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Índios vão às ruas na luta por direitos Os índios se concentraram em frente à Secretaria Municipal de Cultura, entoando cantos de guerra e dançando na luta por direitos, pela retomada de territórios e a gestão ambiental dessas áreas. Durante a passeata, caciques se revezavam proferindo palavras de ordem, enquanto todos seguiam em cadência rumo à Praça do Triângulo, onde ocorre grande parte das atividades. “Índio sem território está fadado ao extermínio. Sem terra, não temos educação, saúde e cultura. disse Puyr. As mulheres, ocupavam agora uma posição de destaque, com os discursos mais inflamados na língua materna. Apenas poucos privilegiados compreendem o que dizem, embora não seja difícil imaginar. A mulher indígena vem conquistando cada vez mais espaços, dentro e fora das aldeias. Não é à toa que escolhemos discutir este ano o empoderamento feminino, observou a organizadora da Semana dos Povos Indígenas, Viviane Cunha. O vice-governador Zequinha Marinho, compareceu ao evento.

O vice-governador Zequinha Marinho, visitou tendas das aldeias participantes, conferiu o artesanato em exposição e conversou com os índios

Na praça principal, ele visitou tendas das aldeias participantes, conferiu o artesanato em exposição e conversou com índios, entre eles os Juruna, que pela primeira vez participam da Semana dos Povos Indígenas. “A presença do Estado neste evento mostra o cuidado e a proteção aos direitos dessa população por parte do governo. Há uma equipe de servidores de diversas áreas aqui, que estão dando o melhor de si para prestar o melhor atendimento, seja na área social, seja na saúde ou na cultura”, asseverou. Carteira de identidade por meio da Caravana Pro Paz Cidadania

A mulher indígena vem conquistando cada vez mais espaços, dentro e fora das aldeias Sônia Guajajara, uma das mais importantes líderes indígenas da atualidade, deu o recado com caciques na Câmara Municipal

Unidas somos mais fortes para lutar por direitos, entre eles a reconquista de territórios que foram sendo perdidos ao longo dos anos

A gerente de Promoção e Proteção dos Direitos dos Povos Indígenas da Sejudh, Puyr Tembé, frisou que a principal luta do movimento indígena continua sendo pelo território

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O empoderamento da mulher indígena

Serviços As equipes do Estado prestaram os mais diversos serviços aos índios e à comunidade em São Félix do Xingu: Defensoria Pública, Pro Paz, secretarias de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), de Saúde Pública (Sespa), de Turismo (Setur), de Esporte e Lazer (Seel), de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e de Comunicação (Secom), polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros se uniram para levar ações diversas, como emissão de documentos, atendimentos de saúde, ações de segurança, oficinas de arte e cultura e orientações jurídicas. Foram mais de 60 servidores do Estado presentes na força-tarefa. Entre os cursos ofertados: texto, fotografia e audiovisual, ministrados por monitoras do projeto Biizu, da Secom. A ação da Fundação Pro Paz, na Creche Municipal Luiz Ferreira Santana, próximo à Câmara municipal e atendeu também a comunidade não indígena do município com a emissão de documentos diversos, calculando chegar até sete mil atendimentos, entre RG, CPF, certidão de nascimento, foto 3x4 e a realização do aconselhamento jurídico”, explicou o coordenador do Pro Paz Cidadania, Roberto Oliveira.

A certidão de nascimento é necessária para que o cidadão seja incluso no CadÚnico (Cadastro Único) e tenha acesso a políticas públicas

Emissão de carteira profissional para indígena da aldeia Tunayana, um dos serviços oferecidos em São Félix do Xingu www.paramais.com.br

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