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T E S IL S A BR

Éres ao i M U l Dos CiMeNto as N aPitão

história Uma breve nacional do cinema

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EDIÇÃO


CiNeditorial

Dos Lumiére ao Capitão Nascimento

po pelos Uma viagem no tem Brasileiro caminhos do Cinema

página 4

CARTA AO LEITOR SET Brasil é uma produção laboratorial do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. A revista segue uma linha editorial não factual e busca tratar o tema desde esferas mais gerais até aspectos mais específicos. Para aqueles que, apesar da capa, não compreenderam o propósito da revista, aqui estão algumas explicações: Como insinua o nome, SET Brasil projeta acerca da produção cinematográfica nacional. O título faz menção à sétima arte brasileira e ao set de gravação, o que sugere uma análise interpretativa e técnica dos filmes em abordados. Sente-se confortavelmente e aproveite.

eXPedieNte Reitor Paulo Gabriel Soledad Nacif Coordenação Editorial J. Péricles Diniz e Robério Marcelo Editor Matheus Buranelli Redatores Adrielle Coutinho Alane Reis Jenypher Pereira Matheus Buranelli Paloma Teixeira Rafael Lopes Editoração Gráfica Adrielle Coutinho Matheus Buranelli

ÍNdiCe

Larissa Andrade Estudante de Cimena e Audiovisual da UFRB

Rasgando a tela “O cinema é uma AR-15 e nós negros brasileiros sabemos atirar”, afirmava Zózimo Bulbul, que destaca a passagem do negro, enquanto temática para a direção dos filmes. Deixando de estar à frente das câmeras para olhar de atrás delas, ao assumir a perspectiva da auto representação. Zózimo, Waldir Onofre e Antônio Pitanga, são atores que passam a realizar filmes na década de 70, tendo a temática racial em foco. Porém, Bulbul compõe uma filmografia, dentre essas obras destaca-se a primeira: Alma no olho (1973), realizado com restos de película. No qual além de dirigir ele também atua. Alma do Olho possui uma simplicidade na forma que reflete a complexidade do conteúdo, inspirado no livro Alma do Exilio, a autobiografia de Edgridge Clearver, um dos líderes dos Panteras Negras. O primeiro elemento de ambas as obras (o filme e o livro) evidencia o exílio do indivíduo na diáspora africana, o

corpo negro no curta-metragem é o fio condutor da narrativa. Inicialmente um homem expressivo, dançante e livre, de repente, a expressão de medo o domina e distancia-se em busca da saída, logo após aparece agachado, com um calção branco e uma grande corrente branca nos punhos, simboliza a escravidão. Por fim, quebra a corrente. A quebra da “corrente branca” é emblemática na qual o ator/personagem/diretor rasga as telas do cinema ocupando “lugar de onde fala”, assumindo a direção estabelecendo a luta para a auto representação, na qual, “nós estamos por nós mesmos” (Steve Biko), assim como nós falamos por nós: A tela escurece ... mas ainda não vê que vamos invadir sua TV. A câmera estremece e fica fora do ar, retornando para o eixo, pois assim será. Minha arma é uma câmera na mão, as se for necessário outros meios virão...

Larissa Andrade é realizadora do Coletivo de Cinema Negro, Tela Preta.

CachoeiraDOC

ico a O evento leva o públ adas no interior viagens não imaginad ina 6

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Locadora

pra você escolher Resenhas de filmes

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Cineastas do futuro

ção do cinema Entrevista com revela nez baiano: Violeta Marti gina

pá 10

A SET Brasil é uma produção da disciplina Jornalismo Impresso II. Os textos são autoria dos discentes do curso de Comunicação, mas as fotos não. Aquelas que não forem creditadas são frames de filmes e, portanto, crédito da direção de fotografia.

TOP 5

cê Cinco filmes que vo ver! de não pode deixar

Acesse o Reverso Online Centro de Artes Humanidades e Letras (CAHL) Quarteirão Leite Alves, Cachoeira/BA CEP - 44.300-000 Tel.: (75) 3425-3189

Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo

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na


Dos Lumiére ao Capitão Nascimento Uma viagem no tempo pelos caminhos do Cinema Brasileiro

Alane Reis Caso alguém pergunte, em um futuro distante, qual terá sido o meio de expressão de maior impacto da era moderna, a resposta será quase unânime: o audiovisual. Inventado em 1895 pelos irmãos Lumiére, o cinema revelou-se peça fundamental do imaginário coletivo do século XX, seja como fonte de entretenimento ou de divulgação (e por vezes, dominação) cultural dos povos que detiveram a técnica da produção cinematográfica.

No Brasil, o primeiro cinematógrafo - aparelho híbrido que associa funções da máquina de filmar, revelação de película e projeção – aporta em 1898, com o imigrante italiano Affonso Segretto, o primeiro cineasta “brasileiro”.

A Set Brasil preparou para você, uma exposição dos principais bastidores da história do Cinema Nacional, de Segretto, no final do século XIX, aos recordes de bilheteria nos cinemas nacionais com os filmes Se eu fosse você 2 (Daniel Filho, 2009) e Tropa de Elite 2 (José Padilha, 2010).

