Revista Evidências - Edição 04

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humanos. Milhões de pessoas convertem-se nos vários continentes, por intermédio da sua divulgação e apresentação científica. As realidades que se mostram no dia-a-dia das pessoas revelam que o Islã é a religião do passado, do presente e do futuro; que o ser humano, toda vez que tomar uma decisão racional e científica, se aproximará dele. Quando descobre as verdades e a lógica intrínseca existente no Islã, o ser humano aceita-o de maneira irrestrita. É o que acontece atualmente no Ocidente. Observemos o discurso do presidente alemão, Roman Herzog, a respeito da orientalista alemã, Dra. Annemarie Schimmel, no dia 1º de outubro de 1995, a quem foi concedido pela German Book Publishers Association o famoso Book Peace Award. Em resposta à reação negativa dos intelectuais alemães pela concessão do Prêmio de Paz, porque ela apoiava o pensamento islâmico, sendo justa com ele, pregando a sua compreensão, mudando a imagem difamatória que a mídia européia apresenta a seu respeito, disse ele: “Há um fenômeno claro em nossas relações com o Islã na época atual. Não estaremos sendo injustos com a opinião pública alemã se dissermos que o que se afigura na imaginação de muitos de nós quando é citado o Islã é ‘o código penal desumano’, ou ‘a falta de tolerância religiosa’, ou ‘a injustiça para com a mulher’, ou ‘o fundamentalismo agressivo’. Isso, porém, é um campo visual muito estreito, que devemos mudar. Devemos lembrar, em contrapartida, da onda do iluminismo islâmico que garantiu ao Ocidente, seis ou sete séculos atrás, partes importantes da herança da antiguidade.¹” Em outro local de seu discurso, o presidente alemão ex-

plica que a inimizade ao Islã é proveniente da ignorância dos europeus. Ele fez a seguinte pergunta em seu discurso: “Não seria possível que o motivo da nossa incompreensão do Islã seja o seu estabelecimento em bases profundas de religiosidade popular, enquanto nós estamos envolvidos profundamente na sociedade secular? Se isso é verdade, como nos relacionamos com esse formalismo? Temos, acaso, o direito de classificar os muçulmanos virtuosos como fundamentalistas terroristas, somente porque perdemos o sentimento saudável perante o escárnio pelos sentimentos religiosos dos outros, ou porque perdemos o poder de demonstrar esse sentimento saudável²?” . O Presidente alemão confessa que supriu a sua falta de melhor conhecimento sobre o Islã lendo os livros da Dra. Schimmel. Ele disse: “Eu só consegui conhecer a enorme diversidade e variedade no âmbito das direções islâmicas, a História do Islã e a sua realidade contemporânea através dos livros de Annemarie Schimmel. Talvez muitos tiveram a mesma experiência. Certamente, estamos necessitando compensar o que perdemos na compreensão uns aos outros...”³. Então, o presidente alemão convoca para a compreensão do Islã e o estabelecimento de outra posição, diferente daquela baseada na ignorância. Ele disse: “Confesso que não há perante nós outra escolha a não ser o aumento de nosso conhecimento do Mundo Islâmico, se desejarmos trabalhar a favor dos direitos humanos e da democracia.” Então, disse: “A verdadeira razão que nos atrai para um maior conhecimento do Islã e a sua rica civilização nasce do fato de pertencermos a uma

O Islã é a religião do passado, do presente e do futuro

1 - ELIAS, Dr. Nadim Ata. Sayqhar Al-Má Summal Hajar (A Água Subjugará a dureza da pedra); p. 42. 2 - Id. ibid., p. 46. 3 - Id. ibid., p. 50.

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