Amazonia 16

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Brasil estuda estabilizar emissões de gases de efeito estufa até 2020

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Fotos Antonio Cruz e Marcello Casal Jr/ABr

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Brasil pode chegar a 2020 com os mesmos índices de emissão de gases de efeito estufa medidos em 2005, de 2,2 bilhões de toneladas anuais, sem comprometer a meta de crescimento econômico de 4% ao ano. A conta é do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que apresentou hoje (13) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a proposta da pasta para a posição a ser defendida peloBrasilnareuniãodaOrganizaçãodasNaçõesUnidas (ONU) sobre mudanças climáticas, em dezembro, em Copenhague. “Se nada for feito, vamos chegar a 2020 com 2,8 bilhões detoneladas,umcrescimentode30%”,comparouMinc, que aposta da redução do desmatamento, no combate à desertificação, no uso de etanol e de biocombustíveis e no estimulo ao uso de carvão vegetal para reduzir a curvadecrescimentodeemissõesdopaíseestabilizaras emissõesaté2020. O esforço, no entanto, depende de recursos internacionais. A convenção da ONU sobre mudanças climáticas prevê que países ricos financiem ações de

redução nas nações em desenvolvimento, mas o mecanismo para o repasse e os valores ainda não estão definidos. Pelos cálculos de Minc, seriam necessários O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, após reunião sobre posição brasileira na negociação do clima, no Centro Cultural Banco do Brasil

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12| REVISTA AMAZÔNIA

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, fala à imprensa após reunião sobre posição brasileira na negociação do clima, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)

cerca de de US$ 10 bilhões por ano para financiar as açõesbrasileiras. “As faixas [de redução] vão depender de fundos internacionais. É preciso ampliar os fundos que os ricos estão se dispondo a oferecer. Atualmente falam em US$100 bilhões [para investimentos em todo os países em desenvolvimento], mas o Brasil defende pelo menos trêsouquatrovezesmais”,afirmou. Além da proposta do Ministério do Meio Ambiente, os ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, e o secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Luiz Pinguelli Rosa, também apresentaram propostasparaaposiçãodoBrasilemCopenhague.“Não foram posições divergentes. Agora vamos sintetizar em umapropostasó”,disseMinc. A ideia é fechar a posição brasileira ainda este mês, provavelmentenodia20,quandoopresidenteLuladeve se reunir novamente com os ministros responsáveis pela negociação e com o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. Segundo Minc, Lula ainda pretende reunir presidentes de países da região Amazônica para acertar uma posição conjunta sobre a inclusão das florestas no novoacordoclimáticoglobal.

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