1960 - Um grupo de jovens cineastas começa a realizar uma série

1976 - Dessa época datam alguns dos maiores sucessos de público

1995 a 1999 - Em pouco tempo, três filmes são indicados ao

de filmes imbuídos de forte temática social. Entre eles está Gláuber

e crítica da produção nacional, como Dona Flor e Seus Dois Maridos

Oscar de Melhor Filme Estrangeiro: O Quatrilho (Fábio Barreto,

Rocha, cineasta baiano e símbolo do Cinema Novo. Diretor de

(Bruno Barreto, 1976) e Pixote, a Lei do Mais Fraco (Hector Babenco,

1995), O Que é Isso, Companheiro (Bruno Barreto, 1997) e

filmes como Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964) e O Dragão

1980).

Central do Brasil (Walter Salles, 1998), também vencedor do

da Maldade Contra o Santo Guerreiro (1968), Rocha torna-se uma

Urso de Ouro do Festival de Berlim, pelo papel de Dora

Cinédia, que produz dramas populares e comédias musicais, como

figura conhecida no meio cultural brasileiro, defendendo uma arte

1986 - O fim do regime militar e da censura, em 1985, aumenta

(Fernanda Montenegro), que recebe o Urso de Prata de melhor

Alô, Alô Brasil (1935) e Alô, Alô Carnaval (1936), que revelam a

revolucionária que promovesse verdadeira transformação social e

a liberdade de expressão e indica novos caminhos para o cinema

atriz no mesmo festival, além da indicação ao prêmio de melhor

cantora Carmen Miranda, sucesso internacional. A década também

política. Diretores como Cacá Diegues, Joaquim Pedro de Andrade

brasileiro. Fernanda Torres ganha o prêmio de melhor Interpretação

atriz no Oscar e no Globo de Ouro de 1999. Nomes como

é o ano de inauguração do Brasil Vita Filmes (1934) e a Sonofilmes

e Ruy Guerra participam dos mais prestigiados festivais de cinema

feminina, no Festival de Cinema de Cannes, pelo filme Eu Sei que Vou

Walter Salles, Carla Camuratti, diretora de Carlota Joaquina,

(1937). O cinema nacional sofre a forte concorrência do esquema

do mundo, ganhando notoriedade e admiração.

Te Amar, de Arnaldo Jabor.

Princesa do Brasil (1995), tornam-se nomes conhecidos do

de distribuição das produções norte-americanas.

grande público, atraindo milhões de espectadores para as salas 1964 a 1968 – É a “segunda época de ouro” do cinema brasileiro.

1990 – As políticas neoliberais do governo Collor fecham a Embrafilme,

1941 – Nasce a Atlântida Cinematográfica, com o lançamento de

Mesmo após o golpe militar de 1964, que instala o regime

o Concine, a Fundação do Cinema Brasileiro e o Ministério da Cultura.

Moleque Tião (José Carlos Burle), com Grande Otelo. A Atlântida

autoritário no Brasil, os realizadores do Cinema Novo e uma

São extintas as leis de incentivo à produção, a regulamentação do

2001 - Criada a Agência Nacional de Cinema (Ancine). O filme

faz grandes investimentos em infraestrutura e tem uma produção

nova geração de cineastas – conhecida como o “údigrudi”, termo

mercado e até mesmo os órgãos encarregados de produzir estatísticas

Abril Despedaçado (Walter Salles, 2001) é indicado ao Globo de

constante.

irônico derivado do underground norte-americano. As produções

sobre o cinema no Brasil. O Mercado brasileiro é aberto aos filmes

Ouro de Melhor Filme Estrangeiro.

com críticas a realidade social continuam, usando metáforas para

estrangeiros, quase todos norte-americanos. A produção nacional,

de exibição.

1898 – 1906 - Affonso Segretto chega ao Brasil e faz as primeiras

1911 - Fundada a Companhia Cinematográfica Brasileira, dirigida por

filmagens do porto do Rio de Janeiro. Um imenso mercado de

Francisco Serrador. Empresários norte-americanos visitam o Rio de

1949 - A criação do estúdio Vera Cruz representa o desejo de

burlar a censura dos governos militares. Dessa época, destacam-

dependente da Embrafilme, entra em colapso, e pouquíssimos longas-

2002 a 2005 - O filme Cidade de Deus (Fernando Meirelles,

entretenimento é montado em torno da capital federal no início

Janeiro para sondar o mercado cinematogrváfico do País. Nos próximos

diretores que, influenciados pelo requinte das produções estrangeiras,

se o próprio Gláuber Rocha, com Terra em Transe (1968) e

metragens nacionais são realizados e exibidos nos anos seguintes.

