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Gestão Uma das questões de maior importância - mas que não é percebida por muitos profissionais da saúde do Brasil de forma clara - é o desconhecimento, em maior ou menor grau, em relação a como administrar o seu próprio consultório. Muitos, na maioria das vezes, nem percebem essa necessidade como real. Existem várias razões que explicam essa tendência, como, por exemplo, a falta de tempo dos profissionais, a competição cada vez mais acirrada no mercado da saúde, a necessidade imperiosa de se manterem atualizados. Mas, sem dúvida, a principal delas é: os cursos de graduação focam apenas nas habilidades técnicas e científicas, negligenciando os aspectos administrativos. Cada dia mais, os profissionais investem em treinamentos e técnicas mais apuradas, equipamentos ultramodernos, novidades no mundo da saúde. Como uma forma de se diferenciar no mercado e conquistar uma carreira bem sucedida. Porém, em contrapartida, eles não foram suficientemente orientados em como abrir e gerir o seu próprio negócio. Quando se pensa em abrir um novo negócio (uma loja ou um restaurante), algumas questões precisam ser respondidas antes de se dar o primeiro passo: qual é o mercado que se pretende atingir? A concorrência está estabelecida? O local é adequado? Existe espaço para crescimento? Há consumidores/ clientes suficientes naquela região que justifiquem esse investimento? Resumindo: qual é a probabilidade do negócio prosperar (etc)? Infelizmente, na área da saúde nem sempre se faz essa análise. Grande parte dos profissionais da saúde mantém o foco nas suas competências e habilidade técnicas, e, muitas vezes, relega a segundo plano a análise do cenário externo ao seu próprio consultório. Simplesmente monta e... pronto: fica à espera dos clientes. Uma vez aberto o consultório e vencida a primeira batalha (se estabelecer no mercado), chega a vez de administrar a rotina, organizar a agenda, padronizar o atendimento, maximizar ativos e equipamentos, controlar custos, fidelizar clientes... Para tanto, faz-se necessário registrar e analisar cada detalhe do seu consultório. Fazer pesquisas, verificar quais pontos em que pequenos ajustes podem fazer grandes diferenças na organização e nos resultados do final do mês. Verificar o que é relevante e mensurável. O que pode ser melhorado, o que pode ser mantido, intensificado ou modificado. Muitas empresas tomam decisões erradas mesmo com base em informações e dados coerentes. Agora, imaginem se elas são baseadas em suposições, impressões ou simpatias pessoais - o erro é praticamente inevitável. O profissional da saúde precisa saber administrar, ter noções de planejamento, finanças e marketing. Mas é quase impossível compatibilizar esse aprendizado com a sua rotina no dia-a-dia, como a exigências dos pacientes e a questão da atualização técnica. É aqui, portanto, que entra o papel da consultoria de Gestão em Saúde. Um bom consultor em gestão é capaz de orientar e organizar o seu negócio, e, por conseqüência, maximizar resultados, possibilitando, ao mesmo tempo, que o profissional da saúde continue focado no seu “core business” – ou seja, o seu paciente. Pense nisso. Seja disciplinado e bem organizado!

Medicina

Gestão em Saúde Administração em Consultórios

Fabíola Matos É Consultora de Gestão em Saúde com mais de 10 anos de experiência em administração/atendimento em Saúde | Mestre Educação pela UFU/MG | MBA em Marketing Estratégico pela UFU/MG (Fagen) MBA em Gestão em Saúde pela FGV/SP | MBA in Company em Gestão Empresarial pela FDC/BH. Contato: fabiolacmatos@hotmail.com

2013

8a edição falemaissobreisso.com.br

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