Revista ABCFARMA de Junho de 2013

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Como exemplo, hoje, nas maiores redes americanas e francesas, é comum o mobiliário de autosserviço ser desenhado e equipado com sistemas de proteção que impedem o furto de grandes quantidades de itens, na modalidade “limpar o gancho” – pois apenas um item de cada vez poderá ser retirado. Alguns sistemas geram um ruído a cada retirada de produto, alertando a segurança quando vários produtos são retirados sequencialmente, indicando uma ação de furto.

Os mais visados

Segundo pesquisas da Gateway Brasil, entre os produtos mais furtados no varejo farmacêutico estão lâminas de barbear, protetores solares, desodorantes e cremes. Muitos

supermercados, por exemplo, passaram a colocar esses itens em caixas de acrílico ou até mesmo em vitrines dentro das lojas, a �im de inibir o furto. Mas, para muitos analistas de mercado, esse tipo de exposição protegida prejudica o acesso dos clientes e consequentemente as vendas desses produtos – sobretudo porque retira do ato de compra um dos atributos mais e�icientes da dinâmica de venda: o aspecto sensorial do toque e do manuseio. Um dos meios que o varejo encontrou para se defender dos furtos é expor alguns desses itens na área de check-outs, o que inibe uma parte dos furtos – mas, segundo os especialistas, essa ação desvaloriza os produtos, porque tira do desejo de compra um momento de exame e re�lexão. Na passagem pelo caixa, a compra é mais por impulso do que por decisão consciente de consumo.

Métodos de segurança

Segundo Luiz Fernando Sambugaro, existem hoje muitas tecnologias no mercado mundial destinadas a aumentar a segurança da loja – mas três se destacam. A primeira é a tecnologia eletromagnética, que vem sendo utilizada por bibliotecas e centros de

Tendo por base um faturamento de R$ 40 bilhões em 2012, e uma estimativa de 1,75% de perdas, o prejuízo anual do comércio farmacêutico é de aproximadamente R$ 710 milhões por conta dos furtos de mercadorias

documentação e ainda não é usada com cosméticos no Brasil, por causa de custo e da di�iculdade de instalar as antenas necessárias nas entradas das lojas. A segunda é a tecnologia de rádio-frequência, que utiliza antenas de vários modelos e tamanhos e vários tipos de etiquetas. Já é usada por algumas farmácias, sobretudo pelo baixo custo, mas, segundo o especialista, é a menos recomendada das três porque o sistema pode exigir mudanças no modelo da embalagem. A tecnologia acusto-magnética já é bastante usada em supermercados e oferece uma variedade de opções de antenas e etiquetas, com tamanhos mais compactos. Alguns fabricantes de cosméticos também já aplicam essa tecnologia em seus produtos ainda na fábrica, como é o caso de algumas marcas de protetor solar. “Esta tecnologia é mais simples de administrar e, como a maioria dos produtos já vem com essa etiqueta da fábrica, o varejista só precisa comprar a antena”, explica Sambugaro. Claro que tudo isso tem um preço – mas, para o especialista, o bene�ício acaba compensando pelo aumento da segurança. Mas ainda há um longo caminho a percorrer: ele estima que apenas 20% dos varejistas no Brasil utilizam algum tipo de sistema de segurança em suas lojas. “Em muitos outros países, até mesmo na Argentina, esse índice �ica acima de 70%”. A diferença entre uma farmácia que não utiliza nenhum dispositivo de segurança e outra que tem é bastante nítida: “Na primeira, o vendedor terá que reduzir sua atenção no atendimento dos clientes no balcão para poder �iscalizar os consumidores nas prateleiras de venda livre. Na segunda, mais tranquilo, ele poderá se dedicar a realizar um melhor atendimento”, compara. 

Mais informações:

http://www.gateway-security.com.br REVISTA ABCFARMA

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