2002) recebe quatro indicações ao Oscar: Melhor Diretor;

do século XX. Centenas de pequenos filmes são produzidos por

dez anos, o cinema brasileiro passa a se amparar na produção de

procuravam realizar um tipo de cinema mais sofisticado. Em apenas

Rogério Sganzerla, com O Bandido da Luz Vermelha (1968).

proprietários de salas de cinema no circuito Rio – São Paulo.

documentários e cinejornais.

cinco anos de existência, o estúdio realiza 18 longas-metragens.

Comédias leves conhecidas como “pornochanchadas” viram

1992 - Criada a Secretaria para o Desenvolvimento do Audiovisual,

Em 2009, o longa foi escolhido um dos cem melhores filmes de

sucesso de público.

que libera recursos para produção de filmes por meio do Prêmio

todos os tempos pela revista norte-americana Time. Em 2005 O

Resgate do Cinema Brasileiro. A indústria brasileira de cinema se

filme Dois filhos de Francisco (Breno Silveira) vende 5,3 milhões de ingressos, sendo o grande sucesso nacional da época.

Melhor Roteiro Adaptado; Melhor Edição e Melhor Fotografia.

1908 a 1911 - Com o aumento industrial e o crescente uso

1923 - Entre 1923 e 1933, fora do eixo Rio - São Paulo, ocorre uma série

1953 a 1955 - O filme O Cangaceiro (Lima Barreto, 1953), produzido

de energia elétrica no Rio de Janeiro, há um florescimento do

de ciclos regionais de pequena duração em Cataguases (MG), Campinas

pelo estúdio Vera Cruz, ganha o prêmio de Melhor Filme de Aventura

1969 - A fim de organizar o mercado cinematográfico e angariar

reergue gradualmente. Esse período é conhecido como a “Retomada”

comércio cinematográfico, dando início à chamada “primeira

(SP), Recife (PE) e Porto Alegre (RS), entre outras cidades. Em 1930, Mário

no Festival de Cannes. A produção da Vera Cruz representa o

simpatia para o regime, o governo Geisel cria a estatal Embrafilme,

do cinema brasileiro.

época de ouro”. Melodramas e reconstituições de crimes são

Peixoto lança Limite, clássico do nosso cinema mudo.

movimento que divulga o cinema nacional para o mundo inteiro:

que teria papel preponderante no cinema brasileiro até sua

2008 a 2012 - A Ancine lança o Fundo Setorial do Audiovisual,

o Cinema Novo. Em 1955 Nelson Pereira dos Santos lança o filme

extinção em 1990.

um marco na política pública de fomento à indústria

realizados por Francisco Serrador, Antônio Leal e os irmãos Botelho.

1930 a 1937 - Inicia-se a era do cinema falado. Adhemar Gonzaga cria a

precursor deste movimento, Rio, 40 Graus.

cinematográfica no país. Tropa de Elite (José Padilha, 2008) ganha o Urso de Ouro de Melhor Filme no Festival de Berlim. Em 2010, o diretor lança a continuação do longa-metragem. Tropa de Elite 2 atrai 1,25 milhão de pessoas no primeiro fim de semana de exibição e quebra o recorde de público em estreias do cinema nacional. O filme ultrapassou Dona Flor e

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Seus Dois Maridos (1976), até então o mais visto na história do cinema nacional, com 12 milhões de espectadores..

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FestiVal

traZ HistÓrias Para CaCHoeira

C

idade

histórica,

banhada

pelo

rio

distintas, estimulando um intercâmbio de ideias

Paraguaçu, com uma população marcada

e culturas. Amaranta Cesar, curadora do evento,

por uma cultura religiosa forte. Cada

frisa que “o documentário é uma aventura no conhecimento do outro”.

esquina de Cachoeira tem muita história para

produções. “Os realizadores dos documentários

adiante e fazer com que ele seja reconhecido

aceitam os convites com mais facilidade. Até a

existe e essas ações são de extrema importância

relação com as escolas daqui melhorou, agora os

para auxiliar os idealizadores.

alunos vêm, participam das oficinas.”

O documentário Tão longe é aqui apresentado

O documentário consegue atrair as pessoas não

O acesso a documentários costuma ser difícil,

na mostra Sessões Especiais do CachoeiraDoc

só pela história, mas tudo que está envolvido em

pois não há plataformas que os divulguem de

deste ano foi viabilizado a partir de doações de

sua produção, partindo da narrativa até a sua

formas tão intensas quanto os filmes comerciais,

uma dessas plataformas virtuais. De acordo com

estética. Para Everaldo Júnior, 22, estudante de

por exemplo. A comunidade acaba ficando alheia

a jornalista e diretora do documentário, Eliza

história, “estar presente nas mostras seria um

a produções que merecem destaque. Segundo

Capai, programas como esses, que têm o intuito

ganho cultural muito forte e interessante, muitos

Amaranta, tanto a universidade, quanto Cachoeira

de incentivar pessoas a participar com doações,

alunos desejam participar, mas não tem essa

são lugares de difusão de ideias e projetos num

mesmo que pequenas, acabam desempenhando o

possibilidade”. Segundo Amaranta, deveria haver

pensamento do cinema como um todo. “Cachoeira

papel de humanizar os doadores.

