Pará+ 170

Page 32

a variação temporal na disponibilidade de frutos possa ter influenciado negativamente na abundância de Artibeus e, consequentemente, na dominância de Carollia spp.”, destaca Castro. De acordo com Fadini, que também é orientador da pesquisa, esse cenário pode ser provisório: “Provavelmente, daqui a alguns anos, quando houver novas espécies de plantas se regenerando, modificações na comunidade de morcegos sejam notadas, como o aumento das espécies frugívoras e decréscimo das insetívoras”. Outro ponto que ele coloca é que o impacto do manejo realizado na Flona é baixo para que ocorra alteração no grupo de morcegos que estão sendo capturados (Phyllostomidae), que são extremamente versáteis: “É provável que os morcegos não sejam bons grupos para monitoramento de impactos tão pequenos como esse. Outros grupos mais sensíveis podem ser interessantes para o monitoramento, como primatas de grande porte e outros grupos de animais com maiores exigências ambientais, por exemplo, especialistas de hábitat”.

Monitoramento permanente

Floresta Nacional do Tapajós

tragem de 2014, duas espécies, Artibeus lituratus e Artibeus planirostris, eram mais abundantes. No entanto, em 2015, ambas as espécies diminuíram em abundância, ao passo que a Carollia spp. aumentou nas áreas de controle e manejada. O corte não influenciou negativamente na conservação da

Antecipe suas encomendas

assembleia de morcegos. “Uma observação pessoal que eu fiz no local é que na amostragem de 2014 havia a disponibilidade de frutos do gênero Ficus spp., bastante consumidos pelos Artibeus [lituratus e planirostris]. Já na de 2015, não vimos atividade dessa planta frutificando. Então, assumimos que

(*) Comunicação/Ufopa

<<

PANIFICADORA MOURA CGC: 04.318.432/0001-04 INSCRIÇÃO - ESTADUAL: 15.101.285-7

25 de Setembro (esq. com a Humaitá) Fone: 3226-3236 32

Segundo os pesquisadores, a ideia é tornar o projeto uma ação permanente de monitoramento, de modo a fornecer dados anuais que possam subsidiar melhorias no manejo sustentável feito pela Coomflona, uma vez que os animais estão diretamente relacionados com a própria regeneração da floresta. Além disso, há a intenção de ampliar o foco das pesquisas, associando novos especialistas que ingressarem na Universidade, investigando outros grupos de animais e processos ecológicos. “Quando temos um número grande de trabalhos desse tipo, conseguimos gerar políticas para melhorar as condições de se fazer o manejo. A Ufopa, enquanto universidade, tem esse dever”, afirma Lopes.

Pará+

Projeto monitora impacto do manejo florestal em animais da Flona do Tapajós.indd 32

Tv. Pres. Pernambuco, 224

(esq. com a Arcipreste próx. a Igreja da Trindade)

(91) 3086-1365 www.paramais.com.br

14/04/2016 10:26:17


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.