Revista Evidências Edição N11

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mica. Naquele instante triste, alguém me trouxe uma carta que recebi com ansiedade, talvez fugisse da dor que aquele péssimo livro causou no meu coração. Um livro cuja autora deseja que a mulher perca toda a sua feminilidade. Quando abri a carta, olhei para o remetente harmonizar-se e li: “Remetente: sua O avião chegou ao destino distante, termi- com o seu exterior, você se constitui irmã em Deus, Umm Muhammad (2), que nando com o diálogo lhe deseja o bem.” numa verdadeira muçulmana acalorado que tive com Umm Muhammad? a minha vizinha do Quem é? Li a carta e avião. Não a vi quando fui surpreendido. Era foi recebida pelo espodaquela moça que teve o diálogo comigo no so. A sua figura e sua voz ingressaram no munavião, cujo caso havia ingressado no mundo do do do esquecimento, como ingressam milhares esquecimento. A frase mais importante que li na iguais a ela, com as quais nos deparamos diacarta foi: “Talvez se lembre daquela moça que riamente. sentou ao seu lado no avião um dia. AgradeçoEstava sentado no meu escritório lendo um o. Descobri o meu caminho para o bem. Inforlivro cujo título é “Al Mar’at al’Arabiya wa mo-o que meu esposo ficou comovido com a Zukuriyat al Issala” (“A Mulher Árabe e o Maminha decisão e Deus o orientou. Ele se arrechismo”), de Munah Ghassub. Fiquei estarrecipendeu de muitos pecados que estava cometendo com tanta confusão, sofismas, inconsistêndo. Digo: Quão bela a prática consciente, basecia de idéias e de lingüística contidos naquele ada na compreensão correta da nossa fabulosa pequeno livro. Fui acometido por uma profunda religião! Li o seu poema: “Dois antagônicos, tristeza pela realidade dolorosa da Nação Islâirmã” e entendi o que ela quis dizer. mano, honrado e que tem ciúme, que faça isso?! Não há força nem poder a não ser em Deus! A civilização dessa época se apropria dos filhos dos muçulmanos, um após o outro. E nós os negligenciamos. Certamente estamos negligenciando a nós mesmos! Se o seu interior

Não consigo expressar a extensão da alegria que senti ao ler aquela carta! Que notícia extraordinária! Quando joguei o livro que estava lendo antes sobre a mulher árabe no lixo, fiquei repetindo as palavras de Deus, Exaltado seja: “Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos.” (Alcorão Sagrado, 9:32). Peguei a caneta e escrevi uma carta para Umm Muhammad, expressando a minha alegria com a sua missiva, das boas novas que continha. Inclui alguns versos do poema que ela citou na sua carta. Quando quis enviá-la, verifiquei que ela não incluiu seu endereço postal. Dobrei a carta entre os meus papeis. Talvez possa chegar a ela algum dia...


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