uma maior sensibilidade entre os professores da

O CachoeiraDOC leva o público a viagens não imaginadadas no interior

Foto: Cássius Borges

Paloma Teixeira

força na internet. A dificuldade de levar um projeto

contar, talvez andando pela praça, atravessando

é um ambiente propício para o festival. O lugar de convivência em torno dos filmes é muito amplo”,

Pessoas, culturas e uma rica troca de histórias

vem ao CachoeiraDoc é o aumento significativo do

do papel

público. De acordo com a idealizadora, o evento

Júri Oficial: Mauro em Caiena (Ce ará, 2012, 18 min.), de Leonard o Mouramateus. Melhor Curta Metragem Júri Jovem: Jessy (Bahia, 2013, 13mi n.), de Paula Lice, Rodrigo Lu na e Ronei Jorge. Melhor Longa metragem Júri Oficial e Jovem: Os dias com ele (São Pa ulo, 2013, 107 min.), de Ma ria Clara Escobar. Menção Honrosa

participem das sessões, pois, para ela o “festival

Júri Jovem: Procurando Rita (Bahia, 2012, 7 min.), de Evand ro Freitas.

Uma dos pontos que mais chama a atenção de quem Plataformas de financiamento tiram as ideias

Melhor Curta Metragem

universidade em relação a permitir que os alunos

não é só do curso de cinema”.

afirma.

VeNCedores das Mostras CoMPetitiVas 2013:

Quarta edição no país. A abertura do festival foi no Largo d’Ajuda,

vem ganhando prestígio tanto na Bahia quanto fora

Com

auditório

onde foi exibido o documentário “A vida sobre a

Curadora do evento, Amaranta afirma que ele só

dela e isso acaba refletindo no número de pessoas

constantemente lotado, o CachoeiraDoc exibiu

terra”, de Abderrahmane Sissako, e contou com

foi possível a partir de um edital do Fundo de

que se deslocam de suas cidades para assistir as

cerca de 41 documentários, alguns deles inéditos

mais de 300 telespectadores. O CachoeiraDoc

uma

programação

rica

e

Cultura. Todas as quatro edições contaram com

trouxe mostras competitivas, Recôncavo, sessões

A ideia de um festival de documentários foi

o prêmio de editais para acontecer. Mesmo com

especiais, além da mostra África: filmes de regresso

samba de roda, seja possível se sentir como no

nascendo quando Amaranta Cesar ao corpo de

alguns problemas, como atraso no recebimento

e questões à terra natal e Clássicos do Real, que

século 19. Um cenário de filme.

professores do curso de Cinema e Audiovisual

da verba, ela garante que essa política cultural é

homenageou o cineasta baiano Alexandre Robatto.

da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

muito importante para tornar viáveis eventos que

Além da presença dos idealizadores, o evento

Desde 2010, Cachoeira vem sendo palco de um

(UFRB), juntamente com a também professora do

antes não eram possíveis de serem realizados,

também contou com a participação de artistas

festival que, pouco a pouco, está garantindo o seu

mesmo curso, Ana Rosa Marques. Para Amaranta,

principalmente no interior.

que animaram a noite cachoeirana. A abertura

espaço nos festivais nacionais, o CachoeiraDoc. A

professora de documentários, era necessário fazer

pretensão do festival é que Cachoeira e a Bahia

com que os filmes e seus respectivos realizadores

Outras formas de financiamento que existem, dão

estejam conectadas ao mundo através das lentes

chegassem aos alunos de toda a universidade e

certo e são muito importantes para tirar ideias

de diversos cineastas, com olhares e experiências

também à comunidade, pois para se entender sobre

interessantes do papel são as plataformas de

documentários, inicialmente é preciso conhecê-los.

financiamento coletivo que ganharam corpo e

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Foto: Geovane Peixoto

a ponte Dom Pedro II ou dançando um legítimo

contou com a apresentação do cantor Mateus Aleluia e no sábado, o foyer do Centro de Artes Humanidade e Letras (CAHL) foi animado com a banda Escola Pública e a Festa Independência Discotecagem.

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Da cela

à cozinha

Drama temperado com doses de humor e que inevitavelmente desperta a fome, Estômago é um filme de 2007 dirigido por Marcos Jorge

Q uando a p e riferia

invadiu as telonas

Alane Reis

Cidade de Deus é um marco no cinema nacional, adaptado do livro homônimo do escritor Paulo Lins e dirigido por Fernando Meirelles, piscar os olhos pode ser perder algum detalhe crucial para a trama. Pela primeira vez, traficantes que só apareciam nas páginas policiais mortos ou presos, adquirem consistência, tornam-se gente. Inaugura-se a moda brasileira de fazer filmes sobre a periferia. Em termos estilísticos, o filme já começa com cenas de impacto. O público acompanha, rapidamente, a trajetória de uma galinha que escapa da degola. A composição ganha ritmo por meio de cortes rápidos e do uso da câmera na mão. A história (e a câmera) dão um giro e a trama recua para os anos 60, a fim de explicar como surgiu aquele conjunto habitacional da zona oeste carioca, a Cidade de Deus (CDD), bem como o desenvolvimento da criminalidade na região.

