e ganhos ambientais. Esse poderá ser um passo gigantesco tanto para o setor agrícola e florestal como para a agroindústria brasileira. Existe algum projeto sendo desenvolvido pela Embrapa Gestão Territorial referente à biomassa? Caso a resposta seja sim, o senhor poderia contar um pouco mais sobre ele? Sim, existem vários trabalhos realizados e em execução pela Embrapa Gestão Territorial, unidade localizada em Campinas-SP, nas áreas de dinâmica da agropecuária, rebanho bovino e frigoríficos, produção de leite, produção de trigo, Matopiba, contaminação de água subterrânea e pragas quarentenárias. Com a minha chegada a Unidade espero pode contribuir para novas áreas de atuação já que o tema do uso e ocupação da terra é transversal e de grande interesse principalmente para o planejamento das atividades rurais. O
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O CIBIO é um fórum estratégico de discussão dos assuntos energéticos relacionados com a biomassa, ou seja, bioenergia e biocombustíveis. mapeamento usando georreferenciamento de culturas energéticas como soja, cana, sebo, floresta, etc. e as unidades industriais com os canais de escoamento da produção é uma tarefa que a Embrapa abraça para subsidiar o planejamento do setor de energia. Sua palestra no CIBIO 2017 terá como tema “A Biomassa para Energia sob a Ótica da Dimensão Territorial”. O senhor poderia contar um pouco mais sobre ela e o que pretende abordar durante o evento? Eu tentarei dar uma ideia na minha apresentação da importância de conhecermos a forma de usar a terra agriculturável. O Novo Código Florestal trouxe muitas mudanças no uso da terra no Brasil e um dos principais instrumentos que estão sendo implementados é o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que nos mostrará bem claramente como usamos o nosso território. O dilema da competição entre pro-
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dução de alimentos e de bioenergia é completamente falso no caso brasileiro. Sistemas de produção como o iLPF, amplamente difundido entre os produtores é uma prova disso. A expansão da produção de biocombustíveis sempre trouxe desenvolvimento as áreas rurais e incrementou a produção de alimentos também. A lição de casa que precisamos fazer é levar a infraestrutura de escoamento e distribuição dos produtos agrícolas e florestais e isso inclui a biomassa nas suas diversas configurações até os mercados consumidores de forma eficiente, diminuindo as perdas e remunerando o trabalho. Devemos ser capazes de responder as seguintes perguntas: Onde plantar e onde localizar a agroindústria para que o negócio tenha viabilidade? Os eventos direcionados ao setor renovável sempre contribuem para o desenvolvimento do mesmo. Para o senhor, qual a importância do CIBIO 2017 nos dias de hoje?
O CIBIO é um fórum estratégico de discussão dos assuntos energéticos relacionados com a biomassa, ou seja, bioenergia e biocombustíveis. Ele foi arquitetado por pessoas visionárias é nessa segunda edição já mostra expressivo crescimento na participação de empresas do setor. Igualmente, a participação do público deve seguir essa mesma tendência. Impulsionado pelas questões climáticas e a necessidade de maior participação das renováveis na matriz energética brasileira e mundial são cada dia mais complexas e maiores. A vida no campo e a forma de praticar a agricultura, pecuária e floresta sofrem profundas transformações devido às novas tecnologias digitais, assim o CIBIO terá que acompanhar com muita competência essa trajetória. Eventos como esse fazem parte do esforço para manter o Brasil em posição de liderança na bioenergia e na produção de alimentos. Os organizadores junto com as empresas devem estar bem alinhados para os novos desafios.
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Professora da UNIFEOB participa de projeto da Syngenta
A O trabalho teve o objetivo de testar a eficiência de um produto da empresa no controle de uma das doenças da soja
professora do Curso de Engenharia Agronômica da UNIFEOB, Caroline Rabelo Costa, que também é coordenadora da Clínica de Diagnose de Plantas, participou do Manejo Consciente organizado pela Syngenta. Caroline atuou como consultora de uma área experimental na cidade de Pirassununga – SP.
Segundo Caroline, o fechamento da safra de soja foi comemorado com um evento que reuniu todos os consultores na Ilha de Comandatuba, na Bahia. Durante quatro dias, os pesquisadores realizaram a análise e interpretação dos dados, que traçarão as novas diretrizes para o futuro e as propostas de solução da Syngenta.
O trabalho teve o objetivo de testar a eficiência de um produto da empresa no controle de uma das doenças da soja. No Brasil, foram selecionados cerca de 150 consultores-pesquisadores de instituições públicas e privadas, sendo que cada um atuou em uma área experimental diferente.
“Foi extremamente produtivo e importante participar desse projeto, tanto para mim como para a UNIFEOB, pois fomos escolhidos para este grande desafio”, finaliza a professora Caroline Rabelo Costa.
Para conclusão do projeto, os pesquisadores emitiram um relatório sobre a eficiência do produto e análise da produtividade.
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Syngenta A Syngenta é uma organização de âmbito mundial, presente em mais de 90 países, que desenvolve produtos para a proteção de cultivos, sementes, tratamento de sementes e proteção urbana e ornamental.
(54) 3522 6400
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ibcaldogno.com.br
Erechim - RS
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