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O filme traz duas tramas principais. De um lado, Dadinho (Douglas Silva), um menino que ainda muito criança foi seduzido pelo crime. Quando jovem, aumenta o desejo pelo poder, e um dia em um terreiro de Candomblé é apelidado com o nome de Zé Pequeno (Leandro Firmino da Hora), começa aí seu envolvimento pleno com o tráfico. Paralelo ao primeiro personagem, conhecemos Busca-Pé (Alexandre Rodrigues), um colega de infância de Dadinho que prefere seguir sua vida a margem do crime, mesmo que nem

sempre fora dele. No cinema brasileiro, diversas são as inovações da obra cinematográfica: a quebra com a cronologia representou uma novidade em termos de montagem. Flashbacks, fusões, narrativas paralelas, tomadas com enquadramentos inusitados e subjetivos, linguagem e estética de videoclipe. Momentos de duplicação da tela, mostrando acontecimentos paralelos de maneira simultânea. Som e imagem que não casam, mas funcionam bem como amantes, a exemplo da cena em que Cabeleira (Jonathan Haagensen) é morto pela polícia enquanto, ao fundo, ouve-se Cartola. O elenco foi outro trunfo de Cidade de Deus, com exceção de Matheus Nachtergaele, os atores são em sua maioria, amadores, moradores de favelas cariocas, oriundos de escolas de atuação presentes em suas comunidades. Interpretam histórias comuns aos seus cotidianos. Cidade de Deus fala de violência, crime e pobreza como produtos da mesma engrenagem, o descaso do Estado em acabar com as cruéis desigualdades sociais. Não sugere soluções, apenas descreve, do ponto de vista de quem conhece bem, Paulo Lins, “nascido e criado” na própria CDD, considerada uma das maiores e mais violentas favelas da América Latina, que em 2002 contava com 120 mil habitantes. Superpremiado nacional e internacionalmente, é o primeiro filme feito no Brasil a ser indicado em quatro categorias do Oscar: melhor filme, roteiro, fotografia e direção.

Jenypher Pereira

Narrativa de 62

surpeende

Adrielle Coutinho

Filme baseado na narrativa de Dias Gomes, lançado em 1962, o longa O Pagador de Promessas surpreende. Filmado em Salvador, capital da Bahia, premiado com a Palma de Ouro no Festival Nacional de Cannes, na categoria melhor filme e indicado ao Oscar de 1963 na categoria melhor filme estrangeiro, foi um pouco esnobado pela crítica nacional e ovacionado pela internacional. O filme surpreende principalmente pela sua narrativa bucólica e roteiro atraente dando ênfase a subversão entre religiões, Zé do Burro, personagem principal, interpretado por Leonardo Vilar, ao pagar sua promessa é pego de surpresa com a proibição de entrar na igreja, pois o juramento foi feito a Iansã no terreiro de candomblé. Uma dos fatos mais interessantes que ocorrem no filme é a fama que Zé do Burro vai ganhando com a polêmica da promessa que é mal sucedida até certo ponto. O personagem principal vira um importante papel de protesto para os que aderem ao candomblé, mas ao mesmo tempo consegue ser vítima da mídia com a “acusação” de promover a reforma agrária, já que a sua promessa também envolvia doação da sua terra aos pobres. O Pagador de Promessas se tornou um clássico e indispensável em qualquer coleção dedicada ao cinema brasileiro, principalmente porque o roteiro tem capacidade intelectual e principalmente, surpreende com sua técnica avançada.

Recém-chegado na cidade grande, Raimundo Nonato (João Miguel) se vê desempregado e sem muitas perspectivas. Por sorte, conhece Zulmiro (Zeca Cenovicz) e é contratado, então, para trabalhar como cozinheiro em um boteco. Entretanto, sua inesperada habilidade com os pratos o leva a outros caminhos. Nonato passa a ser reconhecido pela coxinha que faz e o boteco que antes era vazio toma outra dimensão. Entre os muitos clientes atraídos pelo quitute, figura Íria (Fabiula Nascimento), uma prostituta glutona. O nordestino se deixa envolver por ela e, em uma “troca de favores” alimenta a sua gula numa relação estritamente sexual mas que, para ele, não era bem assim. Desde o início, a trama se desenvolve de forma não-linear, o que faz com que a película se torne ainda mais emocionante e consiga manter do início ao fim a atenção do espectador. Ora ambientado na cozinha, ora em uma cela, o público passa, aos poucos, a descobrir o porquê de Nonato, aquele homem sossegado e, muitas vezes ingênuo, ter ido parar ali. É através da comida, também, que ele adquire a confiança de seus companheiros de cela, o que lhe confere certo prestígio e desencadeia uma relação de poder. Poder, sexo e cozinha são basicamente os três ingredientes principais desta receita de sucesso. O longa foi o vencedor na categoria melhor filme pelo Festival de Cinema do Rio de Janeiro, em 2007, e pelo Grande Prêmio Cinema Brasil, no ano seguinte; venceu, também, o Prêmio de Produção de Filmes de Baixo Orçamento do Ministério da Cultura.

Um filme

nada árido É noite quando um homem leva, sem pudor, uma jovem de aparência indígena para um hotel aos beijos. Ela o acompanha de bom grado e eles parecem estar se entendendo quando outro homem, também com fisionomia indígena, surge na entrada do estabelecimento chamando pela jovem visivelmente aborrecido. Os rapazes discutem. Ela assiste. A briga não demora. Logo é silenciada por um tiro disparado pelo índio contra o acompanhante da jovem. Esta primeira cena desencadeia a trama de Árido Movie. O filme foi lançado em 2006 e dirigido pelo pernambucano Lírio Ferreira. Também conta com roteiro de Hilton Lacerda, Sérgio Oliveira e Eduardo Nunes; produção e fotografia de Murilo Salles. Dão vida ao drama os atores Guilherme Weber, Giulia Gam, Gustavo Falcão, Selton Mello e José Dumont.

Matheus Buranelli

A interpretação deixa um pouco a desejar, com efeito para o protagonista. Motivo que deve ter dado destaque à atuação dos índios – Dumonte e a modelo Suyane Moreira. Renata Sorrah, como a mãe do protagonista, recebe um papel pouco significativo, assim como Matheus Nachtergaele, que é pouco aproveitado. Há muitas histórias aparentemente sem propósito para contribuir com o enredo principal, como a saga dos amigos do protagonista em seu encalço e a busca de Soledad (Gam) pelo “Meu Velho”. Apesar de tudo, é interessante a forma como o sertão é tratado numa perspectiva um pouco (bem pouco mesmo) contemporânea. Menos inóspita.

Após o assassinato de seu pai, o repórter do tempo Jonas (Weber) sai de São Paulo rumo Rochas (PE), sua cidade natal. Sem ter tido muito contato com sua família paterna, não consegue se situar na realidade do local. Em contrapartida, todos os habitantes assistem a ele no noticiário diariamente.

Feitas as críticas pontuais, o filme consegue ser simples, sem ser simplista. Diversos assuntos compõem o pano de fundo da trama. Sem nunca parecer moralista o diretor tratou do uso de maconha, do consumo de álcool, do coronelismo no sertão e da marginalisação imposta aos índios.

A família, esquecida pelo protagonista, o cobra para que vingue a morte do pai. Algo muito difícil para um sistemático repórter. Matar não é nem de longe uma possibilidade. Vingar alguém é algo de outro mundo para Jonas.

Árido Movie, que apesar do nome, é um filme rico. Ganhou seis pêmios no Festival de Pernambuco – entre eles Melhor Diretor e Melhor Filme – e também ganhou o prêmio de melhor direção no Festival de Cinema Brasileiro de Miami.

Um enredo bastante simples, mas é este conflito que norteia a trama. A divergência entre os hábitos de um jornalista de projeção nacional, criado na capital, e dos costumes e expectativas de sua família interiorana. O próprio título sugere uma dualidade quando mistura uma palavra que faz referência direta ao nordeste com outra palavra em inglês. É um retrato do encontro entre essas duas realidades e este é, sem dúvidas, o aspecto de maior êxito do filme. Talvez a escolha de um ator paranaense para este papel tenha contribuído para evidenciar essa característica. O ator não se encaixa fisicamente com as características nordestinas, tais como altura, cor de pele, cabelo e olhos.

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Cineastas do baianos são destaque nas futuro::: produções cinematográficas

Com a chegada do curso de Cinema e Audiovisual na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), em Cachoeira e na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), em Vitória da Conquista – o primeiro caracterizado pela expansão e interiorização do ensino superior –, o cenário cinematográfico baiano tem mudado. Jovens cineastas com visões e ideias inovadoras têm ocupado e conquistado seu espaço na sétima arte. É o caso da jovem cineasta Violeta Martinez. Baiana, a jovem natural de Valença foi parte integrante da primeira turma do curso de Cinema e Audiovisual da UFRB e acabou se formar tendo como Trabalho de Conclusão de Curso o longa metragem Um filme para Michal. O filme, que conta – de forma intimista – a história de vida do ex-alpinista e ex-proprietário do Sebo Café com Arte de Cachoeira (ambiente por muito tempo freqüentado por estudantes e funcionários da UFRB), utiliza imagens de arquivo mostrando desde a época em que Michal (protagonista) praticava o alpinismo e imagens feitas pela equipe de produção do longa, caracterizando o protagonista nos dias atuais. O documentário, que teve sua primeira exibição no mês de julho no Cineclube Mário Gusmão, no Campus da UFRB em Cachoeira, contou com a presença de estudantes, professores e funcionários da Universidade além de membros da comunidade cachoeirana.

Arquivo pessoal da cineasta

Rafael Lopes

Depois de mais uma etapa vencida, a cineasta contou pro SET Brasil um pouco da experiência de ter gravado um longa-metragem e as dificuldades encontradas por ela no processo de gravação.

SET Brasil: Como surgiu a ideia de um longa sobre a vida de Michal? Violeta Martinez: A idéia surgiu a partir da convivência com Michal, pois eu frequentava o seu Sebo- bar, o Café com Arte. A cada visita, Michal me surpreendia Wcom sua história de vida, um cara que foi alpinista e empresário de sucesso ao mesmo tempo e que naquele momento era dono de um bar numa cidade como Cachoeira... Tudo isso me intrigava e a partir dessa relação nos tornamos amigos e eu decidi fazer o filme. SET Brasil: Como foi pra você gravar com Michal, como foi lidar com a questão emocional? Violeta Martinez: Como disse, eu me tornei amiga de Michal, frequentava não só o Café, como também sua casa. Decidi que queria começar a filmar durante

as férias e fiquei quinze dias na casa de Michal filmando. Pra mim essas imagens seriam apenas uma pesquisa para o roteiro que ainda estava escrevendo. Mas não foi isso que aconteceu... Na verdade eu já estava fazendo o filme, imersa nele. O mais difícil era conseguir separar justamente a amiga da cineasta. E com o fato dele ter tido um acidente vascular cerebral essa questão se intensificou. Separar os sentimentos e tomar decisões foi o mais difícil pra mim.

Confira breve en trevista com a jovem cineasta Violeta Martinez .

Formada pela UFRB , Violeta acaba de estrear um longa met ragem

Cinema é paixão, mas é também um trabalho. E como todo trabalho, deve ser levado a sério. A universidade é um espaço único e de extrema importância, a UFRB apoiou muito o meu projeto, a sua estrutura foi importantíssima para esse longa-metragem poder ser realizado. Agradeço a minha orientadora Angelita Bogado e a todos os professores envolvidos no projeto. Agradeço também a minha equipe, a maior parte formada por alunos da UFRB, pessoas que já atuam no mercado de trabalho, e estão preparadas pra qualquer projeto cinematográfico. Por fim, agradeço também o apoio financeiro da Fundação Cultural do Estado da Bahia, Fundo de Cultura e Secretaria de Cultura. As dificuldades são as mesmas de qualquer produção, mas pra mim a maior dificuldade estava no campo da construção fílmica, como diretora de um primeiro longa metragem.

SET Brasil: O filme é um produto de conclusão de curso. Conta pro SET um pouco da experiência de gravar um longa ainda na faculdade, na condição de estudante. Quais as dificuldades encontradas em todo o processo de produção do documentário? Violeta Martinez: Eu sempre levei a sério tudo que eu faço, apesar de na época eu ainda ser estudante de Cinema, minhas motivações eram maiores do que o espaço acadêmico. Pra mim SET Brasil: Sobre a pré-estréia - que aconteceu

no auditório do CAHL -, como foi pra você fazer uma pré-estréia de seu filme na própria Universidade em que formou? O achou da receptividade do público? Violeta Martinez: Achei maravilhoso, porque foi um convite da professora Cyntia Nogueira e do Cineclube Mário Gusmão. Foi uma honra poder exibir primeiro o filme em Cachoeira, no lugar onde me formei e ainda ter a presença de Michal durante a sessão. Fiquei muito feliz com a receptividade, com críticas bastante positivas. SET Brasil: Seu filme já é um sucesso e está entre os mais comentados das produções audiovisuais do curso de Cinema da UFRB. Agora, depois de formada, quais seus planos e projetos para o futuro? Tem algum projeto que possa nos adiantar? Algum curta ou longa vindo por aí? Violeta Martinez: Tem o projeto Faz-se filmes que também foi contemplado num Edital da Secretaria de Cultura, no setor da Economia Criativa que estamos por realizar até o ano que vem. Esse projeto, idealizado por mim e meu irmão, o artista visual Gugui Martinez, vem sendo projetado desde 2010, e foi pensado e executado em forma de intervenção urbana em Cachoeira. Faz-se Filmes é um projeto itinerante que propõe percorrer onze cidades do interior da Bahia, oferecendo o serviço de produção de filmes em curta-metragem a população de pouco acesso a produção de cinema e cultura digital. O projeto busca incentivar e possibilitar todo e qualquer cidadão a criar e ampliar sua produção econômica e/ou artística, a partir das propostas de filmes a serem apresentadas em cada localidade pelas pessoas que solicitarem o Faz-se Filmes, mobilizando comunidade e equipe.

Eu sempre levei a sério tudo que eu faço, apesar de na época eu ainda ser estudante de Cinema, minhas motivações eram maiores do que o espaço acadêmico”

SET Brasil: Na sua concepção, quais obstáculos maiores de se realizar um documentário de longa-metragem? Qual obstáculo mais agravante? Violeta Martinez: O documentário é instigante, mas ele é perigoso se você não souber medir cada decisão que tomar. Existe uma responsabilidade muito grande, pois você está tratando do outro. Existem outras vidas envolvidas e se você não tomar cuidado pode ultrapassar alguns limites éticos. Acima de tudo temos que ter o respeito pelo outro, sem também afetar a criati-

ão Foto de divulgaç vidade no filme. E isso é muito difícil. No campo da produção, o obstáculo maior é que no Brasil o realizador independente tem que ser um pouco de tudo. Você acaba fazendo e aprendendo até o que não gosta. Pois o sistema de produção tenta imitar um modelo industrial, mas na realidade isso não acontece na prática. Então na verdade a responsabilidade financeira de um projeto muitas vezes está sobre os ombros do diretor e não do produtor. Isso dificulta um pouco o trabalho, pois você fica sobrecarregado e muitas vezes isso atrapalha o processo de criação. SET Brasil: Qual dica você dá para os futuros cineastas? O que fazer para alcançar o sucesso e ter visibilidade com seu trabalho? Violeta Martinez: Acho que não posso dar nenhum tipo de dica, o que poderia dizer é que cada um tem que fazer o que gosta, acreditar sempre nos seus sonhos, e acima de tudo ser sincero consigo mesmo. É isso que tento fazer

sempre. Não sei o que fazer pra alcançar algum sucesso ou visibilidade, porque isso é bacana, mas não é o mais importante. Já me preocupei demais com isso, mas com a experiência aprendi que a opinião dos outros as vezes não importa. Quando você se liberta disso, de ficar preso a uma decisão de um júri, por exemplo, é porque você já está em outro patamar. A arte em si é maior que tudo isso, e eu vou continuar realizando independente de ganhar visibilidade ou não. Sou a favor do sustento, e como disse, vejo o cinema como arte, mas também como trabalho. Mas a gente sabe que é difícil viver só disso, existem muitas coisas envolvidas... Não me interessa ser uma pessoa diplomática, então você tem que saber o que quer, e saber as consequências de tudo isso. São escolhas, e como toda ação, há uma reação.

Making off: Um filme par a Michael

Um filme para Michal é apenas um exemplo do que está sendo produzido po r essa nova geração de cine astas, mas há muito sendo realizado por esses jovens. Sã o filmes com diferentes olhare s e estéticas que, na maioria das vezes dialogam com uma vertente segmentada da sétima arte – os chamados filmes “cult” – voltados para um público consumidor sele to. É essa nova geração que tê m consolidado grandes evento s e festivais como o Cachoei raDoc (Festival de Documentário s de Cachoeira), que ano no próximo ano chega a sua qu inta edição.

Nova geração de cin eastas surge com a criação do curso de cinema da UFRB, no Recôncavo Baiano.

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Jenypher Pereira

Melhores FilmesNacionais É difícil a missão de avaliar e escolher. Quando se trata de filmes, então, a tarefa fica ainda mais complicada, pois há de se levar em consideração que não há como alcançar uma verdade absoluta.

Entretanto, depois de diversas leituras e pesquisas, elencaremos os cinco melhores filmes brasileiros de todos os tempos segundo críticos e especialistas no assunto:

Vidas Secas

Terra em Transe (Glauber Rocha, 1967) Paulo é um jornalista que tenta mudar a situação ao planejar a ascensão de um canditato supostamente oposicionista chamado Vieira e buscando o apoio do maior empresário do país para deter o avanço de uma multinacional estrangeira sobre o capital do país. Tudo começou bem; porém, problemas sociais e a corrupção arruinaram sua intenção.

(Nelson Pereira dos Santos, 1963)

O Pagador de Promessas (Anselmo Duarte, 1962)

Zé é um cidadão simples que vê seu burro bicho de grande estima para ele - ficar muito doente. Sendo assim, ele faz uma promessa: se ele ficar curado, ele carregará uma cruz até a cidade como sacrifício pelo “milagre”. O burro então fica bom e Zé tenta cumprir sua promessa... Até a chegada na igreja, quando o padre recusa-se a deixá-lo entrar ao saber o motivo do sacrifício. A história é fictícia, mas inspirada em fatos reais narrados por um jornalista que foi morador da Cidade de Deus, no livro de mesmo nome. Conta a história de um garoto chamado Buscapé desde sua infância, nos anos 60, até o final dos anos 70, dando uma idéia da criação das favelas, da origem do tráfico de drogas e de sua relação no dia a dia dos moradores.

No paupérrimo Nordeste brasileiro, uma família vive sem esperanças no futuro por causa da seca e miséria que assolam suas vidas. Uma das grandes obras-primas do cinema brasileiro.

Deus e o Diabo na terra do Sol

Cidade de Deus (Fernando Meirelles e Katia Lund, 2002)

As sinópses são crédito

O cangaceiro Manuel e sua mulher Rosa são obrigados a viajar pelo sertão, após ele ter matado o patrão. Em sua jornada, eles acabam cruzando com um Deus negro, um diabo loiro e um temível homem.

da página virtual Cineplayers

(Glauber Rocha, 1964)


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